Arcade of the damned.
+4
Rayden Donovan
Larih Spencer
Murillo Assassyh
Narrador
8 participantes
Página 3 de 5
Página 3 de 5 • 1, 2, 3, 4, 5
Re: Arcade of the damned.
Murillo Assassyh
A porta do quarto se abriu antes que ele pudesse explicar o que tinha na mochila, rapidamente ele colocou uma das alças em suas costas e puxou a arma da cintura apontando para o invasor junto com César e Rayden. Era uma mulher. De asas negras. Ela tinha uma arma e uma espada, carregava uma aurea ameaçadora e os encarava séria. Por uns dois segundos todos ficaram em silêncio, apontando armas. Então a mulher pareceu relaxar visivelmente e baixou as armas.
- Desculpe, eu não quis assustar ninguém. Vim tirar vocês daqui.
Murillo já não estava confiando em mais ninguém, ainda mais em alguém não humano. Mas os outros não parecia compartilhar de sua opinião, César foi o primeiro a sair, puxando Larih pelo braço, Murillo a avaliou por um instante, esperando uma reação parecida com a da noite anterior, mas ela não fez nada. Queria descobrir o que ela tinha de tão errado. Tinha certas desconfianças quanto a isso, mas só falaria quando ela não estivesse por perto.
Saiu do quarto atrás dos outros, tendo sua arma na mão e a mochila bem protegida em suas costas. Aquele computador podia ajudá-los a entender muita coisa. Passou por vários soldados no chão, nem quis imaginar o que tinha acontecido, tomou cuidado apenas para não pisar em nenhum deles. A mulher guiou o grupo até a porta de entrada e com um tiro abriu a maçaneta. Do lado de fora as coisas pareciam até piores que na mansão.
- Corram até o portão e não parem por nada.
"Ah claro, isso vai ser muito fácil mesmo."
Pensou olhando a confusão do lado de fora, teriam que atravessar todo o pátio pra chegar ao portão.
- Amber!
Alguém gritou e o vidro da porta explodiu com um tiro, todos correram pra fora, Murillo manteve sua arma em punho, estavam atirando contra eles, de dentro da mansão, arriscou uma olhada para trás, havia uma mulher loira, com uma arma na mão.
Será possivel que não havia ninguém normal naquele lugar? Atirou contra um soldado que vinha na direção deles, a mulher loira parou de atirar, provavelmente a munição havia acabado.
Murillo atirou contra outros soldados para que o grupo conseguisse chegar até o portão. César ia um pouco a sua frente junto com a mulher de asas, quando deu um grito e caiu no chão com as mãos nas costelas, haviam acertado um tiro nele.
- Ela atirou em mim! Aquela desgraçada atirou em mim!
Disse enquanto ela o ajudava a se levantar. Chegou ao portão, havia um anjo ali. Eles gostavam mesmo de se meter em coisas estranhas.
- Corram até o córrego e não parem até chegar lá.
Ia protestar sobre a ordem dele, quando viu que virava uma mochila cheia de granadas ao redor do portão, resolveu não dizer uma palavra e correu pra longe, em direção ao corrego No meio do caminho ouviu o barulho alto da explosão. Quando chegaram ao corrego todos estavam ofegantes da corrida, César estava sentado num canto fazendo um curativo no tiro, procurou por Larih, ela estava num canto, Rayden também tinha conseguido chegar ali. Pensou em Natasha. Devia ter feito alguma coisa por ela.
- Então. Está tudo bem...?
Ouviu Sunny do seu lado, se virou para ela.
- Bem...tirando o fato de quase a todo minuto estamos correndo um risco de vida diferente. Acho que sim.
Deu sorriso para ela, a mulher de asas negras chamou a atenção deles, haviam dois barcos na água, Murillo olhou em volta tentando entender de onde eles tinham vindo.
- A forma mais rápida de fugirem daqui é pelo rio. Os demônios não vão acompanhá-los por aqui.
Resolveu dar algum crédito aqueles dois. Haviam conseguido tirá-los da fortaleza criando toda aquela confusão, talvez pudessem mesmo ajudar. Ouviu César falar sobre o arcanjo Gabriel e olhou outra vez para o anjo, aquilo seria mesmo possível? Devia ter ido mais vezes a igreja.
Eles subiram nos barcos, Murillo colocava sua arma presa de volta a cintura e sentava-se com cuidado para não balançar o barco, olhou para o outro barco, César parecia bem, mesmo tendo levado um tiro, havia sido de raspão. Começou a avaliar tudo o que tinha acontecido na fortaleza, os soldados, as pessoas que estavam lá, os videos que tinha visto. Os demônios não estavam sozinhos, haviam humanos ajudando eles. Como humanos poderiam ajudar essas coisas? Aquilo estava bem pior do que tinha imaginado.
Chegaram a uma margem e a mulher de asas negras puxou os barcos até lá, lembrou da loira gritando um nome...Amber...devia ser o nome dela. Todos desceram dos barcos. Gabriel e Amber foram fazer uma ronda e os outros ficaram para montar um acampamento, olhou em volta analisando o lugar, deixou sua mochila no chão proximo a um tronco caido. Se tivesse um mapa saberia onde estavam facilmente. Daria um jeito de saber isso depois.
Viu César fuçando em sua mochila e tirando as coisas de dentro, tirou o computador.
- Não sabe pedir garoto?
Perguntou sentando no tronco ao lado da mochila, colocou o computador no colo e o abriu, devia ter umas quatro horas de bateria, tinha que economizar, não tinha uma bateria extra. Resolveu mostrar os videos quando todos estivessem por ali. Eles estavam trabalhando em algum tipo de experiência lá. Queria descobrir o que era. Rayden veio falar com ele.
-Depois... Se der queria conversar com você.
Murillo olhou para ele.
- Também queria ter uma palavrinha com você depois.
E deu uma olhada rápida para Larih. Ela e Rayden sumiram dentro da floresta.
- Tem algum frasco seco para encher de água e bebermos a noite?
Sunny perguntou, Murillo tirou um cantil de dentro da mochila e jogou para ela.
- Tome cuidado.
Disse fuçando um pouco no computador para ver o que mais tinha. Abriu uma pasta onde havia um link chamado "Relatórios", clicou, eram vários textos, abriu o primeiro que chamava "Introdução" e começou a ler.
- Os especimes apresentam reações parecidas, aumentando ou diminuindo de intensidade conforme a quantidade aplicada...
Parou um instante e olhou em volta, estava sozinho no acampamento.
- Agressividade e perda da noção são os mais evidentes...alucinações não apareceram em todos os casos, mas foram frequentes em quase todos. Mais de cinquenta por cento dos casos morreram de febre alta antes de corrigidas as falhas. Hemorragias e dores musculares também se desenvolveram na maioria dos casos...
Murillo ia lendo aquilo tentando entender do que se tratava. Fechou aquela pagina e abriu uma com o nome de "Espécime um" havia a foto de uma garota, começou a ler.
- Nicole, dezoito anos, doença terminal, depois de aplicada a vacina morreu quase que de imediato por hemorragia interna grave.
Fechou a pagina, achou uma com o nome de "Experimentos concluidos"
- O paciente completou o desenvolvimento depois da aplicação da vacina, apresentando o comportamento esperado, dado o levantamento de dados, agressividade, submissão de comando, força e velocidade alteradas, perda quase completa das memórias antes do experimento...
Viu Sunny se aproximando e tratou de desligar o computador e o guardou na mochila.
- Aqui está sua água.
Pegou o frasco enquanto ela perguntava de César.
- Deve ter ido ajudar a buscar madeira.
Respondeu, Larih apareceu com alguns tocos e perguntou se ele conseguiria acender, Murillo olhou para ela por um instante analisando suas feições, lembrando do que havia lido nos formularios do computador, lembrou de ela quase atacando César, ficou tentando a perguntar se ela estava com febre, mas se segurou.
- Consigo acender sem problemas.
Ela voltou para floresta dizendo que voltaria a ajudar Rayden, tratou então de acender a fogueira. César apareceu um pouco depois com comida, deu uma risada ao ver o que ele tinha conseguido.
- Você já foi escoteiro garoto?
A comida começou a cheira bem depois de um tempo, o garoto sabia cozinha, Rayden apareceu quando a comida já estava sendo distribuida, mas Larih não voltou com ele, Murillo ficou curioso pra saber onde ela estava. Pensou que talvez com ela longe poderia falar aos outros suas suspeitas, mas ela apareceu antes que pudesse dizer alguma coisa, então resolveu ficar quieto, não queria arranjar problemas. De manhã mostraria a eles o que tinha no computador e cada um que tirasse suas proprias conclusões.
Deitou com a cabeça apoiada na mochila e ficou olhando para o céu, pensou na filha e na mãe, esperava que elas estivessem bem. Fechou os olhos e pegou no sono.
Quando Sunny tirou a arma da mão de Larih, essa disparou acertando o chão próximo a cabeça de Murillo, ele acordou assustado com a gritaria de Sunny e o barulho do tiro, quando viu Larih no chão e a garota apontando uma arma para ela entendeu o que tinha acontecido, pegou sua arma e apontou para Larih. Viu que Rayden e César também havia acordado, continuou encarando Larih no chão.
- Você tem que explicar algumas coisas pra nós garota e tem que explicar agora.
A porta do quarto se abriu antes que ele pudesse explicar o que tinha na mochila, rapidamente ele colocou uma das alças em suas costas e puxou a arma da cintura apontando para o invasor junto com César e Rayden. Era uma mulher. De asas negras. Ela tinha uma arma e uma espada, carregava uma aurea ameaçadora e os encarava séria. Por uns dois segundos todos ficaram em silêncio, apontando armas. Então a mulher pareceu relaxar visivelmente e baixou as armas.
- Desculpe, eu não quis assustar ninguém. Vim tirar vocês daqui.
Murillo já não estava confiando em mais ninguém, ainda mais em alguém não humano. Mas os outros não parecia compartilhar de sua opinião, César foi o primeiro a sair, puxando Larih pelo braço, Murillo a avaliou por um instante, esperando uma reação parecida com a da noite anterior, mas ela não fez nada. Queria descobrir o que ela tinha de tão errado. Tinha certas desconfianças quanto a isso, mas só falaria quando ela não estivesse por perto.
Saiu do quarto atrás dos outros, tendo sua arma na mão e a mochila bem protegida em suas costas. Aquele computador podia ajudá-los a entender muita coisa. Passou por vários soldados no chão, nem quis imaginar o que tinha acontecido, tomou cuidado apenas para não pisar em nenhum deles. A mulher guiou o grupo até a porta de entrada e com um tiro abriu a maçaneta. Do lado de fora as coisas pareciam até piores que na mansão.
- Corram até o portão e não parem por nada.
"Ah claro, isso vai ser muito fácil mesmo."
Pensou olhando a confusão do lado de fora, teriam que atravessar todo o pátio pra chegar ao portão.
- Amber!
Alguém gritou e o vidro da porta explodiu com um tiro, todos correram pra fora, Murillo manteve sua arma em punho, estavam atirando contra eles, de dentro da mansão, arriscou uma olhada para trás, havia uma mulher loira, com uma arma na mão.
Será possivel que não havia ninguém normal naquele lugar? Atirou contra um soldado que vinha na direção deles, a mulher loira parou de atirar, provavelmente a munição havia acabado.
Murillo atirou contra outros soldados para que o grupo conseguisse chegar até o portão. César ia um pouco a sua frente junto com a mulher de asas, quando deu um grito e caiu no chão com as mãos nas costelas, haviam acertado um tiro nele.
- Ela atirou em mim! Aquela desgraçada atirou em mim!
Disse enquanto ela o ajudava a se levantar. Chegou ao portão, havia um anjo ali. Eles gostavam mesmo de se meter em coisas estranhas.
- Corram até o córrego e não parem até chegar lá.
Ia protestar sobre a ordem dele, quando viu que virava uma mochila cheia de granadas ao redor do portão, resolveu não dizer uma palavra e correu pra longe, em direção ao corrego No meio do caminho ouviu o barulho alto da explosão. Quando chegaram ao corrego todos estavam ofegantes da corrida, César estava sentado num canto fazendo um curativo no tiro, procurou por Larih, ela estava num canto, Rayden também tinha conseguido chegar ali. Pensou em Natasha. Devia ter feito alguma coisa por ela.
- Então. Está tudo bem...?
Ouviu Sunny do seu lado, se virou para ela.
- Bem...tirando o fato de quase a todo minuto estamos correndo um risco de vida diferente. Acho que sim.
Deu sorriso para ela, a mulher de asas negras chamou a atenção deles, haviam dois barcos na água, Murillo olhou em volta tentando entender de onde eles tinham vindo.
- A forma mais rápida de fugirem daqui é pelo rio. Os demônios não vão acompanhá-los por aqui.
Resolveu dar algum crédito aqueles dois. Haviam conseguido tirá-los da fortaleza criando toda aquela confusão, talvez pudessem mesmo ajudar. Ouviu César falar sobre o arcanjo Gabriel e olhou outra vez para o anjo, aquilo seria mesmo possível? Devia ter ido mais vezes a igreja.
Eles subiram nos barcos, Murillo colocava sua arma presa de volta a cintura e sentava-se com cuidado para não balançar o barco, olhou para o outro barco, César parecia bem, mesmo tendo levado um tiro, havia sido de raspão. Começou a avaliar tudo o que tinha acontecido na fortaleza, os soldados, as pessoas que estavam lá, os videos que tinha visto. Os demônios não estavam sozinhos, haviam humanos ajudando eles. Como humanos poderiam ajudar essas coisas? Aquilo estava bem pior do que tinha imaginado.
Chegaram a uma margem e a mulher de asas negras puxou os barcos até lá, lembrou da loira gritando um nome...Amber...devia ser o nome dela. Todos desceram dos barcos. Gabriel e Amber foram fazer uma ronda e os outros ficaram para montar um acampamento, olhou em volta analisando o lugar, deixou sua mochila no chão proximo a um tronco caido. Se tivesse um mapa saberia onde estavam facilmente. Daria um jeito de saber isso depois.
Viu César fuçando em sua mochila e tirando as coisas de dentro, tirou o computador.
- Não sabe pedir garoto?
Perguntou sentando no tronco ao lado da mochila, colocou o computador no colo e o abriu, devia ter umas quatro horas de bateria, tinha que economizar, não tinha uma bateria extra. Resolveu mostrar os videos quando todos estivessem por ali. Eles estavam trabalhando em algum tipo de experiência lá. Queria descobrir o que era. Rayden veio falar com ele.
-Depois... Se der queria conversar com você.
Murillo olhou para ele.
- Também queria ter uma palavrinha com você depois.
E deu uma olhada rápida para Larih. Ela e Rayden sumiram dentro da floresta.
- Tem algum frasco seco para encher de água e bebermos a noite?
Sunny perguntou, Murillo tirou um cantil de dentro da mochila e jogou para ela.
- Tome cuidado.
Disse fuçando um pouco no computador para ver o que mais tinha. Abriu uma pasta onde havia um link chamado "Relatórios", clicou, eram vários textos, abriu o primeiro que chamava "Introdução" e começou a ler.
- Os especimes apresentam reações parecidas, aumentando ou diminuindo de intensidade conforme a quantidade aplicada...
Parou um instante e olhou em volta, estava sozinho no acampamento.
- Agressividade e perda da noção são os mais evidentes...alucinações não apareceram em todos os casos, mas foram frequentes em quase todos. Mais de cinquenta por cento dos casos morreram de febre alta antes de corrigidas as falhas. Hemorragias e dores musculares também se desenvolveram na maioria dos casos...
Murillo ia lendo aquilo tentando entender do que se tratava. Fechou aquela pagina e abriu uma com o nome de "Espécime um" havia a foto de uma garota, começou a ler.
- Nicole, dezoito anos, doença terminal, depois de aplicada a vacina morreu quase que de imediato por hemorragia interna grave.
Fechou a pagina, achou uma com o nome de "Experimentos concluidos"
- O paciente completou o desenvolvimento depois da aplicação da vacina, apresentando o comportamento esperado, dado o levantamento de dados, agressividade, submissão de comando, força e velocidade alteradas, perda quase completa das memórias antes do experimento...
Viu Sunny se aproximando e tratou de desligar o computador e o guardou na mochila.
- Aqui está sua água.
Pegou o frasco enquanto ela perguntava de César.
- Deve ter ido ajudar a buscar madeira.
Respondeu, Larih apareceu com alguns tocos e perguntou se ele conseguiria acender, Murillo olhou para ela por um instante analisando suas feições, lembrando do que havia lido nos formularios do computador, lembrou de ela quase atacando César, ficou tentando a perguntar se ela estava com febre, mas se segurou.
- Consigo acender sem problemas.
Ela voltou para floresta dizendo que voltaria a ajudar Rayden, tratou então de acender a fogueira. César apareceu um pouco depois com comida, deu uma risada ao ver o que ele tinha conseguido.
- Você já foi escoteiro garoto?
A comida começou a cheira bem depois de um tempo, o garoto sabia cozinha, Rayden apareceu quando a comida já estava sendo distribuida, mas Larih não voltou com ele, Murillo ficou curioso pra saber onde ela estava. Pensou que talvez com ela longe poderia falar aos outros suas suspeitas, mas ela apareceu antes que pudesse dizer alguma coisa, então resolveu ficar quieto, não queria arranjar problemas. De manhã mostraria a eles o que tinha no computador e cada um que tirasse suas proprias conclusões.
Deitou com a cabeça apoiada na mochila e ficou olhando para o céu, pensou na filha e na mãe, esperava que elas estivessem bem. Fechou os olhos e pegou no sono.
Quando Sunny tirou a arma da mão de Larih, essa disparou acertando o chão próximo a cabeça de Murillo, ele acordou assustado com a gritaria de Sunny e o barulho do tiro, quando viu Larih no chão e a garota apontando uma arma para ela entendeu o que tinha acontecido, pegou sua arma e apontou para Larih. Viu que Rayden e César também havia acordado, continuou encarando Larih no chão.
- Você tem que explicar algumas coisas pra nós garota e tem que explicar agora.
Murillo Assassyh- Mensagens : 13
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Amber Ludovick
Amber deixou o acampamento junto com Gabriel, mas se separaram depois de um tempo. Ele voou até a antiga base de Lince, para ver se encontrava algo, ela caminhou pela floresta até se afastar o suficiente dos humanos, precisava tentar entrar em contato com os outros anjos. Gabriel havia pedido isso a ela. Amber sabia que os arcanjos não a escutariam, nem os anjos, ela não era bem vista lá. Uma convertida jamais era bem aceita mesmo. Mas precisava dar um pedido de socorro a eles, tentar encontrar Rafael e Miguel.
Parou na beira de um pequeno lago, provavelmente feito pela água da chuva, era pequeno e não havia saida para alguma nascente ou outro lugar, se ajoelhou na beirada e tocou a água, suas asas se abriram e ela tirou uma pequena pena negra, ela se dissolveu na água e o lago de iluminou. Amber se concentrou com quem queria falar. De repente a imagem de um garoto, de uns quinze, dezesseis anos no máximo, apareceu, tinha os cabelos bem curtos e arrepiados, eram prateados como os de Gabriel.
- Miguel!
Ela chamou por ele, a imagem olhou para ela, um pouco surpreso de vê-la.
- Amber, o que está fazendo? Você sumiu a dias do rastreador...
- Estou com Gabriel.
Ela o interrompeu.
- Estamos próximos a fortaleza de Lilith, descendo o rio por umas duas horas a leste, trouxemos um grupo de humanos conosco. Precisamos de ajuda.
- Estou preso em Roma. Não consigo ir muito longe, eles invadiram o local, foi uma catastrofe. Os sete estavam aqui, consegui salvar poucos humanos...
Amber entrou em pânico, aquilo estava acontecendo pelo mundo inteiro.
- E Rafael?
- Não consigo falar com ele a muito tempo. Sumiu do rastreador como você.
Ela ficou um instante em silêncio, podia ouvir outras vozes atrás de Miguel, pareciam agitadas, nervosas, ele olhou para trás e falou em italiano com alguém, então voltou a falar com ela.
- Tente chegar a Jericoh, temos uma base lá, deixei os humanos sob os cuidados deles...Gabriel está com você, ele sabe o que fazer.
- Lilith e Caim estão atrás de nós.
Ouve um estrondo do outro lado e Miguel gritou com alguém, olhou para Amber outra vez.
- Eu preciso ir, não vou conseguir manter a proteção por muito tempo aqui, os sete vão entrar logo. Vá para Jericoh junto com Gabriel e encontrem Rafael, tentem invocar o selo...
A imagem sumiu e a agua voltou ao normal, Amber ficou sentada na beirada ainda olhando para ela, mas agora havia apenas o seu reflexo, estavam sozinho, ela e Gabriel não teriam ajuda. Miguel estava sozinho em Roma lutando contra os sete, onde estariam os outros? Aletus, Viky, Coraline, Leon...pensou em todos os irmãos que havia perdido contato desde que a guerra começara. Haviam ainda outros que estavam no céu, desses não conseguia nada, pior...não conseguia mais sentir a presença do criador.
Não sabia como os demônios tinham conseguido aquilo, era algo poderoso de mais. O que Lucifer pretendia com tudo aquilo? Acabar com a raça humana não adiantaria em nada, o que ele faria depois que já não tivesse mais nada? Não..Lucifer não era assim...
Olhou para a água por um instante e teve uma ideia, tirou outra pena e jogou na água, se concentrado, a pena se dissolveu e de repente havia outra imagem, Amber olhou para o local, uma sala negra, no centro havia algo que parecia a abertura de um poço, mas haviam labaredas de fogo saindo dela, havia ido algumas vezes até aquele lugar...mas isso fora antes, muito antes...não havia ninguém no local, de repente um homem entrou, era alto, pálido, cabelos negros longos, com vestes negras e uma coroa com dois chifres vermelhos. Amber chegou a se encolher um pouco quando ele entrou, mesmo ele não podendo vê-la, sempre causara esse efeito nela.
Ele ainda estava lá, não havia conseguid escapar do confinamento em que fora colocado, ele dava as ordens de lá. De repente ele olhou e Amber teve certeza de que podia vê-la, deu um sorriso, a imagem se incendiou e sumiu. Amber soltou o ar que tinha prendido. Não era possivel que ele a tenha visto, a não ser se ela tivesse permitido.
Levantou e olhou para o céu, já estava escuro, precisava voltar ao acampamento pra ficar de olho nos humanos, abriu as asas e alçou voo, em questão de segundos localizou a fogueira, pousou numa arvore e sentou num dos galhos altos, não queria atrapalhar e nem queria que fizessem perguntas a ela, era melhor que Gabriel as respondessem. Observou enquanto eles jantavam, não sentia fome que nem eles, logo todos estavam deitados pra dormir e ela se ajeitou, encostou as costas no tronco da arvore e suspirou. Fechou os olhos tentando descansar um pouco, Gabriel voltaria logo, precisavam traçar um plano de como chegar a Jericoh. De manhã tentaria entrar em contato com Rafael outra vez. Acabou cochilando.
Acordou com o barulho do tiro e gritos para que todos acordassem, pulou da arvore já invocando sua espada. Viu Sunny e Murillo de pé, apontando suas armas par o chão, viu Larih caida, olhando para eles.
- Mas o que está acontecendo? O que estão fazendo com ela?
Parou um instante, havia algo errado, sentiu a energia negra, olhou em volta preocupada, precisava alertá-los.
- Vocês precisam...
Algo agarrou em sua perna e a puxou pra dentro da floresta, Amber caiu no chão, deixando sua espada cair, enquanto era arrastada, se chocou contra uma arvore, as raizes se enrolaram a sua volta a prendendo com força, olhou para o grupo.
- Saiam daqui! Agora!
Gritou, mas ouviu uma risada que a fez arrepiar os cabelos, do outro do acampamento Caim estava sentado no galho de uma arvore, olhando para eles. Amber olhou para ele em pânico. Gabriel tinha que voltar imediatamente.
Amber deixou o acampamento junto com Gabriel, mas se separaram depois de um tempo. Ele voou até a antiga base de Lince, para ver se encontrava algo, ela caminhou pela floresta até se afastar o suficiente dos humanos, precisava tentar entrar em contato com os outros anjos. Gabriel havia pedido isso a ela. Amber sabia que os arcanjos não a escutariam, nem os anjos, ela não era bem vista lá. Uma convertida jamais era bem aceita mesmo. Mas precisava dar um pedido de socorro a eles, tentar encontrar Rafael e Miguel.
Parou na beira de um pequeno lago, provavelmente feito pela água da chuva, era pequeno e não havia saida para alguma nascente ou outro lugar, se ajoelhou na beirada e tocou a água, suas asas se abriram e ela tirou uma pequena pena negra, ela se dissolveu na água e o lago de iluminou. Amber se concentrou com quem queria falar. De repente a imagem de um garoto, de uns quinze, dezesseis anos no máximo, apareceu, tinha os cabelos bem curtos e arrepiados, eram prateados como os de Gabriel.
- Miguel!
Ela chamou por ele, a imagem olhou para ela, um pouco surpreso de vê-la.
- Amber, o que está fazendo? Você sumiu a dias do rastreador...
- Estou com Gabriel.
Ela o interrompeu.
- Estamos próximos a fortaleza de Lilith, descendo o rio por umas duas horas a leste, trouxemos um grupo de humanos conosco. Precisamos de ajuda.
- Estou preso em Roma. Não consigo ir muito longe, eles invadiram o local, foi uma catastrofe. Os sete estavam aqui, consegui salvar poucos humanos...
Amber entrou em pânico, aquilo estava acontecendo pelo mundo inteiro.
- E Rafael?
- Não consigo falar com ele a muito tempo. Sumiu do rastreador como você.
Ela ficou um instante em silêncio, podia ouvir outras vozes atrás de Miguel, pareciam agitadas, nervosas, ele olhou para trás e falou em italiano com alguém, então voltou a falar com ela.
- Tente chegar a Jericoh, temos uma base lá, deixei os humanos sob os cuidados deles...Gabriel está com você, ele sabe o que fazer.
- Lilith e Caim estão atrás de nós.
Ouve um estrondo do outro lado e Miguel gritou com alguém, olhou para Amber outra vez.
- Eu preciso ir, não vou conseguir manter a proteção por muito tempo aqui, os sete vão entrar logo. Vá para Jericoh junto com Gabriel e encontrem Rafael, tentem invocar o selo...
A imagem sumiu e a agua voltou ao normal, Amber ficou sentada na beirada ainda olhando para ela, mas agora havia apenas o seu reflexo, estavam sozinho, ela e Gabriel não teriam ajuda. Miguel estava sozinho em Roma lutando contra os sete, onde estariam os outros? Aletus, Viky, Coraline, Leon...pensou em todos os irmãos que havia perdido contato desde que a guerra começara. Haviam ainda outros que estavam no céu, desses não conseguia nada, pior...não conseguia mais sentir a presença do criador.
Não sabia como os demônios tinham conseguido aquilo, era algo poderoso de mais. O que Lucifer pretendia com tudo aquilo? Acabar com a raça humana não adiantaria em nada, o que ele faria depois que já não tivesse mais nada? Não..Lucifer não era assim...
Olhou para a água por um instante e teve uma ideia, tirou outra pena e jogou na água, se concentrado, a pena se dissolveu e de repente havia outra imagem, Amber olhou para o local, uma sala negra, no centro havia algo que parecia a abertura de um poço, mas haviam labaredas de fogo saindo dela, havia ido algumas vezes até aquele lugar...mas isso fora antes, muito antes...não havia ninguém no local, de repente um homem entrou, era alto, pálido, cabelos negros longos, com vestes negras e uma coroa com dois chifres vermelhos. Amber chegou a se encolher um pouco quando ele entrou, mesmo ele não podendo vê-la, sempre causara esse efeito nela.
Ele ainda estava lá, não havia conseguid escapar do confinamento em que fora colocado, ele dava as ordens de lá. De repente ele olhou e Amber teve certeza de que podia vê-la, deu um sorriso, a imagem se incendiou e sumiu. Amber soltou o ar que tinha prendido. Não era possivel que ele a tenha visto, a não ser se ela tivesse permitido.
Levantou e olhou para o céu, já estava escuro, precisava voltar ao acampamento pra ficar de olho nos humanos, abriu as asas e alçou voo, em questão de segundos localizou a fogueira, pousou numa arvore e sentou num dos galhos altos, não queria atrapalhar e nem queria que fizessem perguntas a ela, era melhor que Gabriel as respondessem. Observou enquanto eles jantavam, não sentia fome que nem eles, logo todos estavam deitados pra dormir e ela se ajeitou, encostou as costas no tronco da arvore e suspirou. Fechou os olhos tentando descansar um pouco, Gabriel voltaria logo, precisavam traçar um plano de como chegar a Jericoh. De manhã tentaria entrar em contato com Rafael outra vez. Acabou cochilando.
Acordou com o barulho do tiro e gritos para que todos acordassem, pulou da arvore já invocando sua espada. Viu Sunny e Murillo de pé, apontando suas armas par o chão, viu Larih caida, olhando para eles.
- Mas o que está acontecendo? O que estão fazendo com ela?
Parou um instante, havia algo errado, sentiu a energia negra, olhou em volta preocupada, precisava alertá-los.
- Vocês precisam...
Algo agarrou em sua perna e a puxou pra dentro da floresta, Amber caiu no chão, deixando sua espada cair, enquanto era arrastada, se chocou contra uma arvore, as raizes se enrolaram a sua volta a prendendo com força, olhou para o grupo.
- Saiam daqui! Agora!
Gritou, mas ouviu uma risada que a fez arrepiar os cabelos, do outro do acampamento Caim estava sentado no galho de uma arvore, olhando para eles. Amber olhou para ele em pânico. Gabriel tinha que voltar imediatamente.
Amber Ludovick- Mensagens : 16
Data de inscrição : 13/05/2013
Re: Arcade of the damned.
Narrador
Quando Caim chegou a fortaleza encontrou uma certa bagunça, olhou para o lugar, parecia ter sido atacado por soldados armados, havia demonios reconstruindo o lugar, pareciam pessoas normais, mas dava pra sentir a aurea negra deles. Lilith andara bem ocupada. A encontrou sentada nos degraus de entrada da mansão, ela parecia de mal humor, o queixo apoiado nas mãos. Havia uma mulher caida no chão próximo a ela, se contorcia e chorava de dor, havia sangue no chão.
- Ocupada?
Perguntou a Lilith. Ela o olhou com uma certa raiva.
- Amber estava aqui.
Caim deixou escapar um sorriso divertido, fazia muito tempo que não via aquela garota. Desde a ultima guerra, quando ela havia sumido, tempos depois soubera de sua deserção.
- Ela fez tudo isso?
Perguntou olhando em volta.
- Ela e Gabriel, junto com os humanos que você deixou escapar de Lince.
- Os humanos fizeram isso?
Ele começou a rir e sentou-se ao lado de Lilith, ela estava furiosa, a mulher no chão continuava se contorcer de dor, tentou se levantar, apoiando as mãos no chão e vomitou sangue. Caim olhou para ela e fez uma careta.
- E Mika e Elli?
- Lá em baixo, sorte a nossa que eles não desceram até os pavilhões mais profundos, onde ficam os especimes.
Caim deu mais uma olhada no local.
- Isso aqui foi só um aviso de que eles conseguem revidar, temos que ser mais espertos Lilith. Eles fugiram certo?
Lilith confirmou com a cabeça, olhando para Avayra no chão, ela já não mechia mais, parecia inconsciente. Caim também olhou para ela.
- Você disse que um dos humanos estava infectado.
- Uma garota, baixa e ruiva.
Lilith respondeu.
- Bem...eles não vão querer mantê-la por perto quando a garota começar a surtar...
Caim falou pensativo, Lilith olhou para ele, os dois deram um sorriso divertido.
- O que você pretende?
Lilith perguntou se colocando em pé, ele também se levantou.
- Dividir e conquistar irmã.
Olhou para Avayra no chão.
- Me empresta seu brinquedinho novo?
Lilith sorriu e olhou para a mansão.
- Já testamos isso num corpo morto?
*****************************************************
Gabriel fez uma varredura por Lince e não encontrou nada, andou pelas ruas destruidas, havia corpos no chão, mutilados, sangue seco, nada que pudesse ser util, então chegou a igreja, quase não havia sobrado nada da construção, então encontrou Madrigal e seu coração se encheu de tristeza. Haviam prendido seu corpo a um poste, haviam arrancado suas asas, ele a desamarrou e a deitou no chão.
- Desculpe por isso minha amiga...
Disse baixo e triste, quando se levantou viu uma pena branca caindo do céu, olhou para ela já sabendo do que se tratava, quando ela tocou o chão, um pequeno espelho se formou nos escombros e o rosto de um homem apareceu.
- Rafael.
Gabriel olhou para o espelho, o homem parecia estar correndo.
- Eu tenho pouco tempo, Jericoh foi tomada, os quatro a invadiram e eu não consegui impedir, eles estão vindo atrás de mim. Vou tentar segurá-los na cidade.
- Os quatro? Como conseguiram libertá-los?
- Eu não sei. Os demonios estão mais fortes Gabriel, preciso de ajuda, cuidado ao vir para Jericoh, ela estar cercada.
A mensagem tremulou e sumiu por um instante, Gabriel ficou olhando.
- Tentarei chegar o mais rapido que puder, aguente firme meu irmão.
Rafael parecia cansado ao olhar para ele.
- Tentarei aguentar o maximo que puder irmão.
Ouve uma explosão do outro lado e o espelho se quebrou. Gabriel olhou em volta, não havia mais nada para fazer ali, abrindo suas asas tomou altitude.
*****************************************************
Depois de tudo acertado Caim havia conseguido traçar um plano para encontrar Gabriel e Amber.
- Você vai direto para Jericoh.
Disse a Lilith, os dois estavam em um dos laboratorios do pavilhões mais profundos.
- Elli e Mikael ficam aqui para reconstruir o lugar. Eu vou me encontrar com eles ainda no caminho. Ninguém vai poder ajudá-los.
Ele ouviram gritos vindo do corredor e Lilith sorriu.
- Deu certo.
*****************************************************
Rafael foi arrastado de volta para Jericoh por um cavaleiro negro, ele estava amarrado e seu corpo era arrastado pelo chão, ao chegar na cidade, o lugar estava completamente destruido, haviam apenas corpos e sangue, dois cavaleiros tratavam de decapitar as ultimas pessoas vivas, enquanto outro arrastava uma pesada cruz de dentro de uma igreja, eles olharam quando o cavaleiro negro chegou.
- Já não era sem tempo.
O cavaleiro que trazia a cruz disse, ele colocou a colocou no chão e tirou o capacete negro que cobria sua cabeça, era uma garota de dezoito anos, tinha os cabelos curtos cor de palha, seus olhos eram amarelos.
- Achei que teria ir atrás de você.
O cavaleiro negro que trouxera Rafael também tirou o capacete, era uma garota da mesma idade que a outra. Mas seus cabelos curtos eram negro e seus olhos vermelhos.
- Não comece Fome. Você o deixou escapar aqui de dentro.
Os outros dois também tiraram seus capacetes, eram dois garotos também de dezoito anos, idênticos, de cabelo azul curto.
- Não discuta com ela Morte. O importante é que o trouxe de volta.
Um deles disse, Rafael tentou se soltar, Morte lhe deu um chute nas costelas e ele se encolheu.
- Você está muito velho pra isso.
Os quatro riram. Fome trouxe a cruz para mais perto, um dos garotos puxou uma adaga da cintura.Morte olhou para Rafael.
- Quando os seus amiguinhos chegaram aqui vão ter um destino pior que o seu, use de consolo.
*****************************************************
Caim saiu da fortaleza e invocou suas feras, ao lado dele ia Avayra, ela estava um pouco encurvada, como um animal, seus olhos estavam vermelhos, seus dedos pareciam garras. Ela não dizia nada, apenas o seguia em um silêncio submisso, as feras se espalharam pela floresta, Caim ia encontrá-los e iria se divertir um pouco com eles, estava curioso para ver a garota infectada.
Foi facil achar o rastro deles.
- Não os ataquem.
Disse as feras, então sumiu no céu da noite enquanto eles corriam pela floresta. Claro que chegou antes deles, desceu no meio da floresta, silencioso, ouviu passos pela floresta e se escondeu na parte mais escura, viu uma garota, com uma arma na mão. A seguiu um pouco atrás, em silêncio, a descrição batia com a que Lilith havia dado, era ela.
A seguiu até a beirada da floresta, quando se escondeu entre as arvores, subindo em uma delas sem fazer barulho, viu a garota apontar a arma para alguém deito e ser atacada e desarmada.
Ficou parado, curioso em saber como aquilo terminaria, então Amber apareceu e ele soube que era hora de agir, tocou a arvore a raiz percorreu por de baixo da terra se conectando as outras, ele mandou a ordem a elas.
Quando Amber já estava amarrada a arvore sorriu, estava na hora de se apresentar.
Pulou da arvore rindo, chamando a atenção do grupo.
- Boa noite.
Avayra se colocou ao seu lado de repente, abaixada, pronta para atacar, mas não saiu do lado de Caim.
- Fiquei curioso pra saber quem eram as pessoas que haviam conseguido fugir do cerco de minha irmã.
Ele olhou para cada um, avaliando as informações que Lilith havia passado. Sorriu.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Deviamos ter nos encontrados em Lince, mas você também fugiram de lá.
As outras feras foram aparecendo, ficando na beirada da floresta, todas rosnando, com os dentes a amostra. Caim sorriu. Amber tentava se soltar da arvore, gritando.
- Fujam daqui!
- Eu não faria isso se fosse vocês...
Caim olhou para as feras que o acompanhavam.
- Viram o que minhas criaturas são capazes de fazer não viram?
Ele se encostou no tronco de uma arvore.
- Alias, eu vim apenas conversar, por enquanto.
Amber gritou outra vez para que eles saissem dali e uma raiz de começou a enforcá-la, ela não conseguiu mais gritar, sem ar. Caim sorriu satisfeito e voltou a olhar para o grupo.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
Caim olhou para Larih e sorriu, então começou a andar formando em circulo em volta deles.
- Eu posso fazer os piores pesadelos de vocês acontecerem com um simples estalar de dedos.
Avayra rosnou na beira da floresta e Caim riu.
- Mas também posso ser a salvação de vocês. Basta me ajudarem numa pequena coisa.
Ele parou proximo a Rayden e César, Amber estava sufocada, tentando se soltar das raizes, mas essas se apertavam cada vez mais em volta dela. Caim olhou para Sunny.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês tem a fazer é me dar um de vocês.
Caim deu alguns passos para trás até se colocar na beirada da floresta, as feras ficaram mais agitadas, ele olhou para elas, Avayra sumiu.
- Mas como vocês destruiram uma de nosas fortalezas...terei que dar uma lição em vocês.
As feras atacaram todas de uma vez, Caim abriu as asas negras e foi até Larih numa velocidade impressionante, agarrou ela peloo braço e alçou voo com ela. Enquanto lá em baixo as feras atacavam todo o grupo.
- Se você se debater vai cair.
Disse a Larih enquanto a segurava pelos braços, pousou no meio da floresta, parando em pé em cima do galho, olhando para ela, segurando firme em seu braço.
- Eu sei o que aconteceu com você garota...e posso dizer que quando eles souberem no que você vai se transformar eles mesmo vão matá-la, eu posso te ajudar, basta me chamar, é uma de nós agora, podemos cuidar para que essas dores acabem.
Caim olhou para baixo e sorriu, voltou a olhar pra ela, fez um carinho em seu rosto.
- Isso vai se tornar cada vez mais insuportável. Quando não aguentar mais avise-me.
Então a empurrou do galho para que caisse no chão, olhou para ela lá de cima.
- Boa sorte, vai precisar.
Do meio das arvores Avayra surgiu, rosnando para larih, pronta para ataca-la. Caim abriu suas asas de volta.
- Espero que sobreviva.
E desapareceu no céu. Avayra atacou com tudo.
Caim voltou para o acampamento, as feras atacam os outros, Caim foi até Amber, amarrada e sorriu. Tirou uma seringa do bolso.
- Quanto a você, sua traidorazinha...
Na hora em que jogou a seringa contra ela Gabriel se colocou na frente, com os braços a asas abertas, a seringa atingiu em seu ombro e ele caiu de joelhos perdendo as forças, Amber tentou se soltar desesperada. Caim começou a rir.
- Eu não acredito! Ganhei na sorte grande sem querer!
As asas de Gabriel se dissolveram como areia e ele caiu fraco no chão, Caim lhe acertou um chute e ele rolou pelo chão, invocou sua foice negra rindo.
- Lucifer vai me recompensar por isso!
Disse a erguendo no ar para desferir um golpe contra a cabeça dele.
- Mande um recado pra ele no inferno!
Eles ouviram alguém gritar, Caim olhou pra cima e dois pés acertaram seu rosto, ele caiu pra trás, um garoto de um dez anos caiu em pé no chão, estava vestido de preto e tinha os cabelos prateados, ele cerrou os punhos e deles pareciam sair faiscas, Caim se levantou , afastando alguns passos para trás.
- Aletus...
O garoto criou uma esfera de energia azul a sua frente, seus olhos parecia faiscar de energia. Atacou contra Caim, esse abriu suas asas e desapareceu no céu escuro. As feras haviam feito o grupo se disperçar separado pela floresta, Aletus olhou em volta, precisava ajudá-los, soltou Amber do tronco, ela correu até Gabriel, ele estava inconsciente.
- Não há muito o que fazer por ele Amber...
Ele disse triste.
- Sinto muito não ter chegado antes.
Amber ajeitou Gabriel no chão. Aletus subiu numa arvore com facilidade.
- Seus humanos vão voltar, as feras de Caim não conseguem manter sua energia sem ele e se dissolvem no ar, precisamos sair daqui assim que eles voltarem.
Quando Caim chegou a fortaleza encontrou uma certa bagunça, olhou para o lugar, parecia ter sido atacado por soldados armados, havia demonios reconstruindo o lugar, pareciam pessoas normais, mas dava pra sentir a aurea negra deles. Lilith andara bem ocupada. A encontrou sentada nos degraus de entrada da mansão, ela parecia de mal humor, o queixo apoiado nas mãos. Havia uma mulher caida no chão próximo a ela, se contorcia e chorava de dor, havia sangue no chão.
- Ocupada?
Perguntou a Lilith. Ela o olhou com uma certa raiva.
- Amber estava aqui.
Caim deixou escapar um sorriso divertido, fazia muito tempo que não via aquela garota. Desde a ultima guerra, quando ela havia sumido, tempos depois soubera de sua deserção.
- Ela fez tudo isso?
Perguntou olhando em volta.
- Ela e Gabriel, junto com os humanos que você deixou escapar de Lince.
- Os humanos fizeram isso?
Ele começou a rir e sentou-se ao lado de Lilith, ela estava furiosa, a mulher no chão continuava se contorcer de dor, tentou se levantar, apoiando as mãos no chão e vomitou sangue. Caim olhou para ela e fez uma careta.
- E Mika e Elli?
- Lá em baixo, sorte a nossa que eles não desceram até os pavilhões mais profundos, onde ficam os especimes.
Caim deu mais uma olhada no local.
- Isso aqui foi só um aviso de que eles conseguem revidar, temos que ser mais espertos Lilith. Eles fugiram certo?
Lilith confirmou com a cabeça, olhando para Avayra no chão, ela já não mechia mais, parecia inconsciente. Caim também olhou para ela.
- Você disse que um dos humanos estava infectado.
- Uma garota, baixa e ruiva.
Lilith respondeu.
- Bem...eles não vão querer mantê-la por perto quando a garota começar a surtar...
Caim falou pensativo, Lilith olhou para ele, os dois deram um sorriso divertido.
- O que você pretende?
Lilith perguntou se colocando em pé, ele também se levantou.
- Dividir e conquistar irmã.
Olhou para Avayra no chão.
- Me empresta seu brinquedinho novo?
Lilith sorriu e olhou para a mansão.
- Já testamos isso num corpo morto?
*****************************************************
Gabriel fez uma varredura por Lince e não encontrou nada, andou pelas ruas destruidas, havia corpos no chão, mutilados, sangue seco, nada que pudesse ser util, então chegou a igreja, quase não havia sobrado nada da construção, então encontrou Madrigal e seu coração se encheu de tristeza. Haviam prendido seu corpo a um poste, haviam arrancado suas asas, ele a desamarrou e a deitou no chão.
- Desculpe por isso minha amiga...
Disse baixo e triste, quando se levantou viu uma pena branca caindo do céu, olhou para ela já sabendo do que se tratava, quando ela tocou o chão, um pequeno espelho se formou nos escombros e o rosto de um homem apareceu.
- Rafael.
Gabriel olhou para o espelho, o homem parecia estar correndo.
- Eu tenho pouco tempo, Jericoh foi tomada, os quatro a invadiram e eu não consegui impedir, eles estão vindo atrás de mim. Vou tentar segurá-los na cidade.
- Os quatro? Como conseguiram libertá-los?
- Eu não sei. Os demonios estão mais fortes Gabriel, preciso de ajuda, cuidado ao vir para Jericoh, ela estar cercada.
A mensagem tremulou e sumiu por um instante, Gabriel ficou olhando.
- Tentarei chegar o mais rapido que puder, aguente firme meu irmão.
Rafael parecia cansado ao olhar para ele.
- Tentarei aguentar o maximo que puder irmão.
Ouve uma explosão do outro lado e o espelho se quebrou. Gabriel olhou em volta, não havia mais nada para fazer ali, abrindo suas asas tomou altitude.
*****************************************************
Depois de tudo acertado Caim havia conseguido traçar um plano para encontrar Gabriel e Amber.
- Você vai direto para Jericoh.
Disse a Lilith, os dois estavam em um dos laboratorios do pavilhões mais profundos.
- Elli e Mikael ficam aqui para reconstruir o lugar. Eu vou me encontrar com eles ainda no caminho. Ninguém vai poder ajudá-los.
Ele ouviram gritos vindo do corredor e Lilith sorriu.
- Deu certo.
*****************************************************
Rafael foi arrastado de volta para Jericoh por um cavaleiro negro, ele estava amarrado e seu corpo era arrastado pelo chão, ao chegar na cidade, o lugar estava completamente destruido, haviam apenas corpos e sangue, dois cavaleiros tratavam de decapitar as ultimas pessoas vivas, enquanto outro arrastava uma pesada cruz de dentro de uma igreja, eles olharam quando o cavaleiro negro chegou.
- Já não era sem tempo.
O cavaleiro que trazia a cruz disse, ele colocou a colocou no chão e tirou o capacete negro que cobria sua cabeça, era uma garota de dezoito anos, tinha os cabelos curtos cor de palha, seus olhos eram amarelos.
- Achei que teria ir atrás de você.
O cavaleiro negro que trouxera Rafael também tirou o capacete, era uma garota da mesma idade que a outra. Mas seus cabelos curtos eram negro e seus olhos vermelhos.
- Não comece Fome. Você o deixou escapar aqui de dentro.
Os outros dois também tiraram seus capacetes, eram dois garotos também de dezoito anos, idênticos, de cabelo azul curto.
- Não discuta com ela Morte. O importante é que o trouxe de volta.
Um deles disse, Rafael tentou se soltar, Morte lhe deu um chute nas costelas e ele se encolheu.
- Você está muito velho pra isso.
Os quatro riram. Fome trouxe a cruz para mais perto, um dos garotos puxou uma adaga da cintura.Morte olhou para Rafael.
- Quando os seus amiguinhos chegaram aqui vão ter um destino pior que o seu, use de consolo.
*****************************************************
Caim saiu da fortaleza e invocou suas feras, ao lado dele ia Avayra, ela estava um pouco encurvada, como um animal, seus olhos estavam vermelhos, seus dedos pareciam garras. Ela não dizia nada, apenas o seguia em um silêncio submisso, as feras se espalharam pela floresta, Caim ia encontrá-los e iria se divertir um pouco com eles, estava curioso para ver a garota infectada.
Foi facil achar o rastro deles.
- Não os ataquem.
Disse as feras, então sumiu no céu da noite enquanto eles corriam pela floresta. Claro que chegou antes deles, desceu no meio da floresta, silencioso, ouviu passos pela floresta e se escondeu na parte mais escura, viu uma garota, com uma arma na mão. A seguiu um pouco atrás, em silêncio, a descrição batia com a que Lilith havia dado, era ela.
A seguiu até a beirada da floresta, quando se escondeu entre as arvores, subindo em uma delas sem fazer barulho, viu a garota apontar a arma para alguém deito e ser atacada e desarmada.
Ficou parado, curioso em saber como aquilo terminaria, então Amber apareceu e ele soube que era hora de agir, tocou a arvore a raiz percorreu por de baixo da terra se conectando as outras, ele mandou a ordem a elas.
Quando Amber já estava amarrada a arvore sorriu, estava na hora de se apresentar.
Pulou da arvore rindo, chamando a atenção do grupo.
- Boa noite.
Avayra se colocou ao seu lado de repente, abaixada, pronta para atacar, mas não saiu do lado de Caim.
- Fiquei curioso pra saber quem eram as pessoas que haviam conseguido fugir do cerco de minha irmã.
Ele olhou para cada um, avaliando as informações que Lilith havia passado. Sorriu.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Deviamos ter nos encontrados em Lince, mas você também fugiram de lá.
As outras feras foram aparecendo, ficando na beirada da floresta, todas rosnando, com os dentes a amostra. Caim sorriu. Amber tentava se soltar da arvore, gritando.
- Fujam daqui!
- Eu não faria isso se fosse vocês...
Caim olhou para as feras que o acompanhavam.
- Viram o que minhas criaturas são capazes de fazer não viram?
Ele se encostou no tronco de uma arvore.
- Alias, eu vim apenas conversar, por enquanto.
Amber gritou outra vez para que eles saissem dali e uma raiz de começou a enforcá-la, ela não conseguiu mais gritar, sem ar. Caim sorriu satisfeito e voltou a olhar para o grupo.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
Caim olhou para Larih e sorriu, então começou a andar formando em circulo em volta deles.
- Eu posso fazer os piores pesadelos de vocês acontecerem com um simples estalar de dedos.
Avayra rosnou na beira da floresta e Caim riu.
- Mas também posso ser a salvação de vocês. Basta me ajudarem numa pequena coisa.
Ele parou proximo a Rayden e César, Amber estava sufocada, tentando se soltar das raizes, mas essas se apertavam cada vez mais em volta dela. Caim olhou para Sunny.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês tem a fazer é me dar um de vocês.
Caim deu alguns passos para trás até se colocar na beirada da floresta, as feras ficaram mais agitadas, ele olhou para elas, Avayra sumiu.
- Mas como vocês destruiram uma de nosas fortalezas...terei que dar uma lição em vocês.
As feras atacaram todas de uma vez, Caim abriu as asas negras e foi até Larih numa velocidade impressionante, agarrou ela peloo braço e alçou voo com ela. Enquanto lá em baixo as feras atacavam todo o grupo.
- Se você se debater vai cair.
Disse a Larih enquanto a segurava pelos braços, pousou no meio da floresta, parando em pé em cima do galho, olhando para ela, segurando firme em seu braço.
- Eu sei o que aconteceu com você garota...e posso dizer que quando eles souberem no que você vai se transformar eles mesmo vão matá-la, eu posso te ajudar, basta me chamar, é uma de nós agora, podemos cuidar para que essas dores acabem.
Caim olhou para baixo e sorriu, voltou a olhar pra ela, fez um carinho em seu rosto.
- Isso vai se tornar cada vez mais insuportável. Quando não aguentar mais avise-me.
Então a empurrou do galho para que caisse no chão, olhou para ela lá de cima.
- Boa sorte, vai precisar.
Do meio das arvores Avayra surgiu, rosnando para larih, pronta para ataca-la. Caim abriu suas asas de volta.
- Espero que sobreviva.
E desapareceu no céu. Avayra atacou com tudo.
Caim voltou para o acampamento, as feras atacam os outros, Caim foi até Amber, amarrada e sorriu. Tirou uma seringa do bolso.
- Quanto a você, sua traidorazinha...
Na hora em que jogou a seringa contra ela Gabriel se colocou na frente, com os braços a asas abertas, a seringa atingiu em seu ombro e ele caiu de joelhos perdendo as forças, Amber tentou se soltar desesperada. Caim começou a rir.
- Eu não acredito! Ganhei na sorte grande sem querer!
As asas de Gabriel se dissolveram como areia e ele caiu fraco no chão, Caim lhe acertou um chute e ele rolou pelo chão, invocou sua foice negra rindo.
- Lucifer vai me recompensar por isso!
Disse a erguendo no ar para desferir um golpe contra a cabeça dele.
- Mande um recado pra ele no inferno!
Eles ouviram alguém gritar, Caim olhou pra cima e dois pés acertaram seu rosto, ele caiu pra trás, um garoto de um dez anos caiu em pé no chão, estava vestido de preto e tinha os cabelos prateados, ele cerrou os punhos e deles pareciam sair faiscas, Caim se levantou , afastando alguns passos para trás.
- Aletus...
O garoto criou uma esfera de energia azul a sua frente, seus olhos parecia faiscar de energia. Atacou contra Caim, esse abriu suas asas e desapareceu no céu escuro. As feras haviam feito o grupo se disperçar separado pela floresta, Aletus olhou em volta, precisava ajudá-los, soltou Amber do tronco, ela correu até Gabriel, ele estava inconsciente.
- Não há muito o que fazer por ele Amber...
Ele disse triste.
- Sinto muito não ter chegado antes.
Amber ajeitou Gabriel no chão. Aletus subiu numa arvore com facilidade.
- Seus humanos vão voltar, as feras de Caim não conseguem manter sua energia sem ele e se dissolvem no ar, precisamos sair daqui assim que eles voltarem.
Re: Arcade of the damned.
César Nickols.
César dormia um sono pesado, estava muito cansado. Mas quando ouviu o barulho do tiro e dos gritos abriu os olhos assustado, primeiro não lembrou direito onde estava, sentou um pouco tonto de sono ainda, então viu Sunny e Murillo com armas na mão, esfregou os olhos e viu Larih. Num pulo estava de pé.
- O que vocês estão fazendo!?
Amber pulou de uma arvore próxima, César sacou sua arma e apontou para os dois.
- Saiam de perto dela agora.
Viu Rayden acordado pelo canto de olho. Olhou para Murillo, ainda apontando sua arma contra eles.
- Ficaram malucos? Vocês iam atirar nela?
Amber disse algo que César não prestou muita atenção, estava com medo de que acabassem atirando em Larih, olhou para ela no chão e depois para Sunny e Murillo. De repente Amber sumiu e ele pode apenas ouvir seu grito, olhou pra trás por um segundo, ainda com a arma erguido e viu que ela estava presa a uma arvore.
- Mas o que...
Ouviu uma risada próxima a sua frente, havia mais alguém ali, quando César viu a pessoa sair do meio das arvores quase deixou sua arma cair, arregalou os olhos assustado. Era ele...o cara que tinha visto decapitar o homem em Lince.
- Boa noite.
Ele disse e de repente havia outra pessoa ao seu lado, César não reconheceu de imediato, não parecia exatamente humano, então conseguiu ver seu rosto e percebeu que era Avayra. O que tinham feito com ela? César olhou para Rayden para ver se ele também a tinha reconhecido, sem perceber, havia abaixado sua arma, olhou para os outros também, tinham que fugir dali.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Deviamos ter nos encontrados em Lince, mas você também fugiram de lá.
César havia encontrado com ele em Lince e deu graças a Deus por não ter sido o contrário, ou sua cabeça já teria rolado a muito tempo. Outras feras começaram a surgir na beirada da floresta, estavam ficando cercados, César apontou sua arma contra elas, Amber gritou para que eles fugissem, mas pra onde? Caim sabia que eles conseguiriam, por isso parecia tão tranquilo, se corressem as feras atacariam e não teria como se defender de todas elas. De repente Amber ficou em silêncio e César não teve coragem de olhar para trás pra descobrir o que tinha acontecido com ela, tinha medo de desviar o foco do tal Caim, não sabia o que ele podia fazer, embora tivesse dito que viera apenas pra conversar. Deu alguns passos bem devagar para perto de Murillo e Sunny, sempre olhando para Caim e com a arma apontada para as feras.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
César parou, quando ele disse sobre a família em Jericoh, pensou em seus pais e nos irmãos, Caim sabia sobre eles, ficou em pânico.
- Eu posso fazer os piores pesadelos de vocês acontecerem com um simples estalar de dedos.
Quando Caim começou a andar em volta deles, César se colocou mais perto de Rayden pra manter distância entre eles, as feras pareciam nervosas, Avayra rosnou e César olhou para ela, ainda tentando entender o que tinha acontecido.
- Mas também posso ser a salvação de vocês. Basta me ajudarem numa pequena coisa.
Caim havia se colocado mais perto dele e César congelou no lugar, queria dar um tiro bem dado no meio da testa dele, mas simplesmente não conseguia nem olhar direito pra ele. Aquilo não era hora pra se ter medo. Então Caim deu uma escolha a eles. Precisavam entregar alguém para ficarem livres.
- Isso é doentio...
Murmurou olhando para Rayden. Como poderiam simplesmente dar alguém pra ele? Nunca faria isso, olhou para Sunny e Murillo, preocupado com a resposta deles, já haviam tentando atirar na Larih. Então Caim se afastou deles e as criaturas começaram a rosnar nervosas, César não conseguiu mais ver Avayra em lugar nenhum. Sentiu que alguma coisa ruim ia acontecer.
- Mas como vocês destruiram uma de nosas fortalezas...terei que dar uma lição em vocês.
César atirou por reflexo quando a primeira fera o atacou e continuou a atirar enquanto elas atacavam.
- Vocês tem que correr pro meio das árvores!
Gritou ainda atirando.
- Aqui somos alvos fáceis!
De repente viu Caim levando Larih e não conseguiu fazer nada, os outros já estavam correndo, César rolou pelo chão quando uma fera pulou por cima dele, sua mão bateu em algo que estava na grama. Uma espada. Viu uma fera correndo em sua direção, segurou no punho da espada e assim que o monstro pulou sobre ele enfiou a espada contra o seu peito, a lamina atravessou o corpo da criatura e ela se desfez em enxofre.
- Legal...
César se levantou, girando a espada em sua mão, tinha gostado daquilo, assim que outra fera atacou conseguiu golpeá-la na cabeça e ela também se desfez em enxofre. Conseguiu um espaço para correr pra dentro da floresta, lá ficaria mais fácil fugir. Olhou para ver se conseguia ver os outros, mas na confusão não teve tempo de ajudar ninguém, viu que Amber ainda estava presa e correu para ajuda-la, mas foi pego por uma das feras antes que o acertou com uma das patas, a força do golpe e jogou pra trás, ele bateu contra uma arvore e caiu, quando a fera atacou outra vez César a acertou com a lâmina e a destruiu. Quando olhou para a beirada da floresta viu Caim com Amber e Gabriel, sentiu um certo alivio de ver ele alí. Viu que o anjo negro já não estava mais com Larih, precisava acha-la, ficou com medo do que poderia ter acontecido com ela. Correu floresta adentro.
- Larih!
Gritou correndo, outra fera o atacou, mas ele já estava pegando o jeito e conseguiu acertá-la ainda quando ela estava no ar para pular sobre ele. De repente uma o pegou desprevenido, enrolando sua calda em volta do tornozelo dele o puxou, César caiu e perdeu a espada, começou a ser arrastado pela floresta, esticou os braços tentando se segurar em alguma coisa.
- Me solta!
César acertou um chute contra as patas traseiras do animal, ele guinchou e soltou a perna de César, ele conseguiu se colocar de pé e deu alguns passos pra trás, tinham parado na beira de um barranco, olhou pra baixo, seria um belo tombo se caísse dali. A fera o havia encurralo, entre o barranco e ela, estava completamente desarmado, ficou parado no lugar enquanto ela o rodeava, ergueu um pouco as mãos tentando manter a calma.
"Por favor...que isso não doa de mais..."
Pensou colocando um pé pra trás, preferia rolar o barranco ao ter um pedaço arrancado por aquele bicho, então o monstro atacou e César se inclinou pra trás pra tentar desviar do ataque, seu pé escorregou na beirada do barranco. César deu um grito abrindo os braços, sentiu um cheio forte de enxofre e não havia mais criatura nenhuma lá, sem ter onde se segurar rolou o barranco, a encosta íngreme não lhe deu chance de se segurar em nada, haviam raízes espinhentas, até tentou se segurar em uma delas, mas tudo o que conseguiu foi um belo rasgo na palma de sua mão, bateu a cabeça contra alguma pedra e foi parar num fundo de terra úmida e barro, ficou caído no chão ofegante e todo dolorido pela queda.
Olhou para cima, seu ultimo pensamento antes de apagar foi o de como conseguiria subir aquilo de volta.
César dormia um sono pesado, estava muito cansado. Mas quando ouviu o barulho do tiro e dos gritos abriu os olhos assustado, primeiro não lembrou direito onde estava, sentou um pouco tonto de sono ainda, então viu Sunny e Murillo com armas na mão, esfregou os olhos e viu Larih. Num pulo estava de pé.
- O que vocês estão fazendo!?
Amber pulou de uma arvore próxima, César sacou sua arma e apontou para os dois.
- Saiam de perto dela agora.
Viu Rayden acordado pelo canto de olho. Olhou para Murillo, ainda apontando sua arma contra eles.
- Ficaram malucos? Vocês iam atirar nela?
Amber disse algo que César não prestou muita atenção, estava com medo de que acabassem atirando em Larih, olhou para ela no chão e depois para Sunny e Murillo. De repente Amber sumiu e ele pode apenas ouvir seu grito, olhou pra trás por um segundo, ainda com a arma erguido e viu que ela estava presa a uma arvore.
- Mas o que...
Ouviu uma risada próxima a sua frente, havia mais alguém ali, quando César viu a pessoa sair do meio das arvores quase deixou sua arma cair, arregalou os olhos assustado. Era ele...o cara que tinha visto decapitar o homem em Lince.
- Boa noite.
Ele disse e de repente havia outra pessoa ao seu lado, César não reconheceu de imediato, não parecia exatamente humano, então conseguiu ver seu rosto e percebeu que era Avayra. O que tinham feito com ela? César olhou para Rayden para ver se ele também a tinha reconhecido, sem perceber, havia abaixado sua arma, olhou para os outros também, tinham que fugir dali.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Deviamos ter nos encontrados em Lince, mas você também fugiram de lá.
César havia encontrado com ele em Lince e deu graças a Deus por não ter sido o contrário, ou sua cabeça já teria rolado a muito tempo. Outras feras começaram a surgir na beirada da floresta, estavam ficando cercados, César apontou sua arma contra elas, Amber gritou para que eles fugissem, mas pra onde? Caim sabia que eles conseguiriam, por isso parecia tão tranquilo, se corressem as feras atacariam e não teria como se defender de todas elas. De repente Amber ficou em silêncio e César não teve coragem de olhar para trás pra descobrir o que tinha acontecido com ela, tinha medo de desviar o foco do tal Caim, não sabia o que ele podia fazer, embora tivesse dito que viera apenas pra conversar. Deu alguns passos bem devagar para perto de Murillo e Sunny, sempre olhando para Caim e com a arma apontada para as feras.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
César parou, quando ele disse sobre a família em Jericoh, pensou em seus pais e nos irmãos, Caim sabia sobre eles, ficou em pânico.
- Eu posso fazer os piores pesadelos de vocês acontecerem com um simples estalar de dedos.
Quando Caim começou a andar em volta deles, César se colocou mais perto de Rayden pra manter distância entre eles, as feras pareciam nervosas, Avayra rosnou e César olhou para ela, ainda tentando entender o que tinha acontecido.
- Mas também posso ser a salvação de vocês. Basta me ajudarem numa pequena coisa.
Caim havia se colocado mais perto dele e César congelou no lugar, queria dar um tiro bem dado no meio da testa dele, mas simplesmente não conseguia nem olhar direito pra ele. Aquilo não era hora pra se ter medo. Então Caim deu uma escolha a eles. Precisavam entregar alguém para ficarem livres.
- Isso é doentio...
Murmurou olhando para Rayden. Como poderiam simplesmente dar alguém pra ele? Nunca faria isso, olhou para Sunny e Murillo, preocupado com a resposta deles, já haviam tentando atirar na Larih. Então Caim se afastou deles e as criaturas começaram a rosnar nervosas, César não conseguiu mais ver Avayra em lugar nenhum. Sentiu que alguma coisa ruim ia acontecer.
- Mas como vocês destruiram uma de nosas fortalezas...terei que dar uma lição em vocês.
César atirou por reflexo quando a primeira fera o atacou e continuou a atirar enquanto elas atacavam.
- Vocês tem que correr pro meio das árvores!
Gritou ainda atirando.
- Aqui somos alvos fáceis!
De repente viu Caim levando Larih e não conseguiu fazer nada, os outros já estavam correndo, César rolou pelo chão quando uma fera pulou por cima dele, sua mão bateu em algo que estava na grama. Uma espada. Viu uma fera correndo em sua direção, segurou no punho da espada e assim que o monstro pulou sobre ele enfiou a espada contra o seu peito, a lamina atravessou o corpo da criatura e ela se desfez em enxofre.
- Legal...
César se levantou, girando a espada em sua mão, tinha gostado daquilo, assim que outra fera atacou conseguiu golpeá-la na cabeça e ela também se desfez em enxofre. Conseguiu um espaço para correr pra dentro da floresta, lá ficaria mais fácil fugir. Olhou para ver se conseguia ver os outros, mas na confusão não teve tempo de ajudar ninguém, viu que Amber ainda estava presa e correu para ajuda-la, mas foi pego por uma das feras antes que o acertou com uma das patas, a força do golpe e jogou pra trás, ele bateu contra uma arvore e caiu, quando a fera atacou outra vez César a acertou com a lâmina e a destruiu. Quando olhou para a beirada da floresta viu Caim com Amber e Gabriel, sentiu um certo alivio de ver ele alí. Viu que o anjo negro já não estava mais com Larih, precisava acha-la, ficou com medo do que poderia ter acontecido com ela. Correu floresta adentro.
- Larih!
Gritou correndo, outra fera o atacou, mas ele já estava pegando o jeito e conseguiu acertá-la ainda quando ela estava no ar para pular sobre ele. De repente uma o pegou desprevenido, enrolando sua calda em volta do tornozelo dele o puxou, César caiu e perdeu a espada, começou a ser arrastado pela floresta, esticou os braços tentando se segurar em alguma coisa.
- Me solta!
César acertou um chute contra as patas traseiras do animal, ele guinchou e soltou a perna de César, ele conseguiu se colocar de pé e deu alguns passos pra trás, tinham parado na beira de um barranco, olhou pra baixo, seria um belo tombo se caísse dali. A fera o havia encurralo, entre o barranco e ela, estava completamente desarmado, ficou parado no lugar enquanto ela o rodeava, ergueu um pouco as mãos tentando manter a calma.
"Por favor...que isso não doa de mais..."
Pensou colocando um pé pra trás, preferia rolar o barranco ao ter um pedaço arrancado por aquele bicho, então o monstro atacou e César se inclinou pra trás pra tentar desviar do ataque, seu pé escorregou na beirada do barranco. César deu um grito abrindo os braços, sentiu um cheio forte de enxofre e não havia mais criatura nenhuma lá, sem ter onde se segurar rolou o barranco, a encosta íngreme não lhe deu chance de se segurar em nada, haviam raízes espinhentas, até tentou se segurar em uma delas, mas tudo o que conseguiu foi um belo rasgo na palma de sua mão, bateu a cabeça contra alguma pedra e foi parar num fundo de terra úmida e barro, ficou caído no chão ofegante e todo dolorido pela queda.
Olhou para cima, seu ultimo pensamento antes de apagar foi o de como conseguiria subir aquilo de volta.
César Nickols- Mensagens : 27
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Rayden Donovan
O rapaz mal tinha começado a cochilar e ouviu uma voz perto de si, parecia a voz de Larih e ela lhe contava sobre a sua historia. Por que estaria lhe contando enquanto dormia? era algo que ele nao queria contestar no momento, apenas ficou imovel e ouviu tudo o que ela disse, era realmente uma ferida perigosa e as suspeitas de todos era de fato verdadeira, mas aquilo era uma preocupação enorme para ele, não sabia como ajudar ela, e sabia que o destino dela seria se tornar um deles se nada fosse feito. Talvez Amber ou Gabriel poderiam fazer algo, mas quanto tempo teriam até isso?
Ouviu a garota se afastar e continuou deitado, o cansaço estava muito grande, não dormia há tempo e com toda aquela correria e fugas, a exaustão lhe caíra pesadamente. As horas que ficou dormindo foram preciosas, precisava demais daquilo embora se sentisse desconfortavel e um tanto sujo.
Acordou com gritos de Sunny que berrava para que todos acordassem, teve tempo de ver ela apontando sua arma e a espada para Larih que estava caída, e logo Murillo fez o mesmo. Rayden se levantou e Cesar apontou a arma pros dois.
- O que vocês estão fazendo!?... Saiam de perto dela agora
O que Larih teria feito? será que tinha sido um surto? "Droga...". Pensou consigo.
- Abaixem as armas agora.
Rayden disse apontando para Murillo e Sunny, provavelmente tinham um motivo mas Rayden tinha de protege-la. Nesse momento viu Amber aparecer e dizer alguma coisa, mas logo ela era puxada por galhos, aqulo nao tinha explicação mas ninguem teve tempo de reagir e o homem apareceu.
- Boa noite.
Nesse momento apareceram várias feras, elas iam aparecendo por todo o local, parecia que estavam sendo cercados. Rayden pegou a Vipertek do bolso, a apertou um pouco entre as maos, nao gostava daquilo. A fera que estava mais à frente lhe era familiar, era Avayra? O que ela estava fazendo ali... e ainda por cima transformada.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Deviamos ter nos encontrados em Lince, mas você também fugiram de lá.
Entao aquele era o tal arcanjo que estava fazendo o terror em Lince, ele era um tanto amedrontador, os poderes e habilidades que tais tinham, eram superiores em imenso às habilidades humanas, então ele podia acabar com todos eles num instante, e Rayden sabia disso.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
Rayden permanecia em silencio, ele havia mencionado sobre os outros e isso lhe fazia pensar que ele tambem sabia sobre o paradeiro do seu pai, embora tudo indicasse que o mesmo estivesse morto. Ouvia Amber gritando para eles saírem dali, mas pra onde iriam? Logo ela foi abafada pelas raízes que a sufocavam.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês tem a fazer é me dar um de vocês.
Embora menor, Rayden ficou a olhá-lo, ele estava fazendo algum tipo de jogo? como iriam acreditar no que aquele ser falava? Viu Cesar o olhar como reprovação e logo balançou a cabeça negativamente com um pequeno sorriso nos lábios, achava sarcástico o jogo que ele estava fazendo. Não conseguiu prestar atenção em mais nada, só viu aquele homem pegar Larih e voar com ela, Rayden virou o rosto vendo ambos subindo e sumindo entre as copas das árvores.
-Larih!!... droga...
Olhou em volta e viu que as feras corriam na direção deles, de imediato todos se disperssaram uns dos outros cada um se defendendo como podia. Rayden tinha a Vipertek na canhota e a pistola na destra, mirou em uma das feras, sabia um pouco delas, afinal se eram humanos que estavam sendo contaminados, seus corpos sofreriam mudanças, mas provavelmente ainda conduziam seus orgaos e liquidos. Uma das feras pulou para perto dele e ele lançou a potencia da arma de choque contra ela, a pressão era grande e a criatura voou violentamente contra uma das árvores, bateu tão forte que seu corpo caiu e se desfez em enxofre. Rayden teve pouco tempo para olhar em volta, viu Murillo indo em uma direção e correu na direção dele, atirou com a pistola e com a arma de choque em simultaneo nas feras que apareciam em seu caminho, fazendo grande parte delas se desfazer. Finalmente alcançou Murillo, ele corria e Rayden corria logo atras dele.
-Continue... eu pego as que vierem por tras
Rayden olhou pra tras e viu 3 das criaturas, elas vinham contra as arvores, uma ao meio, e uma em cada lado desta. O rapaz mirou e conseguiu acertar a cabeça de uma com um tiro e a viu cair, as outras vieram com tudo, ele olhou um pouco pra frente e deixou Murillo se afastar um pouco, ele colocou a pistola no bolso enquanto corria e jogou a destra pra tras alcançando o ziper da mochila, enfiou a mao até pegar uma das outras viperteks, logo ele virou e mirou as duas armas numa das feras que explodiu com tamanho choque, a outra pulou na direção dele. Ele nao teria tempo de atirar nela e fechou um dos olhos movendo o ombro como reflexo de proteção, porem nesse momento a fera caiu em sua frente se contorcendo ate ficar imóvel e se desfazer. Não entendera nada do que tinha se passado, olhou pra frente e procurou por Murillo indo ate ele, estava cansado e ofegante, guardou uma das armas de choque na mochila.
-Você está bem?
Após falar com ele olhou em volta, o dia estava quase amanhecendo e eles estavam no meio da floresta. Rayden nao sabia direito onde estavam e não tinha nem sinal dos outros, olhou a mochila que Murillo carregava nas costas.
-Temos de sair daqui e achar os outros... mas antes... você esta fardado assim como eu e César, isso quer dizer que você tambem andou se infiltrando... poderia me dizer o que descobriu? qualquer informação nos ajuda nessa confusao, sabe que nao podemos confiar em ninguem.
Se lembrou de quando acordou e viu Sunny e Murillo aontando suas armas para Larih, ela deve ter tentado algo e foi infeliz, sabia que ele queria saber sobre ela, afinal todos já suspeitavam daquilo.
-Sei que quer saber da Larih, mas é algo que nenhum de nós temos controle... tambem não sei ao certo o que acontece ou vai acontecer com ela, mas se Caim a pegou, é porque pretende fazer algo de especial com ela... mas... não podemos deixar vocês a matarem... se tentarem isso... você e a Lucy Liu dançam junto.
Ele disse começando a andar, tinham de tentar achar o caminho de volta para o acampamento, tentou descobrir onde estavam analisando as árvores e trilhas.
O rapaz mal tinha começado a cochilar e ouviu uma voz perto de si, parecia a voz de Larih e ela lhe contava sobre a sua historia. Por que estaria lhe contando enquanto dormia? era algo que ele nao queria contestar no momento, apenas ficou imovel e ouviu tudo o que ela disse, era realmente uma ferida perigosa e as suspeitas de todos era de fato verdadeira, mas aquilo era uma preocupação enorme para ele, não sabia como ajudar ela, e sabia que o destino dela seria se tornar um deles se nada fosse feito. Talvez Amber ou Gabriel poderiam fazer algo, mas quanto tempo teriam até isso?
Ouviu a garota se afastar e continuou deitado, o cansaço estava muito grande, não dormia há tempo e com toda aquela correria e fugas, a exaustão lhe caíra pesadamente. As horas que ficou dormindo foram preciosas, precisava demais daquilo embora se sentisse desconfortavel e um tanto sujo.
Acordou com gritos de Sunny que berrava para que todos acordassem, teve tempo de ver ela apontando sua arma e a espada para Larih que estava caída, e logo Murillo fez o mesmo. Rayden se levantou e Cesar apontou a arma pros dois.
- O que vocês estão fazendo!?... Saiam de perto dela agora
O que Larih teria feito? será que tinha sido um surto? "Droga...". Pensou consigo.
- Abaixem as armas agora.
Rayden disse apontando para Murillo e Sunny, provavelmente tinham um motivo mas Rayden tinha de protege-la. Nesse momento viu Amber aparecer e dizer alguma coisa, mas logo ela era puxada por galhos, aqulo nao tinha explicação mas ninguem teve tempo de reagir e o homem apareceu.
- Boa noite.
Nesse momento apareceram várias feras, elas iam aparecendo por todo o local, parecia que estavam sendo cercados. Rayden pegou a Vipertek do bolso, a apertou um pouco entre as maos, nao gostava daquilo. A fera que estava mais à frente lhe era familiar, era Avayra? O que ela estava fazendo ali... e ainda por cima transformada.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Deviamos ter nos encontrados em Lince, mas você também fugiram de lá.
Entao aquele era o tal arcanjo que estava fazendo o terror em Lince, ele era um tanto amedrontador, os poderes e habilidades que tais tinham, eram superiores em imenso às habilidades humanas, então ele podia acabar com todos eles num instante, e Rayden sabia disso.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
Rayden permanecia em silencio, ele havia mencionado sobre os outros e isso lhe fazia pensar que ele tambem sabia sobre o paradeiro do seu pai, embora tudo indicasse que o mesmo estivesse morto. Ouvia Amber gritando para eles saírem dali, mas pra onde iriam? Logo ela foi abafada pelas raízes que a sufocavam.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês tem a fazer é me dar um de vocês.
Embora menor, Rayden ficou a olhá-lo, ele estava fazendo algum tipo de jogo? como iriam acreditar no que aquele ser falava? Viu Cesar o olhar como reprovação e logo balançou a cabeça negativamente com um pequeno sorriso nos lábios, achava sarcástico o jogo que ele estava fazendo. Não conseguiu prestar atenção em mais nada, só viu aquele homem pegar Larih e voar com ela, Rayden virou o rosto vendo ambos subindo e sumindo entre as copas das árvores.
-Larih!!... droga...
Olhou em volta e viu que as feras corriam na direção deles, de imediato todos se disperssaram uns dos outros cada um se defendendo como podia. Rayden tinha a Vipertek na canhota e a pistola na destra, mirou em uma das feras, sabia um pouco delas, afinal se eram humanos que estavam sendo contaminados, seus corpos sofreriam mudanças, mas provavelmente ainda conduziam seus orgaos e liquidos. Uma das feras pulou para perto dele e ele lançou a potencia da arma de choque contra ela, a pressão era grande e a criatura voou violentamente contra uma das árvores, bateu tão forte que seu corpo caiu e se desfez em enxofre. Rayden teve pouco tempo para olhar em volta, viu Murillo indo em uma direção e correu na direção dele, atirou com a pistola e com a arma de choque em simultaneo nas feras que apareciam em seu caminho, fazendo grande parte delas se desfazer. Finalmente alcançou Murillo, ele corria e Rayden corria logo atras dele.
-Continue... eu pego as que vierem por tras
Rayden olhou pra tras e viu 3 das criaturas, elas vinham contra as arvores, uma ao meio, e uma em cada lado desta. O rapaz mirou e conseguiu acertar a cabeça de uma com um tiro e a viu cair, as outras vieram com tudo, ele olhou um pouco pra frente e deixou Murillo se afastar um pouco, ele colocou a pistola no bolso enquanto corria e jogou a destra pra tras alcançando o ziper da mochila, enfiou a mao até pegar uma das outras viperteks, logo ele virou e mirou as duas armas numa das feras que explodiu com tamanho choque, a outra pulou na direção dele. Ele nao teria tempo de atirar nela e fechou um dos olhos movendo o ombro como reflexo de proteção, porem nesse momento a fera caiu em sua frente se contorcendo ate ficar imóvel e se desfazer. Não entendera nada do que tinha se passado, olhou pra frente e procurou por Murillo indo ate ele, estava cansado e ofegante, guardou uma das armas de choque na mochila.
-Você está bem?
Após falar com ele olhou em volta, o dia estava quase amanhecendo e eles estavam no meio da floresta. Rayden nao sabia direito onde estavam e não tinha nem sinal dos outros, olhou a mochila que Murillo carregava nas costas.
-Temos de sair daqui e achar os outros... mas antes... você esta fardado assim como eu e César, isso quer dizer que você tambem andou se infiltrando... poderia me dizer o que descobriu? qualquer informação nos ajuda nessa confusao, sabe que nao podemos confiar em ninguem.
Se lembrou de quando acordou e viu Sunny e Murillo aontando suas armas para Larih, ela deve ter tentado algo e foi infeliz, sabia que ele queria saber sobre ela, afinal todos já suspeitavam daquilo.
-Sei que quer saber da Larih, mas é algo que nenhum de nós temos controle... tambem não sei ao certo o que acontece ou vai acontecer com ela, mas se Caim a pegou, é porque pretende fazer algo de especial com ela... mas... não podemos deixar vocês a matarem... se tentarem isso... você e a Lucy Liu dançam junto.
Ele disse começando a andar, tinham de tentar achar o caminho de volta para o acampamento, tentou descobrir onde estavam analisando as árvores e trilhas.
Rayden Donovan- Mensagens : 39
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Larih Spencer
Larih ficou caida no chão, sem a mínima vontade de levantar. Podia ouvir a risada de seu irmão, ele estava parado um pouco atrás de Murillo e apontava o dedo indicador para a tempora dele como se fosse uma arma.
- E agora Larih??
Dava para ouvir o deboche na voz dele. Larih olhou para Murillo, ouviu a voz de César, a gritaria de Sunny tinha acordado o acampamento inteiro.
"Isso e o tiro que você deu."
Pensou, de repente ouviu a voz de Amber e seu sangue gelou. Anjos matavam infectados. Deu uma olhada de canto para Rayden, ele sabia, havia prometido que não contaria. Manteria a promessa depois que ela começasse a pirar? Ajudaria se por acaso Amber quisesse dar um fim nela?
De repente ouviu uma voz diferente das demais, sentiu um peso afundar em seu estômago, quando ergueu a cabeça olhou diretamente pra ele. Parado na entrada da floresta, as asas negras, olhando para eles.
Lari se levantou, sem conseguir tirar os olhos dele, sabia exatamente quem ele era, sabia exatamente porque ele estava ali.
Conseguiu sentir Avayra antes mesmo de vê-la, ela parou ao lado do anjo negro, não lembrava em nada a mulher que vira na fortaleza, um pensamento triste invadiu sua cabeça.
"Então é assim que acaba..."
O nome dele era Caim. Um ceifeiro. Olhou em volta tentando imaginar o que os outros estariam pensando, a voz de Caim não era alta, mas ainda assim conseguia sentir a ameaça nela. Ele queria um deles, Larih deu um passo para trás sem pensar, se alguém fosse escolhido ali provavelmente seria ela.
Não teve tempo se processar a informação, de repente Caim veio para cima dela e a agarrou, logo estava a metros do chão. Deu um berro desesperado.
- Se você se debater vai cair.
Ouviu Caim dizer, viu as feras atacando os outros. Tinha que ajudá-los.
- Por favor...
Ele parou no meio das árvores fechadas e desceu. Parando em cima de um galho. Larih estava em pânico, seu coração batia com tanta força que doía em seu peito.
Caim disse o obvio e sorriu para ela, sentiu seus dedos contra sua pele quente da febre. Disse que ela era um deles e que podia ajudá-la, caso contrário as coisas ficariam apenas piores pra ela.
- Como posso confiar em você?
Se viu perguntando, com uma incerteza muito maior do que queria, então ele a empurrou da árvore, Larih perdeu o equilíbrio e não teve onde se segurar, despencou até o chão. Suas costas bateram com força contra a grama e as raízes, perdeu o ar por um instante, a dor do ferimento a paralisou. Ouviu Caim lhe desejar boa sorte quando Avayra surgiu do meio das árvores.
- Eu acho que agora...você se ferrou.
Ouviu a voz de Luka, Avayra atacou quando ela ainda estava caída no chão, Larih teve poucos segundos para pensar, quando o demônio pulou pra cima dela, ergueu os dois pés a acertando na altura do estômago. Avayra caiu de lado se contorcendo, Larih levantou e correu.
- E agora?
Luka corria tranquilamente ao seu lado, se divertindo com a situação.
- Cale a sua maldita boca!
Avayra surgiu de repente na sua frente e lhe acertou um chute nas costelas, Larih perdeu o equilíbrio e rolou pro lado, Avayra investiu contra ela, Larih acertou a sola de seu tênis no joelho dela e pode ouvir um "crec" do osso se quebrando. Avayra guinchou se encolhend no chão, Larih se levantou e acertou um chute contra ela, dando um pisão em sua cabeça. Avayra se desviou do pisão e se levantou num pulo, Larih correu, tentando se desviar das arvores no escuro, podia ouvir Avayra atrás dela, mais devagar por causa do joelho quebrado.
Luka ia do seu lado.
- Ela não devia nem andar. Eu quebrei o joelho dela!
Luka riu.
- Essa é uma vantagem de se transformar num monstro.
Larih saiu do meio das arvores e avistou uma casa velha de madeira. Correu pra dentro dela, assim que pulou a cerca da varanda sentiu os pés de Avayra em suas costas, Larih bateu contra a porta, a madeira velha se esmigalhou e Larih caiu pra dentro da casa, Avayra saltou por cima dela e acertou um chute contra o seu rosto, quando ela tentava se levantar, Larih rolou pelo chão e bateu contra um armário de prateleiras, alguns potes de vidro cairam, chovendo cacos para todo o lado. Avayra prendeu os joelhos em volta da cintura de Larih e começou a sufocá-la, desesperada a garota tentou se soltar, mas o aperto de aço continuou, quase quebrando sua traqueia, Larih tateou o chão a procura de algo que pudesse ajudá-la, sentiu uma dor nos dedos, um pedaço grande de caco de vidro havia cortado sua pele, sem pensar duas vezes agarrou o vidro sentindo o sangue jorrar em mão e acertou contra a cabeça de Avayra, o caco afundou em sua tempora um pouco a cima da orelha.
Larih se viu livre quando o demônio caiu pra trás tentando tirar o caco de vidro, a garota passou por de baixo da mesa de madeira em direção a porta dos fundos, começava a amanhecer, Avayra saltou pra cima da mesa, Larih chutou uma das pernas de madeira e o móvel desabou.
Larih conseguiu se levantar e correu pra fora. Havia uma plantação já seca e uma cerca de paus afiados e arame enfarpado, uma forma de proteger o lugar, Larih chegou a cerca e tropeçou em algo que a fez cair.
Já estava machucada de mais, sentia seu corpo inteiro doer. Ouviu Avayra rosnar e correr na sua direção, olhou pro chão e viu no que tinha tropeçado, uma machadinha. Voltou a olhar para Avayra, esperando o momento certo, assim que ela saltou pra cima dela, Larih se abaixou e pegou a machadinha, girando ao mesmo tempo, acertou a lâmina no pescoço do demônio, ele caiu numa das estacas, espirrando sangue pra todo lado.
Larih ficou parada, ofegante, suas pernas tremiam, Avayra tentava se soltar, guinchando, Larih olhou para a machadinha em sua mão, se aproximou ergueu o braço e começou a desferir varios golpes contra ela, acertando a cabeça, os ombros, as costas. Batia com força.
- Eu não vou me tornar assim!
Continou a bater com forçan até já quase ter retalhado o corpo, Avayra estava inerte, sem se mecher, finalmente parecia morta.
Larih largou a machadinha e sentou começando a chorar, seu braço já estava dormente, havia um talho em sua testa feito por um chute de Avayra e os outros incontáveis machucados por seu corpo. Sentia a febre queimando em sua pele.
Deitou na grama sem força alguma.
- Por favor...me mate...
Disse chorando, não sabia mais para quem estava pedindo aquilo, continuou chorando e pedindo.
- Por favor...só me mate...
Ouviu o barulho de alguém se sentando do seu lado. Quando olhou viu Luka, ele deu um sorriso.
- Isso vai piorar muito...sinto te dizer...
E desapareceu. Larih se levantou, não se preocupou com o sangue que escorria de sua mão, nem olhou como estava sua ferida, voltou para a floresta, se arrastando.
De repente encontrou Rayden e Murillo, olhou para eles, do jeito que estava devia assustar qualquer um. Suspirou e se aproximou deles.
- Escutem.
Disse cansada.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Larih parou um instante, tremendo, achou que ia acabar desmaiando, respirou fundo e continuou.
- Estou cansada. Não quero mais fugir. Então...se vocês quiserem acabar comigo, façam isso de uma vez.
Larih sentou no chão sem forças. Olhou para Rayden.
- Mas faça isso logo. E acerte na cabeça pra acabar de uma vez.
Larih ficou caida no chão, sem a mínima vontade de levantar. Podia ouvir a risada de seu irmão, ele estava parado um pouco atrás de Murillo e apontava o dedo indicador para a tempora dele como se fosse uma arma.
- E agora Larih??
Dava para ouvir o deboche na voz dele. Larih olhou para Murillo, ouviu a voz de César, a gritaria de Sunny tinha acordado o acampamento inteiro.
"Isso e o tiro que você deu."
Pensou, de repente ouviu a voz de Amber e seu sangue gelou. Anjos matavam infectados. Deu uma olhada de canto para Rayden, ele sabia, havia prometido que não contaria. Manteria a promessa depois que ela começasse a pirar? Ajudaria se por acaso Amber quisesse dar um fim nela?
De repente ouviu uma voz diferente das demais, sentiu um peso afundar em seu estômago, quando ergueu a cabeça olhou diretamente pra ele. Parado na entrada da floresta, as asas negras, olhando para eles.
Lari se levantou, sem conseguir tirar os olhos dele, sabia exatamente quem ele era, sabia exatamente porque ele estava ali.
Conseguiu sentir Avayra antes mesmo de vê-la, ela parou ao lado do anjo negro, não lembrava em nada a mulher que vira na fortaleza, um pensamento triste invadiu sua cabeça.
"Então é assim que acaba..."
O nome dele era Caim. Um ceifeiro. Olhou em volta tentando imaginar o que os outros estariam pensando, a voz de Caim não era alta, mas ainda assim conseguia sentir a ameaça nela. Ele queria um deles, Larih deu um passo para trás sem pensar, se alguém fosse escolhido ali provavelmente seria ela.
Não teve tempo se processar a informação, de repente Caim veio para cima dela e a agarrou, logo estava a metros do chão. Deu um berro desesperado.
- Se você se debater vai cair.
Ouviu Caim dizer, viu as feras atacando os outros. Tinha que ajudá-los.
- Por favor...
Ele parou no meio das árvores fechadas e desceu. Parando em cima de um galho. Larih estava em pânico, seu coração batia com tanta força que doía em seu peito.
Caim disse o obvio e sorriu para ela, sentiu seus dedos contra sua pele quente da febre. Disse que ela era um deles e que podia ajudá-la, caso contrário as coisas ficariam apenas piores pra ela.
- Como posso confiar em você?
Se viu perguntando, com uma incerteza muito maior do que queria, então ele a empurrou da árvore, Larih perdeu o equilíbrio e não teve onde se segurar, despencou até o chão. Suas costas bateram com força contra a grama e as raízes, perdeu o ar por um instante, a dor do ferimento a paralisou. Ouviu Caim lhe desejar boa sorte quando Avayra surgiu do meio das árvores.
- Eu acho que agora...você se ferrou.
Ouviu a voz de Luka, Avayra atacou quando ela ainda estava caída no chão, Larih teve poucos segundos para pensar, quando o demônio pulou pra cima dela, ergueu os dois pés a acertando na altura do estômago. Avayra caiu de lado se contorcendo, Larih levantou e correu.
- E agora?
Luka corria tranquilamente ao seu lado, se divertindo com a situação.
- Cale a sua maldita boca!
Avayra surgiu de repente na sua frente e lhe acertou um chute nas costelas, Larih perdeu o equilíbrio e rolou pro lado, Avayra investiu contra ela, Larih acertou a sola de seu tênis no joelho dela e pode ouvir um "crec" do osso se quebrando. Avayra guinchou se encolhend no chão, Larih se levantou e acertou um chute contra ela, dando um pisão em sua cabeça. Avayra se desviou do pisão e se levantou num pulo, Larih correu, tentando se desviar das arvores no escuro, podia ouvir Avayra atrás dela, mais devagar por causa do joelho quebrado.
Luka ia do seu lado.
- Ela não devia nem andar. Eu quebrei o joelho dela!
Luka riu.
- Essa é uma vantagem de se transformar num monstro.
Larih saiu do meio das arvores e avistou uma casa velha de madeira. Correu pra dentro dela, assim que pulou a cerca da varanda sentiu os pés de Avayra em suas costas, Larih bateu contra a porta, a madeira velha se esmigalhou e Larih caiu pra dentro da casa, Avayra saltou por cima dela e acertou um chute contra o seu rosto, quando ela tentava se levantar, Larih rolou pelo chão e bateu contra um armário de prateleiras, alguns potes de vidro cairam, chovendo cacos para todo o lado. Avayra prendeu os joelhos em volta da cintura de Larih e começou a sufocá-la, desesperada a garota tentou se soltar, mas o aperto de aço continuou, quase quebrando sua traqueia, Larih tateou o chão a procura de algo que pudesse ajudá-la, sentiu uma dor nos dedos, um pedaço grande de caco de vidro havia cortado sua pele, sem pensar duas vezes agarrou o vidro sentindo o sangue jorrar em mão e acertou contra a cabeça de Avayra, o caco afundou em sua tempora um pouco a cima da orelha.
Larih se viu livre quando o demônio caiu pra trás tentando tirar o caco de vidro, a garota passou por de baixo da mesa de madeira em direção a porta dos fundos, começava a amanhecer, Avayra saltou pra cima da mesa, Larih chutou uma das pernas de madeira e o móvel desabou.
Larih conseguiu se levantar e correu pra fora. Havia uma plantação já seca e uma cerca de paus afiados e arame enfarpado, uma forma de proteger o lugar, Larih chegou a cerca e tropeçou em algo que a fez cair.
Já estava machucada de mais, sentia seu corpo inteiro doer. Ouviu Avayra rosnar e correr na sua direção, olhou pro chão e viu no que tinha tropeçado, uma machadinha. Voltou a olhar para Avayra, esperando o momento certo, assim que ela saltou pra cima dela, Larih se abaixou e pegou a machadinha, girando ao mesmo tempo, acertou a lâmina no pescoço do demônio, ele caiu numa das estacas, espirrando sangue pra todo lado.
Larih ficou parada, ofegante, suas pernas tremiam, Avayra tentava se soltar, guinchando, Larih olhou para a machadinha em sua mão, se aproximou ergueu o braço e começou a desferir varios golpes contra ela, acertando a cabeça, os ombros, as costas. Batia com força.
- Eu não vou me tornar assim!
Continou a bater com forçan até já quase ter retalhado o corpo, Avayra estava inerte, sem se mecher, finalmente parecia morta.
Larih largou a machadinha e sentou começando a chorar, seu braço já estava dormente, havia um talho em sua testa feito por um chute de Avayra e os outros incontáveis machucados por seu corpo. Sentia a febre queimando em sua pele.
Deitou na grama sem força alguma.
- Por favor...me mate...
Disse chorando, não sabia mais para quem estava pedindo aquilo, continuou chorando e pedindo.
- Por favor...só me mate...
Ouviu o barulho de alguém se sentando do seu lado. Quando olhou viu Luka, ele deu um sorriso.
- Isso vai piorar muito...sinto te dizer...
E desapareceu. Larih se levantou, não se preocupou com o sangue que escorria de sua mão, nem olhou como estava sua ferida, voltou para a floresta, se arrastando.
De repente encontrou Rayden e Murillo, olhou para eles, do jeito que estava devia assustar qualquer um. Suspirou e se aproximou deles.
- Escutem.
Disse cansada.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Larih parou um instante, tremendo, achou que ia acabar desmaiando, respirou fundo e continuou.
- Estou cansada. Não quero mais fugir. Então...se vocês quiserem acabar comigo, façam isso de uma vez.
Larih sentou no chão sem forças. Olhou para Rayden.
- Mas faça isso logo. E acerte na cabeça pra acabar de uma vez.
Larih Spencer- Mensagens : 29
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Sunny Iamagushy
Sunny continuava a apontar a espada para Larih, tinha medo de que ela fosse reagir, além disso não estava gostando nada da situação, até que todos iam acordando, um após o outro, Murillo levantava-se rapidamente depois do tiro dado ao lado de sua cabeça ficava a observar a cena e apontava a sua arma para a moça, olhava o rapaz e em seguida Larih, estava em silêncio, mais logo puxou sua espada para perto de si.
- Você tem que explicar algumas coisas pra nós garota e tem que explicar agora.
- Mas o que está acontecendo? O que estão fazendo com ela?
Nesse momento não via Amber pular da árvore apenas a ouvia falar mais simplesmente continuava a olhar para Larih caída até que ouvia a voz de Rayden e César.
- O que vocês estão fazendo!? Saiam de perto dela agora.
- Abaixem as armas agora.
Sunny virava-se um pouco para o lado deles, arqueava a sobrancelha levantava a arma para o lado deles quando estavam a apontar as suas para ela e Murillo.
- Ficaram malucos? Vocês iam atirar nela?
- E o que vocês acham que nós estamos fazendo? – Parava de falar um pouco mais logo dizia. - Atirar?
Sunny olhava para Cesár.
- A única pessoa que queria atirar em alguém aqui era essa garota!
Desviava a atenção para Larih.
- Vocês precisam...
- Precisamos?
Observava Amber por um pequeno instante e de repente ela saia sendo arrastada de uma perna por raízes para dentro da floresta.
- Mais... Que droga é essa!?
Sentia um calafrio e dizia baixo para Murillo.
- Cuidado... Dever ser um dos demônios...
Apenas conseguia dizer isso quando ouvia uma risada e em seguida uma voz masculina surgia.
- Boa noite.
Sunny desviava a atenção para o lado de aonde vinha à voz, era a mesma pessoa que havia atacado em Lince e perto do lago, franzia as sobrancelhas e ficava um pouco alerta, será que aquela perseguição não iria acabar mais? Não deixou transparecer o susto do momento enquanto todos estavam a prestar atenção nele que se apresentava.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Devíamos ter nos encontrados em Lince, mas vocês também fugiram de lá.
Procurava discretamente onde estava Amber, ela estava presa por raízes em uma árvore, elas a sufocavam depois de ter gritado para todos saírem dali, mais para onde iriamos mesmo?
- Eu não faria isso se fosse vocês...
Então apenas voltou a fazer o que todos os outros faziam dar atenção a Caim que se encostava à árvore. Sunny pedia a Deus para que todos saíssem daquela situação com vida, pelos cantos da floresta as feras surgiam estávamos encurralados, por um momento seu coração disparou, respirava fundo, uma angustia tomava conta dela, em meio a aqueles rosnados desagradáveis. Sunny puxava suas armas para ficarem próximas ao seu corpo, deixou a ponta da espada encostada ao chão, enquanto Caim continuava a falar.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem... Eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem família em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, família na China, alguns têm medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmos no final.
Por um momento parava de dar atenção para ele que falava, apenas para pensar nas pessoas que havia deixado para trás, a sua angustia aumentava, desviava o olhar para o chão, não percebendo que Caim se aproximava de todos e ficava a caminhar em círculos em volta deles, Sunny levantava voltava a levantar o rosto, via Cesár se aproximando apontando a arma dele para as feras, aquilo não seria o suficiente, voltava a observar Caim e ouvia um rosnado mais próximo, nem tinha dado conta que uma fera estava mais próxima de todos, ficou a observar até que percebia que era Avayra, mais o que eles teriam feito com ela? Balançava um pouco a cabeça estava meio desnorteada, ao olhar em volta Caim passava bem próximo de si, olhando-a, então fez o mesmo, o encarou sem nada dizer.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês têm a fazer é me dar um de vocês.
Ele voltava a se afastar o que ocasionava mais o agitamento daqueles animais ao redor, continuava a sentir calafrios, aquilo não ia ser nada bom.
- Mas como vocês destruíram uma de nossas fortalezas... Terei que dar uma lição em vocês.
Sua conclusão, aquele era o sinal dele para as feras, ele abria suas asas e com velocidade chegou até Larih por estar mais próxima tentou puxar suas pernas para que ele não a levasse mais foi inútil, as feras agora vinham em nossa direção, Sunny se afastava correndo em uma direção completamente diferente da dos outros, adentrando a floresta, algumas feras lhe seguiram, uma delas chegou tão próximo que poderia até lhe morder mais por sorte a garota lhe dava um bom tiro no meio da cabeça a, se safando da primeira, se esquivava entre as árvores, escorregava na grama sem querer e acabava rolando uma pequena descida, volta a levantar-se, olhando para trás, não via nada, mais onde será que as feras estavam? Tão pouco sabia onde os outros haviam se metido, até que ouvia outros rosnados e voltava a correr, uma delas vinha bem em sua frente, desviava a sua rota, vendo a frente uma pedra, na qual pudesse alcançar, prendia a espada nas costas e colocava sua arma no bolso pulava na pedra, se pondo em pé na mesma meio que perdendo o equilíbrio, via um galho mais próximo e o agarrava, puxava o corpo para cima deste, mais abaixo a fera estava a passar Sunny empunhava a espada e deixa-se cair por cima das costas dela, enfiava a lamina em sua cabeça e a girava fazendo com que o bicho caísse no chão. Tratava de sair de cima dele logo e continuava a correr, a sua frente estava um estreito riacho cheio de pedras, passava por ele, a água salpicava na sua roupa, ao atravessar aquela parte, só podia sentir algo lhe empurrando contra as costas, talvez uma cabeçada que lhe fazia cair e ser arrastada para frente contra algumas pedras e uma árvore, a única coisa que pode ouvir por ultimo foi um rosnado, e algo se aproximando.
“Senhor, por favor, me ajude!”
A fera puxou o, sobretudo de Sunny a arrastando, seu corpo batia entre as pedras e ela se debatia querendo se soltar, segurava com força o punho da katana e enfiou a lamina contra a pata da fera que rosnava alto, até que se preparava para dar um bote na garota, Sunny fechava os olhos sem ter como fugir no momento, até que quando ia ser atacado pelo animal ele desaparecia. Via que nada acontecia e abria os olhos, ele não estava mais ali, levanta-se sentia o corpo dolorido depois de ser jogada e arrastada, seguia caminhando na trilha do riacho, não ouvia mais rosnados, mais também não encontrava mais ninguém. Ainda estava apreensiva, olhava o lado mais alto ao qual havia escorregado, tinha tido sorte de não ter batido a cabeça em nem uma pedra. Caminhava por algum tempo, na esperança de encontrar algum lugar que desse de volta ao acampamento e de longe avistava um barranco alto com algumas raízes espinhosas e uma pessoa caída no chão, parecia que conhecia, resolvia aproximar-se, suas pegadas afundaram um pouco no chão, com aquela terra úmida, quando estava perto o bastante via que era César, abaixava-se e olhava a pedra que estava perto dele, fazia alguns movimentos com os dedos no rosto dele na simples forma de querer acorda-lo disse baixo.
- César?
Sunny continuava a apontar a espada para Larih, tinha medo de que ela fosse reagir, além disso não estava gostando nada da situação, até que todos iam acordando, um após o outro, Murillo levantava-se rapidamente depois do tiro dado ao lado de sua cabeça ficava a observar a cena e apontava a sua arma para a moça, olhava o rapaz e em seguida Larih, estava em silêncio, mais logo puxou sua espada para perto de si.
- Você tem que explicar algumas coisas pra nós garota e tem que explicar agora.
- Mas o que está acontecendo? O que estão fazendo com ela?
Nesse momento não via Amber pular da árvore apenas a ouvia falar mais simplesmente continuava a olhar para Larih caída até que ouvia a voz de Rayden e César.
- O que vocês estão fazendo!? Saiam de perto dela agora.
- Abaixem as armas agora.
Sunny virava-se um pouco para o lado deles, arqueava a sobrancelha levantava a arma para o lado deles quando estavam a apontar as suas para ela e Murillo.
- Ficaram malucos? Vocês iam atirar nela?
- E o que vocês acham que nós estamos fazendo? – Parava de falar um pouco mais logo dizia. - Atirar?
Sunny olhava para Cesár.
- A única pessoa que queria atirar em alguém aqui era essa garota!
Desviava a atenção para Larih.
- Vocês precisam...
- Precisamos?
Observava Amber por um pequeno instante e de repente ela saia sendo arrastada de uma perna por raízes para dentro da floresta.
- Mais... Que droga é essa!?
Sentia um calafrio e dizia baixo para Murillo.
- Cuidado... Dever ser um dos demônios...
Apenas conseguia dizer isso quando ouvia uma risada e em seguida uma voz masculina surgia.
- Boa noite.
Sunny desviava a atenção para o lado de aonde vinha à voz, era a mesma pessoa que havia atacado em Lince e perto do lago, franzia as sobrancelhas e ficava um pouco alerta, será que aquela perseguição não iria acabar mais? Não deixou transparecer o susto do momento enquanto todos estavam a prestar atenção nele que se apresentava.
- Eu sou Caim, um dos ceifeiros. Devíamos ter nos encontrados em Lince, mas vocês também fugiram de lá.
Procurava discretamente onde estava Amber, ela estava presa por raízes em uma árvore, elas a sufocavam depois de ter gritado para todos saírem dali, mais para onde iriamos mesmo?
- Eu não faria isso se fosse vocês...
Então apenas voltou a fazer o que todos os outros faziam dar atenção a Caim que se encostava à árvore. Sunny pedia a Deus para que todos saíssem daquela situação com vida, pelos cantos da floresta as feras surgiam estávamos encurralados, por um momento seu coração disparou, respirava fundo, uma angustia tomava conta dela, em meio a aqueles rosnados desagradáveis. Sunny puxava suas armas para ficarem próximas ao seu corpo, deixou a ponta da espada encostada ao chão, enquanto Caim continuava a falar.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem... Eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem família em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, família na China, alguns têm medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmos no final.
Por um momento parava de dar atenção para ele que falava, apenas para pensar nas pessoas que havia deixado para trás, a sua angustia aumentava, desviava o olhar para o chão, não percebendo que Caim se aproximava de todos e ficava a caminhar em círculos em volta deles, Sunny levantava voltava a levantar o rosto, via Cesár se aproximando apontando a arma dele para as feras, aquilo não seria o suficiente, voltava a observar Caim e ouvia um rosnado mais próximo, nem tinha dado conta que uma fera estava mais próxima de todos, ficou a observar até que percebia que era Avayra, mais o que eles teriam feito com ela? Balançava um pouco a cabeça estava meio desnorteada, ao olhar em volta Caim passava bem próximo de si, olhando-a, então fez o mesmo, o encarou sem nada dizer.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês têm a fazer é me dar um de vocês.
Ele voltava a se afastar o que ocasionava mais o agitamento daqueles animais ao redor, continuava a sentir calafrios, aquilo não ia ser nada bom.
- Mas como vocês destruíram uma de nossas fortalezas... Terei que dar uma lição em vocês.
Sua conclusão, aquele era o sinal dele para as feras, ele abria suas asas e com velocidade chegou até Larih por estar mais próxima tentou puxar suas pernas para que ele não a levasse mais foi inútil, as feras agora vinham em nossa direção, Sunny se afastava correndo em uma direção completamente diferente da dos outros, adentrando a floresta, algumas feras lhe seguiram, uma delas chegou tão próximo que poderia até lhe morder mais por sorte a garota lhe dava um bom tiro no meio da cabeça a, se safando da primeira, se esquivava entre as árvores, escorregava na grama sem querer e acabava rolando uma pequena descida, volta a levantar-se, olhando para trás, não via nada, mais onde será que as feras estavam? Tão pouco sabia onde os outros haviam se metido, até que ouvia outros rosnados e voltava a correr, uma delas vinha bem em sua frente, desviava a sua rota, vendo a frente uma pedra, na qual pudesse alcançar, prendia a espada nas costas e colocava sua arma no bolso pulava na pedra, se pondo em pé na mesma meio que perdendo o equilíbrio, via um galho mais próximo e o agarrava, puxava o corpo para cima deste, mais abaixo a fera estava a passar Sunny empunhava a espada e deixa-se cair por cima das costas dela, enfiava a lamina em sua cabeça e a girava fazendo com que o bicho caísse no chão. Tratava de sair de cima dele logo e continuava a correr, a sua frente estava um estreito riacho cheio de pedras, passava por ele, a água salpicava na sua roupa, ao atravessar aquela parte, só podia sentir algo lhe empurrando contra as costas, talvez uma cabeçada que lhe fazia cair e ser arrastada para frente contra algumas pedras e uma árvore, a única coisa que pode ouvir por ultimo foi um rosnado, e algo se aproximando.
“Senhor, por favor, me ajude!”
A fera puxou o, sobretudo de Sunny a arrastando, seu corpo batia entre as pedras e ela se debatia querendo se soltar, segurava com força o punho da katana e enfiou a lamina contra a pata da fera que rosnava alto, até que se preparava para dar um bote na garota, Sunny fechava os olhos sem ter como fugir no momento, até que quando ia ser atacado pelo animal ele desaparecia. Via que nada acontecia e abria os olhos, ele não estava mais ali, levanta-se sentia o corpo dolorido depois de ser jogada e arrastada, seguia caminhando na trilha do riacho, não ouvia mais rosnados, mais também não encontrava mais ninguém. Ainda estava apreensiva, olhava o lado mais alto ao qual havia escorregado, tinha tido sorte de não ter batido a cabeça em nem uma pedra. Caminhava por algum tempo, na esperança de encontrar algum lugar que desse de volta ao acampamento e de longe avistava um barranco alto com algumas raízes espinhosas e uma pessoa caída no chão, parecia que conhecia, resolvia aproximar-se, suas pegadas afundaram um pouco no chão, com aquela terra úmida, quando estava perto o bastante via que era César, abaixava-se e olhava a pedra que estava perto dele, fazia alguns movimentos com os dedos no rosto dele na simples forma de querer acorda-lo disse baixo.
- César?
Sunny Iamagushy- Mensagens : 13
Data de inscrição : 05/04/2013
Idade : 29
Re: Arcade of the damned.
Olá jogadores!
Estamos de volta a ativa!
Enquanto a princesinha do Murillo não posta, vou colocando um Spoiler por aqui.
Aquele lugar era escuro, e frio, fazia muito frio, as paredes úmidas da cela não deixavam que as pessoas se encostassem por muito tempo, a roupa ficava molhada e o garoto já vira muitos morrerem depois de tanto tossirem. Havia machucado a perna depois da queda pelo buraco escuro, mas isso não era nada comparado ao que acontecia quando eles apareciam.
Eles vinham uma vez por dia e foi assim que o garoto conseguiu não se perder no tempo, o que não era difícil lá dentro, no escuro, com medo, as celas estavam cheias de pessoas que como ele haviam caído nos buracos. Muitos estavam machucados e iam piorando conforme o tempo passava, não havia cuidado com ninguém, a cada dia morria alguém, se não fosse por alguma ferida ou doença, era porque eles vinham buscar alguém.
Geralmente era uma mulher, ela andava lentamente por cada cela, analisando atentamente cada pessoa, avaliando, como se procurasse algo que pudesse valer a pena, ela tinha cabelos azuis e olhos frios, o garoto tinha medo toda vez que ela aparecia, dois homens sempre a acompanhavam e eram eles que arrastavam uma pessoa de lá e ela nunca mais era vista, as vezes eles torturavam um deles na cela e era possível ouvir os gritos de desespero da pessoa.
O garoto estava cansado, na sua cela haviam mais quatro pessoas, uma garota que nunca parava de chorar encolhida num canto, um homem que já dormia a quase três dia e um homem já mais velho, ele permanecia sempre encostado a parede, em silêncio. O garoto olhava pra ele ás vezes, mas eles nunca conversavam, não havia motivo para isso ali.
Naquele dia o garoto estava se sentindo fraco, não lembrava qual fora a ultima vez que havia comido algo, estava encostada a parede úmida, olhando pelas grades quando a mulher de cabelo azul apareceu, vinha com seus dois seguidores, ela parou na frente de sua cela e olhou pra dentro.
- Sabe...
A mulher começou a dizer e isso foi diferente das outras vezes, ela nunca falava nada, o garoto se esforçou para continuar olhando para frente, na altura dos joelhos dela, o portão da cela foi aberto e ele viu os três entrarem.
- Dizem que há humanos resistindo aos nossos ataques.
A garota que estava na sua cela começou a chorar baixinho se encolhendo mais de medo, o garoto olhou de canto de olho para ela implorando em pensamento para que parasse de chorar, aquilo não terminaria bem, mas ela continuou a chorar. A mulher deu uma volta pela cela.
- É claro que isso é ridículo.
Ela parou do lado da garota, o garoto se viu obrigado a olhá-los. A mulher de cabelo azul sorriu e colocou a mão na cabeça dela, a garota olhou para o companheiro de cela com medo, então foi puxada pelo cabelo e obrigada a ficar em pé, ela gritou e tentou se soltar, a mulher a empurrou na direção dos dois homens que a seguraram e a arrastaram pra fora, eles a jogaram no chão do corredor, ela se chocou com força e ficou caída chorando.
- Você são fracos...
A mulher disse se encostando a grade da cela, um dos homens tirou uma garrafa do bolso e espirrou um líquido contra a garota, o garoto sentiu o cheiro e arregalou os olhos, não acreditou no que eles iam fazer.
- Humanos são só...
A mulher tirou um isqueiro do bolso e riu.
- Humanos...
Jogou o isqueiro aceso contra a garota caída no chão e num instante ela tinha se consumido em chamas, os gritos de desespero dela e o cheiro de carne queimada embrulharam o estômago do garoto. A mulher de cabelo azul saiu da cela e se afastou com os outros dois, deixaram o corpo em chamas no corredor. O garoto ficou olhando enquanto as chamas consumiam a garota. Estava perdido, sabia disso.
- Com licença meu jovem...
Ele ouviu uma voz baixa do fundo da cela, e surpreso virou a cabeça, o velho estava falando, depois de tanto tempo.
- Sim...?
O garoto nem sabia o que responder. O velho se endireitou.
- Creio que seja a hora de pensarmos em como sair daqui...não quero ser o próximo a ter um destino como o dela.
O garoto ficou olhando para ele.
- Ah, certo...algum plano?
Não conseguiu deixar de colocar um pouco de deboche na voz, depois de tanto tempo ele achava que conseguiria o que?
- Filho...eu servi no exército, posso ser velho, mas tenho um ou dois planos que podem ser úteis agora. Aliás, sou Donovan.
O garoto achou engraçada a resposta dele. Mas soube instantaneamente que podia confiar nele.
- Sou Luka Spencer.
Estamos de volta a ativa!
Enquanto a princesinha do Murillo não posta, vou colocando um Spoiler por aqui.
Aquele lugar era escuro, e frio, fazia muito frio, as paredes úmidas da cela não deixavam que as pessoas se encostassem por muito tempo, a roupa ficava molhada e o garoto já vira muitos morrerem depois de tanto tossirem. Havia machucado a perna depois da queda pelo buraco escuro, mas isso não era nada comparado ao que acontecia quando eles apareciam.
Eles vinham uma vez por dia e foi assim que o garoto conseguiu não se perder no tempo, o que não era difícil lá dentro, no escuro, com medo, as celas estavam cheias de pessoas que como ele haviam caído nos buracos. Muitos estavam machucados e iam piorando conforme o tempo passava, não havia cuidado com ninguém, a cada dia morria alguém, se não fosse por alguma ferida ou doença, era porque eles vinham buscar alguém.
Geralmente era uma mulher, ela andava lentamente por cada cela, analisando atentamente cada pessoa, avaliando, como se procurasse algo que pudesse valer a pena, ela tinha cabelos azuis e olhos frios, o garoto tinha medo toda vez que ela aparecia, dois homens sempre a acompanhavam e eram eles que arrastavam uma pessoa de lá e ela nunca mais era vista, as vezes eles torturavam um deles na cela e era possível ouvir os gritos de desespero da pessoa.
O garoto estava cansado, na sua cela haviam mais quatro pessoas, uma garota que nunca parava de chorar encolhida num canto, um homem que já dormia a quase três dia e um homem já mais velho, ele permanecia sempre encostado a parede, em silêncio. O garoto olhava pra ele ás vezes, mas eles nunca conversavam, não havia motivo para isso ali.
Naquele dia o garoto estava se sentindo fraco, não lembrava qual fora a ultima vez que havia comido algo, estava encostada a parede úmida, olhando pelas grades quando a mulher de cabelo azul apareceu, vinha com seus dois seguidores, ela parou na frente de sua cela e olhou pra dentro.
- Sabe...
A mulher começou a dizer e isso foi diferente das outras vezes, ela nunca falava nada, o garoto se esforçou para continuar olhando para frente, na altura dos joelhos dela, o portão da cela foi aberto e ele viu os três entrarem.
- Dizem que há humanos resistindo aos nossos ataques.
A garota que estava na sua cela começou a chorar baixinho se encolhendo mais de medo, o garoto olhou de canto de olho para ela implorando em pensamento para que parasse de chorar, aquilo não terminaria bem, mas ela continuou a chorar. A mulher deu uma volta pela cela.
- É claro que isso é ridículo.
Ela parou do lado da garota, o garoto se viu obrigado a olhá-los. A mulher de cabelo azul sorriu e colocou a mão na cabeça dela, a garota olhou para o companheiro de cela com medo, então foi puxada pelo cabelo e obrigada a ficar em pé, ela gritou e tentou se soltar, a mulher a empurrou na direção dos dois homens que a seguraram e a arrastaram pra fora, eles a jogaram no chão do corredor, ela se chocou com força e ficou caída chorando.
- Você são fracos...
A mulher disse se encostando a grade da cela, um dos homens tirou uma garrafa do bolso e espirrou um líquido contra a garota, o garoto sentiu o cheiro e arregalou os olhos, não acreditou no que eles iam fazer.
- Humanos são só...
A mulher tirou um isqueiro do bolso e riu.
- Humanos...
Jogou o isqueiro aceso contra a garota caída no chão e num instante ela tinha se consumido em chamas, os gritos de desespero dela e o cheiro de carne queimada embrulharam o estômago do garoto. A mulher de cabelo azul saiu da cela e se afastou com os outros dois, deixaram o corpo em chamas no corredor. O garoto ficou olhando enquanto as chamas consumiam a garota. Estava perdido, sabia disso.
- Com licença meu jovem...
Ele ouviu uma voz baixa do fundo da cela, e surpreso virou a cabeça, o velho estava falando, depois de tanto tempo.
- Sim...?
O garoto nem sabia o que responder. O velho se endireitou.
- Creio que seja a hora de pensarmos em como sair daqui...não quero ser o próximo a ter um destino como o dela.
O garoto ficou olhando para ele.
- Ah, certo...algum plano?
Não conseguiu deixar de colocar um pouco de deboche na voz, depois de tanto tempo ele achava que conseguiria o que?
- Filho...eu servi no exército, posso ser velho, mas tenho um ou dois planos que podem ser úteis agora. Aliás, sou Donovan.
O garoto achou engraçada a resposta dele. Mas soube instantaneamente que podia confiar nele.
- Sou Luka Spencer.
Re: Arcade of the damned.
Murillo Assassyh
Murillo já estava cansado de ter que correr e fugir toda vez que as coisas pareciam estar se acalmando e naquela noite não ia ser diferente. Depois de quase levar um tiro, era a vez dos monstros sobrenaturais aparecerem para dar seu costumeiro oi.
O homem de asas negras se apresentou como Caim e vinha acompanhado do que um dia já fora uma pessoa, agora não passava de uma coisa...estranha.
Estavam encurralados na floresta, com feras em toda parte, Amber fora pega e nem sinal de Gabriel. Murillo reconheceu a criatura que acompanhava Caim como sendo Avayra, o que tinham feito com ela é que era o problema, ele se lembrou dos vídeos titulados como “Experiências” que estavam junto com o computador. Essa parecia ter dado certo. Viu que se pescoço tinha uma marca, podia ser uma cicatriz...uma fera devia a ter atacado. Olhou para Larih um pouco atrás dele, aquele seu machucado no ombro.
“Ah merda...”
Pensou entendendo tudo. Eles estavam realmente ferrados.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
Quando Caim falou sobre sua filha Murillo ficou sem ação. Como ele sabia? Pensou em Nicole, ela só tinha oito anos, ele não podia machucá-la.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês tem a fazer é me dar um de vocês.
Murillo ouviu aquilo e olhou para os outros, ele estava mesmo falando sério? Um sacrifício? Como é que eles iam confiar na palavra de um demônio? Mas e se ele realmente estivesse com Nicole? O que faria? Não teve muito tempo para pensar quando de repente as feras atacaram de uma vez, ele não pensou duas vezes e correu pra floresta.
-Continue... eu pego as que vierem por tras
Rayden apareceu de algum lugar, uma fera os atacou de frente, Murillo se desviou dela se colocando contra uma arvore, a criatura acertou suas garras no tronco, arrancando lascas de madeira, Murillo atirou quando ela atacou outra vez e o monstro sumiu. Tentou ver onde estavam os outros, mas só Rayden estava por perto, outra fera o atacou e quando pulou pra cima dele recebeu um tiro e também desapareceu, ele ouviu um grito de César vindo de algum lugar, mas não conseguiu ver o garoto.
Viu uma fera pular contra Rayden, mas quando ia atirar, ela simplesmente se desfez em enxofre, não pareciam haver mais feras, a floresta mergulhou num silêncio outra vez. Rayden veio pra perto dele outra vez.
- Você está bem?
Murilo deu uma risada da pergunta dele.
- Garoto, isso não é mais pergunta que se faça hoje em dia.
Olhou em volta pensando onde poderiam estar os outros.
- Eu só espero que não sejamos os únicos que sobraram inteiros...
-Sei que quer saber da Larih, mas é algo que nenhum de nós temos controle... tambem não sei ao certo o que acontece ou vai acontecer com ela, mas se Caim a pegou, é porque pretende fazer algo de especial com ela... mas... não podemos deixar vocês a matarem... se tentarem isso... você e a Lucy Liu dançam junto.
Murillo suspirou cansado. Ele sabia o que tinha acontecido com Larih, agora entendia porque eles tinham que matar os infectados, Larih não parecia tão ruim quanto os que vira nos vídeos, ainda...
Ele tirou a mochila das costas e se sentou no chão. Abriu e tirou seu laptop.
- Escuta garoto, a sua amiguinha está pior, muito pior do que você pode imaginar.
Murillo ligou o computador, procurou o CD certo e colocou, mostrando a Rayden as imagens das pessoas infectadas.
- Peguei esse computador na base, em uma das salas, aquele lugar não era só uma fortaleza, era uma base cientifica sabe-se lá Deus para quê. Eles estavam usando humanos para experiências...
Ele abriu uma pasta de documentos, com vários relatórios.
- Eles ficham cada pessoa que foi usada, cada sintoma, cada ação, tudo. E todos que aparecem aqui foram contaminados por contato direito com aqueles monstros, essa é a raiz do problema.
Murillo olhou para Rayden.
- Se aquela garota foi contaminada pelo que estou pensando...logo vai se tornar como os outros desse vídeo, ela é um perigo.
Ele abriu outra pasta.
- Aqui eles também falam de um soro que parece acelerar o processo de contaminação...minha empresa tem uma área de desenvolvimento
farmacológico, sei que quando um soro é contaminado também existe um que é limpo.
A bateria estava acabando, precisava achar alguma coisa logo, ou não teria mais como pesquisar, fechou o computador e o guardou na bolsa.
- Pode ser que esse seja o mesmo caso de uma picada de cobra, o soro que pode curar a pessoa é feito do mesmo veneno que pode mata-la.
Murillo ficou olhando para Rayden.
- Eu não tenho a mínima vontade de ajudar a sua amiguinha depois de ela quase ter me dado um tiro na cabeça, mas aquele cara sabe sobre a minha família no Texas e se ele está pensando que vai encostar um dedo na minha filha está muito enganado.
Ele se levantou colocando a mochila nas costas de volta.
- Deve ter alguma cura por ai, precisamos dar um jeito de acha-la ou de fazê-la, isso pode salvar muita...
Murillo parou de falar quando viu Larih se aproximando, ficou com a arma engatilhada caso ela tenta-se alguma coisa, parecia bem machucada, ele ficou surpreso de ver que ela havia conseguido fugir de Caim.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Ela começou a falar e Murillo olhou de Rayden pra ela, parecia que ela desmaiar no próximo segundo. Então ela se sentou no chão e olhou pra eles.
- Estou cansada. Não quero mais fugir. Então...se vocês quiserem acabar comigo, façam isso de uma vez.
Murillo ficou surpreso com o pedido dela, olhou para Rayden outra vez esperando alguma reação dele. Então balançou a cabeça.
- É claro que te matar seria o mais fácil e o mais prático a se fazer. Uma hora ou outra você vai acabar pirando.
Ele guardou sua arma e olhou pra ela.
- Mas eu nunca gostei de coisas fáceis e você tem muita sorte de não ter me acertado aquele tiro.
Olhou para Rayden.
- É bom ajudar essa garota, antes que ela desmaie ai, temos que encontrar os outros e dar um jeito de ir pra um lugar mais seguro. Agora...onde foram parar a Lucy Liu, o pirralho e aqueles anjos?
Murillo já estava cansado de ter que correr e fugir toda vez que as coisas pareciam estar se acalmando e naquela noite não ia ser diferente. Depois de quase levar um tiro, era a vez dos monstros sobrenaturais aparecerem para dar seu costumeiro oi.
O homem de asas negras se apresentou como Caim e vinha acompanhado do que um dia já fora uma pessoa, agora não passava de uma coisa...estranha.
Estavam encurralados na floresta, com feras em toda parte, Amber fora pega e nem sinal de Gabriel. Murillo reconheceu a criatura que acompanhava Caim como sendo Avayra, o que tinham feito com ela é que era o problema, ele se lembrou dos vídeos titulados como “Experiências” que estavam junto com o computador. Essa parecia ter dado certo. Viu que se pescoço tinha uma marca, podia ser uma cicatriz...uma fera devia a ter atacado. Olhou para Larih um pouco atrás dele, aquele seu machucado no ombro.
“Ah merda...”
Pensou entendendo tudo. Eles estavam realmente ferrados.
- Vocês podem achar que estão seguros com um arcanjo e uma ceifadora, mas acreditem...eu sei tudo sobre vocês, pelo menos aquilo que nos interessa e interessa a vocês. Sei que alguém aqui tem familia em Jericoh, outro tem uma filha no Texas, familia na China, alguns tem medo do que pode acontecer com os outros e com eles mesmo no final.
Quando Caim falou sobre sua filha Murillo ficou sem ação. Como ele sabia? Pensou em Nicole, ela só tinha oito anos, ele não podia machucá-la.
- Me entreguem um de vocês, apenas um e eu prometo a vocês que tudo isso acaba, chega de fugir, de ataques e de perdas. E tudo o que vocês tem a fazer é me dar um de vocês.
Murillo ouviu aquilo e olhou para os outros, ele estava mesmo falando sério? Um sacrifício? Como é que eles iam confiar na palavra de um demônio? Mas e se ele realmente estivesse com Nicole? O que faria? Não teve muito tempo para pensar quando de repente as feras atacaram de uma vez, ele não pensou duas vezes e correu pra floresta.
-Continue... eu pego as que vierem por tras
Rayden apareceu de algum lugar, uma fera os atacou de frente, Murillo se desviou dela se colocando contra uma arvore, a criatura acertou suas garras no tronco, arrancando lascas de madeira, Murillo atirou quando ela atacou outra vez e o monstro sumiu. Tentou ver onde estavam os outros, mas só Rayden estava por perto, outra fera o atacou e quando pulou pra cima dele recebeu um tiro e também desapareceu, ele ouviu um grito de César vindo de algum lugar, mas não conseguiu ver o garoto.
Viu uma fera pular contra Rayden, mas quando ia atirar, ela simplesmente se desfez em enxofre, não pareciam haver mais feras, a floresta mergulhou num silêncio outra vez. Rayden veio pra perto dele outra vez.
- Você está bem?
Murilo deu uma risada da pergunta dele.
- Garoto, isso não é mais pergunta que se faça hoje em dia.
Olhou em volta pensando onde poderiam estar os outros.
- Eu só espero que não sejamos os únicos que sobraram inteiros...
-Sei que quer saber da Larih, mas é algo que nenhum de nós temos controle... tambem não sei ao certo o que acontece ou vai acontecer com ela, mas se Caim a pegou, é porque pretende fazer algo de especial com ela... mas... não podemos deixar vocês a matarem... se tentarem isso... você e a Lucy Liu dançam junto.
Murillo suspirou cansado. Ele sabia o que tinha acontecido com Larih, agora entendia porque eles tinham que matar os infectados, Larih não parecia tão ruim quanto os que vira nos vídeos, ainda...
Ele tirou a mochila das costas e se sentou no chão. Abriu e tirou seu laptop.
- Escuta garoto, a sua amiguinha está pior, muito pior do que você pode imaginar.
Murillo ligou o computador, procurou o CD certo e colocou, mostrando a Rayden as imagens das pessoas infectadas.
- Peguei esse computador na base, em uma das salas, aquele lugar não era só uma fortaleza, era uma base cientifica sabe-se lá Deus para quê. Eles estavam usando humanos para experiências...
Ele abriu uma pasta de documentos, com vários relatórios.
- Eles ficham cada pessoa que foi usada, cada sintoma, cada ação, tudo. E todos que aparecem aqui foram contaminados por contato direito com aqueles monstros, essa é a raiz do problema.
Murillo olhou para Rayden.
- Se aquela garota foi contaminada pelo que estou pensando...logo vai se tornar como os outros desse vídeo, ela é um perigo.
Ele abriu outra pasta.
- Aqui eles também falam de um soro que parece acelerar o processo de contaminação...minha empresa tem uma área de desenvolvimento
farmacológico, sei que quando um soro é contaminado também existe um que é limpo.
A bateria estava acabando, precisava achar alguma coisa logo, ou não teria mais como pesquisar, fechou o computador e o guardou na bolsa.
- Pode ser que esse seja o mesmo caso de uma picada de cobra, o soro que pode curar a pessoa é feito do mesmo veneno que pode mata-la.
Murillo ficou olhando para Rayden.
- Eu não tenho a mínima vontade de ajudar a sua amiguinha depois de ela quase ter me dado um tiro na cabeça, mas aquele cara sabe sobre a minha família no Texas e se ele está pensando que vai encostar um dedo na minha filha está muito enganado.
Ele se levantou colocando a mochila nas costas de volta.
- Deve ter alguma cura por ai, precisamos dar um jeito de acha-la ou de fazê-la, isso pode salvar muita...
Murillo parou de falar quando viu Larih se aproximando, ficou com a arma engatilhada caso ela tenta-se alguma coisa, parecia bem machucada, ele ficou surpreso de ver que ela havia conseguido fugir de Caim.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Ela começou a falar e Murillo olhou de Rayden pra ela, parecia que ela desmaiar no próximo segundo. Então ela se sentou no chão e olhou pra eles.
- Estou cansada. Não quero mais fugir. Então...se vocês quiserem acabar comigo, façam isso de uma vez.
Murillo ficou surpreso com o pedido dela, olhou para Rayden outra vez esperando alguma reação dele. Então balançou a cabeça.
- É claro que te matar seria o mais fácil e o mais prático a se fazer. Uma hora ou outra você vai acabar pirando.
Ele guardou sua arma e olhou pra ela.
- Mas eu nunca gostei de coisas fáceis e você tem muita sorte de não ter me acertado aquele tiro.
Olhou para Rayden.
- É bom ajudar essa garota, antes que ela desmaie ai, temos que encontrar os outros e dar um jeito de ir pra um lugar mais seguro. Agora...onde foram parar a Lucy Liu, o pirralho e aqueles anjos?
Re: Arcade of the damned.
Custava ele dizer que tinha esquecido a merda senha? - Mil pontos a menos pro timo do Murillo!
Re: Arcade of the damned.
Amber Ludovick
Amber ficou sentada no chão, com a cabeça de Gabriel em seu colo. O lugar estava mergulhado no mais repleto silêncio, Aletus também estava sentado no chão e olhava para o céu, que ia clareando cada vez mais. Nenhum dos humanos havia voltado e isso começava a preocupá-la.
– Como foi que você nos achou?
Perguntou a Aletus. Gabriel suspirou mas não pareceu que ia acordar. O garoto olhou para ele e depois para Amber.
- Desde que as coisas ficaram muito estranhas eu tentei contactar algum Arcanjo, mas nenhum deles quis me dar ouvido. De repente Trevas estava do lado dos demônios e Terra lutava para manter o equilibrio. Não sabiamos mais o que fazer...
Amber se lembrou do que Miguel havia falado para ela. Os demônios atacavam pelo mundo todo, mas ouvir sobre o que faziam com os elementais era uma surpresa. Trevas era uma garotinha com uma aparência de seis anos, talvez a mais encantadora de todos os elementais, era tranquila, serena, por que havia passado para o outro lado? O que tinha acontecido com ela?
- Aletus...você teve contato com Trevas depois do que aconteceu?
O garoto suspirou desanimado.
- Minha irmã não estava disposta a conversar, não cheguei a tempo de pará-la, ela atacou o Ar e o expulsou do céu. Depois veio a escuridão...e Terra implorando por ajuda para segurar os portais.
Amber sabia o que vinha depois, os terremotos, as explosões de fogo, as feras, um inferno na terra. A guardiã dos portais fora rendida. Olhou para Gabriel em seu colo, aquilo estava ficando fora de controle.De repente uma pessoa surgiu no meio da clareira, e tanto Amber quanto Aletus ficaram apostos.
- Não ataquem! Sou eu!
A garotinha ergueu os braços em pânico, parecia ter um dez anos, suas roupas brancas estavam sujas e rasgadas, o cabelo escuro bagunçado e com barro nas pontas.
- Terra!
Aletus ficou aliviado. A garota se aproximou um pouco.
- Ouvi seu pedido de socorro e vim o mais rápido que pude.
Ela chegou bem perto de Gabriel e olhou para ele, parecia cansada, como se tivesse acabado de enfrente uma guerra.
- Eu sinto muito...
Disse a Amber e segurou a mão de Gabriel com uma certa tristeza. Aletus se colocou ao lado dela.
- Você pode ajudá-lo?
A garota olhou para ele.
- Posso tentar, ele não é o primeiro a ser atingido, Fogo e Água estão tentando criar uma cura para isso...posso levá-lo comigo até eles.
Amber sentiu uma pontada de medo, não queria abandonar Gabriel daquele jeito, não depois de ele a ter ajudado tanto. Aletus percebeu isso.
- Me ajude a encontrar os humanos Am, eu posso levá-los para Jericoh e você pode voltar para Gabriel.
Terra sentou-se no chão, enquanto Amber se levantava, não podia ficar daquela forma, não seria isso que Gabriel faria. Ela precisava encontrar os outros arcanjos, precisava de mais ajuda, estavam perdendo a guerra.
- Não posso Aletus. Gabriel estava procurando os outros arcanjos. Preciso tentar encontrar Miguel e Rafael, talvez possamos invocar o selo.
Aletus concordou com a cabeça e olhou para Terra.
- Boa sorte irmã.
Terra envolveu o braços em torno de Gabriel e ambos desapareceram. Aletus e Amber estavam sozinhos outra vez. O garoto olhou em volta como se fareja-se o ar, fechou os olhos um instante.
- Posso sentir três deles juntos...outros dois...um pouco mais longe.
Amber também podia sentí-los, não como Aletus, mas podia sentir as presenças humanas, enquanto Aletus era capaz de sentir as energias ao redor. Ele fez uma careta.
- Está sentindo isso?
- O que?
Amber já olhou em volta se preparando para um ataque, mas Aletus balançou a cabeça um pouco confuso.
- Não deve ser nada, estou cansado, minha mente se confunde.
Ele olhou em direção a floresta.
- Desça o barranco em direção ao caminho do rio, dois deles estão lá, depois vá em direção a cabana e me encontre, estarei com os outros.
Dizendo isso ele sumiu num risco de energia. Amber abriu suas asas negras e subiu em direção ao céu, foi na direção que Aletus havia dito, vasculhava o terreno com os olhos, encontrou César e Sunnyna beira do barranco, estavam bem machucados. Pousou ao lado deles.
- Fico feliz que estejam vivos.
Disse com um certo alivio, esses humanos eram bem mais fortes do que ela havia pensando. Viu que César estava desacordado, se ajoelhou ao lado dele e tomou seu pulso, a pressão estava normal, as roupas dele estavam sujas, ele provavelmente rolara o barranco, numa rapida analise viu que ele havia não fora ferido por nenhuma das criaturas. Olhou para Sunny, ela também não parecia ferida. Ajudou César a se levantar e apoiou um de seus braços no ombro.
- Vamos...
Disse a Sunny e começou a subir por uma parte menos acidentada do barranco, estava atenta a qualquer barulho ou movimento. Sabia que Caim podia voltar, agora que sabia que Gabriel estava fora de combate. Chegaram a floresta de volta, Amber continuou amparando César enquanto caminhavam, lhou para Sunny.
- Eu não poderei ir com você até Jericoh, Gabriel foi ferido e eu preciso encontrar seus irmãos para nos ajudarem...
Ela começou a explicar, ouviu vozes um pouco próxima, eram os outros humanos. Percebeu que uma das vozes parecia um pouco exaltada. Era a da outra garota, como era o nome dela mesmo...? Larih, a imagem de Caim a arrastando para o meio da floresta veio em sua cabeça, ficou feliz de ela estar viva. Da distância que estava ouvidos humanos normais não conseguiriam ouvir o que ela ouvia, se concentrou na conversa.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Amber congelou, sentiu como se todo seu corpo fosse tomado pela água mais gelada, por um instante até esqueceu que estava ajudando César e quase o soltou. Então olhou para Sunny.
- Segure-o por favor?
Deixou que ela ajuda-se César, por fora continuou a manter uma expressão tranquila, como se nada tivesse acontecido. Continuou a prestar atenção nas conversas. Aquilo não podia estar acontecendo, um dos humanos estava infectado. O que ia fazer? A voz de Azrael dizendo que todo e qualquer humano infectado pelas forças de Lúcifer deviam ser mortos, segundo o que eles tinham observado, um ser humano jamais conseguiria suportar tal doença em seu corpo e sucumbiria em pouco tempo. Matá-lo era a única forma de salvar sua alma.
- É bom ajudar essa garota, antes que ela desmaie ai, temos que encontrar os outros e dar um jeito de ir pra um lugar mais seguro. Agora...onde foram parar a Lucy Liu, o pirralho e aqueles anjos?
Os três chegaram exatamente na hora e que Murilo perguntava por eles. Amber parou próximo a eles, Aletus saiu do meio dos arbusto e encolheu os ombros para ela como se não soubesse o que fazer, ele também ouvira. Amber olhou diretamente para Larih, ela estava bem machucada, parecia bem cansada e estava infectada, o veneno das criaturas corria nas veias dela, era por isso que Caim viera atrás deles daquele jeito. Ele a queria. Pensou no que Lúcifer podia fazer com ela, se pudesse usá-la. Não podia permitir.
- Levante.
Disse com uma voz sem emoção nenhuma. De repente sua espada negra estava em sua mão. Ela continuou olhando para Larih, deu alguns passos na sua direção, segurando sua espada com força.
- Eu não posso deixar que isso aconteça...
Ficou na posição de ataque, erguendo sua espada. Ela não precisou explicar mais nada. Ela sabia que Larih entendia do que ela estava falando. Era seu dever.
- Desculpe.
Amber ficou sentada no chão, com a cabeça de Gabriel em seu colo. O lugar estava mergulhado no mais repleto silêncio, Aletus também estava sentado no chão e olhava para o céu, que ia clareando cada vez mais. Nenhum dos humanos havia voltado e isso começava a preocupá-la.
– Como foi que você nos achou?
Perguntou a Aletus. Gabriel suspirou mas não pareceu que ia acordar. O garoto olhou para ele e depois para Amber.
- Desde que as coisas ficaram muito estranhas eu tentei contactar algum Arcanjo, mas nenhum deles quis me dar ouvido. De repente Trevas estava do lado dos demônios e Terra lutava para manter o equilibrio. Não sabiamos mais o que fazer...
Amber se lembrou do que Miguel havia falado para ela. Os demônios atacavam pelo mundo todo, mas ouvir sobre o que faziam com os elementais era uma surpresa. Trevas era uma garotinha com uma aparência de seis anos, talvez a mais encantadora de todos os elementais, era tranquila, serena, por que havia passado para o outro lado? O que tinha acontecido com ela?
- Aletus...você teve contato com Trevas depois do que aconteceu?
O garoto suspirou desanimado.
- Minha irmã não estava disposta a conversar, não cheguei a tempo de pará-la, ela atacou o Ar e o expulsou do céu. Depois veio a escuridão...e Terra implorando por ajuda para segurar os portais.
Amber sabia o que vinha depois, os terremotos, as explosões de fogo, as feras, um inferno na terra. A guardiã dos portais fora rendida. Olhou para Gabriel em seu colo, aquilo estava ficando fora de controle.De repente uma pessoa surgiu no meio da clareira, e tanto Amber quanto Aletus ficaram apostos.
- Não ataquem! Sou eu!
A garotinha ergueu os braços em pânico, parecia ter um dez anos, suas roupas brancas estavam sujas e rasgadas, o cabelo escuro bagunçado e com barro nas pontas.
- Terra!
Aletus ficou aliviado. A garota se aproximou um pouco.
- Ouvi seu pedido de socorro e vim o mais rápido que pude.
Ela chegou bem perto de Gabriel e olhou para ele, parecia cansada, como se tivesse acabado de enfrente uma guerra.
- Eu sinto muito...
Disse a Amber e segurou a mão de Gabriel com uma certa tristeza. Aletus se colocou ao lado dela.
- Você pode ajudá-lo?
A garota olhou para ele.
- Posso tentar, ele não é o primeiro a ser atingido, Fogo e Água estão tentando criar uma cura para isso...posso levá-lo comigo até eles.
Amber sentiu uma pontada de medo, não queria abandonar Gabriel daquele jeito, não depois de ele a ter ajudado tanto. Aletus percebeu isso.
- Me ajude a encontrar os humanos Am, eu posso levá-los para Jericoh e você pode voltar para Gabriel.
Terra sentou-se no chão, enquanto Amber se levantava, não podia ficar daquela forma, não seria isso que Gabriel faria. Ela precisava encontrar os outros arcanjos, precisava de mais ajuda, estavam perdendo a guerra.
- Não posso Aletus. Gabriel estava procurando os outros arcanjos. Preciso tentar encontrar Miguel e Rafael, talvez possamos invocar o selo.
Aletus concordou com a cabeça e olhou para Terra.
- Boa sorte irmã.
Terra envolveu o braços em torno de Gabriel e ambos desapareceram. Aletus e Amber estavam sozinhos outra vez. O garoto olhou em volta como se fareja-se o ar, fechou os olhos um instante.
- Posso sentir três deles juntos...outros dois...um pouco mais longe.
Amber também podia sentí-los, não como Aletus, mas podia sentir as presenças humanas, enquanto Aletus era capaz de sentir as energias ao redor. Ele fez uma careta.
- Está sentindo isso?
- O que?
Amber já olhou em volta se preparando para um ataque, mas Aletus balançou a cabeça um pouco confuso.
- Não deve ser nada, estou cansado, minha mente se confunde.
Ele olhou em direção a floresta.
- Desça o barranco em direção ao caminho do rio, dois deles estão lá, depois vá em direção a cabana e me encontre, estarei com os outros.
Dizendo isso ele sumiu num risco de energia. Amber abriu suas asas negras e subiu em direção ao céu, foi na direção que Aletus havia dito, vasculhava o terreno com os olhos, encontrou César e Sunnyna beira do barranco, estavam bem machucados. Pousou ao lado deles.
- Fico feliz que estejam vivos.
Disse com um certo alivio, esses humanos eram bem mais fortes do que ela havia pensando. Viu que César estava desacordado, se ajoelhou ao lado dele e tomou seu pulso, a pressão estava normal, as roupas dele estavam sujas, ele provavelmente rolara o barranco, numa rapida analise viu que ele havia não fora ferido por nenhuma das criaturas. Olhou para Sunny, ela também não parecia ferida. Ajudou César a se levantar e apoiou um de seus braços no ombro.
- Vamos...
Disse a Sunny e começou a subir por uma parte menos acidentada do barranco, estava atenta a qualquer barulho ou movimento. Sabia que Caim podia voltar, agora que sabia que Gabriel estava fora de combate. Chegaram a floresta de volta, Amber continuou amparando César enquanto caminhavam, lhou para Sunny.
- Eu não poderei ir com você até Jericoh, Gabriel foi ferido e eu preciso encontrar seus irmãos para nos ajudarem...
Ela começou a explicar, ouviu vozes um pouco próxima, eram os outros humanos. Percebeu que uma das vozes parecia um pouco exaltada. Era a da outra garota, como era o nome dela mesmo...? Larih, a imagem de Caim a arrastando para o meio da floresta veio em sua cabeça, ficou feliz de ela estar viva. Da distância que estava ouvidos humanos normais não conseguiriam ouvir o que ela ouvia, se concentrou na conversa.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Amber congelou, sentiu como se todo seu corpo fosse tomado pela água mais gelada, por um instante até esqueceu que estava ajudando César e quase o soltou. Então olhou para Sunny.
- Segure-o por favor?
Deixou que ela ajuda-se César, por fora continuou a manter uma expressão tranquila, como se nada tivesse acontecido. Continuou a prestar atenção nas conversas. Aquilo não podia estar acontecendo, um dos humanos estava infectado. O que ia fazer? A voz de Azrael dizendo que todo e qualquer humano infectado pelas forças de Lúcifer deviam ser mortos, segundo o que eles tinham observado, um ser humano jamais conseguiria suportar tal doença em seu corpo e sucumbiria em pouco tempo. Matá-lo era a única forma de salvar sua alma.
- É bom ajudar essa garota, antes que ela desmaie ai, temos que encontrar os outros e dar um jeito de ir pra um lugar mais seguro. Agora...onde foram parar a Lucy Liu, o pirralho e aqueles anjos?
Os três chegaram exatamente na hora e que Murilo perguntava por eles. Amber parou próximo a eles, Aletus saiu do meio dos arbusto e encolheu os ombros para ela como se não soubesse o que fazer, ele também ouvira. Amber olhou diretamente para Larih, ela estava bem machucada, parecia bem cansada e estava infectada, o veneno das criaturas corria nas veias dela, era por isso que Caim viera atrás deles daquele jeito. Ele a queria. Pensou no que Lúcifer podia fazer com ela, se pudesse usá-la. Não podia permitir.
- Levante.
Disse com uma voz sem emoção nenhuma. De repente sua espada negra estava em sua mão. Ela continuou olhando para Larih, deu alguns passos na sua direção, segurando sua espada com força.
- Eu não posso deixar que isso aconteça...
Ficou na posição de ataque, erguendo sua espada. Ela não precisou explicar mais nada. Ela sabia que Larih entendia do que ela estava falando. Era seu dever.
- Desculpe.
Amber Ludovick- Mensagens : 16
Data de inscrição : 13/05/2013
Re: Arcade of the damned.
Aletus aparece um pouco próximo aos humanos, podia sentir uma energia mais negra, isso bagunçava seus sentidos. Sabia que haviam três humanos ali, mas ao mesmo tempo...o que era aquilo que estava sentindo? Ficou abaixado entre os arbustos espreitando, os três estava lá, dois homens de pé. Uma garota sentada, ela estava bem machucada, podia sentir a energia que ela transmitia. Geralmente comparava a energia de um humano com um rio, alguns mais cristalinos que os outros, algumas tão poluídas que ficava dificil de respirar, mas a energia daquela garota estava estranha. Era como se no meio de um rio cristalino alguém tivesse derramado uma tinta negra que ia se espalhando. Não gostou nada daquilo.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Aletus se abaixou mais quando ouviu aquilo. Agora entendia o que tinha acontecido. Ela estava infectada. Espreitou outra vez para ver qual seria a reação dos outros, a garota não parecia pronta para atacar ninguém, como já vira e outros infectados, ela na verdade parecia tão cansada, tão triste, que a palavra "rendida" podia muito bem se aplicar a ela. Provavelmente Gabriel ou Amber já deviam ter dito aos humanos o que deviam fazer com os infectados e essa garota estava implorando para morrer...? Nunca vira isso acontecer como ninguém que estivesse no estado dela. Olhou para os outros dois homens, estava curioso para saber o que eles fariam em seguida.
Nenhum deles parecia muito disposto a acatar o pedido dela. Aletus suspirou e teve que admitir que havia um pouco de alivio dentro dele, tinha pena da garota. Amber surgiu com os outros dois e ele saiu do meio dos arbustos olhando para ela, sabia que ela também tinha ouvido, só pelo jeito que ela apareceu. Olhou para a garota infectada e sentiu-se triste por ela, sabia que não era sua culpa aquilo ter acontecido, mas também sabia que se não matassem, poderia acontecer algo bem pior.
Foi então que prestou bem atenção na garota, enquanto Amber se aproximava dela. Ela não se parecia com os outros, embora estivesse aparente a dor que ela sentia e o medo, havia nela uma lucidez que não vira em mais nenhum infectado. Ela não os estava atacando, estava pedindo para morrer. Tinha consciência do que estava acontecendo com ela. Aletus arregalou os olhos surpreso.
- Espere!
Disse quando Amber se reparava para atacá-la, correu se colocando entre as duas.
- Am, olhe pra ela!
Aletus se virou encarando o rosto da garota de baixo.
- Ela está lúcida! Mais lúcida que qualquer infectado que já vi!
Amber demorou um segundo para processar as palavras do garoto, então olhou para Larih, de fato ele tinha razão.
- Mas ainda assim...
- Amber! Ela pediu pra morrer, você ouviu, já viu algum deles fazer isso?!
Amber olhou de Larih para Aletus, ele tinha um olhar decidido, compenetrado. Entendeu o que ele queria dizer com aquilo. Baixou sua espada.
- O que você quer fazer?
Aletus olhou para os outros humanos.
- Deixe ela viva por enquanto, talvez...talvez, ela possa nos ajudar!
Amber ficou olhando para o garoto, Terra havia dito que Fogo e Água estava trabalhando para uma cura que ajudasse os anjos...e se houvesse uma forma de curar os humanos também? Olhou mais uma vez para Larih. Então suspirou cansada.
- A responsabilidade é sua Aletus.
Ele sorriu.
- Vá encontrar Miguel, eu os levarei a Jericoh.
Amber ficou feliz de afastar deles. Sem dizer mais nada a ninguém, abriu suas asas e sumiu na noite.
Aletus ficou olhando para o céu por um instante, então se virou paa os humanos. Devia ser estranho para eles ver um garotinho de uns doze anos discutindo assim com um anjo, ele deu um sorriso tranquilo para eles.
- Eu me chamo Aletus, mas eu nome original é Energia. Sou o que vocês chamam de Elemental. Ou um Domino.
Ele parou um instante esperando eles absorverem tanta informação. Olhou para Larih.
- Escute...não deixei que Amber te matasse porque acho que você ainda pode nos ajudar muito. Mas por hora eu não posso responder nada. Apenas sinta-se grata ok?
Aletus andou em volta deles medindo o espaço.
- Bem...a pé levariamos uma eternidade pra chegar em Jericoh. Vou tentar levá-los de uma forma mais fácil. Façam um circulo e segurem nas mãos uns dos outros.
Ele esperou enquanto eles obedeciam, então se colocou entre Rayden e Murillo, segurando a mão de ambos.
- O que eu vou fazer é pode ser um pouco complicado para vocês humanos...mas não temos muito tempo e vocês já estão acostumados com coisas estranhas. Meu Pai Celeste me concedeu o dom da energia e com ela eu posso compensar e descompensar qualquer tipo de matéria e viajar com ela através do ar.
O corpo de Aletus começou a emanar um pouco de luz azulada.
- Eu vou descompensar nossa matéria aqui e compensá-la no nosso destino final. Isso vai demorar apenas alguns segundos, mas eu sugiro que fiquem de olhos fechados, não soltem as mãos por favor, se não a energia se rompe e não vai ser uma coisa muito bonita de se ver. Vocês vão sentir um pouco de falta de ar e um pressão meio desconfortavel, mas prometo-lhes que isso passa rápido.
Mau Aletus havia acabado de falar, cada um deles foi tomado por uma escuridão fria que os atingiu de uma vez, parecia que haviam sido mergulhados num rio muito frio e que eram puxados para baixo com força, enquanto a pressão da água ia se fechando ao seu redor. De repente a sensação simplesmente desapareceu.
Rayden, César, Sunny e Murillo se viram no centro de Jericoh. O lugar parecia ter passado por uma guerra, prédios destruidos, corpos pelo chão, carros queimados, crateras nas ruas. Não parecia haver uma única alma viva em lugar nenhum. E nem sinal de Aletus ou Larih.
Lilith estava sentada em um dos prédios mais altos de Jericoh, estava lá fazia horas, apenas esperando, como havia combinado com Caim. Natasha estava do seu lado, inclinada e olhando agitada para a cidade lá em baixo.
- Fique tranquila, você logo vai poder brincar...
Disse também olhando para a cidade, um garoto surgiu sentado na beirada do prédio e Lilith mudou de postura, para uma mais séria, um pouco nervosa, olhando para o garoto, fez uma reverência.
- Mestre...
- Fico feliz em vê-la Lilith.
Ele tinha a aparência de uma criança de nove anos, mas sua postura e a forma que olhava para ela mostravam que ele mais velho, bem mais velho.
Lilith ergueu a cabeça e olhou para ele com cautela.
- Como chegou até aqui meu senhor?
- Não poderei ficar muito tempo, eles logo sentirão minha presença e ainda não estou forte para afastá-los. A única forma que consegui foi a desse garoto.
- Caim lhe contou sobre a humana não é meu Senhor?
O garoto sorriu, de forma fria e com cobiça.
- Interessa-me conhecê-la pessoalmente. Ele disse que ela é diferente dos outros...
Lilith afirmou com a cabeça.
- Sim meu Senhor, tive a chance de vê-la, mesmo que por pouco tempo, mas ela luta contra o que está dentro dela e parece te forças pra isso.
- Talvez nós possamos usá-la.
O garoto se levantou e olhou para cidade.
- Prepara-se Lilith, não quero falhas. Seja perfeita e ganhará minhas honras.
Dizendo isso ele desapareceu. Natasha soltou um rosnado baixo e Lilith olhou para baixo, os humanos havia chegado. Era hora de brincar um pouco.
Aletus e Larih apareceram num bairro afastado de Jericoh, havia ali uma igreja grande, que fora parcialmente queimada, corpos espalhados pelo pequeno gramado em frente a construção e uma cruz em pé, onde uma pessoa fora amarrada a ela. Aletus reconheceu ser Rafael, eles haviam arrancado suas asas e cortado sua garganta, suas roupas estavam cheias de sangue e sua cabeça pendia entre os ombros.
- Essa guerra não será vitoriosa para nenhum dos lados.
Murmurou triste e olhou para Larih.
- Desculpe deixá-la sozinha aqui. Mas não posso me arriscar deixando você nesse estado junto com os outros. Disse que ia poupar sua vida, mas você ainda pode machucá-los e sei que não quer isso.
Ele olhou para dentro da igreja.
- Fique aqui por um tempo. Deve haver remedios e outras coisas que pode ser uteis para você na igreja. Descanse e assim que estiver se sentindo melho...vá ao centro da cidade e os encontre.
Aletus deu um passo pra trás se afastando dela.
- Não desista e nem perca as forças.
E desapareceu.
Lilith ficou observando o que os humanos faziam no centro da cidade lá do alto do prédio, de um lugar que não podia ser vista. Percebeu que a garota infectada não estava com eles, deu de ombros, isso não era mais problema dela, seu mestre a encontraria.
Ficou por mais de uma hora apenas observando e vendo o nervosismo de Natasha crescer a cada instante, então se levantou.
- Vamos.
Disse se colocando na beirada do prédio.
- Vamos dar boas vindas.
E saltou em direção ao chão. Natasha a seguiu. Ambas pararam em frente ao grupo. Lilith sorriu.
- Saudações!
Abriu os braços e sua voz fez eco pela cidade vazia.
- Fico feliz de ter a oportunidade de vê-los outra vez, estava com saudades.
Olhou para César sorrindo.
- Como vai a ferida? Doeu muito o tiro?
Lilith deu uma risada e Natasha rosnou atrás dela.
- Conhecem meu novo bichinho de estimação? Foi uma gentileza terem deixado ela pra mim.
Natasha se adiantou se abaixando ao lado de Lilith.
- Ah...ela quer brincar, que amor...
Sem esperar por mais nenhum sinal, Natasha atacou Rayden acertando um chute contra o seu peito que o fez voar alguns metros para trás. Lilith bateu palmas e Natasha olhou para ela.
- Não seja timida, vá brincar com seu novo amigo.
Natasha voltou a atacar Rayden com tudo. Os outros não tiveram tempo de ajudá-lo, de repente os mortos espalhados pelo chão se levantaram e começaram a arrastar César e Sunny, batendo neles com os punhos e tentando mordê-los.
Lilith apareceu na frente de Murillo e o agarrou pelo pescoço, o levantando do chão.
- Sabe...eu não gosto que me roubem.
Disse apertando os dedos em volta do pescoço dele.
- Muito menos que fiquem fuçando nas minhas coisas.
Ela o jogou para trás o atirando contra um carro. Os mortos continuavam a bater em César e Sunny, os impedindo de se aproximar. Rayden era atacado por Natasha violentamente. Lilith Olhou para Murillo e colocou as mãos na cintura com um sorriso divertido.
- Talvez a sua esperteza seja útil pra mim.
Ela o puxou pelo braço com força, o erguendo no ar, então certou um chute contra as suas costelas e o jogando pra trás, Murillo rolou pelo chão e parou na beirada de uma das crateras escuras. Lilith Andou até ele e colocou o pé contra o seu peito, pressionando com uma certa força, deu uma risadinha.
- Nos vemos lá em baixo querido.
E o empurrou com o pé para dentro do buraco escuro, pulando em seguida atrás dele.
O buraco se fechou no mesmo instante. Deixando César e Sunny atacados pelos mortos e Rayden por Natasha.
Re: Arcade of the damned.
Muito bem jogadores!
Voltamos ao jogos!!
E para esse começo pensei em dar alguns presentes.
Espero que os interessados tenham gostado de saber que o Donovan e Luka estão vivos. Aguardem as cenas dos próximos capitulos.
Agora vamos aos presentinhos dessa narração atual.
1 - No centro da cidade há um grande mercado onde vocês podem encontrar de remédios a armas. Se conseguirem chegar até lá.
2 - Murillo, você está no inferno meu querido.
3 - Os mortos podem ser destruídos com fogo, então sugiro que encontrem um posto de gasolina.
4 - Larih, você vai encontrar remédios, comida e roupa na igreja. Mas vai receber a visita de um garotinho muito sinistro. Seja criativa.
Espero que se divirtam e que os post saiam criativos. Sério. Se eu ficar feliz com que ler, posso dar presentes mais legais.
E por último, a pedidos do meu irmão, estou trocando ele na ordem.
Rayden
Larih
César
Sunny
Murillo
Amber
Voltamos ao jogos!!
E para esse começo pensei em dar alguns presentes.
Espero que os interessados tenham gostado de saber que o Donovan e Luka estão vivos. Aguardem as cenas dos próximos capitulos.
Agora vamos aos presentinhos dessa narração atual.
1 - No centro da cidade há um grande mercado onde vocês podem encontrar de remédios a armas. Se conseguirem chegar até lá.
2 - Murillo, você está no inferno meu querido.
3 - Os mortos podem ser destruídos com fogo, então sugiro que encontrem um posto de gasolina.
4 - Larih, você vai encontrar remédios, comida e roupa na igreja. Mas vai receber a visita de um garotinho muito sinistro. Seja criativa.
Espero que se divirtam e que os post saiam criativos. Sério. Se eu ficar feliz com que ler, posso dar presentes mais legais.
E por último, a pedidos do meu irmão, estou trocando ele na ordem.
Rayden
Larih
César
Sunny
Murillo
Amber
Re: Arcade of the damned.
Rayden Donovan
Aquela confusão parecia ter dado uma trégua, os monstros tinham sumido e Rayden estava com Murillo, sabia que ele tinha conhecimento sobre informaçoes importantes e estava na hora de saber quais eram. Ao falar de Larih, Murillo logo se manifestou, se sentou e pegou o laptop começando a explicar e mostrar várias coisas a respeito dos infectados e planos para eles.Rayden se sentou ao lado dele ouvindo tudo sem dizer nada, começou a ficar realmente preocupado, Larih estava realmente encrencada, tinha prometido a ela que a ajudaria, mas e se ele fosse virar a comida dela?
Nao teve tempo de dizer nada e logo foi surpreendido por Larih que chegava, ela estava visivelmente machucada, com esfoliaçoes por todo o corpo.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Ela se sentou e mostrou que nao iria ataca-los.
- Estou cansada. Não quero mais fugir. Então...se vocês quiserem acabar comigo, façam isso de uma vez.
Rayden se abaixou em frente a ela, nao tinha muito o que fazer, ele nao era bom em cuidar de ferimentos dos outros, nessa hora esar lhe fazia uma falta enorme. Ele se limitou a olhar para ela e tocou com um dos dedos à bochecha da mesma. Logo era surpreendido pelos demais que chegavam e um outro que vinha de uns arbustos atras deles. Rayden se pôs de pé e se afastou de Larih. Eles ja sabiam, e provavelmente tinham algo a fazer, mas o que ele poderia fazer? Esperou para que pudesse ver o que aconteceria.
- Levante. Eu não posso deixar que isso aconteça...
Pôde ver uma espada negra aparecer na mao da mulher com asas, Rayden arregalou os olhos, ela ia mata-la, só teve tempo de levar a mao à cintura mas logo o rapaz menor interviu. Após algum dialogo a mulher saiu voando, aquilo era estranho demais, nunca imaginou que viveria algo daquele tipo, parecia completamente um filme, daqueles bem malucos.
- Eu me chamo Aletus, mas eu nome original é Energia. Sou o que vocês chamam de Elemental. Ou um Domino.
Rayden balançou a cabeça confuso e olhou para o chão, logo olhou para César e resolveu ir para perto dele, ficando entre o mesmo e Murillo.
- Bem...a pé levariamos uma eternidade pra chegar em Jericoh. Vou tentar levá-los de uma forma mais fácil. Façam um circulo e segurem nas mãos uns dos outros.
Rayden segurou a mão de César e teve sua outra mao segurada pelo rapaz que falava, ou seja Aletus.
- Eu vou descompensar nossa matéria aqui e compensá-la no nosso destino final. Isso vai demorar apenas alguns segundos, mas eu sugiro que fiquem de olhos fechados, não soltem as mãos por favor, se não a energia se rompe e não vai ser uma coisa muito bonita de se ver. Vocês vão sentir um pouco de falta de ar e um pressão meio desconfortavel, mas prometo-lhes que isso passa rápido.
-Espera... mas...
Logo se viu fechando os olhos, um frio grande caía sobre eles e pareciam que eles estavam despencando, Rayden em imediato segurou firme as maos conectadas a ele e logo tudo parecia estar parado, ele abriu os olhos devagar e se viu no meio da rua de uma cidade, provavelmente seria Jericoh. Ao olhar para os lados viu Murillo, César e Sunny, mas Aletus e Larih não estavam lá.
Rayden estava fardado ainda e com a mochila nas costas ele andou um pouco e olhou para os outros.
-Não sei o que diabos vamos fazer aqui, mas temos de achar uma forma de nos protegermos, Em hipotese alguma se separem...
Ele começou a andar com os demais, a cidade estava lamentavel, muitos corpos ao chao, logo ele pôde ver uma loja de roupas proximo a onde eles estavam.
Precisamos de outras roupas, vamos ver se achamos algo...
Rayden correu para dentro da loja, queria ser rápido, logo viu uma camisa preta que lhe serviria, as roupas estavam espalhadas pelo chao e era dificil achar as coisas naquela bagunça, logo achou tambem uma calça jeans e um tenis esportivo preto. Colocou tudo na mochila, esperou os demais e saiu da loja. Seguiu-os por onde iam e após algum tempo uma mulher caiu em pé em frente a eles, com uma criatura logo atras. Rayden deu um passo para tras. Ele olhou bem, era a mulher que atirou em Cesar.
- Conhecem meu novo bichinho de estimação? Foi uma gentileza terem deixado ela pra mim.
Olhou para a criatura, era... Natasha. Mal teve tempo de reagir e recebeu um chute no peito sendo lançado para tras, ele caiu batendo as costas no chao e apoiando em seguida os cotovelos no chao. Pode logo ver ela vindo pra cima dele. "Por que eu?". Só pensou e se levantou antes que ela chegasse, ela veio tentando jogar suas garras pra cima dele, e o rapaz jogou o corpo à esquerda batendo o joelho na barriga dela logo acertando uma cotovelada nas costas da mesma fazendo ela cair. Ele correu um pouco, pode ver varias criaturas que antes nao estavam ali, eles atacavam Sunny e Cesar e so pode ver a mulher segurando Murillo, mas nem teve tempo de ver mais nada, Natasha estava denovo em sua frente pronta para atacar.
"Ela é rápida, nao dá pra fugir..."
Pensou consigo, agora teria de lutar, ele era professor de luta e defesa pessoal em uma academia e teria de por em pratica tudo o que ensinava, tinha em mente que se levasse um arranhao poderia ficar como Larih que por sinal o preocupava com o sumisso.
Natasha veio pra cima tentando sempre o atingir com as garras afim de feri-lo, Rayden batia as maos nos antebraços dela com rapidez fazendo os ataques dela fugirem de foco, ela logo investiu um chute na altura da costela dele, e o mesmo levou um dos braços em modo defensivo; o chute atingiu seu braço e ele deu alguns passos pra tras com o impacto, ela era forte demais e sentiu o seu braço doer, se o angulo tivesse sido um pouco diferente, poderia ter quebrado. Ela logo veio novamente e Rayden bateu nos braços dela fazendo com que ela abrisse os mesmos, logo deferiu um chute no peito dela que a jogou no chao, ele correu para o primeiro lugar que viu, era um portao aberto, logo entrou por ele e abriu a porta grande do lugar que fazia um barulho ao ser aberto, ele correu pelos corredores e pôde perceber que estava numa escola, ele virou o corredor e escutou a porta barulhenta da escola ser aberta, era Natasha que já entrava atras dele.
Logo o rapaz entrou numa das salas de aula e ficou em silencio, tentava controlar a respiração para nao fazer barulho, podia ouvir os passos e rosnados de Natasha procurando por ele batendo em alguns armarios. Rayden deu alguns passos para o interior da sala quando viu o rosto de Natasha adentrando a sala e se virando com aquela expressao medonha para ele, ele logo puxou uma cadeira e lançou contra ela que rebateu a mesma e veio com tudo para cima.
-Ah que droga
Ele dizia passando entre as cadeiras enquanto ela vinha arrastando tudo na direção dele, logo o rapaz apoiou um dos pés numa carteira que o separava de Natasha que se aproximou rápido, ele empurrou com força a carteira impulsionando ela contra Natasha fazendo ela bater contra uma das paredes laterais, o rapaz jogou o corpo pra cima ainda apoiando o pé na carteira e lançando o outro pé num chute giratorio no rosto de Natasha fazendo a mesma bater o rosto contra a parede, Rayden caiu de bruços com as maos no chao e tratou de se levantar e correr para fora da sala voltando aos corredores, ele nem sabia para onde estava indo.
-Pensa Ray... pensa
Ele ainda correia e se viu entrando na quadra, ela era grande e tinha arquibancadas, ele estava correndo quando sentiu os pés de Natasha em suas costas e caiu novamente arrastando pela madeira lisa da quadra, ele levou as maos no bolso enquanto ela correu ate ele e lhe deu um chute no rosto. O impacto foi tao forte que ele deslizou alguns metros pelo chao, ela voltou a ir pra cima dele quando ele conseguiu tirar a Vipertek do bolso e atirou contra ela, o choque a jogou contra a parede do outro lado da quadra com força; Rayden estava tonto mas levou a destra ate o bolso lateral da mochila onde tinha deixado uma das pistolas que tinha levado. Ele tirou a pistola da mochila, ainda estava deitado e viu Natasha se levantando.
"Mire..."
Ele pensou e atirou acertando em cheio a cabeça dela vendo a mesma cair. Logo apoiou as maos no shao e se sentou, passou a mao na boca e sentiu o sangue caindo pelo seu queixo, tentou limpar um pouco a boca e se levantou devagar. Olhou novamente para Natasha caída ao chao e atirou novamente nela.
- Você era bonita... e brigava bem... era pra casar.
Ele foi caminhando para os corredores devagar, seu braço estava doendo e seu rosto estava meio dormente por conta do chute dela. Ele foi caminhando até achar um dos banheiros. Entrou lá e tirou a mochila colocando-a em cima da grande pia, abriu a torneira e lavou o rosto e jogou água nos cabelos tambem. Tirou a farda e abriu a mochila pegando as roupas que tinha conseguido na loja de roupas. Se trocou e olhou no espelho abrindo um sorriso para ver os dentes.
-Aquela danada quase me deixa banguelo...
Ele bagunçou os cabelos e pos a mochila nas costas, tinha que procurar os outros, onde estariam? serias que estariam vivos? Rayden caminho ate a grande porta da escola e a abriu devagar, viu que a rua estava vazia, nem sinal das criaturas, da mulher ou dos seus amigos, ele foi pra calçada e começou a correr seguindo o rastro de alguns dos mortos revividos que tinham morrido novamente pelas ruas. Logo ao virar a esquina pôde ver fogo, tentava achar Murillo, ou César, ou Sunny mas nao via nenhum deles. A pistola estava na sua mao e a Vipertek no bolso da calça jeans. Ele foi caminhando devagar, nao queria gritar para nao chamar atenção, logo passou pelas portas quebradas de um mercado, ele olhou la pra dentro e pôde ver medicamentos, e ao fundo armas, ele logo correu para lá, aquela pistola nao seria suficiente, foi logo na sessão de armas quando ouviu alguns passos num setor da mercearia proximo a ele. Logo se virou apontando a arma e suspirou.
-César...
Aquela confusão parecia ter dado uma trégua, os monstros tinham sumido e Rayden estava com Murillo, sabia que ele tinha conhecimento sobre informaçoes importantes e estava na hora de saber quais eram. Ao falar de Larih, Murillo logo se manifestou, se sentou e pegou o laptop começando a explicar e mostrar várias coisas a respeito dos infectados e planos para eles.Rayden se sentou ao lado dele ouvindo tudo sem dizer nada, começou a ficar realmente preocupado, Larih estava realmente encrencada, tinha prometido a ela que a ajudaria, mas e se ele fosse virar a comida dela?
Nao teve tempo de dizer nada e logo foi surpreendido por Larih que chegava, ela estava visivelmente machucada, com esfoliaçoes por todo o corpo.
- Eu fui mesmo contaminada. Estou com uma ferida no meu ombro que está quase arrancando meu braço. Foi feita por um desses monstros, a contaminação está se espalhando pelo meu corpo. Eu vejo meu irmão me mandando matar os outros, eu ia te dar mesmo um tiro sem pensar duas vezes.
Ela se sentou e mostrou que nao iria ataca-los.
- Estou cansada. Não quero mais fugir. Então...se vocês quiserem acabar comigo, façam isso de uma vez.
Rayden se abaixou em frente a ela, nao tinha muito o que fazer, ele nao era bom em cuidar de ferimentos dos outros, nessa hora esar lhe fazia uma falta enorme. Ele se limitou a olhar para ela e tocou com um dos dedos à bochecha da mesma. Logo era surpreendido pelos demais que chegavam e um outro que vinha de uns arbustos atras deles. Rayden se pôs de pé e se afastou de Larih. Eles ja sabiam, e provavelmente tinham algo a fazer, mas o que ele poderia fazer? Esperou para que pudesse ver o que aconteceria.
- Levante. Eu não posso deixar que isso aconteça...
Pôde ver uma espada negra aparecer na mao da mulher com asas, Rayden arregalou os olhos, ela ia mata-la, só teve tempo de levar a mao à cintura mas logo o rapaz menor interviu. Após algum dialogo a mulher saiu voando, aquilo era estranho demais, nunca imaginou que viveria algo daquele tipo, parecia completamente um filme, daqueles bem malucos.
- Eu me chamo Aletus, mas eu nome original é Energia. Sou o que vocês chamam de Elemental. Ou um Domino.
Rayden balançou a cabeça confuso e olhou para o chão, logo olhou para César e resolveu ir para perto dele, ficando entre o mesmo e Murillo.
- Bem...a pé levariamos uma eternidade pra chegar em Jericoh. Vou tentar levá-los de uma forma mais fácil. Façam um circulo e segurem nas mãos uns dos outros.
Rayden segurou a mão de César e teve sua outra mao segurada pelo rapaz que falava, ou seja Aletus.
- Eu vou descompensar nossa matéria aqui e compensá-la no nosso destino final. Isso vai demorar apenas alguns segundos, mas eu sugiro que fiquem de olhos fechados, não soltem as mãos por favor, se não a energia se rompe e não vai ser uma coisa muito bonita de se ver. Vocês vão sentir um pouco de falta de ar e um pressão meio desconfortavel, mas prometo-lhes que isso passa rápido.
-Espera... mas...
Logo se viu fechando os olhos, um frio grande caía sobre eles e pareciam que eles estavam despencando, Rayden em imediato segurou firme as maos conectadas a ele e logo tudo parecia estar parado, ele abriu os olhos devagar e se viu no meio da rua de uma cidade, provavelmente seria Jericoh. Ao olhar para os lados viu Murillo, César e Sunny, mas Aletus e Larih não estavam lá.
Rayden estava fardado ainda e com a mochila nas costas ele andou um pouco e olhou para os outros.
-Não sei o que diabos vamos fazer aqui, mas temos de achar uma forma de nos protegermos, Em hipotese alguma se separem...
Ele começou a andar com os demais, a cidade estava lamentavel, muitos corpos ao chao, logo ele pôde ver uma loja de roupas proximo a onde eles estavam.
Precisamos de outras roupas, vamos ver se achamos algo...
Rayden correu para dentro da loja, queria ser rápido, logo viu uma camisa preta que lhe serviria, as roupas estavam espalhadas pelo chao e era dificil achar as coisas naquela bagunça, logo achou tambem uma calça jeans e um tenis esportivo preto. Colocou tudo na mochila, esperou os demais e saiu da loja. Seguiu-os por onde iam e após algum tempo uma mulher caiu em pé em frente a eles, com uma criatura logo atras. Rayden deu um passo para tras. Ele olhou bem, era a mulher que atirou em Cesar.
- Conhecem meu novo bichinho de estimação? Foi uma gentileza terem deixado ela pra mim.
Olhou para a criatura, era... Natasha. Mal teve tempo de reagir e recebeu um chute no peito sendo lançado para tras, ele caiu batendo as costas no chao e apoiando em seguida os cotovelos no chao. Pode logo ver ela vindo pra cima dele. "Por que eu?". Só pensou e se levantou antes que ela chegasse, ela veio tentando jogar suas garras pra cima dele, e o rapaz jogou o corpo à esquerda batendo o joelho na barriga dela logo acertando uma cotovelada nas costas da mesma fazendo ela cair. Ele correu um pouco, pode ver varias criaturas que antes nao estavam ali, eles atacavam Sunny e Cesar e so pode ver a mulher segurando Murillo, mas nem teve tempo de ver mais nada, Natasha estava denovo em sua frente pronta para atacar.
"Ela é rápida, nao dá pra fugir..."
Pensou consigo, agora teria de lutar, ele era professor de luta e defesa pessoal em uma academia e teria de por em pratica tudo o que ensinava, tinha em mente que se levasse um arranhao poderia ficar como Larih que por sinal o preocupava com o sumisso.
Natasha veio pra cima tentando sempre o atingir com as garras afim de feri-lo, Rayden batia as maos nos antebraços dela com rapidez fazendo os ataques dela fugirem de foco, ela logo investiu um chute na altura da costela dele, e o mesmo levou um dos braços em modo defensivo; o chute atingiu seu braço e ele deu alguns passos pra tras com o impacto, ela era forte demais e sentiu o seu braço doer, se o angulo tivesse sido um pouco diferente, poderia ter quebrado. Ela logo veio novamente e Rayden bateu nos braços dela fazendo com que ela abrisse os mesmos, logo deferiu um chute no peito dela que a jogou no chao, ele correu para o primeiro lugar que viu, era um portao aberto, logo entrou por ele e abriu a porta grande do lugar que fazia um barulho ao ser aberto, ele correu pelos corredores e pôde perceber que estava numa escola, ele virou o corredor e escutou a porta barulhenta da escola ser aberta, era Natasha que já entrava atras dele.
Logo o rapaz entrou numa das salas de aula e ficou em silencio, tentava controlar a respiração para nao fazer barulho, podia ouvir os passos e rosnados de Natasha procurando por ele batendo em alguns armarios. Rayden deu alguns passos para o interior da sala quando viu o rosto de Natasha adentrando a sala e se virando com aquela expressao medonha para ele, ele logo puxou uma cadeira e lançou contra ela que rebateu a mesma e veio com tudo para cima.
-Ah que droga
Ele dizia passando entre as cadeiras enquanto ela vinha arrastando tudo na direção dele, logo o rapaz apoiou um dos pés numa carteira que o separava de Natasha que se aproximou rápido, ele empurrou com força a carteira impulsionando ela contra Natasha fazendo ela bater contra uma das paredes laterais, o rapaz jogou o corpo pra cima ainda apoiando o pé na carteira e lançando o outro pé num chute giratorio no rosto de Natasha fazendo a mesma bater o rosto contra a parede, Rayden caiu de bruços com as maos no chao e tratou de se levantar e correr para fora da sala voltando aos corredores, ele nem sabia para onde estava indo.
-Pensa Ray... pensa
Ele ainda correia e se viu entrando na quadra, ela era grande e tinha arquibancadas, ele estava correndo quando sentiu os pés de Natasha em suas costas e caiu novamente arrastando pela madeira lisa da quadra, ele levou as maos no bolso enquanto ela correu ate ele e lhe deu um chute no rosto. O impacto foi tao forte que ele deslizou alguns metros pelo chao, ela voltou a ir pra cima dele quando ele conseguiu tirar a Vipertek do bolso e atirou contra ela, o choque a jogou contra a parede do outro lado da quadra com força; Rayden estava tonto mas levou a destra ate o bolso lateral da mochila onde tinha deixado uma das pistolas que tinha levado. Ele tirou a pistola da mochila, ainda estava deitado e viu Natasha se levantando.
"Mire..."
Ele pensou e atirou acertando em cheio a cabeça dela vendo a mesma cair. Logo apoiou as maos no shao e se sentou, passou a mao na boca e sentiu o sangue caindo pelo seu queixo, tentou limpar um pouco a boca e se levantou devagar. Olhou novamente para Natasha caída ao chao e atirou novamente nela.
- Você era bonita... e brigava bem... era pra casar.
Ele foi caminhando para os corredores devagar, seu braço estava doendo e seu rosto estava meio dormente por conta do chute dela. Ele foi caminhando até achar um dos banheiros. Entrou lá e tirou a mochila colocando-a em cima da grande pia, abriu a torneira e lavou o rosto e jogou água nos cabelos tambem. Tirou a farda e abriu a mochila pegando as roupas que tinha conseguido na loja de roupas. Se trocou e olhou no espelho abrindo um sorriso para ver os dentes.
-Aquela danada quase me deixa banguelo...
Ele bagunçou os cabelos e pos a mochila nas costas, tinha que procurar os outros, onde estariam? serias que estariam vivos? Rayden caminho ate a grande porta da escola e a abriu devagar, viu que a rua estava vazia, nem sinal das criaturas, da mulher ou dos seus amigos, ele foi pra calçada e começou a correr seguindo o rastro de alguns dos mortos revividos que tinham morrido novamente pelas ruas. Logo ao virar a esquina pôde ver fogo, tentava achar Murillo, ou César, ou Sunny mas nao via nenhum deles. A pistola estava na sua mao e a Vipertek no bolso da calça jeans. Ele foi caminhando devagar, nao queria gritar para nao chamar atenção, logo passou pelas portas quebradas de um mercado, ele olhou la pra dentro e pôde ver medicamentos, e ao fundo armas, ele logo correu para lá, aquela pistola nao seria suficiente, foi logo na sessão de armas quando ouviu alguns passos num setor da mercearia proximo a ele. Logo se virou apontando a arma e suspirou.
-César...
Rayden Donovan- Mensagens : 39
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Larih Spencer
Larih ficou sentada no chão olhando para Murillo, ele falou sobre achar a cura, mas não reagiu, nem falou nada.
Era impossível existir uma cura para isso.
Rayden se aproximo e ela achou que ele também não havia acreditado em Murillo e que daria um fim naquilo. Larih baixou os olhos e esperou. Foi então que sentiu a mão dele em seu rosto e ergueu o olhar pra ele, Rayden estava ajoelhado na sua altura, olhando para ela. Percebeu que ele não a mataria. Olhou pra ele em silêncio, abriu a boca para agradecer, mas de repente ele se levantou e se afastou, Larih percebeu que Amber estava lá. Assim como os outros, além de um garoto que ela não vira antes.
Amber olhava para ela de um jeito que Larih entendeu no mesmo instante que ela tinha ouvido e que sabia.
"Você tem três opções"
Luka apareceu sentado do seu lado. Ela não virou para olhá-lho. Continou olhando para Amber.
- Levante.
Ela disse. Larih levantou sem dizer nada. Continuou olhando para ela. Sentiu seu coração bater com tanta força que chegou a doer. A febre estava começando a deixá-la tonta.
"Larih....ataque ela, fuja, faça qualquer coisa!"
Ouviu Luka implorar. Larih o ignorou, não desgrudava os olhos de Amber. Ela veio em sua direção devagar, sua espada apareceu. Larih sabia o que ia acontecer, virou o rosto para Rayden por um instante, ele estava com os olhos arregalados. Sentou-se triste por ele.
- Eu não posso deixar que isso aconteça...desculpe.
Ela se preparou pra atacar. Larih deu um passo involuntário pra trás. Mas se obrigou a parar. Aquilo era mais certo.
"Larih!"
Ouviu Luka gritar e fechou os olhos. Esperando o ataque.
- Espere!
Ouviu alguém gritar. Abriu os olhos e viu o garoto entre ela e Amber.
- Am, olhe pra ela! Ela está lúcida! Mais lúcida que qualquer infectado que já vi!
Ele olhou pra ela e Larih tentou entender o que eles estavam falando. Sua cabeça começou a latejar, não ia mais aguentar ficar tanto tempo em pé. Seus cortes ainda sangravam um pouco. Teve que fazer um esforço enorme pra se manter como estava. Qualquer movimento seu podia ser entendido errado.
"Larih, você tem que ir. Eles não vão te deixar viva."
Luka ainda estava sentado no chão. Se permitiu olhar pra ele por um segundo.
"Desculpe. " Pensou. "Desculpe não ter conseguido te ajudar."
De repente Amber foi embora. Larih piscou sem entender. Olhou para o garotinho que a tinha defendido.
- Eu me chamo Aletus, mas eu nome original é Energia. Sou o que vocês chamam de Elemental. Ou um Domino.
Ele sorriu tranquilamente e olhou para ela.
- Escute...não deixei que Amber te matasse porque acho que você ainda pode nos ajudar muito. Mas por hora eu não posso responder nada. Apenas sinta-se grata ok?
Larih afirmou com a cabeça. Em silêncio. Não entendeu o que ele quis dizer sobre ajudar. Não conseguia se ver ajudando ninguém naquele estado. Mas sentia-se grata por ele a ter ajudado.
"Isso não muda o fato de que mais cedo ou mais tarde você vai pro inferno"
Luka disse de forma acusadora. Larih sabia que era verdade. Não acreditava que Murillo acharia uma cura, isso não existia. Aletus mandou que eles dessem as mãos e que não soltassem. Ela ficou entre Murillo e Sunny. O garoto ainda explicou mais algumas coisas, mas Larih já não estava mais escutando direito, lembrou de fechar os olhos e de repente sentiu um pânico enorne tomar conta. Algo se fechou em volta dela. Uma pressão gelada, como água. Ficou desesperada. Tentou gritar mas não havia ar. Sentiu que não havia mais ninguém segurando sua mão e abriu os olhos.
A primeira coisa que percebeu era que estava deitada na grama, sentia dores pelo corpo todo e que sua respiração estava pesada. A segunda coisa foi que Aletus estava parado um pouco a sua frente, olhando para uma cruz, virou um pouco a cabeça, o que foi um esforço maior do que tinha pensado, viu que havia um homem preso a cruz. Ele lembrava Gabriel. Pensar no anjo a fez lembrar que não o vira com Amber na noite anterior. O que tinha acontecido com ele?
- Essa guerra não será vitoriosa para nenhum dos lados.
Percebeu que Aletus falava com ela. Sentiu que tinha um pouco mais de forças e se sentou sem que as coisas girassem de mais. Ficou olhando pra cruz.
- Desculpe deixá-la sozinha aqui. Mas não posso me arriscar deixando você nesse estado junto com os outros. Disse que ia poupar sua vida, mas você ainda pode machucá-los e sei que não quer isso.
Larih confirmou com a cabeça. Só de imaginar no que podia fazer se perdesse o controle já sentia-se mal outra vez.
- Fique aqui por um tempo. Deve haver remedios e outras coisas que pode ser uteis para você na igreja. Descanse e assim que estiver se sentindo melho...vá ao centro da cidade e os encontre.
Larih permaneceu sentada, o garoto se afastou e desapareceu. Ela estava sozinha outra vez. Notou o silêncio, não havia um único barulho, nem vento, nem pássaros. Nada. Olhou para a igreja, precisava procurar algo para fazer curativos e alguma roupa. Se levantou com dificuldade. Olhou a rua. Haviam muitos corpos, seja o que for que passara pela cidade, não quis que ninguém ficasse vivo.
"Podia ter sido você"
Luka apareceu do seu lado.
- Não farei isso.
Ela comentou entrando na igreja, ele a seguiu. O interior da igreja também estava destruído, os bancos quebrados, cacos de vidros pelo chão. Havia um pouco de sangue no chão. Larih ia andando devagar com medo do que acabaria encontrando.
"Você está sozinha, se não percebeu. Sozinha e ferida."
- Eu acabaria sozinha de qualquer jeito.
Ela respondeu chegando na frente da igreja. Havia uma porta atrás do altar. Estava aberta, olhou para o interior. Havia uma sala. Curiosa, abriu mais a porta e entrou.
"O que pretende encontrar aqui?"
Luka parou na porta. Larih olhou pra ele e se deu conta do que ele era. Ele não existia, era culpa da doença dela. Sentiu um aperto no coração. Balançou a cabeça e parou de olhar pra ele, tratou de investigar a sala.
Havia um sofá intacto, uma mesa com uma garrafa de vidro com algum líquido escuro, havia prateleiras com livros e um armário fechado, tentou abrí-lo, mas estava trancado. Atravessou a mesa e encontrou as gavetas, começou a abrir uma por uma procurando a chave.
"Larih, vamos embora."
Ela ignorou Luka e continuou abrindo as gavetas, achou uma arma e uma caixa de balas, colocou em cima da mesa. Achou um chaveiro cheio de chaves e voltou até o armário, foi tentando uma por uma até abrir. Haviam documentos, achou uma caixa de primeiros socorros, pegou a caixa e se sentou no sofá, até que era macio, tirou a camiseta rasgada e suja, precisava achar roupas também.
Olhou para a porta e Luka não estava mais lá. Havia sumido outra vez. Balançou a cabeça cansada e tratou de cuidar de seus ferimentos. O do ombro apenas limpou o sangue em volta, sabia que não adiantava fazer curativo nenhum. Enquanto fazia os curativos reparou numa caixa ao lado do armário, onde estava escrito "Donativos" resolveu dar uma olhada. Encontrou roupas, doações, colocou uma camiseta e uma calça jeans, era bom vestir roupas limpas, pegou também uma blusa de moletom, estava um pouco grande, mas ia servir. Estava sentindo muito frio e tinha consciência de que era por causa da febre, fuçou na caixa de remédios outra vez e achou analgésicos, pegou dois comprimidos, pegou a garrafa na mesa e cheirou, era conhaque. Ia servir. Colocou os dois comprimidos na boca e bebeu um longo gole de conhaque.
- Saúde.
Murmurou colocando a garrafa no lugar. De repente se sentiu muito cansada. A quanto tempo não dormia? Olhou para o sofá, ele parecia muito convidativo. Precisava encontrar os outros, mas dormir um pouquinho antes não faria mal. Deitou no sofá sentindo o corpo ficar dormente, talvez por causa da mistura do remédio e do conhaque. Ficou olhando pro teto, tremia de frio ainda, fechou os olhos por um instante.
Não sabe ao certo quanto tempo ficou de olhoa fechados, mas acordou assustada. Havia mais alguém na sala, estava tonta de sono ainda. Percebeu que a pessoa estava sentada na beirada do sofá acima da sua cabeça.
- Luka...
Murmurou sonolenta. Talvez dois comprimidos tivessem sido além da conta. Piscou tentando focar na pessoa, era uma criança, um garotinho de cabelos escuros e olhar sério.
- Não sou o seu irmão, Larih. Sinto muito.
Larih virou um pouco a cabeça e sentiu os pequenos dele na sua testa.
- Fique deitada. Não precisa levantar.
- Quem é você?
Ela perguntou um pouco mais acordada. Ele sorriu, mas foi algo frio.
- Faz tempo que quero conhecê-la. Desde que Caim me falou de você.
Larih sentiu um arrepio ruim percorrer seu corpo e dessa vez conseguiu se sentar, colocando uma distância dele.
- Você não devia conseguir entrar.
O garoto continuou sorrindo, olhando para ela.
- Sou capaz de muitas coisas que meus seguidores nem sonham...
- Seus seguidores?
Larih começou a ficar com medo, ele escorregou e se sentou no sofá. Não parecia em nada com uma criança. Olhava para ela com uma intensidade que assustava.
- Você sabe quem eu sou Larih Spencer.
Ela entrou em pânico.
- O que você quer de mim?
Ele deu um sorriso frio e tirou uma pequena ampola do bolso da calça. E balançou na frente do rosto dela.
- Sabe o que é isso?
Larih ficou olhando para a ampola. Ele continuou, brincando com a pequena ampola entre os dedos.
- Essa aqui pode ser a sua salvação. Pode ser a cura que você tanto precisa.
Ela arregalou um pouco os olhos com a informação.
- Como...
- Com isso aqui as suas dores iriam acabar. Nada mais de alucinações. De perder o controle.
Ele a interrompeu. Falando calmo, num tom suave.
- Nada mais de ficar com medo de machucar os outros Larih...
Larih não sabia o que responder pra ele. Ficou olhando para a ampola. Lembrou de Murillo falando de uma cura. Como ele sabia? Quase esticou a mão para pegá-la, para ter certeza de que era real. Então a ficha caiu e ela olhou para ele.
- Qual é o preço disso?
Ele deu uma risada.
- A sua alma está bom?
Ele colocou a ampola no colo dela e continou sorrindo.
- Isso a tornaria mais forte. Você seria como um dos meus, mas o seu controle é além das expectativas. Você seria a melhor. Imagine do que seria capaz!
Ele disse com um sorriso ganancioso. Larih baixou os olhos para a ampola, começou a sentir nojo de sí mesma. Queria jogar aquilo longe.
- Pense um pouco no assunto.
Ele disse tranquilo, sorrindo. Ela continuou olhando para a ampola.
- Esse soro pode salvar você de um destino muito pior...
O garoto se levantou do sofá.
- Só não demore muito a decidir. Eu não sou conhecido por ser paciente...algumas pessoas podem se machucar no processo.
Larih ergueu os olhos com medo da ameaça. Mas ele havia sumido, deixando a ampola no seu colo. Não existia cura pra ela. Agora tinha absoluta certeza. Ou se tornava um deles...ou acabava com isso de uma vez.
"Pra que se torturar com isso?"
Luka reapareceu. Ela olhou pra ele.
- Talvez devessemos nos atirar de uma ponte. O que a...
A frase foi interrompida por um barulho alto que venho de dentro da igreja. Larih se levantou pegando a arma da mesa, foi caminhando devagar até a porta. Com a arma em punho, havia alguém ali. Parecia um homem, estava de costas. Se aproximou dele devagar.
- Com licença senhor...
Disse com a arma abaixada. O homem continuou de costas.
- Senhor...?
De repente ele se virou para atacá-la e Larih viu que ele estav morto. Ela gritou e atirou por reflexo. O corpo tombou no chão.
- Que merda!
Reclamou nervosa. Luka se aproximou do corpo e assoviou.
"Noite dos mortos vivos? Isso lembra aquele seriado que a gente assistia em casa..."
Larih olhou em volta para ver se não tinha mais ninguém.
- Vamos sair daqui.
Ela foi em direção a entrada da igreja e parou.
- Mas que inferno...
Luka parou do seu lado e deu uma risada.
"Acho que isso se chama estar ferrado."
A rua estava tomada por mortos vivos. Tinha que dar um jeito de chegar ao centro da cidade pra encontrar os outros. Luka cruzou os braços e apontou para o gramado.
"Sabe dirigir?"
Ela viu uma moto largada no gramado.
- Vamos descobrir.
Larih correu pelo gramado o mais rápido que pode, isso chamou a atenção dos mortos, que vieram atrás dela.
- Merda, merda, merda...
Levantou a moto e subiu, um morto mais proximo tentou segurá-la, ela desferiou um chute contra ele, o morto caiu ela deu partida. Acelerando pro mais longe possível.
"Pra onde vamos?"
Luka perguntou sentado na garupa.
- Encontrar os outros no centro da cidade.
Gritou de volta, por causa do vento que fazia, estava sem capacete. Ouviu Luka reclamar, revirou os olhos e acelerou mais. Em poucos instantes havia chegado ao centro da cidade. Haviam mortos para todo o lado.
"Ei! Parece mesmo aquele seriado. Lembra?"
- Aquele que eu odiava?
Ela comentou olhando em volta, enquanto dirigia. Precisava encontrar os outros. Ouviu gritos próximos e seguiu na direção deles. Viu César e Sunny rodeados por mortos vivos que os estavam atacando. Não conseguiu localizar Rayden e Murillo. Pensaria nisso depois. Precisava ajudar aqueles dois antes que fossem feito picadinho. Mas como?
"Se você tivesse prestado atenção no seriado quando eu assistia, saberia o que fazer."
Ouviu Luka resmungar.
- Será que uma vez você pode me ajudar aqui!?
Gritou com raiva. Ele riu.
"Fogo. Queime eles! Vamos achar um posto de gasolina."
Larih acelerou.
- Ok. Vamos incendiar isso aqui.
"Passe por eles businando. Eles vão seguir o som e deixar seus amigos em paz."
Ela obedeceu. Passou pelo grupo de mortos em alta velocidado e businando.
- Ei!
Gritou chamando a atenção deles. Os mortos deixaram de atacar César e Sunny e começaram a correr atrás dela.
- E agora?
Gritou para Luka enquanto voava pela rua tentando desviar dos buracos e obstáculos.
"Todo centro de cidade tem um posto de gasolina."
Ele respondeu, Larih fez uma curva fechada, derrapando, mas não parou de acelerar. Avistou o posto no fim da rua.
- Ali!
Gritou, os mortos vinham um pouco atrás. Saltou da moto e a deixou caída no chão, correu pra loja de conveniência. Precisava de um isqueiro. Pegou o primeiro que viu. Quando saiu, os mortos já tomavam o lugar.
- Droga...
Pegou uma das mangueiras de combustível e começou a atirar gasolina contra os mortos. Eles vieram pra cima dela. Larih acendeu o isqueiro e jogou contra a boca da mangueira. O combustível acendeu e passou a espirrar fogo em vez de gasolina. Labaredas de fogo começaram a atingir os mortos, Larih continou espirrando contra eles até ter certeza de que não havia mais nenhum. Quando o combustível acabou ela soltou a magueira.
"Você está de parabéns."
Luka comentou fazendo um joia com o polegar. Ela olhou pra ele e acabou sorrindo. Então voltou até a moto e foi atrás dos outros. Alguns mortos corriam desesperados em chamas. Larih chegou no local em que havia deixados seus amigos, reparou num mercado enorme. Talvez eles estivessem entrado.
Deixou a moto do lado de fora, pegou sua arma e entrou, o lugar estava meio escuro, não se atreveu a gritar, podia chamar a atenção de outras coisas. Ouviu barulhos vindos dos fundos e foi até lá com passos silênciosos. Viu duas pessoas lá, podiam ser mortos vivos que tinham escapado.
- Ei!
Gritou apontando a arma para eles. Então reconheceu César e Rayden e ficou aliviada.
- É muito bom ver vocês garotos...
Sentiu uma dor muito forte atingir seu braço, deu um grito de dor, largou a arma levando a mão ao braço, perdeu a força nas pernas e caiu de joelhos. Não sentira aquela dor tão intensa. Lembrou do garoto falando. A ampola estava no bolso da sua calça. Não conseguia pensar direito de dor, sentiu o estômago revirar e tossiu, levando a mão a boca, sentiu um líquido quente e um gosto metálico na boca.
Quando olhou para sua mão, viu que estava tossindo sangue. Arregalou os olhos assustada. Luka se ajoelhou na sua frente.
"Ele mesmo disse...aquilo pode te salvar um destino bem pior."
Larih ficou sentada no chão olhando para Murillo, ele falou sobre achar a cura, mas não reagiu, nem falou nada.
Era impossível existir uma cura para isso.
Rayden se aproximo e ela achou que ele também não havia acreditado em Murillo e que daria um fim naquilo. Larih baixou os olhos e esperou. Foi então que sentiu a mão dele em seu rosto e ergueu o olhar pra ele, Rayden estava ajoelhado na sua altura, olhando para ela. Percebeu que ele não a mataria. Olhou pra ele em silêncio, abriu a boca para agradecer, mas de repente ele se levantou e se afastou, Larih percebeu que Amber estava lá. Assim como os outros, além de um garoto que ela não vira antes.
Amber olhava para ela de um jeito que Larih entendeu no mesmo instante que ela tinha ouvido e que sabia.
"Você tem três opções"
Luka apareceu sentado do seu lado. Ela não virou para olhá-lho. Continou olhando para Amber.
- Levante.
Ela disse. Larih levantou sem dizer nada. Continuou olhando para ela. Sentiu seu coração bater com tanta força que chegou a doer. A febre estava começando a deixá-la tonta.
"Larih....ataque ela, fuja, faça qualquer coisa!"
Ouviu Luka implorar. Larih o ignorou, não desgrudava os olhos de Amber. Ela veio em sua direção devagar, sua espada apareceu. Larih sabia o que ia acontecer, virou o rosto para Rayden por um instante, ele estava com os olhos arregalados. Sentou-se triste por ele.
- Eu não posso deixar que isso aconteça...desculpe.
Ela se preparou pra atacar. Larih deu um passo involuntário pra trás. Mas se obrigou a parar. Aquilo era mais certo.
"Larih!"
Ouviu Luka gritar e fechou os olhos. Esperando o ataque.
- Espere!
Ouviu alguém gritar. Abriu os olhos e viu o garoto entre ela e Amber.
- Am, olhe pra ela! Ela está lúcida! Mais lúcida que qualquer infectado que já vi!
Ele olhou pra ela e Larih tentou entender o que eles estavam falando. Sua cabeça começou a latejar, não ia mais aguentar ficar tanto tempo em pé. Seus cortes ainda sangravam um pouco. Teve que fazer um esforço enorme pra se manter como estava. Qualquer movimento seu podia ser entendido errado.
"Larih, você tem que ir. Eles não vão te deixar viva."
Luka ainda estava sentado no chão. Se permitiu olhar pra ele por um segundo.
"Desculpe. " Pensou. "Desculpe não ter conseguido te ajudar."
De repente Amber foi embora. Larih piscou sem entender. Olhou para o garotinho que a tinha defendido.
- Eu me chamo Aletus, mas eu nome original é Energia. Sou o que vocês chamam de Elemental. Ou um Domino.
Ele sorriu tranquilamente e olhou para ela.
- Escute...não deixei que Amber te matasse porque acho que você ainda pode nos ajudar muito. Mas por hora eu não posso responder nada. Apenas sinta-se grata ok?
Larih afirmou com a cabeça. Em silêncio. Não entendeu o que ele quis dizer sobre ajudar. Não conseguia se ver ajudando ninguém naquele estado. Mas sentia-se grata por ele a ter ajudado.
"Isso não muda o fato de que mais cedo ou mais tarde você vai pro inferno"
Luka disse de forma acusadora. Larih sabia que era verdade. Não acreditava que Murillo acharia uma cura, isso não existia. Aletus mandou que eles dessem as mãos e que não soltassem. Ela ficou entre Murillo e Sunny. O garoto ainda explicou mais algumas coisas, mas Larih já não estava mais escutando direito, lembrou de fechar os olhos e de repente sentiu um pânico enorne tomar conta. Algo se fechou em volta dela. Uma pressão gelada, como água. Ficou desesperada. Tentou gritar mas não havia ar. Sentiu que não havia mais ninguém segurando sua mão e abriu os olhos.
A primeira coisa que percebeu era que estava deitada na grama, sentia dores pelo corpo todo e que sua respiração estava pesada. A segunda coisa foi que Aletus estava parado um pouco a sua frente, olhando para uma cruz, virou um pouco a cabeça, o que foi um esforço maior do que tinha pensado, viu que havia um homem preso a cruz. Ele lembrava Gabriel. Pensar no anjo a fez lembrar que não o vira com Amber na noite anterior. O que tinha acontecido com ele?
- Essa guerra não será vitoriosa para nenhum dos lados.
Percebeu que Aletus falava com ela. Sentiu que tinha um pouco mais de forças e se sentou sem que as coisas girassem de mais. Ficou olhando pra cruz.
- Desculpe deixá-la sozinha aqui. Mas não posso me arriscar deixando você nesse estado junto com os outros. Disse que ia poupar sua vida, mas você ainda pode machucá-los e sei que não quer isso.
Larih confirmou com a cabeça. Só de imaginar no que podia fazer se perdesse o controle já sentia-se mal outra vez.
- Fique aqui por um tempo. Deve haver remedios e outras coisas que pode ser uteis para você na igreja. Descanse e assim que estiver se sentindo melho...vá ao centro da cidade e os encontre.
Larih permaneceu sentada, o garoto se afastou e desapareceu. Ela estava sozinha outra vez. Notou o silêncio, não havia um único barulho, nem vento, nem pássaros. Nada. Olhou para a igreja, precisava procurar algo para fazer curativos e alguma roupa. Se levantou com dificuldade. Olhou a rua. Haviam muitos corpos, seja o que for que passara pela cidade, não quis que ninguém ficasse vivo.
"Podia ter sido você"
Luka apareceu do seu lado.
- Não farei isso.
Ela comentou entrando na igreja, ele a seguiu. O interior da igreja também estava destruído, os bancos quebrados, cacos de vidros pelo chão. Havia um pouco de sangue no chão. Larih ia andando devagar com medo do que acabaria encontrando.
"Você está sozinha, se não percebeu. Sozinha e ferida."
- Eu acabaria sozinha de qualquer jeito.
Ela respondeu chegando na frente da igreja. Havia uma porta atrás do altar. Estava aberta, olhou para o interior. Havia uma sala. Curiosa, abriu mais a porta e entrou.
"O que pretende encontrar aqui?"
Luka parou na porta. Larih olhou pra ele e se deu conta do que ele era. Ele não existia, era culpa da doença dela. Sentiu um aperto no coração. Balançou a cabeça e parou de olhar pra ele, tratou de investigar a sala.
Havia um sofá intacto, uma mesa com uma garrafa de vidro com algum líquido escuro, havia prateleiras com livros e um armário fechado, tentou abrí-lo, mas estava trancado. Atravessou a mesa e encontrou as gavetas, começou a abrir uma por uma procurando a chave.
"Larih, vamos embora."
Ela ignorou Luka e continuou abrindo as gavetas, achou uma arma e uma caixa de balas, colocou em cima da mesa. Achou um chaveiro cheio de chaves e voltou até o armário, foi tentando uma por uma até abrir. Haviam documentos, achou uma caixa de primeiros socorros, pegou a caixa e se sentou no sofá, até que era macio, tirou a camiseta rasgada e suja, precisava achar roupas também.
Olhou para a porta e Luka não estava mais lá. Havia sumido outra vez. Balançou a cabeça cansada e tratou de cuidar de seus ferimentos. O do ombro apenas limpou o sangue em volta, sabia que não adiantava fazer curativo nenhum. Enquanto fazia os curativos reparou numa caixa ao lado do armário, onde estava escrito "Donativos" resolveu dar uma olhada. Encontrou roupas, doações, colocou uma camiseta e uma calça jeans, era bom vestir roupas limpas, pegou também uma blusa de moletom, estava um pouco grande, mas ia servir. Estava sentindo muito frio e tinha consciência de que era por causa da febre, fuçou na caixa de remédios outra vez e achou analgésicos, pegou dois comprimidos, pegou a garrafa na mesa e cheirou, era conhaque. Ia servir. Colocou os dois comprimidos na boca e bebeu um longo gole de conhaque.
- Saúde.
Murmurou colocando a garrafa no lugar. De repente se sentiu muito cansada. A quanto tempo não dormia? Olhou para o sofá, ele parecia muito convidativo. Precisava encontrar os outros, mas dormir um pouquinho antes não faria mal. Deitou no sofá sentindo o corpo ficar dormente, talvez por causa da mistura do remédio e do conhaque. Ficou olhando pro teto, tremia de frio ainda, fechou os olhos por um instante.
Não sabe ao certo quanto tempo ficou de olhoa fechados, mas acordou assustada. Havia mais alguém na sala, estava tonta de sono ainda. Percebeu que a pessoa estava sentada na beirada do sofá acima da sua cabeça.
- Luka...
Murmurou sonolenta. Talvez dois comprimidos tivessem sido além da conta. Piscou tentando focar na pessoa, era uma criança, um garotinho de cabelos escuros e olhar sério.
- Não sou o seu irmão, Larih. Sinto muito.
Larih virou um pouco a cabeça e sentiu os pequenos dele na sua testa.
- Fique deitada. Não precisa levantar.
- Quem é você?
Ela perguntou um pouco mais acordada. Ele sorriu, mas foi algo frio.
- Faz tempo que quero conhecê-la. Desde que Caim me falou de você.
Larih sentiu um arrepio ruim percorrer seu corpo e dessa vez conseguiu se sentar, colocando uma distância dele.
- Você não devia conseguir entrar.
O garoto continuou sorrindo, olhando para ela.
- Sou capaz de muitas coisas que meus seguidores nem sonham...
- Seus seguidores?
Larih começou a ficar com medo, ele escorregou e se sentou no sofá. Não parecia em nada com uma criança. Olhava para ela com uma intensidade que assustava.
- Você sabe quem eu sou Larih Spencer.
Ela entrou em pânico.
- O que você quer de mim?
Ele deu um sorriso frio e tirou uma pequena ampola do bolso da calça. E balançou na frente do rosto dela.
- Sabe o que é isso?
Larih ficou olhando para a ampola. Ele continuou, brincando com a pequena ampola entre os dedos.
- Essa aqui pode ser a sua salvação. Pode ser a cura que você tanto precisa.
Ela arregalou um pouco os olhos com a informação.
- Como...
- Com isso aqui as suas dores iriam acabar. Nada mais de alucinações. De perder o controle.
Ele a interrompeu. Falando calmo, num tom suave.
- Nada mais de ficar com medo de machucar os outros Larih...
Larih não sabia o que responder pra ele. Ficou olhando para a ampola. Lembrou de Murillo falando de uma cura. Como ele sabia? Quase esticou a mão para pegá-la, para ter certeza de que era real. Então a ficha caiu e ela olhou para ele.
- Qual é o preço disso?
Ele deu uma risada.
- A sua alma está bom?
Ele colocou a ampola no colo dela e continou sorrindo.
- Isso a tornaria mais forte. Você seria como um dos meus, mas o seu controle é além das expectativas. Você seria a melhor. Imagine do que seria capaz!
Ele disse com um sorriso ganancioso. Larih baixou os olhos para a ampola, começou a sentir nojo de sí mesma. Queria jogar aquilo longe.
- Pense um pouco no assunto.
Ele disse tranquilo, sorrindo. Ela continuou olhando para a ampola.
- Esse soro pode salvar você de um destino muito pior...
O garoto se levantou do sofá.
- Só não demore muito a decidir. Eu não sou conhecido por ser paciente...algumas pessoas podem se machucar no processo.
Larih ergueu os olhos com medo da ameaça. Mas ele havia sumido, deixando a ampola no seu colo. Não existia cura pra ela. Agora tinha absoluta certeza. Ou se tornava um deles...ou acabava com isso de uma vez.
"Pra que se torturar com isso?"
Luka reapareceu. Ela olhou pra ele.
- Talvez devessemos nos atirar de uma ponte. O que a...
A frase foi interrompida por um barulho alto que venho de dentro da igreja. Larih se levantou pegando a arma da mesa, foi caminhando devagar até a porta. Com a arma em punho, havia alguém ali. Parecia um homem, estava de costas. Se aproximou dele devagar.
- Com licença senhor...
Disse com a arma abaixada. O homem continuou de costas.
- Senhor...?
De repente ele se virou para atacá-la e Larih viu que ele estav morto. Ela gritou e atirou por reflexo. O corpo tombou no chão.
- Que merda!
Reclamou nervosa. Luka se aproximou do corpo e assoviou.
"Noite dos mortos vivos? Isso lembra aquele seriado que a gente assistia em casa..."
Larih olhou em volta para ver se não tinha mais ninguém.
- Vamos sair daqui.
Ela foi em direção a entrada da igreja e parou.
- Mas que inferno...
Luka parou do seu lado e deu uma risada.
"Acho que isso se chama estar ferrado."
A rua estava tomada por mortos vivos. Tinha que dar um jeito de chegar ao centro da cidade pra encontrar os outros. Luka cruzou os braços e apontou para o gramado.
"Sabe dirigir?"
Ela viu uma moto largada no gramado.
- Vamos descobrir.
Larih correu pelo gramado o mais rápido que pode, isso chamou a atenção dos mortos, que vieram atrás dela.
- Merda, merda, merda...
Levantou a moto e subiu, um morto mais proximo tentou segurá-la, ela desferiou um chute contra ele, o morto caiu ela deu partida. Acelerando pro mais longe possível.
"Pra onde vamos?"
Luka perguntou sentado na garupa.
- Encontrar os outros no centro da cidade.
Gritou de volta, por causa do vento que fazia, estava sem capacete. Ouviu Luka reclamar, revirou os olhos e acelerou mais. Em poucos instantes havia chegado ao centro da cidade. Haviam mortos para todo o lado.
"Ei! Parece mesmo aquele seriado. Lembra?"
- Aquele que eu odiava?
Ela comentou olhando em volta, enquanto dirigia. Precisava encontrar os outros. Ouviu gritos próximos e seguiu na direção deles. Viu César e Sunny rodeados por mortos vivos que os estavam atacando. Não conseguiu localizar Rayden e Murillo. Pensaria nisso depois. Precisava ajudar aqueles dois antes que fossem feito picadinho. Mas como?
"Se você tivesse prestado atenção no seriado quando eu assistia, saberia o que fazer."
Ouviu Luka resmungar.
- Será que uma vez você pode me ajudar aqui!?
Gritou com raiva. Ele riu.
"Fogo. Queime eles! Vamos achar um posto de gasolina."
Larih acelerou.
- Ok. Vamos incendiar isso aqui.
"Passe por eles businando. Eles vão seguir o som e deixar seus amigos em paz."
Ela obedeceu. Passou pelo grupo de mortos em alta velocidado e businando.
- Ei!
Gritou chamando a atenção deles. Os mortos deixaram de atacar César e Sunny e começaram a correr atrás dela.
- E agora?
Gritou para Luka enquanto voava pela rua tentando desviar dos buracos e obstáculos.
"Todo centro de cidade tem um posto de gasolina."
Ele respondeu, Larih fez uma curva fechada, derrapando, mas não parou de acelerar. Avistou o posto no fim da rua.
- Ali!
Gritou, os mortos vinham um pouco atrás. Saltou da moto e a deixou caída no chão, correu pra loja de conveniência. Precisava de um isqueiro. Pegou o primeiro que viu. Quando saiu, os mortos já tomavam o lugar.
- Droga...
Pegou uma das mangueiras de combustível e começou a atirar gasolina contra os mortos. Eles vieram pra cima dela. Larih acendeu o isqueiro e jogou contra a boca da mangueira. O combustível acendeu e passou a espirrar fogo em vez de gasolina. Labaredas de fogo começaram a atingir os mortos, Larih continou espirrando contra eles até ter certeza de que não havia mais nenhum. Quando o combustível acabou ela soltou a magueira.
"Você está de parabéns."
Luka comentou fazendo um joia com o polegar. Ela olhou pra ele e acabou sorrindo. Então voltou até a moto e foi atrás dos outros. Alguns mortos corriam desesperados em chamas. Larih chegou no local em que havia deixados seus amigos, reparou num mercado enorme. Talvez eles estivessem entrado.
Deixou a moto do lado de fora, pegou sua arma e entrou, o lugar estava meio escuro, não se atreveu a gritar, podia chamar a atenção de outras coisas. Ouviu barulhos vindos dos fundos e foi até lá com passos silênciosos. Viu duas pessoas lá, podiam ser mortos vivos que tinham escapado.
- Ei!
Gritou apontando a arma para eles. Então reconheceu César e Rayden e ficou aliviada.
- É muito bom ver vocês garotos...
Sentiu uma dor muito forte atingir seu braço, deu um grito de dor, largou a arma levando a mão ao braço, perdeu a força nas pernas e caiu de joelhos. Não sentira aquela dor tão intensa. Lembrou do garoto falando. A ampola estava no bolso da sua calça. Não conseguia pensar direito de dor, sentiu o estômago revirar e tossiu, levando a mão a boca, sentiu um líquido quente e um gosto metálico na boca.
Quando olhou para sua mão, viu que estava tossindo sangue. Arregalou os olhos assustada. Luka se ajoelhou na sua frente.
"Ele mesmo disse...aquilo pode te salvar um destino bem pior."
Larih Spencer- Mensagens : 29
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
César Nickols
César abriu os olhos um pouco assustado quando sentiu alguém segurar em seu pulso. Viu Amber, ficou aliviado em vê-la. Seu medo era de que alguma coisa tivesse acontecido com ela.
Amber o ajudou a levantar, o lugar que o tiro havia pego de raspão deu uma reclamada e ele se encolheu um pouco. Começaram a subir por uma parte mais fácil do barranco, Cesár queria saber o que tinha acontecido com os outros, onde estava Gabriel e o tal Caim, mas não disse nada. Deu uma olhada para Sunny.
- Você está bem?
Amber parou de repente de andar e César não entendeu o que tinha acontecido. Olhou para ela preocupado de que pudesse ser mais um ataque, mas ela ainda parecia tranquila, talvez um pouco mais concentrada, como se tentasse ouvir algo.
- Segure-o por favor?
Disse para Sunny, ela soltou César e ele se sentiu um pouco aliviado. Podia andar sozinho.
- Não se preocupe Sunny. Consigo ir sozinho.
Deu um pequeno sorriso. Amber já estava andando na frente e ele tratou de seguí-la um pouco atrás. Mais a frente avistou os outros e ficou feliz de ver todos bem. Quando chegou com Sunny percebeu que havia alguma coisa errada. Pode sentir uma tensão estranha. Amber disse para Larih se levantar. Ele deu uma boa olhada nela, estava bem machucada. Como tinha conseguido se livrar de Caim?
- Eu não posso deixar que isso
aconteça...
César não entendeu o que Amber quis dizer com aquilo até ver a espada em sua mão. Olhou para Larih outra vez, ela permaneceu parada em pé sem dizer nada. Suas suspeitas estavam certas, ele sabia disso a muito tempo. Larih mal conseguia parar em pé, precisava ajudá-la.
Amber se preparou para atacá-la. César tinha que impedir de alguma forma, ia se atirar contra Amber para segurá-la se fosse preciso e torcia para que Rayden tirasse Larih dali. Então um garotinho surgiu do nada e se colocou entre as duas falando com Amber.
César ficou apreensivo, olhando dos dois para Lari, queria muito cuidar dela, mas para isso tinha que passar por Amber. Rayden se colocou do seu lado, ele olhou para o amigo. Olhou para Sunny e para Murillo. O que eles estariam pensando? Todos tinham recebido ordens de matar qualquer infectado. De repente Amber abriu suas asas e foi embora, deixando todos pra trás. César não entendeu nada, olhou em volta para ver se alguém tinha entendido o que estava se passando ali.
- Eu me chamo Aletus, mas eu nome original é Energia. Sou o que vocês chamam de Elemental. Ou um Domino.
César olhou para o garotinho. Ele era um o que? Talvez devesse ter prestado mais atenção nas aulas de catequese, mas duvidava muito que eles tivessem uma matéria do tipo "sobreviva ao fim do mundo onde você será caçado por demônios sanguínarios." Suspirou cansado, pelo menos Amber não havia feito nada com Lari.
O garotinho mandou que eles dessem as mãos e começou a explicar algo que ele não entendeu, olhou para Rayden preocupado. O que aquele garotinho ia fazer? Então ele mandou que todos fechassem os olhos e César obedeceu se sentindo nervoso. De repente começou a sentir uma pressão a sua volta, um aperto frio. Ficou desesperado. O que estavam fazendo com eles?
Quando abriu os olhos estavam no centro de Jericoh. César conhecia bem aquela cidade. Sua cidade. Olhou em volta para verificar os outros e não encontrou Larih.
- Larih?
Chamou alto. Também não viu o tal Aletus, era provavel que estivessem juntos. Seguiu Rayden concordando que não deviam se separar. Também pegou algumas roupas. E caçou uma mochila pela loja, tinha perdido a sua. Achou uma de lona preta, grande o suficiente, colocou algumas roupas dentro dela e voltou pra rua com os outros.
- Conheço um lugar que podemos ficar. Num bairro meio afastado, tem uma ca...
César parou de falar quando quando Lilith apareu com outra criatura. Ele, por reflexo colocou a mão na cintura a procura de sua arma, mas não tinha nenhuma. Olhou em volta procurando algo que pudesse servir. Mas só haviam corpos pelo chão e entulho pela cidade.
De repente a coisa atacou Rayen e ele viu o amigo voar longe.
- Rayden!
Gritou e percebeu que a criatura que o tinha atacado era Natasha.
- Natasha?
Ficou em choque olhando pra ela. A militar atacou seu amigo outra vez e César correu pra ajudá-lo, mas algo o agarrou pela camiseta e o puxou com força pra trás o desequilibrando, olhou pra trás e deu de cara com um morto. Gritou alto tentando se soltar daquela coisa. Sunny também estava sendo atacada por mortos.
Com um chute se soltou do morto e viu Rayden correndo com Natasha em seu encalço.
- Ray!
Mas não conseguiu se aproximar, mais mortos o estavam puxando. Sentiu alguém puxar seu cabelo e um arranhão no seu rosto. Tentava se desvencilhar deles, mas isso parecia uma tarefa quase impossível. Viu Sunny na mesma situação.
- Temos que dar um jeito de afastá-los!
Gritou e viu Murillo sendo atacado por Lilith.
- Maldição...
Pisou em algo duro quando tentava se soltar de um zumbi que o puxava pra baixo. Viu uma calota solta de um carro e resolveu usá-la como arma, puxou com o pé pra cima dando um pulo pra trás, se colocando do lado de Sunny, acertava todos os mortos vivos mais próximos com sua arma improvisada.
- Temos que ajudar o Murillo!
Falou para Sunny quando viu que Lilith o jogava contra o chão. Mas era impossível se aproximar, cada vez mais mortos pareciam brotar do nada. Sentiu um rasgas a manga de sua camiseta e junto com isso parte de sua pele. Deu um grito dolorido e tentou se soltar. O arranhão no seu rosto sangrava e o sangue grudava em seu rosto e pescoço, viu Murillo de longe rolando pelo chão até parar próximo a uma das crateras.
- Não Murillo!
Gritou e por um descuido foi derrubado no chão, usou os braços pra se proteger e sentiu o asfalto esfolar sua pele, nem teve tempo de levantar e foi atacado por vários chutes. Tentou se esquivar e levantar de alguma forma, mas haviam tantos que era impossível, virou o rosto no instante que Lilith empurrou Murillo pra cratera. Ficou em pânico.
- Não! Meu Deus não!
Berrou desesperado, conseguiu se levantar muito desajeitadamente, empurrando os zumbis do jeito que podia, mas não conseguiu ajudar o amigo. Lilith pulava no buraco e ele desaparecia.
- Sunny!
Gritou pra garota.
- Temos que sair daqui!
Mas não havia jeito, pra onde olhasse haviam mortos e mais mortos. Estavam perdidos. De repente ouviu uma busina alta e alguém gritando, isso chamou a atenção dos mortos. César olhou e reconheceu Larih passando como um raio com uma moto, os zumbis a seguiram pela rua. César conseguiu uma brecha com a distração, agarrou Sunny pelo pulso e a arrastou para dentro de um supermercado que estava com as portas quebradas, correu sem olhar direito pra onde estava indo. Só queria criar a maior distancia possível.
- Acho que eles não vem pra cá.
Disse parando no fundo da loja, apoiou as mãos nos joelhos tentando recuperar o fôlego.
- De onde a Larih surgiu?
Ergueu a cabeça olhando em volta. Conhecia aquele mercado. Costumava furtar pequenas coisas dele. Tinha dois andares e uma área só de armas.
- Não saia daqui de dentro.
Disse para Sunny.
- Procure comida, remédios e roupas...mas não saia daqui por favor.
Sentiu que ia entrar em pânico. A imagem de Murillo sendo empurrado no buraco não saía de sua cabeça. Rayden tinha sumido perseguido por Natasha e tinha medo de como isso tinha acabado por seu amigo. Larih tinha uma corja gigante de zumbis atrás dela.
- Eu...vou procurar o que fazer...
Disse a Sunny e se afastou. Passou por prateleiras de comida e percebeu que ainda estava com sua mochila. Encontrou um banheiro e trocou de roupas. Deixou o uniforme do exército lá. Estava rasgado e sujo de mais pra ser aproveitado. Lavou o rosto e os braços limpando o sangue.
Sentia que estava sufocando. Segurou na borda da pia com força tentando se acalmar. Se olhou no espelho. E se apenas ele e Sunny tivessem sobrevivido? Onde estavam Amber e Gabriel? E o tal Aletus?
- Você tem que manter a calma...
Murmura pro seu reflexo no espelho. Sai do banheiro e começa a colocar comida na bolsa. Pegava o que tinha na prateleira sem nem ver direito. Começava a criar planos em sua cabeça do que devia fazer. Atravessou um corredor e entrou na aérea de remédios. Colocou os que eram necessários em sua bolsa, devia procurar Sunny, talvez procurar sua família...ver se estavam vivos.
Ouviu um barulho próximo e ficou alerta, podia ser algum morto vivo? Se aproximou tentando encontrar algo como arma.
Olhou por de trás de uma prateleira e viu Rayden. Sentiu um alívio tão grande que se sentiu até mais leve. Saiu de trás da prateleira e seu amigo lhe apontou uma arma, César parou e ficou olhando pra ele.
- Calma...sou eu.
Ergueu as mãos.
- Rayden, pegaram o Murillo. Aquela mulher levou ele...
Ouviram outra voz e uma arma engatilhando, virou a cabeça e viu Larih. Deu um sorriso.
- Larih! É ótimo te ver aqui.
De repente ela agarrou seu braço e caiu de joelhos. César correu até ela e a segurou pelos ombros enquanto Larih tinha uma crise de tosse.
- Larih?
Pergunta preocupado e vê a mão dela manchada de sangue. Olhou para Rayden preocupado, amparando Larih.
- Temos que tirá-la daqui...tenho uma casa no subúrbio que pode servir pra nos abrigar.
Colocou a mão na testa de Larih e sentiu que ela estava com febre, muita febre. Ficou preocupado. A ajudou a se colocar em pé.
- Encontre a Sunny, vou achar um carro pra nos tirar daqui.
Saiu com Larih do mercado. Não haviam mais zumbis, apenas um cheiro forte de carne queimada. Achou um Chevy velho preto, dois bancos e uma carroceria.
- Deve servir.
Abriu a porta do passageiro e colocou Larih sentada. Contornou o carro e abriu a porta da carroceria pra Sunny e Rayden e jogou sua mochila lá dentro. Entrou no banco do motorista, não tinha chave, se enfiou de baixo do painel e pegou os fios certos. Acostumado a fazer ligação direta em dois palitos o carro estava funcionando.
- Espero que tenha combustível...
Olhou pra Larih preocupado.
- Aguenta. Vamos ajudar você.
César abriu os olhos um pouco assustado quando sentiu alguém segurar em seu pulso. Viu Amber, ficou aliviado em vê-la. Seu medo era de que alguma coisa tivesse acontecido com ela.
Amber o ajudou a levantar, o lugar que o tiro havia pego de raspão deu uma reclamada e ele se encolheu um pouco. Começaram a subir por uma parte mais fácil do barranco, Cesár queria saber o que tinha acontecido com os outros, onde estava Gabriel e o tal Caim, mas não disse nada. Deu uma olhada para Sunny.
- Você está bem?
Amber parou de repente de andar e César não entendeu o que tinha acontecido. Olhou para ela preocupado de que pudesse ser mais um ataque, mas ela ainda parecia tranquila, talvez um pouco mais concentrada, como se tentasse ouvir algo.
- Segure-o por favor?
Disse para Sunny, ela soltou César e ele se sentiu um pouco aliviado. Podia andar sozinho.
- Não se preocupe Sunny. Consigo ir sozinho.
Deu um pequeno sorriso. Amber já estava andando na frente e ele tratou de seguí-la um pouco atrás. Mais a frente avistou os outros e ficou feliz de ver todos bem. Quando chegou com Sunny percebeu que havia alguma coisa errada. Pode sentir uma tensão estranha. Amber disse para Larih se levantar. Ele deu uma boa olhada nela, estava bem machucada. Como tinha conseguido se livrar de Caim?
- Eu não posso deixar que isso
aconteça...
César não entendeu o que Amber quis dizer com aquilo até ver a espada em sua mão. Olhou para Larih outra vez, ela permaneceu parada em pé sem dizer nada. Suas suspeitas estavam certas, ele sabia disso a muito tempo. Larih mal conseguia parar em pé, precisava ajudá-la.
Amber se preparou para atacá-la. César tinha que impedir de alguma forma, ia se atirar contra Amber para segurá-la se fosse preciso e torcia para que Rayden tirasse Larih dali. Então um garotinho surgiu do nada e se colocou entre as duas falando com Amber.
César ficou apreensivo, olhando dos dois para Lari, queria muito cuidar dela, mas para isso tinha que passar por Amber. Rayden se colocou do seu lado, ele olhou para o amigo. Olhou para Sunny e para Murillo. O que eles estariam pensando? Todos tinham recebido ordens de matar qualquer infectado. De repente Amber abriu suas asas e foi embora, deixando todos pra trás. César não entendeu nada, olhou em volta para ver se alguém tinha entendido o que estava se passando ali.
- Eu me chamo Aletus, mas eu nome original é Energia. Sou o que vocês chamam de Elemental. Ou um Domino.
César olhou para o garotinho. Ele era um o que? Talvez devesse ter prestado mais atenção nas aulas de catequese, mas duvidava muito que eles tivessem uma matéria do tipo "sobreviva ao fim do mundo onde você será caçado por demônios sanguínarios." Suspirou cansado, pelo menos Amber não havia feito nada com Lari.
O garotinho mandou que eles dessem as mãos e começou a explicar algo que ele não entendeu, olhou para Rayden preocupado. O que aquele garotinho ia fazer? Então ele mandou que todos fechassem os olhos e César obedeceu se sentindo nervoso. De repente começou a sentir uma pressão a sua volta, um aperto frio. Ficou desesperado. O que estavam fazendo com eles?
Quando abriu os olhos estavam no centro de Jericoh. César conhecia bem aquela cidade. Sua cidade. Olhou em volta para verificar os outros e não encontrou Larih.
- Larih?
Chamou alto. Também não viu o tal Aletus, era provavel que estivessem juntos. Seguiu Rayden concordando que não deviam se separar. Também pegou algumas roupas. E caçou uma mochila pela loja, tinha perdido a sua. Achou uma de lona preta, grande o suficiente, colocou algumas roupas dentro dela e voltou pra rua com os outros.
- Conheço um lugar que podemos ficar. Num bairro meio afastado, tem uma ca...
César parou de falar quando quando Lilith apareu com outra criatura. Ele, por reflexo colocou a mão na cintura a procura de sua arma, mas não tinha nenhuma. Olhou em volta procurando algo que pudesse servir. Mas só haviam corpos pelo chão e entulho pela cidade.
De repente a coisa atacou Rayen e ele viu o amigo voar longe.
- Rayden!
Gritou e percebeu que a criatura que o tinha atacado era Natasha.
- Natasha?
Ficou em choque olhando pra ela. A militar atacou seu amigo outra vez e César correu pra ajudá-lo, mas algo o agarrou pela camiseta e o puxou com força pra trás o desequilibrando, olhou pra trás e deu de cara com um morto. Gritou alto tentando se soltar daquela coisa. Sunny também estava sendo atacada por mortos.
Com um chute se soltou do morto e viu Rayden correndo com Natasha em seu encalço.
- Ray!
Mas não conseguiu se aproximar, mais mortos o estavam puxando. Sentiu alguém puxar seu cabelo e um arranhão no seu rosto. Tentava se desvencilhar deles, mas isso parecia uma tarefa quase impossível. Viu Sunny na mesma situação.
- Temos que dar um jeito de afastá-los!
Gritou e viu Murillo sendo atacado por Lilith.
- Maldição...
Pisou em algo duro quando tentava se soltar de um zumbi que o puxava pra baixo. Viu uma calota solta de um carro e resolveu usá-la como arma, puxou com o pé pra cima dando um pulo pra trás, se colocando do lado de Sunny, acertava todos os mortos vivos mais próximos com sua arma improvisada.
- Temos que ajudar o Murillo!
Falou para Sunny quando viu que Lilith o jogava contra o chão. Mas era impossível se aproximar, cada vez mais mortos pareciam brotar do nada. Sentiu um rasgas a manga de sua camiseta e junto com isso parte de sua pele. Deu um grito dolorido e tentou se soltar. O arranhão no seu rosto sangrava e o sangue grudava em seu rosto e pescoço, viu Murillo de longe rolando pelo chão até parar próximo a uma das crateras.
- Não Murillo!
Gritou e por um descuido foi derrubado no chão, usou os braços pra se proteger e sentiu o asfalto esfolar sua pele, nem teve tempo de levantar e foi atacado por vários chutes. Tentou se esquivar e levantar de alguma forma, mas haviam tantos que era impossível, virou o rosto no instante que Lilith empurrou Murillo pra cratera. Ficou em pânico.
- Não! Meu Deus não!
Berrou desesperado, conseguiu se levantar muito desajeitadamente, empurrando os zumbis do jeito que podia, mas não conseguiu ajudar o amigo. Lilith pulava no buraco e ele desaparecia.
- Sunny!
Gritou pra garota.
- Temos que sair daqui!
Mas não havia jeito, pra onde olhasse haviam mortos e mais mortos. Estavam perdidos. De repente ouviu uma busina alta e alguém gritando, isso chamou a atenção dos mortos. César olhou e reconheceu Larih passando como um raio com uma moto, os zumbis a seguiram pela rua. César conseguiu uma brecha com a distração, agarrou Sunny pelo pulso e a arrastou para dentro de um supermercado que estava com as portas quebradas, correu sem olhar direito pra onde estava indo. Só queria criar a maior distancia possível.
- Acho que eles não vem pra cá.
Disse parando no fundo da loja, apoiou as mãos nos joelhos tentando recuperar o fôlego.
- De onde a Larih surgiu?
Ergueu a cabeça olhando em volta. Conhecia aquele mercado. Costumava furtar pequenas coisas dele. Tinha dois andares e uma área só de armas.
- Não saia daqui de dentro.
Disse para Sunny.
- Procure comida, remédios e roupas...mas não saia daqui por favor.
Sentiu que ia entrar em pânico. A imagem de Murillo sendo empurrado no buraco não saía de sua cabeça. Rayden tinha sumido perseguido por Natasha e tinha medo de como isso tinha acabado por seu amigo. Larih tinha uma corja gigante de zumbis atrás dela.
- Eu...vou procurar o que fazer...
Disse a Sunny e se afastou. Passou por prateleiras de comida e percebeu que ainda estava com sua mochila. Encontrou um banheiro e trocou de roupas. Deixou o uniforme do exército lá. Estava rasgado e sujo de mais pra ser aproveitado. Lavou o rosto e os braços limpando o sangue.
Sentia que estava sufocando. Segurou na borda da pia com força tentando se acalmar. Se olhou no espelho. E se apenas ele e Sunny tivessem sobrevivido? Onde estavam Amber e Gabriel? E o tal Aletus?
- Você tem que manter a calma...
Murmura pro seu reflexo no espelho. Sai do banheiro e começa a colocar comida na bolsa. Pegava o que tinha na prateleira sem nem ver direito. Começava a criar planos em sua cabeça do que devia fazer. Atravessou um corredor e entrou na aérea de remédios. Colocou os que eram necessários em sua bolsa, devia procurar Sunny, talvez procurar sua família...ver se estavam vivos.
Ouviu um barulho próximo e ficou alerta, podia ser algum morto vivo? Se aproximou tentando encontrar algo como arma.
Olhou por de trás de uma prateleira e viu Rayden. Sentiu um alívio tão grande que se sentiu até mais leve. Saiu de trás da prateleira e seu amigo lhe apontou uma arma, César parou e ficou olhando pra ele.
- Calma...sou eu.
Ergueu as mãos.
- Rayden, pegaram o Murillo. Aquela mulher levou ele...
Ouviram outra voz e uma arma engatilhando, virou a cabeça e viu Larih. Deu um sorriso.
- Larih! É ótimo te ver aqui.
De repente ela agarrou seu braço e caiu de joelhos. César correu até ela e a segurou pelos ombros enquanto Larih tinha uma crise de tosse.
- Larih?
Pergunta preocupado e vê a mão dela manchada de sangue. Olhou para Rayden preocupado, amparando Larih.
- Temos que tirá-la daqui...tenho uma casa no subúrbio que pode servir pra nos abrigar.
Colocou a mão na testa de Larih e sentiu que ela estava com febre, muita febre. Ficou preocupado. A ajudou a se colocar em pé.
- Encontre a Sunny, vou achar um carro pra nos tirar daqui.
Saiu com Larih do mercado. Não haviam mais zumbis, apenas um cheiro forte de carne queimada. Achou um Chevy velho preto, dois bancos e uma carroceria.
- Deve servir.
Abriu a porta do passageiro e colocou Larih sentada. Contornou o carro e abriu a porta da carroceria pra Sunny e Rayden e jogou sua mochila lá dentro. Entrou no banco do motorista, não tinha chave, se enfiou de baixo do painel e pegou os fios certos. Acostumado a fazer ligação direta em dois palitos o carro estava funcionando.
- Espero que tenha combustível...
Olhou pra Larih preocupado.
- Aguenta. Vamos ajudar você.
César Nickols- Mensagens : 27
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Enquanto isso...
Ariadne apareceu na estrada. Um sopro de ar, uma poeira avermelhada levantando do chão e ela estava lá. Uma pessoa completamente deslocada. Vestida de preto da cabeça aos pés. A pele pálida. E o cabelo azul.
Estava ali numa missão. Uma ordem de Lúcifer. Lilith havia falhado, os humanos sabiam de mais, agora ela tinha que acabar com eles ou fazê-los cooperar de um jeito ou de outro.
E era por isso que ela estava ali. Andando naquela estrada empoeirada, um lugar esquecido por Deus. Mas que lugar naquele mundo ainda era lembrado por Ele? A cada dia mais e mais demônios se libertavam e infestavam a terra como uma doença que não tinha cura. Os anjos podiam lutar, mas aquela guerra já estava vencida.
"Me traga a garota."
Foram as ordens de Lúcifer. Avistou a fazenda de longe. Uma construção grande, branca de madeira. Ariadne sorriu. Aquilo seria fácil.
Kate Assassyh havia herdado as terras de seu falecido marido e passado o controle das ações para seu filho. Enquanto ele trabalhava na empresa em outro estado. Ela cuidava das terras e do aras. Além de Mia, sua netinha. Esse fora o presente mais lindo e especial que Murillo havia lhe dado. Ela estava com oito anos e no momento dormia no sofá.
Não conseguia contato com seu filho fazia um bom tempo. Ouvia notícias, quando conseguia, do que estava acontecendo com o resto do mundo e temia o pior. Seus seguranças mantinham a guarda dia e noite. No dia que acontecera o terremoto houvera um ataque de criaturas que ela nunca tinha visto, haviam matado todas, mas o medo de serem atacadoa outra vez se mantinha.
Estava procupada com a segurança da neta e em saber notícias do filho. Fazia um chá na cozinha quando ouviu os gritos e os tiros vindos de fora.
- Ela está lá! Atirem!
Ouviu o chefe da segurança gritar e três homens passaram correndo com armas em punho. Kate abriu a janela.
- O que está acontecendo?
Um segurança parou e olhou pra ela.
- Houve uma invasão no perímetro. Uma mulher.
Ele explicou. Escutaram mais tiros e gritos.
- Acho que ela é um deles senhora.
Kate sentiu o corpo gelar. Enfim eles tinham vindo atrás. Se afastou da janela com urgência e correu para sala, Mia estava sentada no sofá, sonolenta, esfregava os olhos.
- Vovó?
Kate a pegou no colo sem explicação nenhuma e correu com ela para o porão.
Mia ficou agarrada no pescoço dela sem entender. Quando chegaram no porão escuro sua avó a colocou num canto com algumas almofadas.
- Fique quietinha.
E se afastou. Assustada, Mia abraçou os joelhos e se encolheu. Viu sua avó pegar uma espingarda, que costumava usar para caçar. Lá em cima ouvia gritos e tiros. Batidas fortes contra o chão. Estava com medo.
De repente o barulho lá em cima parou. Nada mais de gritos e nem tiros, o silêncio parecia assustar mais. Olhou para a avó, ela olhava para cima segurando sua arma com força. Pequenos e leves passos foram ouvidos. Alguém caminhava lá em cima. Na direção do porão. Mia se encolheu mais no canto. Sua avó apontou a arma para a entrada.
A porta voo contra a parede e Mia gritou e Kate atirou, mas não havia ninguém na porta. Kate ficou olhando para a escada, esperando o momento que alguma criatura desceria para atacá-las.
Foi Mia quem a viu primeiro e gritou para a avó. A mulher surgiu do nada atrás de Kate, era assustadora. Sua avó não conseguiu se virar a tempo, foi agarrada pelo pescoço e tirada do chão.
- Vovó!
Mia gritou em pânico. Kate encostou o cano da arma contra o peito da mulher e atirou. Ariadne sentiu o tiro e olhou pra baixo, viu o buraco em seu casaco. Olhou para Kate outra vez e apertou seu pescoço com mais força.
- Meu Deus...
Kate arregalou os olhos. Ariadne sorriu.
- Deus não tem nada com isso.
E num movimento rápido quebrou o pescoço de Kate. O corpo da mulher bateu contra o chão fazendo um barulho abafado. Mia não conseguia se levantar, em choque, agarrada aos joelhos com força. A mulher veio em sua direção, sabia que precisava correr, mas não ia conseguir.
Ariadne se abaixou na frente dela e sorriu.
- Olá garotinha.
Puxou Mia pelo braço e arrastou para fora do porão. Não havia ninguém pra ouvir os gritos dela. Todos na fazenda tinham morrido.
Re: Arcade of the damned.
Sunny Iamagushy
Ficava sentada a pedra, César ainda estava no chão, tinha medo que mais algum demônio surgisse para atacar eles até que olhava um pouco para o céu e via alguém, não reconhecia mais só podia ver que era uma mulher, seria Amber?
Afinal era a única que estava com eles e tinha asas negras, quando ela pousava sob a terra finalmente tinha a certeza que era ela, a mulher se aproximava de César, mais ficava a olhar Sunny e ele, será que devia pensar que estavam mordidos? Sunny balançava a cabeça e César acordava quando tinha o pulso verificado, dava um pequeno sorriso ao ver que ele estava melhor.
- Fico feliz que estejam vivos.
- Não imagina o quanto nós também estamos.
Sunny dizia baixo e fitava Amber, levantava-se e sentia um pouco de dor nas costas, suspirava mais não dava importância para o que sentia agora, ajudava ela para levantar César.
- Vamos
Não contestava em nada e apenas a seguia para o barranco e ia subindo junto a eles, olhava um pouco para César, até que parava para pensar um pequeno minuto, por onde estariam os outros? O que havia acontecido com eles? Ouvia Amber que falava algo e a observava.
- Compreendo. Espero que consigam ajuda-lo, e espero que também ache os outros, isso aqui está piorando a cada dia mais.
Continuava a caminhar junto a eles, Amber parava e ela também, a mulher estava olhando para um lado fixo como se ouvisse algo, arqueava a sobrancelha mais continuava em silencio, será que o resto do pessoal estava ali?
- Segure-o, por favor?
-Está bem.
Caminhava para junto de César, quando tocava no braço dele o garoto dizia que não precisava, ele podia se colocar de pé sozinho então apenas confirmava com a cabeça e dava um meio sorriso correspondendo ao dele, ajeitava a espada em suas costas e continuava a seguir a mulher até o lugar onde Larih, Rayden e Murillo se encontravam e apenas ouvia o final da frase dele.
- E aqueles Anjos.
Observava a todos, Larih principalmente, parecia ser a que mais estava cansada, e estavam todos um tanto tensos, o que poderia ter acontecido, Sunny não imaginava mais não tinha de ter sido algo muito bom, já que estavam naquele estado.
- Levante.
Ela olhava Amber, sem entender a voz dela não tinha expressão, a sua espada aparecia em sua mão, então Sunny começava há imaginar um pouco mais e concluía mesmo sem ter toda a certeza que a moça estava contaminada e aquele tiro dado por Larih para matar Murillo era um descontrole.
Balançava um pouco a cabeça e abaixava há mesma um pouco, estavam todos correndo risco de vida desde o inicio com alguém que havia sido mordido o perigo estava ao lado e ela não imaginava aquilo, em seus pensamentos ouvia Amber dizer que não podia deixar aquilo acontecer e se desculpava, Sunny ficava um pouco triste com as palavras dela, aquele era o sinal da morte de Larih, mesmo que ela estivesse contaminada Sunny não queria mais a morte de uma pessoa, isso a fazia lembrar-se de Natasha, será que não existia uma cura para aquele tipo de mutação? Se é que poderia ser chamada assim, erguia a cabeça novamente e Larih já estava de pé, todos a olhavam e em seguida para Amber também, se o clima antes já estava tenso, agora teria piorado de vez.
- Espere.
Sunny olhava para onde vinha aquela voz.
- Am, olhe pra ela! Ela está lúcida! Mais lúcida que qualquer infectado que já vi! A mulher indagava algo para o garotinho, mais logo ele a interrompia novamente e dizia que nem um deles havia feito isso, Sunny não entendia o que eles estavam dizendo e talvez mais alguém também não entendesse e o mínimo essa pessoa seria Larih que fazia uma expressão quase que confusa em sua face, continuava a escutar a conversa deles, ela baixava a sua espada, ambos haviam se entendido no meio daquela conversação que eles mesmos haviam criado, ela o perguntava o que ele queria fazer e uma resposta aparecia.Deixe ela viva por enquanto, talvez... Talvez, ela possa nos ajudar!
Aquele peso de suas costas sumia quando aquele garotinho tinha proposto aquilo a Amber, dava um meio sorriso que não se prolongava enquanto ela dizia.
- A responsabilidade é sua Aletus.
“Ao menos ela não será morta.”
Quando voltava a si, Amber já havia ido embora, o garotinho tinha ficado com eles e agora se apresentava, dizia seu nome, ele se chamava Aletus, mais o nome original era Energia e dizia que ele é o que chamamos de Elemental ou Domino isso a fazia lembrar-se do que seu pai contava quando ela ia dormir de um pequeno grupo de pessoas que existiram na terra há muito e muitos anos atrás e que cada um era identificado por um elemento, e no centro do pilar os principais se classificam como, Terra, Água, Ar, Fogo, Luz e Trevas.
Por toda a vida havia pensado que aquelas historinhas eram apenas contos inventados ou simplesmente superstições de sua família, mais agora tinha a certeza do quando que estava errada. Sua cabeça estava ficando um pouco confusa com tantas informações que vinham dele até que Aletus parava e dizia.
- Escute... Não deixei que Amber te matasse porque acho que você ainda pode nos ajudar muito. Mas por hora eu não posso responder nada. Apenas sinta-se grata ok?
Ele simplesmente prosseguia falando e concluía.
- Bem... A pé levaríamos uma eternidade pra chegar em Jericoh. Vou tentar levá-los de uma forma mais fácil. Façam um circulo e segurem nas mãos uns dos outros. - O que eu vou fazer é pode ser um pouco complicado para vocês humanos... Mas não temos muito tempo e vocês já estão acostumados com coisas estranhas. Meu Pai Celeste me concedeu o dom da energia e com ela eu posso compensar e descompensar qualquer tipo de matéria e viajar com ela através do ar. Eu vou descompensar nossa matéria aqui e compensá-la no nosso destino final. Isso vai demorar apenas alguns segundos, mas eu sugiro que fiquem de olhos fechados, não soltem as mãos, por favor, se não a energia se rompe e não vai ser uma coisa muito bonita de se ver. Vocês vão sentir um pouco de falta de ar e um pressão meio desconfortável, mas prometo-lhes que isso passa rápido.
Sunny se aproximava deles, em volta ao circulo e segurava a mão de Larih, ao fechar os olhos sentia um frio pelo corpo, uma sensação estranha, até tremia um pouco, depois de um tempinho a sensação parava e o frio também, Sunny abria os olhos, estavam em uma cidade, olhava os corpos de pessoas mortas que estavam próximas a eles, olhava em volta, o lugar estava totalmente destruído no mínimo um batalhão tinha de ter atacado aquele local, mais em seguida percebia que apenas ela, Murillo, César e Rayden estavam ali, onde teria parado Aletus e Larih? Será que estavam juntos? Ou em lugares diferentes?
“Deve de ser.”
Seguia os rapazes depois de Rayden ter dito que não podiam se separar, entrava na loja junto com ele e procurava algo, achava uma bolsa, com o tamanho suficiente para por roupas dentro, então assim a fazia, pegava duas calças e duas blusas, tudo que queria era trocar aquela roupa suja que estava manchada de sangue e guardaria outra para depois, olhava para a rua e saia bem depois de César, colocava a bolsa do seu lado esquerdo e observava a destruição do lugar, no momento menos esperado Lilith aparecia à frente de todos e estava com outra pessoa, encurvada e submissa, olhava bem e estreitava os olhos, era Natasha sem nem um tipo de dúvidas, sentia um arrepio subir por suas costas e se manteve silenciosa e com um tanto de receio do que iria acontecer a todos agora.
- Saudações! – A voz da mulher ecoava pela cidade enquanto ela prosseguia. -Fico feliz de ter a oportunidade de vê-los outra vez, estava com saudades.
Apenas observava-a enquanto ela falava com César, seu foco agora caia para Natasha, ela devia ter sido infectada, só não sabia bem como, pois quando saíram da fortaleza seu corpo estava inerte, a garota encolhia um pouco os ombros mais não demorava e os soltava de volta, queria não demonstrar nem um tipo de nervosismo e respirava fundo enquanto Natasha rosnava para eles e tinha uma posição de ataque.
- Conhecem meu novo bichinho de estimação? Foi uma gentileza terem deixado ela pra mim.
Continuava a olhar para Natasha, olhava a mulher ficar mais próxima dela e seu corpo quase que paralisava um pouco, coisa boa não viria, apenas com um sinal dela Natasha avançava sobre Rayden e quando podia perceber os mortos do chão haviam se levantado e vinham em sua direção e na direção de César.
- Estamos perdidos...
Logo três vinham para cima dela a puxava, Sunny tentava se soltar, um a segurava pelo braço e tentava a morder, ela me movia tentando se soltar, pisava no pé de um e chutava a barriga do outro, aquilo estava sendo o seu pesadelo, soltava o braço finalmente antes que o morto vivo a pudesse morder e erguia a mão para suas espadas as puxava e empunhava nas mãos, com agilidade cortava a cabeça de um deles ao meio e em seguida era puxada novamente, levava o seu braço para trás e acertava o topo da cabeça do outro zumbi que quase tinha lhe mordido no pescoço, girava a mão e seguia cortando o braço do outro que estava próximo, César estava sendo atacado também.
- Temos de dar um jeito de afastá-los.
- Eu...
Parava para disferir o golpe contra outro zumbi, respirava fundo para pegar folego.
- Eu sei! Mais... Está difícil! São muitos!
Mais tanto ela como ele não podiam ajudar um ao outro, estreitava os olhos para o lado de Rayden, e Natasha o atacava, procurava Murillo, enquanto seguia cortando os zumbis que apareciam por sua frente, ele estava mais afastado, e Lilith estava com ele, por um minuto ela gelava.
“Meu Deus! O que ela vai fazer com ele?!”
- Temos que ajudar o Murillo!
- Eu acho que não vai dar!
Onde estavam não podiam se locomover para ajudar nem a Rayden e muito menos a Murillo que estava com Lilith e talvez se bater de frente a aquela mulher fosse uma loucura.
Dava mais uma olhava para onde Murillo estava a mulher empurrava para um buraco que tinha no chão, ficava um pouco assustada com aquela cena, para onde ela o levaria, e porque? O rapaz rolava até parar naquela cratera e desaparecer dentro dela.
- Não! – Ela gritava, mais agora era tarde demais.
Em seguida ouvia uma buzina, não podia saber de onde vinha, pois, os mortos vivos estavam muito próximos a ela, de repente eles pararam de avançar para cima dela e começavam a seguir aquele som, sentia algo lhe puxar pelo pulso e ele levada por aquele impulso, só teve tempo de ver quem realmente era quando os zumbis por fim já não estavam mais ali, era César e supostamente quem tinha buzinado seria Larih, pois, a um bom tempo ela tinha sumido, era aquilo que podia raciocinar no momento.
Ela o seguia naquela confusão e respirava fundo, colocava as espadas presas perto a bolsa que carregava e entrava no supermercado com ele.
- Acho que eles não vem pra cá. De onde a Larih surgiu?
- Obrigado! Talvez não venham... De onde a Larih saiu? Eu queria saber tanto quando você, mais surgiu em uma ótima hora!
Olhava o mercado.
- Não saia daqui.
Escutava ele dizer.
- E para onde mais eu iria?
- Procure comida, remédios e roupas... Mas não saia daqui, por favor.
- Está bem.
- Eu...vou procurar o que fazer...
Apenas confirmava com a cabeça e seguia para as prateleiras, pegava alguns enlatados de carne, legumes, feijão e ia colocando dentro de sua bolsa, andava mais um pouco e achava água, colocava algumas garrafinhas na bolsa, procurava alguns remédio e acabava achando uma mochila, caída no chão dentro dela colocava gases, pomadas, ante inflamatórios, esparadrapo, soro, algodão, remédios para dor de cabeça e entre outros, sobrava espaço então ia a prateleira de roupas e pegava mais algumas, para Larih, Rayden e outra para César.
Parecia que já tinha pegado o bastante para todos, olhava em volta novamente, quase sempre estava com aquela sensação maluca de estar sendo observada, e será que realmente de fato estava? Ou simplesmente estava alucinando depois de tanto ver coisas horríveis? Não sabia ao certo mais queria sair daquele lugar antes que Lilith voltasse.
E por onde estariam os anjos? Todos tinham sumido e agora estavam sem assistência novamente, aquele sufoco em que passavam agora todo dia parecia que não acabaria.
Sunny ouvia um barulho e empunhava a sua espada, alguém saia por de trás das prateleiras e ela o reconhecia, era Rayden, talvez César tivesse pedido a ele que o mesmo a procurasse, respirava aliviada, mais onde Larih estava?
- Onde está. O César?
Mal havia perguntado e escurata um barulho de carro que parava na porta do supermercado.
- Ai está você! Pensei que tinha sido pego por ai novamente!
Caminhava com Rayden para a saída, voltava a prender sua espada e entrava na carroceria mais o rapaz.
- Para onde iremos César?
Ficava sentada a pedra, César ainda estava no chão, tinha medo que mais algum demônio surgisse para atacar eles até que olhava um pouco para o céu e via alguém, não reconhecia mais só podia ver que era uma mulher, seria Amber?
Afinal era a única que estava com eles e tinha asas negras, quando ela pousava sob a terra finalmente tinha a certeza que era ela, a mulher se aproximava de César, mais ficava a olhar Sunny e ele, será que devia pensar que estavam mordidos? Sunny balançava a cabeça e César acordava quando tinha o pulso verificado, dava um pequeno sorriso ao ver que ele estava melhor.
- Fico feliz que estejam vivos.
- Não imagina o quanto nós também estamos.
Sunny dizia baixo e fitava Amber, levantava-se e sentia um pouco de dor nas costas, suspirava mais não dava importância para o que sentia agora, ajudava ela para levantar César.
- Vamos
Não contestava em nada e apenas a seguia para o barranco e ia subindo junto a eles, olhava um pouco para César, até que parava para pensar um pequeno minuto, por onde estariam os outros? O que havia acontecido com eles? Ouvia Amber que falava algo e a observava.
- Compreendo. Espero que consigam ajuda-lo, e espero que também ache os outros, isso aqui está piorando a cada dia mais.
Continuava a caminhar junto a eles, Amber parava e ela também, a mulher estava olhando para um lado fixo como se ouvisse algo, arqueava a sobrancelha mais continuava em silencio, será que o resto do pessoal estava ali?
- Segure-o, por favor?
-Está bem.
Caminhava para junto de César, quando tocava no braço dele o garoto dizia que não precisava, ele podia se colocar de pé sozinho então apenas confirmava com a cabeça e dava um meio sorriso correspondendo ao dele, ajeitava a espada em suas costas e continuava a seguir a mulher até o lugar onde Larih, Rayden e Murillo se encontravam e apenas ouvia o final da frase dele.
- E aqueles Anjos.
Observava a todos, Larih principalmente, parecia ser a que mais estava cansada, e estavam todos um tanto tensos, o que poderia ter acontecido, Sunny não imaginava mais não tinha de ter sido algo muito bom, já que estavam naquele estado.
- Levante.
Ela olhava Amber, sem entender a voz dela não tinha expressão, a sua espada aparecia em sua mão, então Sunny começava há imaginar um pouco mais e concluía mesmo sem ter toda a certeza que a moça estava contaminada e aquele tiro dado por Larih para matar Murillo era um descontrole.
Balançava um pouco a cabeça e abaixava há mesma um pouco, estavam todos correndo risco de vida desde o inicio com alguém que havia sido mordido o perigo estava ao lado e ela não imaginava aquilo, em seus pensamentos ouvia Amber dizer que não podia deixar aquilo acontecer e se desculpava, Sunny ficava um pouco triste com as palavras dela, aquele era o sinal da morte de Larih, mesmo que ela estivesse contaminada Sunny não queria mais a morte de uma pessoa, isso a fazia lembrar-se de Natasha, será que não existia uma cura para aquele tipo de mutação? Se é que poderia ser chamada assim, erguia a cabeça novamente e Larih já estava de pé, todos a olhavam e em seguida para Amber também, se o clima antes já estava tenso, agora teria piorado de vez.
- Espere.
Sunny olhava para onde vinha aquela voz.
- Am, olhe pra ela! Ela está lúcida! Mais lúcida que qualquer infectado que já vi! A mulher indagava algo para o garotinho, mais logo ele a interrompia novamente e dizia que nem um deles havia feito isso, Sunny não entendia o que eles estavam dizendo e talvez mais alguém também não entendesse e o mínimo essa pessoa seria Larih que fazia uma expressão quase que confusa em sua face, continuava a escutar a conversa deles, ela baixava a sua espada, ambos haviam se entendido no meio daquela conversação que eles mesmos haviam criado, ela o perguntava o que ele queria fazer e uma resposta aparecia.Deixe ela viva por enquanto, talvez... Talvez, ela possa nos ajudar!
Aquele peso de suas costas sumia quando aquele garotinho tinha proposto aquilo a Amber, dava um meio sorriso que não se prolongava enquanto ela dizia.
- A responsabilidade é sua Aletus.
“Ao menos ela não será morta.”
Quando voltava a si, Amber já havia ido embora, o garotinho tinha ficado com eles e agora se apresentava, dizia seu nome, ele se chamava Aletus, mais o nome original era Energia e dizia que ele é o que chamamos de Elemental ou Domino isso a fazia lembrar-se do que seu pai contava quando ela ia dormir de um pequeno grupo de pessoas que existiram na terra há muito e muitos anos atrás e que cada um era identificado por um elemento, e no centro do pilar os principais se classificam como, Terra, Água, Ar, Fogo, Luz e Trevas.
Por toda a vida havia pensado que aquelas historinhas eram apenas contos inventados ou simplesmente superstições de sua família, mais agora tinha a certeza do quando que estava errada. Sua cabeça estava ficando um pouco confusa com tantas informações que vinham dele até que Aletus parava e dizia.
- Escute... Não deixei que Amber te matasse porque acho que você ainda pode nos ajudar muito. Mas por hora eu não posso responder nada. Apenas sinta-se grata ok?
Ele simplesmente prosseguia falando e concluía.
- Bem... A pé levaríamos uma eternidade pra chegar em Jericoh. Vou tentar levá-los de uma forma mais fácil. Façam um circulo e segurem nas mãos uns dos outros. - O que eu vou fazer é pode ser um pouco complicado para vocês humanos... Mas não temos muito tempo e vocês já estão acostumados com coisas estranhas. Meu Pai Celeste me concedeu o dom da energia e com ela eu posso compensar e descompensar qualquer tipo de matéria e viajar com ela através do ar. Eu vou descompensar nossa matéria aqui e compensá-la no nosso destino final. Isso vai demorar apenas alguns segundos, mas eu sugiro que fiquem de olhos fechados, não soltem as mãos, por favor, se não a energia se rompe e não vai ser uma coisa muito bonita de se ver. Vocês vão sentir um pouco de falta de ar e um pressão meio desconfortável, mas prometo-lhes que isso passa rápido.
Sunny se aproximava deles, em volta ao circulo e segurava a mão de Larih, ao fechar os olhos sentia um frio pelo corpo, uma sensação estranha, até tremia um pouco, depois de um tempinho a sensação parava e o frio também, Sunny abria os olhos, estavam em uma cidade, olhava os corpos de pessoas mortas que estavam próximas a eles, olhava em volta, o lugar estava totalmente destruído no mínimo um batalhão tinha de ter atacado aquele local, mais em seguida percebia que apenas ela, Murillo, César e Rayden estavam ali, onde teria parado Aletus e Larih? Será que estavam juntos? Ou em lugares diferentes?
“Deve de ser.”
Seguia os rapazes depois de Rayden ter dito que não podiam se separar, entrava na loja junto com ele e procurava algo, achava uma bolsa, com o tamanho suficiente para por roupas dentro, então assim a fazia, pegava duas calças e duas blusas, tudo que queria era trocar aquela roupa suja que estava manchada de sangue e guardaria outra para depois, olhava para a rua e saia bem depois de César, colocava a bolsa do seu lado esquerdo e observava a destruição do lugar, no momento menos esperado Lilith aparecia à frente de todos e estava com outra pessoa, encurvada e submissa, olhava bem e estreitava os olhos, era Natasha sem nem um tipo de dúvidas, sentia um arrepio subir por suas costas e se manteve silenciosa e com um tanto de receio do que iria acontecer a todos agora.
- Saudações! – A voz da mulher ecoava pela cidade enquanto ela prosseguia. -Fico feliz de ter a oportunidade de vê-los outra vez, estava com saudades.
Apenas observava-a enquanto ela falava com César, seu foco agora caia para Natasha, ela devia ter sido infectada, só não sabia bem como, pois quando saíram da fortaleza seu corpo estava inerte, a garota encolhia um pouco os ombros mais não demorava e os soltava de volta, queria não demonstrar nem um tipo de nervosismo e respirava fundo enquanto Natasha rosnava para eles e tinha uma posição de ataque.
- Conhecem meu novo bichinho de estimação? Foi uma gentileza terem deixado ela pra mim.
Continuava a olhar para Natasha, olhava a mulher ficar mais próxima dela e seu corpo quase que paralisava um pouco, coisa boa não viria, apenas com um sinal dela Natasha avançava sobre Rayden e quando podia perceber os mortos do chão haviam se levantado e vinham em sua direção e na direção de César.
- Estamos perdidos...
Logo três vinham para cima dela a puxava, Sunny tentava se soltar, um a segurava pelo braço e tentava a morder, ela me movia tentando se soltar, pisava no pé de um e chutava a barriga do outro, aquilo estava sendo o seu pesadelo, soltava o braço finalmente antes que o morto vivo a pudesse morder e erguia a mão para suas espadas as puxava e empunhava nas mãos, com agilidade cortava a cabeça de um deles ao meio e em seguida era puxada novamente, levava o seu braço para trás e acertava o topo da cabeça do outro zumbi que quase tinha lhe mordido no pescoço, girava a mão e seguia cortando o braço do outro que estava próximo, César estava sendo atacado também.
- Temos de dar um jeito de afastá-los.
- Eu...
Parava para disferir o golpe contra outro zumbi, respirava fundo para pegar folego.
- Eu sei! Mais... Está difícil! São muitos!
Mais tanto ela como ele não podiam ajudar um ao outro, estreitava os olhos para o lado de Rayden, e Natasha o atacava, procurava Murillo, enquanto seguia cortando os zumbis que apareciam por sua frente, ele estava mais afastado, e Lilith estava com ele, por um minuto ela gelava.
“Meu Deus! O que ela vai fazer com ele?!”
- Temos que ajudar o Murillo!
- Eu acho que não vai dar!
Onde estavam não podiam se locomover para ajudar nem a Rayden e muito menos a Murillo que estava com Lilith e talvez se bater de frente a aquela mulher fosse uma loucura.
Dava mais uma olhava para onde Murillo estava a mulher empurrava para um buraco que tinha no chão, ficava um pouco assustada com aquela cena, para onde ela o levaria, e porque? O rapaz rolava até parar naquela cratera e desaparecer dentro dela.
- Não! – Ela gritava, mais agora era tarde demais.
Em seguida ouvia uma buzina, não podia saber de onde vinha, pois, os mortos vivos estavam muito próximos a ela, de repente eles pararam de avançar para cima dela e começavam a seguir aquele som, sentia algo lhe puxar pelo pulso e ele levada por aquele impulso, só teve tempo de ver quem realmente era quando os zumbis por fim já não estavam mais ali, era César e supostamente quem tinha buzinado seria Larih, pois, a um bom tempo ela tinha sumido, era aquilo que podia raciocinar no momento.
Ela o seguia naquela confusão e respirava fundo, colocava as espadas presas perto a bolsa que carregava e entrava no supermercado com ele.
- Acho que eles não vem pra cá. De onde a Larih surgiu?
- Obrigado! Talvez não venham... De onde a Larih saiu? Eu queria saber tanto quando você, mais surgiu em uma ótima hora!
Olhava o mercado.
- Não saia daqui.
Escutava ele dizer.
- E para onde mais eu iria?
- Procure comida, remédios e roupas... Mas não saia daqui, por favor.
- Está bem.
- Eu...vou procurar o que fazer...
Apenas confirmava com a cabeça e seguia para as prateleiras, pegava alguns enlatados de carne, legumes, feijão e ia colocando dentro de sua bolsa, andava mais um pouco e achava água, colocava algumas garrafinhas na bolsa, procurava alguns remédio e acabava achando uma mochila, caída no chão dentro dela colocava gases, pomadas, ante inflamatórios, esparadrapo, soro, algodão, remédios para dor de cabeça e entre outros, sobrava espaço então ia a prateleira de roupas e pegava mais algumas, para Larih, Rayden e outra para César.
Parecia que já tinha pegado o bastante para todos, olhava em volta novamente, quase sempre estava com aquela sensação maluca de estar sendo observada, e será que realmente de fato estava? Ou simplesmente estava alucinando depois de tanto ver coisas horríveis? Não sabia ao certo mais queria sair daquele lugar antes que Lilith voltasse.
E por onde estariam os anjos? Todos tinham sumido e agora estavam sem assistência novamente, aquele sufoco em que passavam agora todo dia parecia que não acabaria.
Sunny ouvia um barulho e empunhava a sua espada, alguém saia por de trás das prateleiras e ela o reconhecia, era Rayden, talvez César tivesse pedido a ele que o mesmo a procurasse, respirava aliviada, mais onde Larih estava?
- Onde está. O César?
Mal havia perguntado e escurata um barulho de carro que parava na porta do supermercado.
- Ai está você! Pensei que tinha sido pego por ai novamente!
Caminhava com Rayden para a saída, voltava a prender sua espada e entrava na carroceria mais o rapaz.
- Para onde iremos César?
Sunny Iamagushy- Mensagens : 13
Data de inscrição : 05/04/2013
Idade : 29
Re: Arcade of the damned.
Boa tarde jogadores!
Depois de muito tempo aqui estou eu. E vamos dar uma mudada no jogo.
Vamos começar a próxima rodada.
Murillo está no inferno e vai continuar por lá.
Amber está atrás de Miguel.
E vamos deixar assim.
Não vou escrever um texto enorme, já que o meu personagem está incapacitado.
Colocarei apenas as dicas que vocês precisam seguir.
1 - Vocês vão chegar a casa de César e ela vai estar intacta. Mas sem comida ou remédios, vocês só terão aquilo que trouxeram com vocês.
2 - Rayden vai encontrar as seringas no bolso da Larih
3 - Miguel vai encontrás-los e vai sugerir uma medida diferente para tentar cuidar da ferida de Larih. (Sugiro que César pesquise um pouco sobre cauterização com polvora)
4 - Sunny o demônio de cabelos azuis lhe fará uma visita e vai te fazer uma proposta para salvar ou Murillo ou sua filha. Trocando de lugar com um deles.
5 - Larih, você está muito controlada, então eu quero ver um showzinho.
6 - Como Rayden é o primeiro, então ele decide se ao final dessa rodada vocês continuam na casa ou vão para outro lugar.
Boa sorte.
Depois de muito tempo aqui estou eu. E vamos dar uma mudada no jogo.
Vamos começar a próxima rodada.
Murillo está no inferno e vai continuar por lá.
Amber está atrás de Miguel.
E vamos deixar assim.
Não vou escrever um texto enorme, já que o meu personagem está incapacitado.
Colocarei apenas as dicas que vocês precisam seguir.
1 - Vocês vão chegar a casa de César e ela vai estar intacta. Mas sem comida ou remédios, vocês só terão aquilo que trouxeram com vocês.
2 - Rayden vai encontrar as seringas no bolso da Larih
3 - Miguel vai encontrás-los e vai sugerir uma medida diferente para tentar cuidar da ferida de Larih. (Sugiro que César pesquise um pouco sobre cauterização com polvora)
4 - Sunny o demônio de cabelos azuis lhe fará uma visita e vai te fazer uma proposta para salvar ou Murillo ou sua filha. Trocando de lugar com um deles.
5 - Larih, você está muito controlada, então eu quero ver um showzinho.
6 - Como Rayden é o primeiro, então ele decide se ao final dessa rodada vocês continuam na casa ou vão para outro lugar.
Boa sorte.
Re: Arcade of the damned.
Rayden Donovan
Após encontrar Sunny ambos foram para onde Cesar havia parado com o carro. Rayden entrou no banco do passageiro à frente e olhou pra trás vendo Larih, logo olhou pra Sunny.
- Fique de olho nela por favor.
Ele olhou pra César em seguida e abriu a mochila que trazia consigo pegando uma arma lá dentro.
- Dirija o mais rápido que puder, eu vuido das eventualidades.
Rayden logo ficou a olhar as ruas enquanto o carro prosseguia com velocidade, o cenário era digno de filme, muita destruição, corpos e sangue, a cada rua parecia piorar, seu interior não conseguia parar de se preocupar com Larih, ela tinha sido infectada, como iriam parar a contaminação?. Mas não tinha tempo de pensar em nada, alguns corpos surgiam no meio do caminho fazendo Rayden projetar seu tronco pela janela do carro, ele apontava a arma sentindo o vento jogar seus cabelos e camisa pra tras, ele começava a atirar nos corpos que caiam a medida que eram atingidos. O numero de corpos começava a aumentar e ele entrava no carro denovo pegando outra arma na mochila e recarregando a que estava usando antes.
- Sunny!! preciso que me dê uma maozinha.
Dizia um pouco alto enquanto se projetava na janela denovo atirando nos corpos à frente e em alguns que vinham por ruas laterais. Com alguma dificuldade pareciam acabar, as ruas pareciam mais limpas e sem ter noção de quanto tempo havia se passado, Rayden pode ver César parar o carro e apontar pra sua casa. O rapaz jogava a mochila nas costas e abria a porta com força e abria a porta de tras correndo pra ajudar Larih, ele a olhava, ela parecia abatida, pálida, parecia ter passado por muita coisa, ele queria dizer muitas coisas mas nada fazia sentido naquela hora, só tinha de ajudá-la; Logo apoiou o braço dela em seu ombro e começou a andar depressa com os outros para o interior da casa, olhava toda hora pros lados para ver a situação das ruas. Pôde ver César e Sunny entrarem primeiro no interior da casa e entrou em seguida, logo uma surpresa, parece que no meio de todo aquele turbilhão, um lugar não tinha sido atingido, as coisas pareciam no lugar e não havia rastros de quebradeira por ali. Ele ajudou Larih a se sentar no sofá.
-Não se esforce muito okay? por favor
Disse a olhando nos olhos e foi até César, eles iam ate a cozinha pra ver se encontravam algo. Ele abria alguns armarios vendo tudo vazio, parecia um pouco apressado.
- Cesar... precisamos encontrar o Murillo, e os anjos... eu não sei mais o que fazer, como vamos fazer pra protege-las e evitar que as coisas piorem?
Rayden disse parando e olhando pra César, ele suspirava cansado, as armas estavam nos bolsos dianteiros da calça e a mochila ainda nas costas, ouviu algo entrar na sala e correu apontando a arma, só pode relaxar ao ver que era um dos anjos, estava um pouco confuso, com todos aqueles seres, não sabia como ele tinha chegado ali e onde estava Amber mas podia agradecer por ve-lo naquele momento. Rayden ia pra perto de Larih enquanto Miguel falava algumas coisas sobre o ferimento de Larih com Cesar, o rapaz a olhou.
- Pode vir comigo?
Rayden caminhou na direção de um dos quartos levando a garota consigo. Ele foi até a janela e olhava por lá com cuidado, com uma das armas na mão.
- Sei que você é a pessoa que deve estar mais sofrendo entre nós, e tudo isso está uma confusão... não sei como vamos reverter isso tudo, mas acredite, vamos conseguir de alguma forma.
Rayden a olhou suspirando, se sentou ao lado dela na cama e a abraçou apoiando a cabeça dela em seu peito, ficou um pouco em silencio tentando passar nem que fosse um pouco de conforto à ela. Alguns minutos passados ainda podia ouvir a conversa dos outros na sala, Larih pareci imovel e ele deduziu que a mesma dormia, por acaso seus olhos passaram pelo volume no bolso da calça dela, ele colocou a mão com cuidado e puxou a ampola pra fora, a cabeça dela continuava em seu peito e ele levantava a ampola na altura de seu rosto, olhava com atenção.
- Mas o que... de onde isso veio?... Miguel precisa ver isso...
Ele tentou deita-la na cama e se levantou caminhando devagar para a sala olhando aquilo em suas mãos.
Após encontrar Sunny ambos foram para onde Cesar havia parado com o carro. Rayden entrou no banco do passageiro à frente e olhou pra trás vendo Larih, logo olhou pra Sunny.
- Fique de olho nela por favor.
Ele olhou pra César em seguida e abriu a mochila que trazia consigo pegando uma arma lá dentro.
- Dirija o mais rápido que puder, eu vuido das eventualidades.
Rayden logo ficou a olhar as ruas enquanto o carro prosseguia com velocidade, o cenário era digno de filme, muita destruição, corpos e sangue, a cada rua parecia piorar, seu interior não conseguia parar de se preocupar com Larih, ela tinha sido infectada, como iriam parar a contaminação?. Mas não tinha tempo de pensar em nada, alguns corpos surgiam no meio do caminho fazendo Rayden projetar seu tronco pela janela do carro, ele apontava a arma sentindo o vento jogar seus cabelos e camisa pra tras, ele começava a atirar nos corpos que caiam a medida que eram atingidos. O numero de corpos começava a aumentar e ele entrava no carro denovo pegando outra arma na mochila e recarregando a que estava usando antes.
- Sunny!! preciso que me dê uma maozinha.
Dizia um pouco alto enquanto se projetava na janela denovo atirando nos corpos à frente e em alguns que vinham por ruas laterais. Com alguma dificuldade pareciam acabar, as ruas pareciam mais limpas e sem ter noção de quanto tempo havia se passado, Rayden pode ver César parar o carro e apontar pra sua casa. O rapaz jogava a mochila nas costas e abria a porta com força e abria a porta de tras correndo pra ajudar Larih, ele a olhava, ela parecia abatida, pálida, parecia ter passado por muita coisa, ele queria dizer muitas coisas mas nada fazia sentido naquela hora, só tinha de ajudá-la; Logo apoiou o braço dela em seu ombro e começou a andar depressa com os outros para o interior da casa, olhava toda hora pros lados para ver a situação das ruas. Pôde ver César e Sunny entrarem primeiro no interior da casa e entrou em seguida, logo uma surpresa, parece que no meio de todo aquele turbilhão, um lugar não tinha sido atingido, as coisas pareciam no lugar e não havia rastros de quebradeira por ali. Ele ajudou Larih a se sentar no sofá.
-Não se esforce muito okay? por favor
Disse a olhando nos olhos e foi até César, eles iam ate a cozinha pra ver se encontravam algo. Ele abria alguns armarios vendo tudo vazio, parecia um pouco apressado.
- Cesar... precisamos encontrar o Murillo, e os anjos... eu não sei mais o que fazer, como vamos fazer pra protege-las e evitar que as coisas piorem?
Rayden disse parando e olhando pra César, ele suspirava cansado, as armas estavam nos bolsos dianteiros da calça e a mochila ainda nas costas, ouviu algo entrar na sala e correu apontando a arma, só pode relaxar ao ver que era um dos anjos, estava um pouco confuso, com todos aqueles seres, não sabia como ele tinha chegado ali e onde estava Amber mas podia agradecer por ve-lo naquele momento. Rayden ia pra perto de Larih enquanto Miguel falava algumas coisas sobre o ferimento de Larih com Cesar, o rapaz a olhou.
- Pode vir comigo?
Rayden caminhou na direção de um dos quartos levando a garota consigo. Ele foi até a janela e olhava por lá com cuidado, com uma das armas na mão.
- Sei que você é a pessoa que deve estar mais sofrendo entre nós, e tudo isso está uma confusão... não sei como vamos reverter isso tudo, mas acredite, vamos conseguir de alguma forma.
Rayden a olhou suspirando, se sentou ao lado dela na cama e a abraçou apoiando a cabeça dela em seu peito, ficou um pouco em silencio tentando passar nem que fosse um pouco de conforto à ela. Alguns minutos passados ainda podia ouvir a conversa dos outros na sala, Larih pareci imovel e ele deduziu que a mesma dormia, por acaso seus olhos passaram pelo volume no bolso da calça dela, ele colocou a mão com cuidado e puxou a ampola pra fora, a cabeça dela continuava em seu peito e ele levantava a ampola na altura de seu rosto, olhava com atenção.
- Mas o que... de onde isso veio?... Miguel precisa ver isso...
Ele tentou deita-la na cama e se levantou caminhando devagar para a sala olhando aquilo em suas mãos.
Rayden Donovan- Mensagens : 39
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Larih Spencer
Larih sentou no banco do carro e reprimiu uma careta de dor, sentiu o estômago emburlhado e o gosto de sangue na boca, fechou os olhos com força enquanto esperava César ligar o carro, não sabia onde estavam Sunny e Rayden, o enjoo ficou mais forte, não aguentando mais empurrou a porta do carro e vomitou, não tinha quase nada no estômago, mas ficou assustada com a quantidade de sangue que sai. Seria outra ilusão?
“Chego quase a ter pena de você.”
Larih fechou a posta do carro e olhou para o lado, Luka estava sentado no banco do meio, parecia bem a vontade, com os braços cruzados atrás da nuca, olhando para a frente com um pequeno sorriso no canto do lábio. Larih encostou a cabeça contra a porta e fechou os olhos, ouviu Sunny e Rayden, seu estômago ainda estava inquieto. O carro deu a partida e César falou com ela, mas Larih continuou encostada contra a porta, o mais longe que podia de seu irmão, Sunny entrou pelo outro lado e se sentou no outro banco. Rayden foi na frente. Não queria falar com nenhum deles.
“Larih, tem a seringa com você, use-a logo.”
Larih tapou os ouvidos com as mãos e se encolheu, a voz de Luka invocando as lembranças de sua conversa com o garoto na igreja. A promessa de não haver mais dor e nem perda de controle, mas o preço era alto de mais.
“O preço é alto?”
Ouviu a voz de Luka irônica.
“Olha o que está acontecendo com você. Não é preço o suficiente?”
- Cala a boca...
Larih não aguentou e falou isso em voz alta. Tapando os ouvidos com mais força, embora isso não fosse de grande ajuda, a voz de Luka continuava a invadir sua cabeça, se encolheu mais no banco, sem importar o que isso ia parecer para os outros. Sentia um frio congelar até seus ossos, mas ao mesmo tempo sua pele queimava por causa da febre. Depois disso Luka ficou em silêncio o resto da viagem, sentia o sangue escorrer da ferida pelo seu braço e pingar no chão do carro, não tinha vontade de estancar o sangramento, não faria diferença, talvez isso a ajuda-se a morrer de uma vez.
Sentiu que o carro havia parado e se ergueu um pouco para ver pela janela, havia uma casa. Viu os outros descendo, precisava de ar, abriu a porta e tentou descer, mas suas pernas estavam moles e quase foi ao chão, sentindo que ia perder a consciência, alguém a segurou antes que bate-se contra o chão, se apoiou na pessoa tentando ficar acordada, ergueu um pouco a cabeça e viu que era Rayden, queria dizer a ele que sentia muito por tudo aquilo, que ele devia deixa-la pra morrer logo, mas não conseguiu falar nada, ele a levou para dentro de casa e a colocou no sofá.
- Não se esforce muito okay? Por favor.
Ele disse, Larih olhou pra ele e tentou dar um sorriso.
- Não vou a lugar nenhum.
Rayden se afastou indo atrás de César e Larih desabou no sofá, cansada e com dores pelo corpo todo, queria vomitar outra vez, a febre queimava e sentia que ia perdendo cada vez mais sangue, ficou deitada em silêncio, olhando para a parede a sua frente. Podia ouvir os outros andando nos cômodos. Portas se abrindo e fechando. De repente sentiu uma dor violenta vir do braço e se espalhar pelo rosto do corpo, como acontecera na cidade, a dor foi tanta que por alguns segundo perdeu os sentidos, quando percebeu estava caída de costas no chão e havia alguém parado na porta, a luz do dia já era pouca, mas podia ver a silhueta e o par de asas, arregalou os olhos em pânico e abriu a boca para gritar pelos outros, o homem entrou olhando para ela, Larih tentou se levantar, mas suas pernas ainda estavam fracas por causa da dor. Sentiu a dor vindo outra vez e achou que fosse desabar.
- Não precisa ter medo, não vim matar você.
O homem disse com um ar tranquilo, Rayden apareceu na sala, com uma arma em punho, César também veio.
- Você é César?
O homem perguntou olhando para ele.
- Amber me falou de vocês...podemos conversar?
Rayden se colocou ao lado de Larih. Ela olhou para ele ainda com medo do que o anjo poderia fazer com ela, ainda mais depois de falar com Amber, lembrou que ela queria mata-la da última vez que se viram.
- Pode vir comigo?
Ele perguntou, Larih se segurou nele e se levantou.
- Vamos...
Murmurou, a presença do anjo lhe dava uma sensação esquisita, quase raiva, balançou a cabeça, não estava conseguindo pensar direito, a febre atrapalhava seus pensamentos, seguiu com Rayden até um dos quartos. Só esse pequeno esforço já era de mais, achou que ia desmaiar outra vez, tinha perdido muito sangue e a ferida latejava, quando chegaram ao quarto Rayden a colocou sentada na cama e Larih apoiou as costas na cabeceira, tremendo, ficou olhando ele andar pelo quarto, foi até a janela, ainda tinha uma arma na mão. Ficou em silêncio, apenas o observando. Fechou os olhos se sentindo fraca. Quase caindo na inconsciência.
- Sei que você é a pessoa que deve estar mais sofrendo entre nós, e tudo isso está uma confusão...
Larih fez um enorme esforço para abrir os olhos quando ouviu a voz dele. Virou um pouco a cabeça para olhá-lo e a dor da ferida foi como um choque. Fechou os olhos por um segundo pra controlar a dor.
- Não sei como vamos reverter isso tudo, mas acredite, vamos conseguir de alguma forma.
Ele se sentou próximo a ela na cama, seu corpo ainda tremia, mas havia alguma coisa estranha, o choque da ferida parecia percorrer todo seu corpo, sua cabeça, seus braço e pernas, seguida de uma dormência que causava um torpor, a respiração ficou mais difícil, parecia que de repente não tinha mais controle sobre ela mesma. Assustada olhou para Rayden, mas percebeu que até falar parecia uma tarefa impossível, então ele a abraçou, a puxando contra ele de forma carinhosa e isso a pegou desprevenida. A quanto tempo não recebia um abraço? Aquilo era uma coisa tão boa, queria retribuir, se aconchegar nos braços dele e nunca mais sair de lá, mas seu corpo não queria obedecê-la. Encostada contra o peito dele escutava as batidas do seu coração, ritmadas, fortes, se conseguisse se concentrar um pouco mais seria capaz de sentir o sangue correndo pelas veias dele, a vida dentro dele e isso causou algo nela que a assustou. Havia lá no fundo o desejo de mata-lo, de arrancar a vida que corria por todas em suas veias.
“Não!”
Pensou desesperada, tinha que pedir para que ele se afasta-se, mas continuou imóvel, a dormência ainda estava lá, tentou se acalmar, ele perceberia que havia alguma coisa errada com ela. Se conseguisse erguer um pouco a mão poderia arrancar sua garganta fora.
“Não...não...”
Podia quebrar seu pescoço.
“Pare de pensa nisso!”
De repente Rayden se mexeu e ela teve a esperança de que ele tivesse percebido, mas para o seu horror ele havia encontrado a ampola, o veneno que a transformaria em algo pior. Precisava avisar a ele, antes que fosse tarde. Mas não tinha como, o torpor começava a tomar conta de sua mente, só que o efeito parecia ser o contrário, ficou mais alerta, havia algo dentro de sí que a contaminava mais do que a ferida. Uma ruindade que se espalhou por dentro dela.
- Mas o que...de onde isso veio?...Miguel precisa ver isso...
Ele se levantou da cama e se inclinou para deitá-la, os movimentos de Larih foram mais rápidos que seu pensamento, em pânico, se viu sentar na cama quando Rayden lhe deu as costas para sair, em frente a cama havia um espelho, viu seu reflexo lá e a Larih do espelho sorriu de volta, do jeito mais sinistro e assustador que já tinha visto. Foi então que percebeu que faria algo realmente ruim e num esforço enorme conseguiu falar.
- Rayden!
Sua voz saiu meio engasgada, quando ele se virou para olhá-la, ela se colocou em pé.
- Corre!
E numa velocidade surpreendente se colocou a sua frente, se viu erguendo a perna e acertando um chute contra o peito dele, o lançando para fora do quarto. Parou no batente da porta e sentiu um enorme prazer em vê-lo caído no chão, foi até ele e o pegou pelo pescoço o erguendo do chão com uma mão só. Era incrível ter toda aquela força. Deu um sorrisinho divertido e se assustou ao perceber que uma risadinha escapava de seus lábios.
- Acho que melhorei.
Com um único movimento o jogou para trás, ele voou alguns metros antes de se chocar com uma mesa que havia no corredor e cair no chão. Larih desistiu de tentar algo, ela não tinha mais controle nenhum.
“Boa garota”
Uma voizinha falou dentro de sua cabeça.
“Deixe o resto comigo.”
Os outros logo viriam, com todo aquele barulho, andou até Rayden, pelo menos ele teria o prazer de matar. Acabaria com um de cada vez. Chutou algo no chão e viu a ampola, a pegou e colocou no bolso.
- Não se pegam coisas dos outros sem pedir.
Ela acertou um chute contra o estômago de Rayden, enquanto ele ainda tentava se levantar.
- Já deviam ter aprendido a lição com seu amiguinho.
Acertou outro chute, com força.
- Ele já deve estar morto agora.
Pegou Rayden pelos cabelos e o arrastou até a janela.
- Ou não. Demônios adoram se divertir com os humanos, talvez eles o matem, bem devagar.
Ela o atirou pela janela, Rayden atravessou o vidro e caiu na grama, rolando alguns metros antes de parar. Larih pegou um pedaço de madeira que havia quebrado da janela, era pontiagudo o suficiente. Subiu no parapeito e se preparou para dar o golpe final.
- Não!
Ouviu alguém gritar e foi agarrada por trás, sendo empurrada para fora da janela, perdeu o equilíbrio e caiu de cara contra a grama, havia alguém em cima dela a impedindo de se levantar.
- Me solte!
Gritou se debatendo no chão, foi virada bruscamente e deu de cara com o anjo que havia aparecido na casa mais cedo. Parte dela sabia quem ele era e isso a fez rir alto.
- Miguel!
- O que você acha que está fazendo?
Ele parecia furioso, mas tentava controlar sua raiva, a segurando pelos braços com força. Larih fez um pequeno bico, fingindo estar chateada.
- Quero me divertir...
Miguel a balançou pelos braços com força.
- Pare com isso! Não é você!
- Não sou!
Larih gritou tentando se soltar.
- Sou algo melhor! Mais forte! Mais poderoso!
Num movimento brusco conseguiu soltar um de seus braços e cravou a madeira que ainda estava em sua mão no ombro de Miguel, ele a soltou de surpresa, Larih se levantou mais do que depressa, acertando um chute contra o rosto dele o deixando desnorteado, pensou no que devia fazer, Rayden era o mais próximo, ataca-lo era uma alternativa ou fugir. Não, não queria fugir. Não faria isso só porque Miguel estava alí.
- É melhor correr garoto.
Disse se aproximando de Rayden, viu que ele ainda tinha uma arma na mão e sorriu.
- Vai fazer o que? Atirar nela?
Larih balançou a cabeça e se preparou para atacar.
- Você prefere morrer a atirar nela.
Mas antes que desse o próximo passo, um forte braço a envolveu por trás, a mantendo presa, enquanto uma mão tapava seus olhos e uma voz sussurrou em seu ouvido.
- Você consegue parar com isso, então faça antes que seja tarde.
Larih ouviu aquilo, e voltou a superfície prestando atenção no que estava acontecendo. Seu corpo tentou se soltar do suposto abraço, mas o aperto só ficou maior em volta dela. Sentiu-se um pouco melhor, lembrando do abraço de Rayden mais cedo e de como aquilo fora confortante.
- Essa não é você Larih, não deixe que isso tome conta.
Ela sentiu seu corpo estremecer, como se de repente houvesse uma falha e talvez pudesse retomar o controle.
- Não!
Se ouviu falando.
- Essa sou eu!
“Não...não é.”
Falou dentro de sí. Nunca machucaria Rayden, nem mesmo pensaria em matar os outros.
- Só você consegue mudar isso.
A voz sussurrou outra vez em seu ouvido. De repente ficou com tanta raiva do que tinha feito que a coisa dentro dela se encolheu assustada.
“Já chega.”
Se ouviu ordenando.
“Está me ouvindo? Já chega!”
O abraço se foi, a luz do dia cegou seus olhos por um instante e caiu de joelhos sem força nenhuma e caiu de joelhos no chão, a dor, os enjoos, tudo voltando de uma vez, mas pelo menos tinha o controle de volta. Então vomitou na grama, uma mistura de sangue e um líquido enegrecido, seus braços pareciam gelatina, mais uma boneca de pano do que uma pessoa de fato. Completamente esgotada sabia que agora desmaiaria antes do próximo movimento. Então foi pega nos braços e estava no colo de Miguel, que a pegara no chão com o mínimo de esforço, ela olhou para a ferida que havia feito em seu ombro e depois para ele e então desmaiou.
Miguel olhou para Rayden e depois para César, que havia saído da casa para tentar ajudar.
- Ajude-o.
Disse apontando para Rayden. E então levou Larih para dentro a colocando no sofá, enquanto César vinha atrás amparando o outro. Encostou sua mão contra a testa dela, sentindo a febre alta.
- Vocês precisam me contar o que aconteceu com ela.
Ele disse ainda olhando Larih desacordada.
- E precisam decidir o que farão, não foi ela que atacou, foi alguma coisa que entrou nela, o que significa que ela tem pouco tempo antes que fique completamente vulnerável a eles...
Larih sentou no banco do carro e reprimiu uma careta de dor, sentiu o estômago emburlhado e o gosto de sangue na boca, fechou os olhos com força enquanto esperava César ligar o carro, não sabia onde estavam Sunny e Rayden, o enjoo ficou mais forte, não aguentando mais empurrou a porta do carro e vomitou, não tinha quase nada no estômago, mas ficou assustada com a quantidade de sangue que sai. Seria outra ilusão?
“Chego quase a ter pena de você.”
Larih fechou a posta do carro e olhou para o lado, Luka estava sentado no banco do meio, parecia bem a vontade, com os braços cruzados atrás da nuca, olhando para a frente com um pequeno sorriso no canto do lábio. Larih encostou a cabeça contra a porta e fechou os olhos, ouviu Sunny e Rayden, seu estômago ainda estava inquieto. O carro deu a partida e César falou com ela, mas Larih continuou encostada contra a porta, o mais longe que podia de seu irmão, Sunny entrou pelo outro lado e se sentou no outro banco. Rayden foi na frente. Não queria falar com nenhum deles.
“Larih, tem a seringa com você, use-a logo.”
Larih tapou os ouvidos com as mãos e se encolheu, a voz de Luka invocando as lembranças de sua conversa com o garoto na igreja. A promessa de não haver mais dor e nem perda de controle, mas o preço era alto de mais.
“O preço é alto?”
Ouviu a voz de Luka irônica.
“Olha o que está acontecendo com você. Não é preço o suficiente?”
- Cala a boca...
Larih não aguentou e falou isso em voz alta. Tapando os ouvidos com mais força, embora isso não fosse de grande ajuda, a voz de Luka continuava a invadir sua cabeça, se encolheu mais no banco, sem importar o que isso ia parecer para os outros. Sentia um frio congelar até seus ossos, mas ao mesmo tempo sua pele queimava por causa da febre. Depois disso Luka ficou em silêncio o resto da viagem, sentia o sangue escorrer da ferida pelo seu braço e pingar no chão do carro, não tinha vontade de estancar o sangramento, não faria diferença, talvez isso a ajuda-se a morrer de uma vez.
Sentiu que o carro havia parado e se ergueu um pouco para ver pela janela, havia uma casa. Viu os outros descendo, precisava de ar, abriu a porta e tentou descer, mas suas pernas estavam moles e quase foi ao chão, sentindo que ia perder a consciência, alguém a segurou antes que bate-se contra o chão, se apoiou na pessoa tentando ficar acordada, ergueu um pouco a cabeça e viu que era Rayden, queria dizer a ele que sentia muito por tudo aquilo, que ele devia deixa-la pra morrer logo, mas não conseguiu falar nada, ele a levou para dentro de casa e a colocou no sofá.
- Não se esforce muito okay? Por favor.
Ele disse, Larih olhou pra ele e tentou dar um sorriso.
- Não vou a lugar nenhum.
Rayden se afastou indo atrás de César e Larih desabou no sofá, cansada e com dores pelo corpo todo, queria vomitar outra vez, a febre queimava e sentia que ia perdendo cada vez mais sangue, ficou deitada em silêncio, olhando para a parede a sua frente. Podia ouvir os outros andando nos cômodos. Portas se abrindo e fechando. De repente sentiu uma dor violenta vir do braço e se espalhar pelo rosto do corpo, como acontecera na cidade, a dor foi tanta que por alguns segundo perdeu os sentidos, quando percebeu estava caída de costas no chão e havia alguém parado na porta, a luz do dia já era pouca, mas podia ver a silhueta e o par de asas, arregalou os olhos em pânico e abriu a boca para gritar pelos outros, o homem entrou olhando para ela, Larih tentou se levantar, mas suas pernas ainda estavam fracas por causa da dor. Sentiu a dor vindo outra vez e achou que fosse desabar.
- Não precisa ter medo, não vim matar você.
O homem disse com um ar tranquilo, Rayden apareceu na sala, com uma arma em punho, César também veio.
- Você é César?
O homem perguntou olhando para ele.
- Amber me falou de vocês...podemos conversar?
Rayden se colocou ao lado de Larih. Ela olhou para ele ainda com medo do que o anjo poderia fazer com ela, ainda mais depois de falar com Amber, lembrou que ela queria mata-la da última vez que se viram.
- Pode vir comigo?
Ele perguntou, Larih se segurou nele e se levantou.
- Vamos...
Murmurou, a presença do anjo lhe dava uma sensação esquisita, quase raiva, balançou a cabeça, não estava conseguindo pensar direito, a febre atrapalhava seus pensamentos, seguiu com Rayden até um dos quartos. Só esse pequeno esforço já era de mais, achou que ia desmaiar outra vez, tinha perdido muito sangue e a ferida latejava, quando chegaram ao quarto Rayden a colocou sentada na cama e Larih apoiou as costas na cabeceira, tremendo, ficou olhando ele andar pelo quarto, foi até a janela, ainda tinha uma arma na mão. Ficou em silêncio, apenas o observando. Fechou os olhos se sentindo fraca. Quase caindo na inconsciência.
- Sei que você é a pessoa que deve estar mais sofrendo entre nós, e tudo isso está uma confusão...
Larih fez um enorme esforço para abrir os olhos quando ouviu a voz dele. Virou um pouco a cabeça para olhá-lo e a dor da ferida foi como um choque. Fechou os olhos por um segundo pra controlar a dor.
- Não sei como vamos reverter isso tudo, mas acredite, vamos conseguir de alguma forma.
Ele se sentou próximo a ela na cama, seu corpo ainda tremia, mas havia alguma coisa estranha, o choque da ferida parecia percorrer todo seu corpo, sua cabeça, seus braço e pernas, seguida de uma dormência que causava um torpor, a respiração ficou mais difícil, parecia que de repente não tinha mais controle sobre ela mesma. Assustada olhou para Rayden, mas percebeu que até falar parecia uma tarefa impossível, então ele a abraçou, a puxando contra ele de forma carinhosa e isso a pegou desprevenida. A quanto tempo não recebia um abraço? Aquilo era uma coisa tão boa, queria retribuir, se aconchegar nos braços dele e nunca mais sair de lá, mas seu corpo não queria obedecê-la. Encostada contra o peito dele escutava as batidas do seu coração, ritmadas, fortes, se conseguisse se concentrar um pouco mais seria capaz de sentir o sangue correndo pelas veias dele, a vida dentro dele e isso causou algo nela que a assustou. Havia lá no fundo o desejo de mata-lo, de arrancar a vida que corria por todas em suas veias.
“Não!”
Pensou desesperada, tinha que pedir para que ele se afasta-se, mas continuou imóvel, a dormência ainda estava lá, tentou se acalmar, ele perceberia que havia alguma coisa errada com ela. Se conseguisse erguer um pouco a mão poderia arrancar sua garganta fora.
“Não...não...”
Podia quebrar seu pescoço.
“Pare de pensa nisso!”
De repente Rayden se mexeu e ela teve a esperança de que ele tivesse percebido, mas para o seu horror ele havia encontrado a ampola, o veneno que a transformaria em algo pior. Precisava avisar a ele, antes que fosse tarde. Mas não tinha como, o torpor começava a tomar conta de sua mente, só que o efeito parecia ser o contrário, ficou mais alerta, havia algo dentro de sí que a contaminava mais do que a ferida. Uma ruindade que se espalhou por dentro dela.
- Mas o que...de onde isso veio?...Miguel precisa ver isso...
Ele se levantou da cama e se inclinou para deitá-la, os movimentos de Larih foram mais rápidos que seu pensamento, em pânico, se viu sentar na cama quando Rayden lhe deu as costas para sair, em frente a cama havia um espelho, viu seu reflexo lá e a Larih do espelho sorriu de volta, do jeito mais sinistro e assustador que já tinha visto. Foi então que percebeu que faria algo realmente ruim e num esforço enorme conseguiu falar.
- Rayden!
Sua voz saiu meio engasgada, quando ele se virou para olhá-la, ela se colocou em pé.
- Corre!
E numa velocidade surpreendente se colocou a sua frente, se viu erguendo a perna e acertando um chute contra o peito dele, o lançando para fora do quarto. Parou no batente da porta e sentiu um enorme prazer em vê-lo caído no chão, foi até ele e o pegou pelo pescoço o erguendo do chão com uma mão só. Era incrível ter toda aquela força. Deu um sorrisinho divertido e se assustou ao perceber que uma risadinha escapava de seus lábios.
- Acho que melhorei.
Com um único movimento o jogou para trás, ele voou alguns metros antes de se chocar com uma mesa que havia no corredor e cair no chão. Larih desistiu de tentar algo, ela não tinha mais controle nenhum.
“Boa garota”
Uma voizinha falou dentro de sua cabeça.
“Deixe o resto comigo.”
Os outros logo viriam, com todo aquele barulho, andou até Rayden, pelo menos ele teria o prazer de matar. Acabaria com um de cada vez. Chutou algo no chão e viu a ampola, a pegou e colocou no bolso.
- Não se pegam coisas dos outros sem pedir.
Ela acertou um chute contra o estômago de Rayden, enquanto ele ainda tentava se levantar.
- Já deviam ter aprendido a lição com seu amiguinho.
Acertou outro chute, com força.
- Ele já deve estar morto agora.
Pegou Rayden pelos cabelos e o arrastou até a janela.
- Ou não. Demônios adoram se divertir com os humanos, talvez eles o matem, bem devagar.
Ela o atirou pela janela, Rayden atravessou o vidro e caiu na grama, rolando alguns metros antes de parar. Larih pegou um pedaço de madeira que havia quebrado da janela, era pontiagudo o suficiente. Subiu no parapeito e se preparou para dar o golpe final.
- Não!
Ouviu alguém gritar e foi agarrada por trás, sendo empurrada para fora da janela, perdeu o equilíbrio e caiu de cara contra a grama, havia alguém em cima dela a impedindo de se levantar.
- Me solte!
Gritou se debatendo no chão, foi virada bruscamente e deu de cara com o anjo que havia aparecido na casa mais cedo. Parte dela sabia quem ele era e isso a fez rir alto.
- Miguel!
- O que você acha que está fazendo?
Ele parecia furioso, mas tentava controlar sua raiva, a segurando pelos braços com força. Larih fez um pequeno bico, fingindo estar chateada.
- Quero me divertir...
Miguel a balançou pelos braços com força.
- Pare com isso! Não é você!
- Não sou!
Larih gritou tentando se soltar.
- Sou algo melhor! Mais forte! Mais poderoso!
Num movimento brusco conseguiu soltar um de seus braços e cravou a madeira que ainda estava em sua mão no ombro de Miguel, ele a soltou de surpresa, Larih se levantou mais do que depressa, acertando um chute contra o rosto dele o deixando desnorteado, pensou no que devia fazer, Rayden era o mais próximo, ataca-lo era uma alternativa ou fugir. Não, não queria fugir. Não faria isso só porque Miguel estava alí.
- É melhor correr garoto.
Disse se aproximando de Rayden, viu que ele ainda tinha uma arma na mão e sorriu.
- Vai fazer o que? Atirar nela?
Larih balançou a cabeça e se preparou para atacar.
- Você prefere morrer a atirar nela.
Mas antes que desse o próximo passo, um forte braço a envolveu por trás, a mantendo presa, enquanto uma mão tapava seus olhos e uma voz sussurrou em seu ouvido.
- Você consegue parar com isso, então faça antes que seja tarde.
Larih ouviu aquilo, e voltou a superfície prestando atenção no que estava acontecendo. Seu corpo tentou se soltar do suposto abraço, mas o aperto só ficou maior em volta dela. Sentiu-se um pouco melhor, lembrando do abraço de Rayden mais cedo e de como aquilo fora confortante.
- Essa não é você Larih, não deixe que isso tome conta.
Ela sentiu seu corpo estremecer, como se de repente houvesse uma falha e talvez pudesse retomar o controle.
- Não!
Se ouviu falando.
- Essa sou eu!
“Não...não é.”
Falou dentro de sí. Nunca machucaria Rayden, nem mesmo pensaria em matar os outros.
- Só você consegue mudar isso.
A voz sussurrou outra vez em seu ouvido. De repente ficou com tanta raiva do que tinha feito que a coisa dentro dela se encolheu assustada.
“Já chega.”
Se ouviu ordenando.
“Está me ouvindo? Já chega!”
O abraço se foi, a luz do dia cegou seus olhos por um instante e caiu de joelhos sem força nenhuma e caiu de joelhos no chão, a dor, os enjoos, tudo voltando de uma vez, mas pelo menos tinha o controle de volta. Então vomitou na grama, uma mistura de sangue e um líquido enegrecido, seus braços pareciam gelatina, mais uma boneca de pano do que uma pessoa de fato. Completamente esgotada sabia que agora desmaiaria antes do próximo movimento. Então foi pega nos braços e estava no colo de Miguel, que a pegara no chão com o mínimo de esforço, ela olhou para a ferida que havia feito em seu ombro e depois para ele e então desmaiou.
Miguel olhou para Rayden e depois para César, que havia saído da casa para tentar ajudar.
- Ajude-o.
Disse apontando para Rayden. E então levou Larih para dentro a colocando no sofá, enquanto César vinha atrás amparando o outro. Encostou sua mão contra a testa dela, sentindo a febre alta.
- Vocês precisam me contar o que aconteceu com ela.
Ele disse ainda olhando Larih desacordada.
- E precisam decidir o que farão, não foi ela que atacou, foi alguma coisa que entrou nela, o que significa que ela tem pouco tempo antes que fique completamente vulnerável a eles...
Larih Spencer- Mensagens : 29
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
César Nickols
Assim que todos entraram no carro César deu a partida sem esperar mais nenhum segundo. Rayden assumiu o banco ao seu lado, o que lhe deu mais tranquilidade pra dirigir vendo que ele seria o atirador.
Enquanto se desviava dos buracos e ia se lembrando do caminho para casa, olhava pelo retrovisor para Larih no banco de trás, estava preocupado com ela, quando a trouxe para o carro podia sentir o calor alto da febre, já vira pessoas morrerem assim no hospital. A febre as consumia até suas forças acabarem. E havia um outro problema, Larih estava infectada com alguma coisa, a mesma coisa que havia conseguido trazer Natasha dos mortos.
Pensar em Natasha o fazia pensar em Murillo e em como não havia conseguido ajuda-lo em Jericoh, apertou o volante com mais força, vira ele ser empurrado para dentro do buraco e sumir num piscar de olhos, a única chance que eles tinham de obter mais informações estava no computador dele, que agora devia estar nas mãos dos demônios. Mas sua preocupação no momento era com que chegassem vivos até sua casa. Os mortos vivos não estavam só no centro da cidade, mas em todo lugar, Rayden ia derrubando um por um enquanto ele se desviava dos corpos na estrada. O bairro ficava afastado do centro, olhou para o tanque de gasolina, não havia muito, mas daria até pelo menos a casa, de lá eles teriam que se virar. Virou para falar com Rayden quando ouviu Larih falando no banco de trás, olhou pelo retrovisor interno, ela estava encolhida, com as mãos na cabeça, ficou mais preocupado.
- Eu não sei o que fazer...
Disse para Rayden. Depois de mais uns dez minutos avistou sua casa e ficou surpreso de ver o contraste que ela fazia com o centro da cidade. A verdade é que os bairros afastados pareciam quase intactos em comparação com o que tinham visto em Jericoh, estacionou próximo ao portão de entrada e desceu mais do que depressa, atravessou o jardim, tão cuidado pela mãe, a porta da frente estava aberta, pegou a arma que tinha na cintura e destravou, entrou cauteloso. Atento a qualquer barulho.
- Olá?
Disse parando no centro da sala de entrada, a casa parecia estranhamento arrumada.
- Leona?
Chamou pela irmã mais velha enquanto ia pelo corredor, arma em punho.
- Guilherme?
Não parecia haver ninguém, parou na porta dos fundos, eles tinham ido embora, pelo menos torcia para que tivesse sido assim, fazia tanto tempo que não via sua família, pensar neles sendo caçados, torturados e mortos era a última coisa que queria. Guardou a arma na cintura e voltou para dentro, resolveu examinar a cozinha, começou a abrir os armários, mas estavam todos vazios, queria ter pelo menos alguma dica, uma pequena pista de onde sua família poderia ter ido parar.
Rayden veio se juntar a ele.
- Parece que fizeram uma limpa antes de saírem...não sobrou nada.
Comentou abrindo os armários que ficavam em baixo da pia. Se aqueles estavam vazios era bem provável que os de remédios também estivessem na mesma situação. Suspirou desanimado.
- Cesar... precisamos encontrar o Murillo, e os anjos... eu não sei mais o que fazer, como vamos fazer pra protege-las e evitar que as coisas piorem?
Ele parou de fuçar os armários, ficou ajoelhado no chão, com a porta aberta, olhando pro lugar vazio.
- Murillo foi levado por eles...Amber foi embora, e se estivesse aqui teria matado Larih, não sei o que fazer com ela, nem como parar o que está acontecendo. Ao que parece estamos sozinhos.
Fechou o ultimo armário e se levantou.
- Temos que torcer para que pelo menos um de nós acabe saindo vivo disso.
Eles ouviram um barulho vindo da sala e já sacaram suas armas, foram pelo corredor, a primeira coisa que viu foi Larih no chão, depois o homem com asas parado na sala chamou sua atenção. Teriam vindo atrás dela. Apontou a arma para ele sem pensar duas vezes.
- Fique parado ai, quem é você?
- Você é César?
Ele viu Rayden se aproximar de Larih e continou com a arma apontada.
- Como sabe o meu nome?
- Amber me falou de vocês...podemos conversar?
Baixou a arma um pouco ouvindo o nome de Amber. Viu Rayden sair da sala com Larih.
- Certo...o que veio fazer aqui?
O anjo olhou para a sala e suspirou, parecia cansado. Imaginou o quanto ele teria viajado para chegar até alí.
- Eu sou Miguel, Amber me contatou a muito tempo atrás, quando vocês fugiram da fortaleza de Lilith. Algumas horas atrás nos encontramos, ela me contou sobre Gabriel e sobre vocês estarem em Jericoh, mas quando cheguei lá tudo o que encontrei foi meu irmão morto e uma pilha corpos queimados, foi difícil rastrear vocês.
César guardou a arma na cintura outra vez.
- E por que veio falar comigo? Por que não se juntou a Amber?
- Por que Amber me falou sobre ela.
Não foi preciso falar o nome de Larih para saber que o assunto se tratava dela. Olhou para Miguel sentindo a preocupação da incerteza voltar.
- Não sabemos o que vai acontecer com ela, Larih está cada vez pior...já fiz de tudo para melhorar a ferida no ombro dela, mas isso parece impossível...
Miguel sentou-se no sofá.
- Uma ferida feita por uma fera é quase impossível de ser curada. Existem poucas coisas que podem curá-la, mas nenhuma é acessível ao mundo de vocês e mesmo assim, elas não param a contaminação.
- O que vai acontecer com ela?
Perguntou olhando pelo corredor pensando se Rayden não voltaria.
- Ela vai piorar cada vez mais até que se torne um deles...
Ficou olhando pelo corredor, ficou com o maxilar tenso ao ouvir aquelas palavras.
- Então temos que matá-la...
Cerrou os punhos, não queria matar Larih. Miguel se virou um pouco no sofá.
- Eu diria que sim, mas...Larih não é como os outros infectados que eu já vi, ela pensa, analisa o que está fazendo, pelo menos foi isso que eu soube por Amber e Aletus, e o fato de ter me visto na porta e não ter me atacado em nenhum momento, ter saído dessa sala pela própria vontade, me faz pensar o que realmente está acontecendo com ela.
Olhou para Miguel sem entender.
- Como assim? Larih é diferente dos outros infectados?
Pensou em Natasha, ela parecia mil vezes pior que Larih e em um tempo muito menor de exposição ao virus, talvez fosse assim porque já estava supostamente morta quando foi infectada ou porque poderia ter recebido uma dose maior do virus, não tinha como saber.
- É possível que, assim como qualquer outros virus comum, esse também se modifica, evoluí. Isso pode ter acontecido com Larih.
- O virus dela...evoluiu?
Miguel suspirou
- É uma hipótese, agora sobre o ferimento, há algo que vocês podem fazer e que ajudaria, com o ferimento infecionado vem a febre e as outras complicações. Não tendo esse ferimento Larih poderia ficar mais forte.
Ele concordou com a cabeça começando a sentir uma pontinha de esperança.
- O que temos que fazer?
- Já ouviu falar sobre cauterização?
César ergueu uma sobrancelha tentando entender aonde aquilo os levaria. No hospital era raro acontecer um procedimento assim, geralmente uma sutura já era o suficiente, sabia que no exército, quando não haviam médicos por perto os próprios soldados tratavam de cortes mais sérios com polvora e fogo, mas também falavam que a dor era tão intensa que alguns chegavam a morrer depois de alguns dias de agonia. Não que isso fosse verdade. Nunca vira ninguém morrer de dor, mas mesmo assim, não gostaria de experimentar.
- Um procedimento de cauterização ajudaria?
Miguel confirmou com a cabeça, ficando mais sério.
- É o mais perto que vocês chegariam de cicatrizar o ferimento, como já disse, nada do mundo de vocês é o suficiente, mas isso seria um grande salto e pelo menos acabaria com a infecção, tornando ele menos nocivo.
- Mas e quanto ao vírus?
César sabia que só curar o ferimento não era o suficiente, não agora.
- Quanto a isso ainda há muito a ser estudado, o que podemos fazer é impedir que ela morra devido a uma infecção.
A conversa foi interrompida por barulhos altos no corredor de coisas se quebrando, César se virou puxando a arma, mas Miguel se colocou a sua frente sem cerimônia alguma, ouviram vozes e então alguém quebrou o vidro, estavam escapando da casa?
- Larih...
Ficou preocupado com a amiga, mas quando chegou ao corredor percebeu a mesa de canto em pedaços e a garota de pé no parapeito da janela, ela estava de costas para eles, segurando um pedaço pontiagudo de madeira. Teriam atacado ela? Estranhou que ela estivesse assim, comparado que a pouco tempo atrás ela mal conseguia ficar de pé. Foi então que reparou que Rayden não estava em canto algum. A garota se preparou para pular para fora e a reação de Miguel só serviu para assustar mais a César, ele gritou e se jogou contra a garota, ambos caindo para fora, ele correu até a janela e os viu no chão, o anjo por cima dela a chaqualhando e gritando. Avistou Rayden caido há alguns metros, machucado, como ele tinha ido para lá? Pulou a janela para tentar socorrer o amigo, mas parou quando ouviu Larih gritar.
- O que está fazendo com ela?
Gritou com Miguel correndo na direção deles, ele disse que não tinha vindo machucá-la. Mas parou quando viu Larih cravando a madeira pontiaguda contra o ombro do anjo e se levantando. Aquilo era mais do que estranho. Da última vez que ela fizera algo assim quase havia atirado contra a cabeça de Murillo...tinha surtado...Larih se virou para Rayden, que já estava bem machucado. César deduziu que ele já fora o primeiro alvo dela, quando viu que ela caminhava na direção dele apontou a arma contra a amiga sem pensar.
- Pare ai Larih!
Preocupado se Rayden conseguiria correr ou não mirou sua arma contra a perna da garota, numa forma de retardá-la.
- Corre Rayden!
Gritou tentando chamar a atenção de Larih para ele, mas isso não parecia estar funcionando, a garota estava focada no amigo. Teria que atirar.
- Droga...
Murmurou destravando o revolver, não queria fazer isso, Larih já estava machucada o suficiente pra ter que levar um tiro. Miguel foi mais rápido que ele e num instante estava abraçando Larih por trás numa forma de segurá-la e tapou seus olhos com a outra mão, César não teve coragem de se aproximar, continuou com a arma erguida, caso o anjo falha-se. Ele parecia conversar com a garota, larih gritava e tentava se soltar, mas Miguel se manteve firme, então ele a soltou e ela caiu de joelhos na grama vomitando, César desviou o rosto para não ver o quanto de sangue ela colocou para fora dessa vez. Miguel a pegou do chão com cuidado, ela parecia tão frágil, tão pequena, se aproximou um pouco e o anjo olhou para ele fazendo um sinal para que fosse ajudar Rayden, ele foi até o amigo e o ajudou a entrar.
- Apanhando de garotas ainda? Você deve ser um péssimo conquistador.
Guardou sua arma e o amparou colocando um braço dele em volta do seus ombros. Miguel colocou Larih, inconsciente, no sofá maior e César ajudou Rayden a se sentar numa poltrona.
- Deixa eu dar uma olhada no que ela fez com você...
Ele se abaixou para examinar o amigo quando Miguel falou com eles.
- Vocês precisam me contar o que aconteceu com ela. E precisam decidir o que farão, não foi ela que atacou, foi alguma coisa que entrou nela, o que significa que ela tem pouco tempo antes que fique completamente vulnerável a eles.
César se virou e olhou para Larih, lembrando da conversa que tivera com Gabriel na fortaleza...com o vírus os humanos se tornavam vulneráveis aos humanos nos últimos estágios da doença, se isso já estava acontecendo com Larih era porque a doença estava quase no fim e logo não havera o que fazer por ela. Talvez Miguel tivesse razão sobre cauterizar a ferida, isso a deixaria um pouco mais forte, talvez ganhassem um pouco mais de tempo.
- Ela tem três cortes profundos na parte de trás do ombro esquerdo, mas a infecção já se espalhou descendo pelo braço e costelas, o mais provável é que logo alcance o coração e ela morra antes de chegar ao último estágio do vírus, temos que fazer a cauterização e você precisa nos explicar como.
Assim que todos entraram no carro César deu a partida sem esperar mais nenhum segundo. Rayden assumiu o banco ao seu lado, o que lhe deu mais tranquilidade pra dirigir vendo que ele seria o atirador.
Enquanto se desviava dos buracos e ia se lembrando do caminho para casa, olhava pelo retrovisor para Larih no banco de trás, estava preocupado com ela, quando a trouxe para o carro podia sentir o calor alto da febre, já vira pessoas morrerem assim no hospital. A febre as consumia até suas forças acabarem. E havia um outro problema, Larih estava infectada com alguma coisa, a mesma coisa que havia conseguido trazer Natasha dos mortos.
Pensar em Natasha o fazia pensar em Murillo e em como não havia conseguido ajuda-lo em Jericoh, apertou o volante com mais força, vira ele ser empurrado para dentro do buraco e sumir num piscar de olhos, a única chance que eles tinham de obter mais informações estava no computador dele, que agora devia estar nas mãos dos demônios. Mas sua preocupação no momento era com que chegassem vivos até sua casa. Os mortos vivos não estavam só no centro da cidade, mas em todo lugar, Rayden ia derrubando um por um enquanto ele se desviava dos corpos na estrada. O bairro ficava afastado do centro, olhou para o tanque de gasolina, não havia muito, mas daria até pelo menos a casa, de lá eles teriam que se virar. Virou para falar com Rayden quando ouviu Larih falando no banco de trás, olhou pelo retrovisor interno, ela estava encolhida, com as mãos na cabeça, ficou mais preocupado.
- Eu não sei o que fazer...
Disse para Rayden. Depois de mais uns dez minutos avistou sua casa e ficou surpreso de ver o contraste que ela fazia com o centro da cidade. A verdade é que os bairros afastados pareciam quase intactos em comparação com o que tinham visto em Jericoh, estacionou próximo ao portão de entrada e desceu mais do que depressa, atravessou o jardim, tão cuidado pela mãe, a porta da frente estava aberta, pegou a arma que tinha na cintura e destravou, entrou cauteloso. Atento a qualquer barulho.
- Olá?
Disse parando no centro da sala de entrada, a casa parecia estranhamento arrumada.
- Leona?
Chamou pela irmã mais velha enquanto ia pelo corredor, arma em punho.
- Guilherme?
Não parecia haver ninguém, parou na porta dos fundos, eles tinham ido embora, pelo menos torcia para que tivesse sido assim, fazia tanto tempo que não via sua família, pensar neles sendo caçados, torturados e mortos era a última coisa que queria. Guardou a arma na cintura e voltou para dentro, resolveu examinar a cozinha, começou a abrir os armários, mas estavam todos vazios, queria ter pelo menos alguma dica, uma pequena pista de onde sua família poderia ter ido parar.
Rayden veio se juntar a ele.
- Parece que fizeram uma limpa antes de saírem...não sobrou nada.
Comentou abrindo os armários que ficavam em baixo da pia. Se aqueles estavam vazios era bem provável que os de remédios também estivessem na mesma situação. Suspirou desanimado.
- Cesar... precisamos encontrar o Murillo, e os anjos... eu não sei mais o que fazer, como vamos fazer pra protege-las e evitar que as coisas piorem?
Ele parou de fuçar os armários, ficou ajoelhado no chão, com a porta aberta, olhando pro lugar vazio.
- Murillo foi levado por eles...Amber foi embora, e se estivesse aqui teria matado Larih, não sei o que fazer com ela, nem como parar o que está acontecendo. Ao que parece estamos sozinhos.
Fechou o ultimo armário e se levantou.
- Temos que torcer para que pelo menos um de nós acabe saindo vivo disso.
Eles ouviram um barulho vindo da sala e já sacaram suas armas, foram pelo corredor, a primeira coisa que viu foi Larih no chão, depois o homem com asas parado na sala chamou sua atenção. Teriam vindo atrás dela. Apontou a arma para ele sem pensar duas vezes.
- Fique parado ai, quem é você?
- Você é César?
Ele viu Rayden se aproximar de Larih e continou com a arma apontada.
- Como sabe o meu nome?
- Amber me falou de vocês...podemos conversar?
Baixou a arma um pouco ouvindo o nome de Amber. Viu Rayden sair da sala com Larih.
- Certo...o que veio fazer aqui?
O anjo olhou para a sala e suspirou, parecia cansado. Imaginou o quanto ele teria viajado para chegar até alí.
- Eu sou Miguel, Amber me contatou a muito tempo atrás, quando vocês fugiram da fortaleza de Lilith. Algumas horas atrás nos encontramos, ela me contou sobre Gabriel e sobre vocês estarem em Jericoh, mas quando cheguei lá tudo o que encontrei foi meu irmão morto e uma pilha corpos queimados, foi difícil rastrear vocês.
César guardou a arma na cintura outra vez.
- E por que veio falar comigo? Por que não se juntou a Amber?
- Por que Amber me falou sobre ela.
Não foi preciso falar o nome de Larih para saber que o assunto se tratava dela. Olhou para Miguel sentindo a preocupação da incerteza voltar.
- Não sabemos o que vai acontecer com ela, Larih está cada vez pior...já fiz de tudo para melhorar a ferida no ombro dela, mas isso parece impossível...
Miguel sentou-se no sofá.
- Uma ferida feita por uma fera é quase impossível de ser curada. Existem poucas coisas que podem curá-la, mas nenhuma é acessível ao mundo de vocês e mesmo assim, elas não param a contaminação.
- O que vai acontecer com ela?
Perguntou olhando pelo corredor pensando se Rayden não voltaria.
- Ela vai piorar cada vez mais até que se torne um deles...
Ficou olhando pelo corredor, ficou com o maxilar tenso ao ouvir aquelas palavras.
- Então temos que matá-la...
Cerrou os punhos, não queria matar Larih. Miguel se virou um pouco no sofá.
- Eu diria que sim, mas...Larih não é como os outros infectados que eu já vi, ela pensa, analisa o que está fazendo, pelo menos foi isso que eu soube por Amber e Aletus, e o fato de ter me visto na porta e não ter me atacado em nenhum momento, ter saído dessa sala pela própria vontade, me faz pensar o que realmente está acontecendo com ela.
Olhou para Miguel sem entender.
- Como assim? Larih é diferente dos outros infectados?
Pensou em Natasha, ela parecia mil vezes pior que Larih e em um tempo muito menor de exposição ao virus, talvez fosse assim porque já estava supostamente morta quando foi infectada ou porque poderia ter recebido uma dose maior do virus, não tinha como saber.
- É possível que, assim como qualquer outros virus comum, esse também se modifica, evoluí. Isso pode ter acontecido com Larih.
- O virus dela...evoluiu?
Miguel suspirou
- É uma hipótese, agora sobre o ferimento, há algo que vocês podem fazer e que ajudaria, com o ferimento infecionado vem a febre e as outras complicações. Não tendo esse ferimento Larih poderia ficar mais forte.
Ele concordou com a cabeça começando a sentir uma pontinha de esperança.
- O que temos que fazer?
- Já ouviu falar sobre cauterização?
César ergueu uma sobrancelha tentando entender aonde aquilo os levaria. No hospital era raro acontecer um procedimento assim, geralmente uma sutura já era o suficiente, sabia que no exército, quando não haviam médicos por perto os próprios soldados tratavam de cortes mais sérios com polvora e fogo, mas também falavam que a dor era tão intensa que alguns chegavam a morrer depois de alguns dias de agonia. Não que isso fosse verdade. Nunca vira ninguém morrer de dor, mas mesmo assim, não gostaria de experimentar.
- Um procedimento de cauterização ajudaria?
Miguel confirmou com a cabeça, ficando mais sério.
- É o mais perto que vocês chegariam de cicatrizar o ferimento, como já disse, nada do mundo de vocês é o suficiente, mas isso seria um grande salto e pelo menos acabaria com a infecção, tornando ele menos nocivo.
- Mas e quanto ao vírus?
César sabia que só curar o ferimento não era o suficiente, não agora.
- Quanto a isso ainda há muito a ser estudado, o que podemos fazer é impedir que ela morra devido a uma infecção.
A conversa foi interrompida por barulhos altos no corredor de coisas se quebrando, César se virou puxando a arma, mas Miguel se colocou a sua frente sem cerimônia alguma, ouviram vozes e então alguém quebrou o vidro, estavam escapando da casa?
- Larih...
Ficou preocupado com a amiga, mas quando chegou ao corredor percebeu a mesa de canto em pedaços e a garota de pé no parapeito da janela, ela estava de costas para eles, segurando um pedaço pontiagudo de madeira. Teriam atacado ela? Estranhou que ela estivesse assim, comparado que a pouco tempo atrás ela mal conseguia ficar de pé. Foi então que reparou que Rayden não estava em canto algum. A garota se preparou para pular para fora e a reação de Miguel só serviu para assustar mais a César, ele gritou e se jogou contra a garota, ambos caindo para fora, ele correu até a janela e os viu no chão, o anjo por cima dela a chaqualhando e gritando. Avistou Rayden caido há alguns metros, machucado, como ele tinha ido para lá? Pulou a janela para tentar socorrer o amigo, mas parou quando ouviu Larih gritar.
- O que está fazendo com ela?
Gritou com Miguel correndo na direção deles, ele disse que não tinha vindo machucá-la. Mas parou quando viu Larih cravando a madeira pontiaguda contra o ombro do anjo e se levantando. Aquilo era mais do que estranho. Da última vez que ela fizera algo assim quase havia atirado contra a cabeça de Murillo...tinha surtado...Larih se virou para Rayden, que já estava bem machucado. César deduziu que ele já fora o primeiro alvo dela, quando viu que ela caminhava na direção dele apontou a arma contra a amiga sem pensar.
- Pare ai Larih!
Preocupado se Rayden conseguiria correr ou não mirou sua arma contra a perna da garota, numa forma de retardá-la.
- Corre Rayden!
Gritou tentando chamar a atenção de Larih para ele, mas isso não parecia estar funcionando, a garota estava focada no amigo. Teria que atirar.
- Droga...
Murmurou destravando o revolver, não queria fazer isso, Larih já estava machucada o suficiente pra ter que levar um tiro. Miguel foi mais rápido que ele e num instante estava abraçando Larih por trás numa forma de segurá-la e tapou seus olhos com a outra mão, César não teve coragem de se aproximar, continuou com a arma erguida, caso o anjo falha-se. Ele parecia conversar com a garota, larih gritava e tentava se soltar, mas Miguel se manteve firme, então ele a soltou e ela caiu de joelhos na grama vomitando, César desviou o rosto para não ver o quanto de sangue ela colocou para fora dessa vez. Miguel a pegou do chão com cuidado, ela parecia tão frágil, tão pequena, se aproximou um pouco e o anjo olhou para ele fazendo um sinal para que fosse ajudar Rayden, ele foi até o amigo e o ajudou a entrar.
- Apanhando de garotas ainda? Você deve ser um péssimo conquistador.
Guardou sua arma e o amparou colocando um braço dele em volta do seus ombros. Miguel colocou Larih, inconsciente, no sofá maior e César ajudou Rayden a se sentar numa poltrona.
- Deixa eu dar uma olhada no que ela fez com você...
Ele se abaixou para examinar o amigo quando Miguel falou com eles.
- Vocês precisam me contar o que aconteceu com ela. E precisam decidir o que farão, não foi ela que atacou, foi alguma coisa que entrou nela, o que significa que ela tem pouco tempo antes que fique completamente vulnerável a eles.
César se virou e olhou para Larih, lembrando da conversa que tivera com Gabriel na fortaleza...com o vírus os humanos se tornavam vulneráveis aos humanos nos últimos estágios da doença, se isso já estava acontecendo com Larih era porque a doença estava quase no fim e logo não havera o que fazer por ela. Talvez Miguel tivesse razão sobre cauterizar a ferida, isso a deixaria um pouco mais forte, talvez ganhassem um pouco mais de tempo.
- Ela tem três cortes profundos na parte de trás do ombro esquerdo, mas a infecção já se espalhou descendo pelo braço e costelas, o mais provável é que logo alcance o coração e ela morra antes de chegar ao último estágio do vírus, temos que fazer a cauterização e você precisa nos explicar como.
César Nickols- Mensagens : 27
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Murillo Assassyh
Murillo foi empurrado pra dentro do buraco e não conseguiu se segurar em nada, bateu as costas contra algo que não conseguiu identificar no escuro e rolou pelo que pareceu um monte de terra e pedras, a mochila apenas atrapalhava, tentou abrir os braços para se segurar em algo, mas estava escuro de mais, ouviu uma risada divertida , mas não conseguiu identificar de onde.
De repente caiu, o chão sumiu e ele ficou em queda livre, no escuro, ficou em pânico, com medo do que estaria esperando ele lá em baixo. Então, de repente, acertou o corpo contra o chão, tudo doía, cada músculo do seu corpo, seus pulmões pareciam queimar, estava escuro e o chão gelado, algo pousou suavemente ao seu lado.
- Bem vindo ao inferno.
Uma voz delicada seguida de uma risada foi ouvida, então braços fortes o puxaram bruscamente do chão, o obrigando a ficar de pé e o arrastaram pela escuridão, Murillo tentou se soltar e levou uma forte pancada na cabeça, desmaiou.
- Ele está morto?
Ouviu uma voz perguntar, percebeu que estava deitado no chão, permaneceu imóvel.
- Eles não mandariam alguém morto pra cá.
Outro pessoa retrucou, Murillo continuou ouvindo. Lembrou da loira que havia jogado ele para dentro do buraco, os zumbis atacando o grupo, Larih desaparecida, onde estavam os malditos anjos? Não sentiu mais o peso da mochila nos ombros, tinham pego o computador. Ouviu um grito vindo de longe e um resmungo de perto.
- No final eles vão matar todos nós...
Murillo abriu os olhos, estava deitado de costas para cima e se virou, haviam dois homens sentados ao lado dele. Um devia ter por volta dos dezenove anos, o outro era mais velho, meio grisalho, tinha um uniforme do exército já bem gasto e sujo, os dois se afastaram um pouco em silêncio. Sentiu as costas estralarem quando se sentou.
- Tudo bem rapaz?
O mais velho perguntou, Murillo achou graça de ser chamado de rapaz.
- Onde estamos?
Perguntou massageando o ombro dolorido, olhou em volta, as paredes eram escuras e o chão de terra, havia uma grade na parede a frente a dele e outra cela a frente com outras pessoas, o lugar todo parecia escuro e gelado.
- Também gostaríamos de saber...
O garoto murmurou, tinha olheiras e um rosto cansado, era estranhamente familiar, mas não conseguia se lembrar de onde. O homem mais velho apontou para fora.
- Quando aquele caos começou lá em cima fomos arrastados para cá, eles nos prenderam aqui...
- Eles?
Murillo olhou para fora, podia ouvir gritos e choro ao longe.
- Os demônios...
O garoto respondeu baixo, um pouco nervoso, Murillo olhou para ele, ainda com a impressão de que ele era familiar.
- Achei que eles matassem as pessoas.
O velho balançou a cabeça.
- As vezes eles vem aqui e matam alguém na nossa frente, mas as vezes eles levam pessoas embora, não sabemos para onde, elas nunca voltam...
Murillo lembrou dos dados do computador, as experiências que tinha visto nos vídeos.
- Meu Deus...estão usando humanos...
Murmurou assustado. Os dois olharam para ele sem entender. Murillo precisava contar a eles, tinha que dar um jeito de tirá-los daqui, ouviu uma risada e olhou para as grades, ela estava lá, a mulher loira. O garoto e o velho se afastaram para o fundo da sala, mas Murillo ficou onde estava, olhando para ela.
- Gostando das acomodações?
- Qual o plano de vocês? Transformar todos eles em seus monstros?
Ela riu
- Você é esperto.
Murillo olhou para os dois no fundo da sala e voltou a olhar para ela. Lilith riu e se encostou a grade.
- Sua esperteza será muito útil.
- Você deve estar maluca se acha que vou te ajudar.
Os olhos de Lilith brilharam, de repente ao lado dela apareceu outra mulher, de cabelos azuis, havia algo preso em volta dos braços dela, uma coisa pequena que se debatia e chorava. Murillo viu um saco preto e braços pequenos. Olhou para Lilith.
- O que você viu naquele computador era nosso, se meteu aonde não devia.
A mulher de cabelos azuis tirou o saco preto e Murillo arregalou os olhos, era sua filha, alí presa nos braços daquele demônio, gritando e chorando, tentando se soltar.
- Não!
Lilith pegou a garota pelos cabelos, Murillo avançou até a grade e estendeu seu braço, a garotinha tentou segurar a mão do pai chorando. Lilith riu.
- O que foi? Achou que não seriamos espertos? Que não sabíamos onde sua filha morava?
- Solte ela!
Murillo gritou tentando sair.
- Se nos ajudar nada vai acontecer a ela.
A garotinha continuou a chorar, tentando se soltar, Murillo olhou para a filha ali, em pânico olhou para Lilith.
- O que você quer?
Ela riu.
- Você vai voltar lá pra cima e nos trazer a garota infectada.
Murillo pensou em Larih, doente, morrendo, piscou olhando para Lilith.
- Eu não posso...
Ela deu um sorriso frio e puxou a cabeça da garotinha pra trás, que gritou com dor, Murillo bateu a mão contra a grade.
- Pare! Eu faço...eu faço...
Lilith devolveu a garota para demônio de cabelos azuis que a levou pelo corredor gritando, Lilith se abaixou e ficou bem próximo de Murillo.
- Nós vamos nos dar muito bem.
Murillo foi empurrado pra dentro do buraco e não conseguiu se segurar em nada, bateu as costas contra algo que não conseguiu identificar no escuro e rolou pelo que pareceu um monte de terra e pedras, a mochila apenas atrapalhava, tentou abrir os braços para se segurar em algo, mas estava escuro de mais, ouviu uma risada divertida , mas não conseguiu identificar de onde.
De repente caiu, o chão sumiu e ele ficou em queda livre, no escuro, ficou em pânico, com medo do que estaria esperando ele lá em baixo. Então, de repente, acertou o corpo contra o chão, tudo doía, cada músculo do seu corpo, seus pulmões pareciam queimar, estava escuro e o chão gelado, algo pousou suavemente ao seu lado.
- Bem vindo ao inferno.
Uma voz delicada seguida de uma risada foi ouvida, então braços fortes o puxaram bruscamente do chão, o obrigando a ficar de pé e o arrastaram pela escuridão, Murillo tentou se soltar e levou uma forte pancada na cabeça, desmaiou.
- Ele está morto?
Ouviu uma voz perguntar, percebeu que estava deitado no chão, permaneceu imóvel.
- Eles não mandariam alguém morto pra cá.
Outro pessoa retrucou, Murillo continuou ouvindo. Lembrou da loira que havia jogado ele para dentro do buraco, os zumbis atacando o grupo, Larih desaparecida, onde estavam os malditos anjos? Não sentiu mais o peso da mochila nos ombros, tinham pego o computador. Ouviu um grito vindo de longe e um resmungo de perto.
- No final eles vão matar todos nós...
Murillo abriu os olhos, estava deitado de costas para cima e se virou, haviam dois homens sentados ao lado dele. Um devia ter por volta dos dezenove anos, o outro era mais velho, meio grisalho, tinha um uniforme do exército já bem gasto e sujo, os dois se afastaram um pouco em silêncio. Sentiu as costas estralarem quando se sentou.
- Tudo bem rapaz?
O mais velho perguntou, Murillo achou graça de ser chamado de rapaz.
- Onde estamos?
Perguntou massageando o ombro dolorido, olhou em volta, as paredes eram escuras e o chão de terra, havia uma grade na parede a frente a dele e outra cela a frente com outras pessoas, o lugar todo parecia escuro e gelado.
- Também gostaríamos de saber...
O garoto murmurou, tinha olheiras e um rosto cansado, era estranhamente familiar, mas não conseguia se lembrar de onde. O homem mais velho apontou para fora.
- Quando aquele caos começou lá em cima fomos arrastados para cá, eles nos prenderam aqui...
- Eles?
Murillo olhou para fora, podia ouvir gritos e choro ao longe.
- Os demônios...
O garoto respondeu baixo, um pouco nervoso, Murillo olhou para ele, ainda com a impressão de que ele era familiar.
- Achei que eles matassem as pessoas.
O velho balançou a cabeça.
- As vezes eles vem aqui e matam alguém na nossa frente, mas as vezes eles levam pessoas embora, não sabemos para onde, elas nunca voltam...
Murillo lembrou dos dados do computador, as experiências que tinha visto nos vídeos.
- Meu Deus...estão usando humanos...
Murmurou assustado. Os dois olharam para ele sem entender. Murillo precisava contar a eles, tinha que dar um jeito de tirá-los daqui, ouviu uma risada e olhou para as grades, ela estava lá, a mulher loira. O garoto e o velho se afastaram para o fundo da sala, mas Murillo ficou onde estava, olhando para ela.
- Gostando das acomodações?
- Qual o plano de vocês? Transformar todos eles em seus monstros?
Ela riu
- Você é esperto.
Murillo olhou para os dois no fundo da sala e voltou a olhar para ela. Lilith riu e se encostou a grade.
- Sua esperteza será muito útil.
- Você deve estar maluca se acha que vou te ajudar.
Os olhos de Lilith brilharam, de repente ao lado dela apareceu outra mulher, de cabelos azuis, havia algo preso em volta dos braços dela, uma coisa pequena que se debatia e chorava. Murillo viu um saco preto e braços pequenos. Olhou para Lilith.
- O que você viu naquele computador era nosso, se meteu aonde não devia.
A mulher de cabelos azuis tirou o saco preto e Murillo arregalou os olhos, era sua filha, alí presa nos braços daquele demônio, gritando e chorando, tentando se soltar.
- Não!
Lilith pegou a garota pelos cabelos, Murillo avançou até a grade e estendeu seu braço, a garotinha tentou segurar a mão do pai chorando. Lilith riu.
- O que foi? Achou que não seriamos espertos? Que não sabíamos onde sua filha morava?
- Solte ela!
Murillo gritou tentando sair.
- Se nos ajudar nada vai acontecer a ela.
A garotinha continuou a chorar, tentando se soltar, Murillo olhou para a filha ali, em pânico olhou para Lilith.
- O que você quer?
Ela riu.
- Você vai voltar lá pra cima e nos trazer a garota infectada.
Murillo pensou em Larih, doente, morrendo, piscou olhando para Lilith.
- Eu não posso...
Ela deu um sorriso frio e puxou a cabeça da garotinha pra trás, que gritou com dor, Murillo bateu a mão contra a grade.
- Pare! Eu faço...eu faço...
Lilith devolveu a garota para demônio de cabelos azuis que a levou pelo corredor gritando, Lilith se abaixou e ficou bem próximo de Murillo.
- Nós vamos nos dar muito bem.
Murillo Assassyh- Mensagens : 13
Data de inscrição : 05/04/2013
Re: Arcade of the damned.
Amber Ludovick
Amber se afastou do grupo o máximo que pode, subindo até alcançar as nuvens, ficou parada lá em cima, deixar Aletus sozinho com o grupo era um grande erro, a situação havia saído do controle, não sabia onde estavam os outros arcanjos, não queria pensar em Gabriel, o que tinha acontecido a ele era culpa dela, se tivesse conseguido impedir Caim, isso não teria acontecido.
Suspirou cansada e voou em direção ao sul, precisava encontrar Miguel de alguma forma, torcia para que ele tivesse fugido do Vaticano, os sete estavam lá, ela os conhecia, já os tinha visto em ação, matavam com um prazer assustador, até para os padrões demoníacos, não pensariam duas vezes se tivesse Miguel em suas mãos. A paisagem foi mudando conforme voava em direção ao por do sol, ia veloz, o cabelo jogado para trás por causa do vento, parou quando avistou o mar, pousou na areia branca, a brisa que vinha do mar era fria, algumas mechas do seu cabelo estavam no seu rosto, permaneceu com as asas abertas, duas grandes manchas que não combinavam com o resto do cenário, olhou para a praia deserta, conhecia bem aquele lugar, fora alí que encontrara Gabriel e Miguel pela primeira vez, quando havia dado as costas ao que era e tinha fugido do inferno jurando nunca mais voltar para lá. Se havia algum lugar em que o arcanjo podia sentir sua presença seria ali. Caminhou um pouco pela areia, afundando os pés descalços no chão quente, então sentou-se e ficou olhando para o mar em silêncio.
Fechou os olhos e suspirou cansada.
- Amber?
Ouviu alguém se aproximar, num movimento rápido já estava de pé, com as pernas um pouco afastadas e as asas abertas, sua espada já estava em mãos pronta para o ataque, parou quando viu a pessoa, um arcanjo, tinha uma expressão cansada e roupa um pouco rasgada, Amber baixou a espada.
- Miguel?
Ele deu um sorriso cansado.
- Oi.
Ela se aproximou com a espada baixada.
- Como é bom te ver Miguel!
- O que aconteceu Amber? Onde está Gabriel?
Ele a olhou com uma expressão preocupada e estendeu a mão para ela, Amber sabia o que ele queria iria fazer, segurou a mão dele, sentiu ele entrar em sua mente com delicadeza, achava aquele dom incrível, deixou que ele tivesse acesso as suas memórias, deixou que ele visse sobre a mansão onde Gabriel e ela haviam salvo o grupo, mostrou o ataque de Caim na floresta, sobre como o arcanjo havia tentando salvá-la, a conversa com Aletus e Larih ferida. Miguel ficou surpreso quando viu sobre a garota, arregalou os olhos e soltou a mão de Amber.
- Isso é possível? Essa garota...
- Está ferida desde Lince, mas ainda está lúcida.
Ele continuou surpreso.
- Isso é incrível, o vírus pode estar evoluindo.
Amber balançou a cabeça preocupada.
- Miguel isso é preocupante, se o vírus estiver evoluindo assim eles podem usá-lo como arma.
Miguel ficou olhando para ela, Amber estava nervosa, não conseguia parar de pensar em Gabriel e em como ele estava machucado da última vez que o viu, havia também Larih, que só piorava cada vez mais e se Miguel estivesse certo os demônios iram querer usá-la.
- Temos que dar um jeito de parar essa infecção, eles não podem colocar as mãos nela Miguel.
Amber sentiu o arcanjo colocar as mãos em seus ombros para segurá-la.
- Eu vou atrás deles, disse que Aletus está com eles, vou encontra-los, levo eles para algum lugar seguro onde podemos ajuda-la. Você consegue ajudar Gabriel, vá encontra-lo, assim que ajudar o grupo irei ver vocês, encontramos Uriel e recorremos ao círculo.
Amber ficou prestando atenção no que ele dizia e concordou com a cabeça.
- Não deixe que os demônios os alcancem, por favor...
Miguel sorriu.
- Confie em mim Amber, eles estarão em boas mãos.
Olhou por cima do ombro dela e seu sorriso ficou maior.
- Aliás...acho que você tem visita.
Amber olhou para ele sem entender, então de repente algo agarrou sua perna, sentiu algo afiado perfurar sua pele e foi puxada pra trás, Miguel soltou seus ombros e Amber foi ao chão, batendo o rosto contra a areia e foi arrastada.
- Miguel!
Gritou tentando se segurar em algo, mas só havia areia, era arrastada por ela com velocidade que queimava o rosto, então a areia acabou e veio uma grama rala com raízes espinhosas que arranharam seus braços, de repente o mundo ficou de ponta cabeça e ela parou, balançando no ar, tentou recuperar o folego, ainda assustada com o que tinha acontecido, estava girando de ponta cabeça, havia floresta de um lado e praia do outro, inclinou a cabeça tentando enxergar o que prendia sua perna, haviam raízes com espinhos em sua perna, cravados fundos na sua pele.
- A merda...
Tentou se inclinar para cima tentando alcançar sua perna, mas as raízes se apertaram mais contra sua perna.
- Bom te ver Amber.
Ela parou de se inclinar e olhou em volta, Caim estava parado olhando para ela.
- Você...
Amber tentou se soltar, mas tudo o que sentiu foram os espinhos afundando cada vez mais, gritou de dor e Caim riu.
- Pare de se mexer, isso só vai ficar pior.
- Seu desgraçado!
Ela gritou tentando se soltar, o sangue escorria pela sua perna, tentou ignorar a dor.
- O que está acontecendo?
Ouviu a voz de Miguel, ele estava parado no final da areia, com uma feição assustada, espada na mão.
- Caim, o que está fazendo?
- Miguel! Ataque ele! Rápido!
Miguel se aproximou e Amber percebeu que havia alguma coisa errada com ele.
- Miguel...
- Sabe, Lúcifer me procurou antes de tudo isso, ele tinha planos.
Segurou o rosto de Amber com as mãos a obrigando a olhar pra ele.
- Essa briga já estava perdida para nós antes mesmo de começar, o arcanjo de luz já tinha tudo preparado.
- Miguel, o que está fazendo, ele...
Miguel tapou a boca dela.
- Shiii...eu vou atrás daquela garota e vou usá-la como nossa arma, vou entrega-la a Lúcifer e vamos governar esse mundo. Estou cansado de dar satisfação aos arcanjos.
Amber arregalou os olhos assustada e Miguel sorriu para ela.
- Uma pena ter deixado Aletus lá, ele não precisava morrer por isso, era só um garotinho...
Ela ouviu Caim rir baixo atrás deles, Miguel fez um carinho no rosto dela.
- Enquanto a você, vai encontrar se encontrar com Miguel mais rápido do que imagina.
Amber sentiu a cabeça queimar de dor, tentou gritar, mas sua boca continuou tapada, viu Caim se aproximar e comentar algo, mas então tudo ficou escuro.
Amber se afastou do grupo o máximo que pode, subindo até alcançar as nuvens, ficou parada lá em cima, deixar Aletus sozinho com o grupo era um grande erro, a situação havia saído do controle, não sabia onde estavam os outros arcanjos, não queria pensar em Gabriel, o que tinha acontecido a ele era culpa dela, se tivesse conseguido impedir Caim, isso não teria acontecido.
Suspirou cansada e voou em direção ao sul, precisava encontrar Miguel de alguma forma, torcia para que ele tivesse fugido do Vaticano, os sete estavam lá, ela os conhecia, já os tinha visto em ação, matavam com um prazer assustador, até para os padrões demoníacos, não pensariam duas vezes se tivesse Miguel em suas mãos. A paisagem foi mudando conforme voava em direção ao por do sol, ia veloz, o cabelo jogado para trás por causa do vento, parou quando avistou o mar, pousou na areia branca, a brisa que vinha do mar era fria, algumas mechas do seu cabelo estavam no seu rosto, permaneceu com as asas abertas, duas grandes manchas que não combinavam com o resto do cenário, olhou para a praia deserta, conhecia bem aquele lugar, fora alí que encontrara Gabriel e Miguel pela primeira vez, quando havia dado as costas ao que era e tinha fugido do inferno jurando nunca mais voltar para lá. Se havia algum lugar em que o arcanjo podia sentir sua presença seria ali. Caminhou um pouco pela areia, afundando os pés descalços no chão quente, então sentou-se e ficou olhando para o mar em silêncio.
Fechou os olhos e suspirou cansada.
- Amber?
Ouviu alguém se aproximar, num movimento rápido já estava de pé, com as pernas um pouco afastadas e as asas abertas, sua espada já estava em mãos pronta para o ataque, parou quando viu a pessoa, um arcanjo, tinha uma expressão cansada e roupa um pouco rasgada, Amber baixou a espada.
- Miguel?
Ele deu um sorriso cansado.
- Oi.
Ela se aproximou com a espada baixada.
- Como é bom te ver Miguel!
- O que aconteceu Amber? Onde está Gabriel?
Ele a olhou com uma expressão preocupada e estendeu a mão para ela, Amber sabia o que ele queria iria fazer, segurou a mão dele, sentiu ele entrar em sua mente com delicadeza, achava aquele dom incrível, deixou que ele tivesse acesso as suas memórias, deixou que ele visse sobre a mansão onde Gabriel e ela haviam salvo o grupo, mostrou o ataque de Caim na floresta, sobre como o arcanjo havia tentando salvá-la, a conversa com Aletus e Larih ferida. Miguel ficou surpreso quando viu sobre a garota, arregalou os olhos e soltou a mão de Amber.
- Isso é possível? Essa garota...
- Está ferida desde Lince, mas ainda está lúcida.
Ele continuou surpreso.
- Isso é incrível, o vírus pode estar evoluindo.
Amber balançou a cabeça preocupada.
- Miguel isso é preocupante, se o vírus estiver evoluindo assim eles podem usá-lo como arma.
Miguel ficou olhando para ela, Amber estava nervosa, não conseguia parar de pensar em Gabriel e em como ele estava machucado da última vez que o viu, havia também Larih, que só piorava cada vez mais e se Miguel estivesse certo os demônios iram querer usá-la.
- Temos que dar um jeito de parar essa infecção, eles não podem colocar as mãos nela Miguel.
Amber sentiu o arcanjo colocar as mãos em seus ombros para segurá-la.
- Eu vou atrás deles, disse que Aletus está com eles, vou encontra-los, levo eles para algum lugar seguro onde podemos ajuda-la. Você consegue ajudar Gabriel, vá encontra-lo, assim que ajudar o grupo irei ver vocês, encontramos Uriel e recorremos ao círculo.
Amber ficou prestando atenção no que ele dizia e concordou com a cabeça.
- Não deixe que os demônios os alcancem, por favor...
Miguel sorriu.
- Confie em mim Amber, eles estarão em boas mãos.
Olhou por cima do ombro dela e seu sorriso ficou maior.
- Aliás...acho que você tem visita.
Amber olhou para ele sem entender, então de repente algo agarrou sua perna, sentiu algo afiado perfurar sua pele e foi puxada pra trás, Miguel soltou seus ombros e Amber foi ao chão, batendo o rosto contra a areia e foi arrastada.
- Miguel!
Gritou tentando se segurar em algo, mas só havia areia, era arrastada por ela com velocidade que queimava o rosto, então a areia acabou e veio uma grama rala com raízes espinhosas que arranharam seus braços, de repente o mundo ficou de ponta cabeça e ela parou, balançando no ar, tentou recuperar o folego, ainda assustada com o que tinha acontecido, estava girando de ponta cabeça, havia floresta de um lado e praia do outro, inclinou a cabeça tentando enxergar o que prendia sua perna, haviam raízes com espinhos em sua perna, cravados fundos na sua pele.
- A merda...
Tentou se inclinar para cima tentando alcançar sua perna, mas as raízes se apertaram mais contra sua perna.
- Bom te ver Amber.
Ela parou de se inclinar e olhou em volta, Caim estava parado olhando para ela.
- Você...
Amber tentou se soltar, mas tudo o que sentiu foram os espinhos afundando cada vez mais, gritou de dor e Caim riu.
- Pare de se mexer, isso só vai ficar pior.
- Seu desgraçado!
Ela gritou tentando se soltar, o sangue escorria pela sua perna, tentou ignorar a dor.
- O que está acontecendo?
Ouviu a voz de Miguel, ele estava parado no final da areia, com uma feição assustada, espada na mão.
- Caim, o que está fazendo?
- Miguel! Ataque ele! Rápido!
Miguel se aproximou e Amber percebeu que havia alguma coisa errada com ele.
- Miguel...
- Sabe, Lúcifer me procurou antes de tudo isso, ele tinha planos.
Segurou o rosto de Amber com as mãos a obrigando a olhar pra ele.
- Essa briga já estava perdida para nós antes mesmo de começar, o arcanjo de luz já tinha tudo preparado.
- Miguel, o que está fazendo, ele...
Miguel tapou a boca dela.
- Shiii...eu vou atrás daquela garota e vou usá-la como nossa arma, vou entrega-la a Lúcifer e vamos governar esse mundo. Estou cansado de dar satisfação aos arcanjos.
Amber arregalou os olhos assustada e Miguel sorriu para ela.
- Uma pena ter deixado Aletus lá, ele não precisava morrer por isso, era só um garotinho...
Ela ouviu Caim rir baixo atrás deles, Miguel fez um carinho no rosto dela.
- Enquanto a você, vai encontrar se encontrar com Miguel mais rápido do que imagina.
Amber sentiu a cabeça queimar de dor, tentou gritar, mas sua boca continuou tapada, viu Caim se aproximar e comentar algo, mas então tudo ficou escuro.
Amber Ludovick- Mensagens : 16
Data de inscrição : 13/05/2013
Re: Arcade of the damned.
Narrador
Aletus chegou a cidade e procurou pelos outros, mas não encontrou ninguém, havia apenas corpos queimados, ele andou pelo centro da cidade tentando rastrear rastreá-los, captando sua energia, passou por um posto de gasolina, onde vários corpos ainda pegavam fogo, aproximou-se de um do que ainda saía um pouco de fumaça da pele, se ajoelhou ao lado dele, sentia algum ruim vindo dele.
- Um morto vivo...
Estreitou os olhos não gostando nada daquilo, se levantou e olhou em volta, quem teria colocado fogo neles? Onde estaria o resto do grupo? Andou até o fim da rua e parou numa avenida que estava bem destruída, olhou para os lados, fechou os olhos e tentou captar algum rastro de energia, foi até a frente de um mercado e não conseguiu mais sentir nada, viu marcas de pneu no chão, eles tinham ido embora dali.
Olhou pela avenida, talvez se seguisse até o final dela conseguisse sentir algum rastro a mais.
De repente sentiu algo se deslocando atrás dele e teve poucos segundos pra se desviar antes que uma lâmina cravasse no chão, no lugar em que tinha estado antes. Olhou para trás, havia um demônio na forma de uma garota de cabelos azuis, pálida igual a morte, tinhas algumas pequenas lâminas presas ao cinto da calça. Aletus deu um passo para trás encarando ela.
- O que faz aqui?
A garota olhou para ele com desprezo, puxou outra lâmina da cintura e a girou nos dedos.
- Poderia lhe fazer a mesma pergunta, onde estão os humanos?
Aletus ficou em posição de ataque, suas mãos brilharam cheias de energia acumulada.
- Fique longe deles.
Ela permaneceu no mesmo lugar segurando a lâmina. Aletus se preparou para atacar, então foi atingido por trás, sentiu algo afiado atingir suas costas e atravessar suas costelas, o sangue jorrou, Aletus olhou a lâmina negra que saía por sua costela e caiu de joelhos sem entender o que tinha acontecido.
A mulher de cabelos azuis permaneceu onde estava, sorrindo.
- Acho que ela vinha sozinho?
Caim apareceu no seu campo de visão, Aletus tentou se levantar mas não conseguiu, Caim o puxou pelo pescoço e o tirou do chão.
- Você é só um garoto, devia ter ficado no seu lugar.
Caim segurou o cabo da lâmina e afundou mais contra as costelas dele, Aletus tossiu sangue, o demônio o jogou para trás, o garoto voou para o outro lado da avenida e bateu contra a parede de um prédio, caindo no chão em seguida.
- Uma lâmina demoníaca legítima.
Aletus sentiu a dor se espalhar pelo corpo, como um veneno queimando nas veias, tossiu um pouco mais de sangue, Caim se aproximou e tirou a lâmina das costas dele, o garoto ficou caído no chão, o demônio chutou Aletus e o virou de costas para cima. Caim deu uma risada.
- Você estão numa causa perdida.
Caim se ajoelhou ao lado dele, Aletus sentiu o corpo queimar, a ferida sangrava, olhou para o demônio.
- Uma pena terem mandado você pra linha de frente pra morrer assim.
Caim cravou a lâmina no peito de Aletus, ele engasgou e arregalou os olhos, o corpo dele estremeceu e ficou caído no chão, um filete de sangue escorrendo pelo canto da boca. Caim se levantou e ficou olhando para o garoto, a lâmina afundada em seu peito, manchando toda a camiseta de sangue.
- Vá falar com Lilith, tragam o humano de volta.
Caim disse olhando para a demônio de cabelos azuis, ela afirmou com a cabeça e desapareceu. Caim olhou para o céu, abriu suas asas negras e desapareceu nos céus.
Aletus ficou no chão, esticou o braço e tentou tirar o cabo, mas não conseguiu, a dor foi de mais, pensou nos irmãos, tentou se arrastar alguns metros pela rua fazendo um rastro de sangue pelo asfalto. Caim mataria a todos os seus irmãos, mataria os anjos, sem forças pra conseguir se arrastar ficou no chão, uma espada demoníaca iria mata-lo sem ninguém para ajuda-lo. Virou de costas para baixo e olhou para o céu e então fechou os olhos.
Muito bem jogadores, vamos as ordens dos novos post.
1- Rayden, por sua bravura em ter apanhado tanto, Miguel vai te dar uma ambrosia, um líquido que serve para curar ferimentos de causas não demoníacas, uma gota e você já está novo em folha. Dê uma gota para o César também, mas a Lari não pode tomar, como ela tem sangue de demônio infectado, isso vai matá-la.
2- César, espero que tenha feito uma boa pesquisa sobre cauterização com pólvora, boa sorte.
3- Murillo, você vai ser mandado de volta, se contar a eles o plano, sua filha será morta.
4 - Lari, isso vai doer, aguente firme.
5- A casa não tem nada, remédios, comida, então alguém terá que voltar a cidade para buscar, na garagem da casa vocês vão achar dois galões de gasolina. Eles são pra abastecer a caminhote.
6 - Rayden vai ter que voltar a cidade para buscar o abastecimento e vai encontrar Aletus.
Boa sorte a vocês jogadores.
Aletus chegou a cidade e procurou pelos outros, mas não encontrou ninguém, havia apenas corpos queimados, ele andou pelo centro da cidade tentando rastrear rastreá-los, captando sua energia, passou por um posto de gasolina, onde vários corpos ainda pegavam fogo, aproximou-se de um do que ainda saía um pouco de fumaça da pele, se ajoelhou ao lado dele, sentia algum ruim vindo dele.
- Um morto vivo...
Estreitou os olhos não gostando nada daquilo, se levantou e olhou em volta, quem teria colocado fogo neles? Onde estaria o resto do grupo? Andou até o fim da rua e parou numa avenida que estava bem destruída, olhou para os lados, fechou os olhos e tentou captar algum rastro de energia, foi até a frente de um mercado e não conseguiu mais sentir nada, viu marcas de pneu no chão, eles tinham ido embora dali.
Olhou pela avenida, talvez se seguisse até o final dela conseguisse sentir algum rastro a mais.
De repente sentiu algo se deslocando atrás dele e teve poucos segundos pra se desviar antes que uma lâmina cravasse no chão, no lugar em que tinha estado antes. Olhou para trás, havia um demônio na forma de uma garota de cabelos azuis, pálida igual a morte, tinhas algumas pequenas lâminas presas ao cinto da calça. Aletus deu um passo para trás encarando ela.
- O que faz aqui?
A garota olhou para ele com desprezo, puxou outra lâmina da cintura e a girou nos dedos.
- Poderia lhe fazer a mesma pergunta, onde estão os humanos?
Aletus ficou em posição de ataque, suas mãos brilharam cheias de energia acumulada.
- Fique longe deles.
Ela permaneceu no mesmo lugar segurando a lâmina. Aletus se preparou para atacar, então foi atingido por trás, sentiu algo afiado atingir suas costas e atravessar suas costelas, o sangue jorrou, Aletus olhou a lâmina negra que saía por sua costela e caiu de joelhos sem entender o que tinha acontecido.
A mulher de cabelos azuis permaneceu onde estava, sorrindo.
- Acho que ela vinha sozinho?
Caim apareceu no seu campo de visão, Aletus tentou se levantar mas não conseguiu, Caim o puxou pelo pescoço e o tirou do chão.
- Você é só um garoto, devia ter ficado no seu lugar.
Caim segurou o cabo da lâmina e afundou mais contra as costelas dele, Aletus tossiu sangue, o demônio o jogou para trás, o garoto voou para o outro lado da avenida e bateu contra a parede de um prédio, caindo no chão em seguida.
- Uma lâmina demoníaca legítima.
Aletus sentiu a dor se espalhar pelo corpo, como um veneno queimando nas veias, tossiu um pouco mais de sangue, Caim se aproximou e tirou a lâmina das costas dele, o garoto ficou caído no chão, o demônio chutou Aletus e o virou de costas para cima. Caim deu uma risada.
- Você estão numa causa perdida.
Caim se ajoelhou ao lado dele, Aletus sentiu o corpo queimar, a ferida sangrava, olhou para o demônio.
- Uma pena terem mandado você pra linha de frente pra morrer assim.
Caim cravou a lâmina no peito de Aletus, ele engasgou e arregalou os olhos, o corpo dele estremeceu e ficou caído no chão, um filete de sangue escorrendo pelo canto da boca. Caim se levantou e ficou olhando para o garoto, a lâmina afundada em seu peito, manchando toda a camiseta de sangue.
- Vá falar com Lilith, tragam o humano de volta.
Caim disse olhando para a demônio de cabelos azuis, ela afirmou com a cabeça e desapareceu. Caim olhou para o céu, abriu suas asas negras e desapareceu nos céus.
Aletus ficou no chão, esticou o braço e tentou tirar o cabo, mas não conseguiu, a dor foi de mais, pensou nos irmãos, tentou se arrastar alguns metros pela rua fazendo um rastro de sangue pelo asfalto. Caim mataria a todos os seus irmãos, mataria os anjos, sem forças pra conseguir se arrastar ficou no chão, uma espada demoníaca iria mata-lo sem ninguém para ajuda-lo. Virou de costas para baixo e olhou para o céu e então fechou os olhos.
Muito bem jogadores, vamos as ordens dos novos post.
1- Rayden, por sua bravura em ter apanhado tanto, Miguel vai te dar uma ambrosia, um líquido que serve para curar ferimentos de causas não demoníacas, uma gota e você já está novo em folha. Dê uma gota para o César também, mas a Lari não pode tomar, como ela tem sangue de demônio infectado, isso vai matá-la.
2- César, espero que tenha feito uma boa pesquisa sobre cauterização com pólvora, boa sorte.
3- Murillo, você vai ser mandado de volta, se contar a eles o plano, sua filha será morta.
4 - Lari, isso vai doer, aguente firme.
5- A casa não tem nada, remédios, comida, então alguém terá que voltar a cidade para buscar, na garagem da casa vocês vão achar dois galões de gasolina. Eles são pra abastecer a caminhote.
6 - Rayden vai ter que voltar a cidade para buscar o abastecimento e vai encontrar Aletus.
Boa sorte a vocês jogadores.
Página 3 de 5 • 1, 2, 3, 4, 5
Página 3 de 5
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos