Arcade of the damned
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Arcade of the damned.

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Rayden Donovan
Larih Spencer
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Narrador Qua Fev 19, 2014 1:56 pm

Narrado

Esqueci de avisar, por conta do andamento da história vou mudar dois personagens de ordem. O César passa a postar antes da Larih. Apenas para enriquecer o jogo.

Boa sorte.
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Rayden Donovan Qua Fev 19, 2014 2:02 pm

Rayden Donovan

-Rayden!

O rapaz se virou ao ouvir a voz de Larih.

- Corre!

O rapaz mal teve tempo de reagir, Larih como que de repente apareceu em sua frente o chutando no peito para fora do quarto, mas que força era aquela? Seu corpo fora lançado com força contra o corredor e este teve tempo de tossir uma vez, ele a olhou um pouco surpreso, a ampola tinha caído da sua mão. Ela veio até ele o agarrando pelo pescoço o levantando do chão. Rayden segurou no braço dela fechando um dos olhos sentindo a respiração trancada pela mão dela, seu olho fitou o olhar dela, podia ver que não era ela ali, era algo diferente, frio. Ele apertou as maos no antebraço dela, lembrou-se rapidamente de quando lutou com Natasha, Larih era mais forte, não tinha visto algo como aquilo.

- Acho que melhorei.

Ele a viu sorrir, que diabos estava havendo com ela? Não queria reagir, ela estava ferida demais, querendo ou não, não podia machuca-la, ela o jogou contra a mesa fazendo-o cair de mal jeito, sentiu o corpo doer, não sabia ao certo como agir, viu-a pegar a ampola.

- Não se pegam coisas dos outros sem pedir.

-Drog...

Sua voz foi abafada pelo chute que recebeu no estômago, seus olhos se arregalaram e ele cospiu um pouco de sangue soltando um gemido. Ela começou a falar mais um pouco, parecia ser de Murillo, mas Rayden mal podia juntar as palavras, recebeu outro chute sentindo sua costela doer muito, ele caiu pro lado com força arrastando um pouco no chão, fechou os olhos com força abrindo a boca e soltando um pequeno grito. Agora Larih o agarrava pelos cabelos, ele por reflexo pos uma das maos sobre as dela tentando para-la mas mal conseguia mexer o outro braço, sua costela doía muito e ele abriu um dos olhos cerrando os dentes. Ela num movimento o jogou pela janela fazendo ele atravessar o vidro e rolar na grama. Ficou um pouco tonto, seu corpo parou de bruços com o rosto virado para onde Larih estava, a viu em cima da janela, estava um pouco embassado e sua mente deu um pequeno black out.

-Ray nós temos de continuar seu treinamento, deixe essa academia e se dedique ao que tenho te ensinado, já disse você pode ser alvo de infratores em que eu me envolvi,você não pode hesitar se sua vida estiver em risco, não importa quem seja,seja cuidadoso!

Rayden estava no hall da academia. O homem de cabelos grisalhos estava de braços cruzados à sua frente.

- Já falamos sobre isso e você sabe que o pessoal ali depende de mim... se a coisa ficar séria, eu vou levar pra valer, não se preocupe pai.

- Phillip!!

Ambos ouviram  a buzina alta de um carro vermelho em frente à academia, a mulher acenava chamando pelo homem.

-Margareth está me esperando, não se atrase hoje a noite.

O homem o segurou pela nuca e se virou indo em direção ao carro enquanto Rayden deu um leve sorriso. Um clarão se deu em sua mente e este pôde voltar à realidade, porque as lembranças da ultima vez que vira seu pai estavam vindo naquele momento? Abriu os olhos e viu Miguel em cima de Larih, César tambem estava por ali; ao se mexer sentiu a dor intensa na barriga e costelas e se levantou com bastante dificuldade, suas pernas estavam tremulas e ele se sentia tonto. Larih se livrou de Miguel e novamente andou na direçao dele, Rayden parecia sério embora sentisse muita dor, com uma das maos arrancou a outra arma do seu bolso e apontou pra ela, tremia um pouco.

- Vai fazer o que? Atirar nela? Você prefere morrer a atirar nela.

Ela ameaçou ir para cima dele e ele pos o dedo no gatilho, não tinha opção, teria de atirar mas Miguel agiu antes, ele a abraçou e de alguma forma fez ela se acalmar. O rapaz nao se importava muito, aquelas lembranças de seu pai o atordoaram e trouxeram uma tristeza grande, a dor era intensa e pôde sentir Cesar o ajudar. Eles começaram a andar.

- Apanhando de garotas ainda? Você deve ser um péssimo conquistador.

Rayden o olhou, de certa forma se sentiu feliz por estar vivo para ajuda-lo, nao queria deixar Cesar cuidar de tudo sozinho.

- Quem sabe um dia em aprendo...

Ele disse baixo e deu uma leve risada seguido de um gemido baixo por conta da dor. Cesar o ajudara a sentar na poltrona e agora falava com Miguel; seus olhos foram para Larih, ela estava desmaiada no sofá, sentia algo diferente ao olhar pra ela, se lembrava daquele olhar, sentiu raiva daquilo, ela o teria matado. Miguel se aproximou do mesmo enquanto Cesar foi para perto de Larih, ele tirou algo do bolso e o entregou.

- Pingue isso na boca, fará você ficar bom. Não a culpe não era ela.

O rapaz nao disse nada, apenas olhou para o pequeno frasco que recebera, não tinha como nao desconfiar do que aquilo faria com ele, mas nas condiçoes que estava, nao ia conseguir mais ajudar em nada; resolver colocar algumas gotas na boca e fechou os olhos com o gosto estranho.

- César... pegue isso, você deve estar precisando, acho que resolve os machucados e tudo mais.

Ele o entregou o frasco assim que Cesar veio pra perto dele; olhou pra Miguel e pra César denovo.

- Distraia-o rapidamente, por favor...

Ele disse baixo ao amigo e se levantou, não tinha percebido até então que suas dores haviam sumido, ele pôde olhar o corpo e ver que as esfoliações e machucados tambem haviam desaparecido, era como se tudo não tivesse acontecido. Ele andou um pouco pela sala e viu Cesar conversar com Miguel, ele foi até Larih rapidamente e pos a mao em seu bolso pegando a ampola novamente, ele guardou no proprio bolso e se afastou acenando com a cabeça para César. Tinha de dar um jeito de conversar com Cesar sozinho, com todos esses anjos e demonios, estava confuso em quem podia contar. Lembrou-se da situação em que estavam, Cesar e Miguel pareciam discutir algo com relação ao estado de Larih e ele nao podia se preocupar com isso naquele momento, caminhou até os dois.

- Estamos sem nada, sem comida, sem remedios, e poucas armas... bom, vou deixar vocês cuidarem da Larih, vou tentar encontrar suprimentos na cidade.

Ele bateu no ombro de Cesar o afastando um pouco de Miguel.

- Você tem algum outro carro que eu possa trazer as coisas?... não se preocupe eu vou ficar bem, e.. fique de olho, você é a unica pessoa que posso confiar agora, vê se não dá bobeira e me deixa sozinho nisso.

Ele o abraçou por breves instantes pondo uma das maos em sua nuca e com a outra em suas costas.

- Conto com você.

Rayden disse se afastando e indo pro lado de fora da casa, a arma estava em sua mão novamente e ele olhava com atenção pras calçadas, ia andando na direção da garagem, viu a caminhonete que Cesar havia mencionado e dois galoes de gasolina na lateral, ele os usou para abastecer a caminhonete o quanto pôde e entrou na mesma usando a chave para ligar. Nao demorou muito e saiu da garagem andando nao muito rapido, não queria chamar atenção de novas criaturas, mas se viessem, ele estava pronto pra elas. Enquanto dirigia pensava em seu pai, tinha crescido sabendo dos riscos que ele corria, e que podia o perder a qualquer momento, mas agora analisando, não conseguia evitar de se sentir triste por perde-lo.
O bairro de Cesar parecia mesmo um refugio, o cenario era mais tranquilo e o comercio, embora vazio estava mais preservado. Parou a caminhonete na calçada e entrou em um mercado, tinha de pegar o que conseguisse e se focou em coisas de facil acesso como biscoitos, chocolates e algumas garrafas de suco. Foi levando de pouco a pouco para a traseira da caminhonete e assim fez semelhante em uma loja de roupas.
No meio das opções viu uma jaqueta e a pôs saindo da loja e indo à caminhonete de novo. Entrou e acelerou novamente, ia voltando para o centro, precisava encontrar novamente a loja de armas, o caminho estava quieto e silencioso, os corpos começavam a ser vistos estirados no chao e a destruiçao foi tomando conta do cenario de novo; sua arma permanecia na mao, sabia que ainda devia ter alguem por ali, mas tudo estava quieto, só corpos, parou devagar a caminhonete onde tinha encontrado com Cesar e Sunny anteriormente e desceu passando pela calçada. O rapaz olhava para o chao desviando dos corpos que ali estavam, entre criaturas e humanos, muita gente havia morrido naquela cidade. No meio daquele cenario viu um rastro grande de sangue que se arrastava, não pode deixar de notar onde daria e viu um corpo na rua, era diferente, ja tinha sentido aquela sensação antes, aquele pequeno calor parecia ser uma aura; olhando bem pode ver que era Aletus, não sabia como conseguia reconhece-lo visto que sua memoria fotografica sempre fora fraca. Rayden correu até ele e se ajoelhou batendo em seu rosto algumas vezes.

- Aletus!! Aletus vamos, fale comigo...

Seus olhos viram uma lamina negra em seu peito, não queria tocar naquilo, ele olhava pros lados procurando quem poderia ter feito aquilo, não podia deixar ele ali, talvez ele poderia lhe dar alguma informação, sobre a ampola, ou sobre Murillo. O rapaz na hesitou em pega-lo no colo, tendo o cuidado de nao tocar na espada, o levou para o interior da loja e deitando sobre uma pilha de roupas jogadas. Tirou o proprio casaco e cobriu as maos.

- Vamos garoto, eu preciso de você... Aletus!

Ele o sacodiu e colocou os dedos no pescoço do garoto, logo usou o casaco para tocar a espada segurando no cabo dela, ele começou a forçar para tira-la, sentiu ela se mover muito devagar, usava toda sua força chegando a gritar um pouco.

- Vamos... vamos...

Num movimento brusco a lamina saiu do peito do garoto, Rayden caiu sentado pra tras enquanto a lamina caiu para o lado junto com o casaco, ele olhou para Aletus ofegante pensando em qual seria o proximo passo.
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Mensagem por César Nickols Qui Fev 20, 2014 5:56 pm

César Nickols
César sentiu o pânico tomar conta quando percebeu o que teria que fazer com Larih, nem homens fortes do exército aguentavam a dor, não se sentia capaz.
Miguel olhava para ele esperando uma decisão.
- Eu...eu vou precisar de pólvora...
Não conseguiu falar com confiança, o coração batendo acelerado, olhou para Larih desmaiada no sofá.
- Eu não vou conseguir...
Miguel se aproximou dele e colocou a mão em seu ombro.
- Você precisa ajuda-la, vocês já passaram e viram tanta coisa que me deixam admirado, você vai conseguir.
César piscou confuso, de repente se sentiu tranquilo, ficou olhando para Miguel, talvez fosse capaz mesmo.
- Do que você precisa?
O arcanjo perguntou de forma incisiva e tirou a mão do ombro do garoto, César se sentiu mal por um instante, como se tivessem tirado dele, balançou a cabeça tentando se concentrar.
- pólvora, alguns fósforos, algo para aplicar na ferida...
Respondeu tentando se lembrar de tudo que já tinha visto sobre isso.
- A febre está alta, um pano molhado...
Miguel confirmou com a cabeça
- Prepare tudo o que precisa, vou ajuda-lo.
Ele se afastou para falar com Rayden, César olhou para Larih outra vez, pegou sua mochila, que tinha jogado num canto da sala desde que tinha entrado e pegou uma camiseta que tinha tirado da loja, foi até o banheiro, rasgou a camiseta em tiras e umedeceu com água da torneira, voltou para a sala, Miguel havia entregado algo a Rayden, se ajoelhou ao lado de Larih e colocou uma tira molhada em sua testa, a água gelada contra sua pele quente a fez gemer baixo, mas César ficou aliviado por ela não acordar.
- César...pegue isso, você deve estar precisando, acho que resolve os machucados e tudo mais.
César se levantou do lado de Larih e pegou o frasco da mão de Rayden, deixou uma gota cair na sua língua, tinha um gosto que não sabia identificar, mas que de imediato o fez se sentir bem, olhou para o frasco curioso.
- O que tem nisso aqui?
- Distraia-o rapidamente, por favor...
Rayden falou bem baixinho, César olhou para ele sem entender, por que tinha que distrair Miguel? O que ele ia fazer? Rayden estava sério, ele não pediria isso sem um bom motivo, então resolveu fazer o que ele tinha pedido.
- Qual a composição disso?
Miguel, que avaliava Larih, se virou para ele, César mostrou o frasco.
- Isso é feito pelos anjos, você não encontra nenhum componente aqui a terra. Usamos para curar nossos irmãos em batalhas, mas uma simples gota pode curar um humano de qualquer coisa.
César olhou para o frasco, que estava na metade.
- Acha que isso ajudaria Larih?
- Isso a mataria, larih está infectada com veneno dos demônios, ela é uma simples humana, só esse fato já deveria matá-la, por algum motivo desconhecido não matou, mas se você der isso a ela, seu organismo não vai suportar.
Miguel encolheu um pouco os ombros como se pedisse desculpas por não poder ajudar, César guardou o frasco no bolso, poderia ser útil em alguma situação.
- Estamos sem nada, sem comida, sem remédios e poucas armas...bom, vou deixar vocês cuidarem de Larih, vou tentar encontrar suprimentos na cidade.
Rayden deu um tapa em seu ombro e César entendeu o sinal, foi com ele até a porta. Por que ele estava agindo de um jeito tão esquisito? Rayden perguntou sobre outro carro.
- Talvez você encontre gasolina na garagem, meu pai costumava guardar galões.
Ele olhou para o amigo.
- Não acho uma boa idéia você ir sozinho...
-...não se preocupe eu vou ficar bem, e...fique de olho, você é a única pessoa que posso confiar agora, vê se não dá bobeira e me deixa sozinho nisso.
César não entendeu o que estava acontecendo com rayden e o motivo de ele estar assim...tão desconfiado. Amber havia mandado Miguel para ajuda-los, deviam ficar mais aliviados, Rayden o abraçou.
- Conto com você.
E se afastou, César olhou ele ir embora na direção da garagem e sentiu que devia impedí-lo de ir, mas não fez nada, balançou a cabeça e voltou para dentro fechando a porta.
Miguel estava do lado de Larih, ela parecia pior, o rosto molhado de suor e a respiração difícil.
- E então?
O arcanjo perguntou sério, César sabia que tinha chegado a hora de agir, mas já tinha olhado os armários, não havia nada e Rayden ia demorar para voltar com suprimentos, talvez na casa do lado tivesse algo que pudesse usar.
- Eu preciso de algumas coisas que não temos aqui, eu vou tentar achar algo na casa do lado, leve ela para o quarto no final do corredor.
César esvaziava a mochila enquanto Miguel pegava Larih no colo com muita facilidade e sumia no corredor. César parou na porta e engatilhou a arma. Rayden já tinha ido, ele respirou fundo e saiu, atravessou o jardim e chegou até a calçada, o lugar estava deserto, parecia uma cidade fantasma, pulou a pequena cerca da entrada da casa do vizinho e foi até a porta, encostou o ouvido contra a madeira e tentou escutar alguma coisa.
Nada. Só o silêncio.
Tentou abrir a porta, mas estava trancada, não queria arrombar, contornou a casa e achou uma janela aberta nos fundos, jogou a mochila para dentro e pulou depois, com a arma em punho, mas não estava preparado para a cena que viu.
Tinha entrado numa sala, havia uma família sentada no sofá, um homem, uma mulher e uma garotinha aninhada nos braços da mulher. César congelou no lugar, olhou para eles, pareciam dormir, mas estavam imóveis de mais, se aproximou devagar, a blusa da mulher estava manchada com muito sangue, reparou que a parede atrás deles também, foi quando chegou mais perto que percebeu horrorizado o que tinha acontecido.
Havia um buraco na cabeça da criança, um buraco de bala igual ao da cabeça da mulher, o tiro fora tão próximo que o sangue havia espirrado na parede, olhou para o homem, a parte de trás da cabeça dele tinha explodido, o que o fez deduzir que o homem havia enfiado o cano da arma na boca, encontrou a arma caída ao lado do sofá, mas não teve coragem de pegá-la.
As pessoas desesperadas eram capazes de fazer qualquer coisa, César foi tomado por uma grande tristeza, ficou olhando para eles e imaginou como teria sido o fim para eles, então deu as costas e saiu da sala, querendo não imaginar se teria acontecido o mesmo a sua família. Examinou os outros cômodos, encontrou o quarto do casal e começou a fuçar nos armários, achou uma caixa simples de curativos com antissépticos, ataduras e esparadrapos, enfiou dentro da mochila, foi até o banheiro, abriu o armário, haviam alguns remédios comuns, pegou aspirina, antitérmico e remédios pra dormir.
Voltou para o quarto e achou uma caixa de costura de baixo da cama, pegou várias linhas e agulhas, deixou o quarto e foi até a cozinha, não havia muita coisa, a maioria das comidas na geladeira estava estragada, pegou algumas enlatadas, um isqueiro, velas, achou uma lanterna na dispensa e um canivete, além de uma caixa de balas escondidas numa lata.
- Hora de dar o fora...
Murmurou lembrando dos corpos na sala, voltou até o quarto do casal, pegou uma mala no guarda-roupa, abriu o armário e colocou um pouco de roupas, eles iam precisar, abriu a janela do quarto e pulou para fora, arrastando a mala e a mochila, jogou as duas por cima do muro e escalou o mesmo pulando para o seu quintal.
Entrou pela porta da cozinha e encontrou Miguel no quarto, ele tinha amarrado Larih na cama com tiras feita com o lençol.
- O que você está fazendo?
Perguntou assustado, Miguel olhou para ele.
- Ela não pode se mexer e não temos anestésicos o suficiente, temos?
César deixou as coisas no chão e se aproximou de Larih, ela parecia estar semiconsciente e isso o deixou preocupado, não queria que ela sofresse.
- Achou o que precisava?
Miguel perguntou, César tirou as velas e a caixa de balas da mochila, colocou a caixa de primeiros socorros ao lado da cama.
- Quando pesquisei sobre isso descobri que num processo de emergência soldados usavam uma mistura de parafina derretida com pólvora para cauterizar as feridas.
César foi para a cozinha e o arcanjo o acompanhou, colocou a caixa de balas na mesa e encontrou uma panela pequena no fundo de um armário, entrou a Miguel.
- Tire a pólvora das balas do por favor.
Enquanto o arcanjo fazia isso César quebrou as velas o máximo que pode e também jogou na panela, voltou até o quarto e deu uma conferida em Larih, ela parecia meio acordada, se ajoelhou ao lado dela e analisou o tamanho da ferida, estava grande, mas o que mais preocupou foram as manchas negras que se espalhavam em volta com as veias, formando uma sinistra teia, aquilo podia ser uma gangrena, se piorasse ela perderia o braço, a infecção chegaria ao coração e ela morreria. Se estivessem num hospital seria muito mais simples, haveria anestésicos, instrumentos próprios, mas alí ele não tinha nada disso.
- Queria que tivesse um meio mais fácil...
Sussurrou olhando para ela.
- Desculpe...
Se levantou e saiu, na cozinha Miguel já havia tirado pólvora de metade das balas, César achou que seria o suficiente, foi até o fogão e torceu para que funcionasse, por sorte ainda havia gás, colocou a panela e esperou que a parafina derretesse. Miguel ficou sentado na mesa. César pensou em Rayden e na desconfiança dele.
- Amber não deveria ter vindo com você?
Se viu perguntando, Miguel olhou para ele.
- O que?
- Amber...não devia ter vindo com você?
Ele olhou para César um instante antes de responder.
- Ela me pediu para vir e foi cuidar de Gabriel.
César ficou olhando para a parafina que derretia e se misturava com a pólvora, formando uma pasta escura e espeça.
- Achei que os elementais iam cuidar dele.
Comentou lembrando de Aletus.
- Foi o que Aletus disse a ela.
- Bom...ela deve ter mudado de planos, Amber e Gabriel saõ muito ligados.
A parafina e a pólvora já estavam irreconhecíveis, apenas uma pasta negra e mal cheirosa, César desligou o fogo e encontrou uma colher numa gaveta, pensando no que Miguel havia dito.
- É...estou pronto.
Miguel se levantou.
- Então é melhor fazermos isso logo.
César foi para o quarto com a impressão de que Miguel escondia algo. Assim que viu Larih quase perdeu a coragem do que estava prestes a fazer, mas Miguel estava bem atrás dele, não tinha como voltar atrás com isso. Deixou a panela ao lado da cama, Larih se mexeu um pouco e gemeu, César torceu para que o arcanjo tivesse prendido bem as amarras, pegou um antisséptico da caixa de primeiro socorros e uma das tiras feitas com a camiseta, Miguel amordaçou Larih, César olhou chocado.
- Você não vai querer ouvir...
Ele disse se afastando um pouco da cama, dando espaço para ele. César sentiu o coração a mil, queria muito que o Rayden estivesse alí ou qualquer um dos outros, não queria fazer isso sozinho, limpou a ferida com o remédio e sentiu Larih se retrair um pouco, demorou mais do que necessário limpando a ferida para adiar o pior, mas chegou a hora em que precisava fazer, pegou a colher e a pequena panela, sentou-se ao lado da cama, tentou se imaginar no hospital, fazendo aquelas cirurgias complicadas, calmo e frio, profissional, respirou fundo e aplicou a primeira dose na parte superior do machucado, no instante em que a mistura entrou em contato com a pele da ferida Larih puxou os braços com força, mas eles só se moveram um centímetro, César se concentrou apenas na ferida, tentando ignorar todo o resto, a mordaça abafou os gritos e ele ficou agradecido a Miguel por isso, se ouvisse Larih gritando não teria coragem de continuar com aquilo.
Ele aplicou outra dose e depois outra, mesmo com a mordaça dava para sentir o desespero dela, César se forçava a continuar, Miguel permaneceu afastado, o procedimento durou meia hora, Larih tentando se soltar, percebeu que ela estava chorando, sentiu um nó fechar sua garganta.
- Desculpe Larih...eu sinto muito...
Murmurava enquanto aplicava a mistura, torcendo para que ela estivesse consciente o suficiente para escutá-la.
Assim que acabou de aplicar, pegou as bandagens e fez um curativo envolvendo o ombro e parte do braço dela, prendeu com esparadrapos, a mistura iria endurecer e fazer uma proteção. Deixou a panela no chão, Larih estava muito agitada, desamarrou os pulsos dela e as pernas.
- Me perdoa...
Disse a virando na cama com cuidado, Miguel se aproximou e fez um gesto para que ele se afastasse, então segurou o rosto de Larih delicadamente nas mãos e aproximou seu rosto do ouvido dela, sussurrou algo que César não conseguiu entender, mas que de imediato deixou Larih mais relaxada, então se levantou.
- Ela vai dormir um pouco, você fez um bom trabalho.
César concordou com a cabeça, de repente se sentia muito exausto.
- Você devia descansar um pouco, ela vai ficar bem e seu amigo não deve voltar logo. Ficarei lá fora de guarda.
Miguel saiu do quarto, César olhou para Larih, ela parecia estar dormindo, pegou uma roupa na mala que tinha deixado no canto, precisava de um banho, pegou uma muda de roupa para Larih também e deixou na beira da cama, pegou a caixa de aspirina e deixou ao lado da cama para quando ela acorda-se, Larih murmurou alguma coisa baixo.
- Você vai ficar bem.
Disse para ela e lhe deu um beijo na testa, saiu do quarto e foi para o banheiro. Foi então que percebeu que uma coisa no discurso de Miguel não se encaixava, Aletus havia levado eles para a cidade e sumido com Larih, Miguel dissera que havia encontrado com ele e Amber, mas os dois tinham se separado na floresta. Ele estava mentindo. Parou na porta do banheiro e olhou para o corredor, o arcanjo devia estar do lado de fora, voltou até o quarto e pegou sua arma, foi até a cozinha e pegou algumas balas para recarregar o coldre.
- Por que a arma?
A pergunta veio tão de surpresa que César quase derrubou a arma, Miguel estava parado na entrada da cozinha olhando para ele.
- Você não ia ficar lá fora?
César perguntou e se arrependeu de ter feito isso, não devia dar motivos para acharem que estava desconfiado. Miguel olhou para ele.
- Quis fazer uma ronda primeiro, vai descansar?
- Acho melhor fazer companhia para Larih, pra quando ela acordar.
- Tudo bem, eu posso ficar com ela enquanto você descansa...
César balançou a cabeça, um pouco nervoso.
- Fico mais tranquilo sabendo que você está lá fora vendo se aquelas coisas vão atacar.
Miguel deu uma risada e se afastou da entrada da cozinha.
- Tudo bem, fique com ela, estarei lá fora.
César passou por ele ainda segurando a arma e foi até o quarto de Larih, Miguel não o seguiu, César fechou a porta assim que entrou e foi até a janela, não sabia o motivo de ficar tão em pânico, talvez Miguel tivesse apenas se enganado na hora de explicar, mas então por que Rayden teria agido daquela forma na hora de ir embora? Queria que ele voltasse logo. Ficou encostado a parede com a arma em punho.
De repente entendeu que nunca mais conseguiria se sentir seguro em lugar nenhum.
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Narrador Sex Fev 21, 2014 7:50 am

Narrador caindo de paraquedas

Miguel sentou da varanda depois da pequena conversa que tivera com César, o garoto parecia desconfiado, mas não havia muito o que ele pudesse fazer, então não era motivo de preocupação. Ficou esperando Rayden voltar, embora tivesse a nítida impressão de que ele não voltaria.
De repente a demônio de cabelos azuis apareceu ao seu lado.

- Meu mestre mandou um recado.

A expressão dela era sempre fria, como se tivesse sido congelada na mais profunda e assustadora indiferença. Miguel não olhou para ela.

- Pois diga.

- Caim levou a irmã de volta para o inferno, onde deve ficar presa até o julgamento por traição. Meu mestre ainda não pode permanecer nesse plano em definitivo e não quer você perto de mais dos humanos.

Miguel deu de ombros.

- Estou fazendo apenas o que foi combinando.

Ela continuou como se ele não tivesse dito nada.

- Meu mestre ainda quer ver do que a humana é capaz antes de levá-la e quer Aletus morto antes que o humano possa ajudá-lo.

Miguel deu um sorriso irônico.

- O que sugere Madara?

A demônio apontou para a calçada, duas criaturas surgiram, pareciam humanóides, mas eram grandes de mais, com braços musculosos, marcas negras e cicatrizes pelo corpo todo, carregavam bastões grossos e pesados, seus olhos eram completamente negros e sem expressão alguma.

- O que são essas coisas?

Miguel perguntou se levantando.

- Criações de Lilith, são padres do Vaticano, meu mestre não quis que ela usasse interferência demoníaca neles, então Lilith usou outro tipo de experiência neles, chamamos de quimeras.

Madara explicou sem mudar a expressão ou tom de voz.

- Mandei dois deles para a cidade, atrás de Aletus, caso ele ainda esteja vivo e para liquidar o humano.

Miguel continuou olhando para as criaturas, não queria chegar perto delas.

- E o que fará com esses dois?

Madara olhou para ele como se a resposta fosse óbvia.

- Meu mestre ainda quer testar a humana. Você irá encontrar o humano que Lilith está trazendo fora da cidade e vai ajudá-lo com o plano.

- Achei que ficaria aqui.

Miguel disse olhando para a demônio, ela permaneceu fria.

- Você faz o que te é ordenado.

Miguel abriu as asas sabendo que não valeria a pena discutir com ela.

- Cuidado Madara, você já tem que competir com Lilith pelo favoritismo de Lúcifer, não vai querer o mesmo com uma humana.

E voou.

Madara olhou ele voar pra longe, então voltou sua atenção para as criaturas.

- Entrem...

Ordenou, elas se moveram. Lúcifer havia dado a ordem de descartar o garoto, mas polpar a vida da humana, mas o que Miguel havia dito ficou em sua cabeça.

- Matem qualquer coisa viva que estiver na casa.

As criaturas entraram farejando, mas Madara permaneceu do lado de fora da casa.

- Vamos ver se essa humana é mesmo tão espetacular assim.

E desapareceu.


Olá meus cupcakes! (Mania de Percy Jackson hahaha)

Pra agitar um pouco as coisas resolvi aparecer no meio do jogo.

1- Pelos bons serviços postados por Rayden e César estou dando a eles um post bônus. Assim que Amber postar a parte dela vocês terão direito a mais um post antes da próxima rodada, seguindo a ordem inicial Rayden e depois César.

2 - Pela curiosidade irritante de César, ele vai levar uma surra dos monstros e vai apagar.

3 - Larih, fica a seu cargo salvar César. Te dou liberdade de criar as ações para César no seu post, desde que dentro do razoável elas não o matem.

4 - Murillo, você encontra com Miguel e dentro do que já conversamos cria seu turno.

5 - Rayden, fica a seu critério decidir se Aletus morre ou continua no jogo. Existe uma forma de salvá-lo, mas tudo tem um preço. Por hora a ambrosia que ficou com César serve para ajudá-lo a melhorar, se quiser que ele permaneça no jogo.

6 - Ainda falando com o Rayden, você tem total liberdade de criar ações para Aletus, anter do seu turno bônus eu vou postar alguma coisa sobre ele que te ajude, mas dentro do que você já sabe sobre a ampola que está com você e sobre o que leu sobre o Murillo (tirando a parte da traição), você tem como criar um diálogo. Só peço para que não invente algo que não foi tratado ainda.

7 - Dica: lágrimas de anjos originais são ótimas para curar feridas demoníacas.

8 - Larih, na casa visinha tem um carro em perfeito estado para transporte. Use com sabedoria.

9 - Lembrando que isso ainda é um turno. Voltarei a falar com vocês depois dos post bônus para a próxima etapa e espero ter surpresas boas para vocês!

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Mensagem por Larih Spencer Sáb Fev 22, 2014 9:58 pm

Larih Spencer

Larih achou que estava morrendo e queria muito que isso fosse verdade, não conseguia acreditar no que tinha feito. Como tivera coragem de querer matar Rayden? A dor que sentia era bem merecida.
Não conseguia consciente, podia ouvir vozes em volta, mas não identificava quem era, sentiu algo gelado contra sua pele quente, o que foi um alívio, soltou um gemido sentindo um calafrio percorrer seu corpo, sentiu que estava desmaiando outra vez.
Quando foi puxada de volta para consciência seu corpo doía, sentia tanto frio que teve certeza que seus dedos do pé estavam congelados, por que não podia simplesmente morrer?
Pensou em Rayden, não podia morrer antes de dizer que sentia muito, que nunca teria feito aquilo com ele, pensou em Luka, tinha falhado em salvá-lo, tinha prometido que sempre cuidaria dele, sempre daria um jeito, agora morreria sem saber se ele estava vivo ou morto.

“Me desculpe”

Pensou sentindo o seu coração afundar em tristeza, desmaiou outra vez.
Dessa vez quando acordou estava no colo de Miguel, será que nunca tinha saído do colo dele? Estava no gramado? Olhou confusa e tentou falar, mas não conseguiu, seu corpo doía de um jeito que simplesmente pensar machucava, gemeu baixinho sentindo a dor atravessar seu corpo outra vez, Miguel olhou para ela.

- Não fale.

Desmaiou outra vez.
Tentou ficar acordada, o que era quase impossível, seu corpo inteiro implorava por alívio, onde estavam os outros? Percebeu que estava deitada numa cama, podia ouvir vozes, seria Miguel? Fechou os olhos outra vez, sentiu seu braço ser puxado e algo pressionar seu pulso, aquilo doeu, tentou se soltar, mas o mesmo foi feito com seu outro braço, estava presa, quis gritar, mas a dor foi tanta que tudo o que saiu foi um baixo gemido, por um instante viu Miguel próximo à ela, foi tomada pelo pânico.
Arcanjos matavam infectados.

“Não!”

Tentou se soltar, mas a dor a obrigou a se encolher, queria gritar, saiu algo parecido com um engasgo.

- Não faça isso.

Miguel colocou a mão em sua cabeça, não soube se foi por dor oi pela fraqueza, acabou desmaiando.
Estava deitada no gramado de sua casa, de bruços, rindo com seu irmão, eles costumavam fazer isso, Luka gostava de correr pelo gramado até se cansar e então se deitava na grama úmida, a sensação era ótima, não faziam isso desde que ele tinha doze anos, quando um policial havia ligado para ela e informara sobre o acidente dos pais, naquele dia fora buscar seu irmão na escola e desde então fizera de tudo para sempre se manter longe daquelas lembranças, mas alí estavam os dois, deitados no gramado rindo, Larih não conseguia entender como tinha chegado até ali, talvez sempre estivesse ficado naquele gramado, tinha pego no sono e as coisas malucas que tinham acontecido fora apenas um sonho ruim.
Ficou deitada de bruços olhando para o irmão que ria.

- Tive um sonho muito louco.

Luka colocou a mão em suas costas.

- Não foi um sonho.

Larih sentiu primeiro a ardência e se encolheu por reflexo, mas de alguma forma seus movimentos pareciam limitados, olhou para Luka confusa, ele ficou triste.

- Sinto muito.

Não soube se foi a dor ou seu grito que a trouxe de volta para a realidade, de repente estava deitada numa cama, com o corpo preso, suas costas queimavam absurdamente, seu grito ficou engasgado com algo que estava em sua boca, a dor que vinha a deixou perdida, sentiu que ia desmaiar outra vez, ouviu uma voz próximo a ela, mas não conseguia identificar quem era, seu corpo se contorcia de dor por conta própria, seus pulsos doíam. Miguel a estava torturando antes de mata-la, começou a chorar, não era assim que queria morrer, não com tanta dor.

- Desculpe Larih...eu sinto muito...

Identificou a voz de César, ele estava ajudando Miguel? Por que não estaria? Havia tentando matar Rayden, tinha deixado que aquela coisa tomasse conta dela, era fraca, precisava ser morta. A dor queimou por suas costas, se espalhando pelo resto do seu corpo, havia algo no fundo que implorava para que não a matassem e era isso que a fazia seu corpo lutar contra o que estavam fazendo.
De repente seus pulsos ficaram livres e ela conseguiu se mexer, assim que foi tirado o que estava em sua boca começou a gritar e a chorar, alguém a segurava pelos ombros e a virava na cama, ela tentou se soltar dele.

- Me solte!

Gritou, não queria morrer, viu que era César quem a segurava.

- Me perdoa...

Não queria ouvir o que ele estava dizendo, queria matá-la junto com Miguel.

- Me deixe em paz!

De repente Miguel estava lá, segurando seu rosto com delicadeza, mas ao mesmo tempo firme, segurou os braços dele tentando se afastar, mas ele continuou a segurá-la, queria se afastar de tudo, queria ficar longe das dores, de todos eles.

- Só me escute...

Miguel sussurrou em seu ouvido, mas ela não queria escutar, tentou empurrá-lo chorando, mas ele não se moveu.

- Se acalme, feche os olhos, respire fundo...

A voz dele entrou em sua mente e se fixou lá, Larih tentou resistir, mas ele continuou sussurrando em seu ouvido, até que finalmente ela se acalmou , soltou os braços dele e desacelerou a respiração, tentou ficar acordada, Miguel se afastou, sua vista ficou um pouco embaçada e fechou os olhos.
Estava quase pegando no sono, podia ouvir César andando pelo quarto e com o pouco de consciência que restava pensou onde estariam os outros, então sussurrou.

- Cadê o Rayden...

E pegou no sono.
Foi a primeira vez que conseguiu dormir tranquila, quando acordou seu corpo parecia meio dormente, se virou um pouco na cama e sentiu o ombro rígido, sentiu que havia algo atado a ele, passou a mão por ele e sentiu a atadura de pano.

- Não tire isso okay?

Larih viu César no canto do quarto e se encolheu um pouco.

- Eu...sinto muito...

César se desencostou da parede e foi até a beira da cama, pegou um frasco de aspirina.

- Tome isso, é pra febre.


Larih pegou dois comprimidos e os engoliu sem água, estava com medo de perguntar onde estavam os outros, medo da resposta que iria obter, ficou olhando para César, ele parecia um pouco cauteloso, se sentiu triste e desviou o rosto, sentia uma queimação incomoda no ombro enfaixado e se lembrou  de quanta dor tinha sentido, achava que Miguel a estava torturando antes de matá-la.

- O que houve?

Perguntou colocando a mão no ombro outra vez. César ficou tenso por um instante e olhou para janela.

- Quando Miguel nos encontrou você estava...ficando pior...ele nos deu uma alternativa para te ajudar, teria sido mais simples num hospital, mas aqui eu não tinha como fazer...

Larih ergueu a mão para pedir para ele parar.

- Não precisa falar mais nada...

César se levantou da cama e foi até a janela outra vez, parecia inquieto, ela reparou que ele estava com a arma na mão, ficou preocupada, o que estava acontecendo? Onde estavam Murillo e Sunny? Será que Rayden estava ferido em outro quarto e César fora o escolhido para contê-la caso fosse necessário?

- César o que aconteceu? Por que está com a arma? Cadê os outros?

César olhou preocupado para ela.

- Larih isso é complicado, os outros não estão aqui...

Larih arregalou os olhos assustada.

- Não estão? Como assim? Rayden, ele...

César virou para a janela.

- Rayden foi para a cidade atrás de suprimentos, ele está bem, os outros sumiram...

Eles ouviram um barulho no corredor, como se algo tivesse batido contra a parede, Larih se lembrou de Miguel, ele ainda estava com eles, isso a deixou mais tranquila, mas não pareceu surtir o mesmo efeito em César, ele engatilhou a arma e se aproximou da morta tenso.

- César...

Larih se viu sussurrando sem perceber, também ficando tensa.

- O que foi?

Ele fez um sinal para que ela ficasse em silêncio, eles ouviram outra batida contra a parede e algo caiu no chão se quebrando, Larih se sentou na cama, César se aproximou da porta bem devagar, com a arma preparada, esticou a outra mão na direção da maçaneta, então a porta explodiu de uma vez, fazendo voar pedaços de madeiras para todo lado, Larih pulou pra trás da cama por reflexo gritando, César não teve tempo de reagir, duas mãos enormes o agarraram e puxaram para fora do quarto.

- César!

Larih gritou se levantando, uma criatura entrou no quarto, era enorme, com cicatrizes e olhos negros, a cama ficou entre eles, Larih foi andando de costas bem devagar até a parede, o monstro ficou parado, acompanhando os movimentos dela com os olhos se expressão, ela tentou manter a calma, não sabia onde César tinha ido parar.
A criatura ergueu a arma que tinha na mão e gritou vindo na direção dela com violência, Larih gritou e se jogou pro lado no momento em que o bastão atravessou a parede no lugar em que ela estava, Larih rolou pelo chão e se levantou sentindo uma pontada de dor no ombro, a criatura tentava soltar o bastão preso ao buraco da parede, num movimento brusco puxando com força levou parte da parede junto, voando concreto, Larih correu pra fora gritando.

- César! César!

Se chocou contra algo  duro e caiu no chão sem equilíbrio, era outra daquelas criaturas, estava de costas para ela, se virou e Larih viu que ele estava com César sendo segurado pelo pescoço, ela olhou para o amigo, ele tentou esticar a mão na direção dela.

- Corre...

A criatura atirou César contra parede, ele bateu o corpo contra o concreto e caiu mole no chão, então o monstro foi pra cima de Larih e ela correu a outra criatura saiu do quarto e as duas trombaram, se jogando uma contra a outra na parede, Larih saiu do corredor e entrou na cozinha, olhou em volta, onde estaria Miguel? Ele não tinha que cuidar deles? Os dois monstros vinham com toda força, destruindo tudo, um deles entrou na cozinha levando com ele parte da entrada do cômodo, Larih correu pra porta que dava pro quintal, mas foi acertada pelo bastão e foi arremessada para a grama do quintal, caiu com força contra o chão batendo o rosto, sentiu um movimento atrás dela e girou no chão, o bastão passou a centímetros do seu corpo, foi puxada pela perna esquerda e erguida de ponta cabeça pela outra criatura, por reflexo acertou o outro pé contra o rosto dele, ele a soltou no mesmo instante em que a outra criatura acertava seu bastão contra Larih, ela caiu de volta no chão e o bastão passou reto por ela indo acertar a barriga da criatura.
Larih acertou o ombro machucado contra o chão e gritou de dor, as duas criaturas se enfrentaram um instante por causa da paulada, tempo suficiente para Larih se levantar e correr sem ser percebida, voltou para dentro de casa e encontrou César ainda caído no chão, no mesmo lugar.

- César levanta.

Disse virando ele de costas para baixo, tinha um corte fundo na testa, encostou o ouvido contra o peito dele, podia ouvir o coração batendo e ficou aliviada, balançou ele pelos ombros tentando acordá-lo.

- Vamos lá César, eu preciso que você acorde.

Ouviu um barulho alto de coisas se quebrando na cozinha e logo uma das criaturas apareceu no corredor, Larih tentou puxar César, mas seu ombro doeu, não ia conseguir, a criatura ergueu o bastão e veio para cima deles urrando, a primeira coisa que Larih viu foi a arma caída ao lado de César, pegou sem pensar e atirou contra a criatura repetidamente gritando. O monstro despencou próximo a eles e ficou caído tendo leves espamos, Larih continuou com a arma mirando para a criatura esperando que ela leventa-se para atacar a qualquer momento, mas ela continuou caída, uma poça de sangue começou a se formar em volta dela, só então Larih baixou a arma e se levantou do chão, pegou César pelo braço e começou a puxá-lo para dentro do quarto, precisava se esconder antes que a outra criatura viesse, estava fraca por causa da ferida e quando conseguiu colocar o amigo para dentro do quarto já mal conseguia ficar em pé, parou respirando fundo, achou que fosse desmaiar, se apoiou na beira do que restava da cama sentindo o quarto girar por um instante.
Aquilo não era hora de desmaiar, balançou a cabeça e pensou no que faria em seguida. Foi agarrada por trás e puxada para fora do quarto com violência, tinha esquecido do buraco que a outra criatura tinha feito quando a atacara no quarto, a que restara viva a tinha puxado com força, se viu voando junto com concreto e poeira e foi jogada contra a cerca, bateu contra a madeira sentindo o mundo balançar e foi ao chão sentindo tudo escurecer a sua volta por um instante, ouviu a criatura rosnar e se esforçou para levantar do chão, tinha perdido a arma, ficou contra a cerca se sustentando nela, a criatura veio na sua direção arrastando o bastão, com a mesma expressão vazia.
Larih tentou controlar a respiração e permaneceu imóvel o máximo de tempo que conseguiu, quando a criatura atacou ela correu, ouviu um barulho de pancada alto e madeira voou para todos os lados, a criatura correu atrás dela enquanto Larih contornava a casa, ela vinha atrás destruindo tudo com o seu bastão tentando acertá-la, de repente se viu na rua, não teve um segundo para pensar pra que lado iria, correu para a esquerda, o mesmo sentido em que os carros estavam estacionados, o monstro veio atrás acertando qualquer coisa que tivesse ao seu alcance, ali era um alvo fácil, pulou uma cerca pequena e correu pra dentro da primeira casa que viu a porta aberta, passou pela sala como um raio e entrou num outro cômodo, parecia um quarto, ouviu a criatura bater contra a porta tentando entrar, Larih olhou em volta em pânico, procurando algo para se defender, ouviu um rosnado e o barulho de concreto quebrando. Havia um guarda roupa, percebeu um brilho metálico em cima do guarda-roupa num canto, ficou na ponta dos pés e puxou, tinham esquecido uma espingarda ali, a casa inteira tremeu quando a criatura conseguiu entrar, Larih verificou se a arma estava carregada, dois cartuchos, voltou para o corredor, a criatura avançava batendo em tudo com o bastão, viu Larih no corredor e rosnou furiosa.

- Você está me procurando?

Gritou irritada erguendo a espingarda, a criatura veio para cima dela.

- Volte pro inferno!

Gritou atirando, a cabeça da criatura explodiu e o corpo caiu no chão. Larih ficou parada, com a respiração acelerada, olhando o monstro caído no chão, largou a espingarda e se apoiou na parede sentindo as costelas doerem, passou o braço do lado do corpo se encolhendo um pouco, seu ombro estava doendo, mas não queimava, percebeu que estava chorando, endireitou o corpo e tratou de sair daquela casa, voltou pra calçada e olhou em volta, estava sozinha com César inconsciente, Miguel havia sumido, foi mancando pela calçada até voltar a casa deles, precisava dar um jeito de sair dalí de algum jeito, parou na frente da casa ao lado da de César, tinha um carro na garagem, a casa parecia vazia e a porta estava destrancada, o carro parecia em bom estado, entrou na casa e por sua sorte viu a chave na estante, pegou e saiu, entrou no carro, colocou a chave na ignição e ouviu o barulho do motor quando ligou o carro, ficou aliviada em ouvir aquele barulho e deu um sorriso, desceu com o carro da garagem e foi pela rua em ponto morto até a frente da casa de César.
Correu para dentro da casa.

- César?

Chamou correndo pela casa, foi pro corredor, passou pelo corpo da outra criatura morta e entrou no quarto, ele estava deitado no lugar em que ela tinha deixado, se ajoelhou ao lado dele dando alguns tapinhas no seu rosto.

- César acorde, por favor.

César deu um gemido e abriu os olhos.

- Anotou a placa?

Larih riu e limpou o sangue da testa dele.

- Vamos sair daqui.

Larih se levantou sentindo as costelas reclamarem, César se colocou em pé meio tonto, com a mão na testa, os dois saíram do quarto, César olhou para a criatura morta no corredor e ficou surpreso.

- Foi você?

- Bom...você não estava nas melhores condições...

Ela comentou, César deu uma risada, fez uma careta e se encostou na parede, Larih tentou ampará-lo.

- Calma ai...

- Vou sobreviver...

Ele murmurou, Larih o ajudou a sair de casa, tentando não cair no processo, precisava dar uma olhada nas costelas depois, talvez tivesse fraturado alguma, mas pensando no que tinha enfrentado estava com sorte. Chegaram ao carro, os joelhos de César cederam e Larih não conseguiu segurá-lo, se colocou contra o carro com ele, César se apoiou na porta.

- Esse me pegou de jeito.

Disse apertando a mão contra a testa, Larih ajudou ele a entrar no carro, deu a volta e entrou no banco do motorista.

- Pra onde vamos?

César perguntou encostando a cabeça e fechando os olhos.

- Pra cidade...você disse que Rayden foi para lá...

Ele confirmou com a cabeça, Larih ligou o carro e foi em direção a cidade, pediu a César que a ajuda-se com o caminho de volta, numa forma de fazê-lo ficar acordado também.

- Vamos lá César, me ajude com isso ai.

Eles voltaram até a cidade, Larih começou a ver a destruição que ia tomando conta do cenário, haviam corpos no chão, ficou assustada, não se lembrava de nada daquilo quando tinham saído daqui, lembrava apenas dos mortos andando pela cidade e de como ela havia colocado fogo neles, passou pelo posto de gasolina , tentando se lembrar do caminho que tinha feito de moto, parou numa avenida onde ficava impossível de continuar de carro, olhou para César, ele parecia estar dormindo, ela o cutucou.

- César...

Ele não respondeu, nem reagiu, Larih entrou em pânico e o balançou um pouco mais.

- César! Não faça isso comigo!

Ela desceu do carro e correu até a porta dele, abriu e o puxou pra fora, colocou ele deitado no chão e olhou em volta, não sabia o que fazer. Tentou arrastá-lo segurando pelos ombros, mas ele era pesado de mais para ela e com as costelas machucadas aquilo ficava mais difícil. Lembrou que Rayden tinha vindo para cidade, mas não o tinha visto.

- Rayden!

Gritou colocando César deitado de volta no chão, sem se importar se mais alguém ou alguma coisa fosse ouvir.

- Rayden cadê você?
Larih Spencer
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Murillo Assassyh Ter Fev 25, 2014 12:07 am

Murillo Assassyh

Murillo permaneceu encostado a grade da cela em silêncio, não sabia dizer quanto tempo ficou ali, não vira ou ouvira sua filha e isso o deixava louco, tinha medo do que podiam estar fazendo com ela, mesmo com ele tendo dito que os ajudaria, sabia que não podia confiar neles. Os outros dois prisioneiros permaneceram no fundo da cela.

- Por que querem que suba?

O velho perguntou, Murillo continuou encostado a grade, olhando para o corredor escuro. Não queria conversar, mas ele insistiu.

- O que tem lá em cima?

Murillo pressionou a testa contra a grade de ferro fria e suspirou.

- Uma garota do meu grupo, está infectada com alguma doença deles.

Podia não gostar muito de Larih, ela já tinha tentando estourar seus miolos com uma arma, mas isso não significava que queria vê-la nas mãos dessas criaturas, iriam usá-la igual tinham usado Natasha.

- E você vai ajuda-los?

Havia uma acusação na voz do velho que fez com que Murillo virasse para olhá-lo com raiva.

- O que quer que eu faça?

Sentiu vontade de pegar a cabeça do velho e soca-la contra a parede, o garoto percebeu a tensão entre eles e interveio.

- Pare Donovan, eles estão com a filha dele.

Aquele nome chamou a atenção de Murillo.

- Donovan? Algo com Rayden Donovan?

A expressão do velho de repente empalideceu e ficou tensa, com os olhos arregalados como se tivesse sido apunhalado.

- Conhece meu filho? Ele está vivo?

Murillo sentiu pena do velho, não tinha lhe ocorrido ainda que não era só ele que tinha uma família para cuidar ou se preocupar, todos ali deviam ter alguém, alguém que não viam desde que tinha sido trazidos para aquele lugar, não tinham como saber se estavam vivos ou mortos. Pensou em quando tinha visto Rayden pela última vez, atacado pela criatura que tinha sido Natasha, nem ele sabia dizer se estava vivo. Mas olhando a expressão do velho sabia que não podia contar isso a ele.

- Está, ele está vivo.

Donovan ficou aliviado e se encostou a parede novamente, Murillo olhou para o garoto que deu um pequeno sorriso de agradecimento a ele. Ainda tinha a sensação de que ele era familiar de alguma forma, a cor dos olhos e as feições, já tinha visto antes.

- Aliás, sou Murillo Assassyh.


O garoto confirmou com a cabeça.

- Luka Spencer.

Aquilo foi como um soco no seu estômago, de repente entendeu de onde vinha aquela impressão de conhecimento. Ele era irmão de Larih, os mesmos olhos verdes, olhar para ele era quase como olhar para ela. O garoto ficou assustado com o jeito que Murillo olhou para ele.

- Está tudo bem? O que aconteceu?

Murillo não podia contar a ele o que ia fazer, que ia entregar a irmã dele aquelas criaturas. Luka ficou confuso. Murillo sabia que o mais certo era que ele soubesse sobre Larih, mas assim que conta-se a ele não teria mais coragem de arrastar Larih pra aquele lugar.
De repente Lilith e Caim apareceram no corrador, em frente a cela, Luka se colocou contra a parede no susto, Murillo se virou para os dois, Lilith sorriu.

- Está pronto para ir?

Caim abriu a cela e fez um sinal com a cabeça para que ele saísse de uma vez, Murillo se colocou em pé e saiu, deu uma olhada por cima do ombro enquanto a cela era fechada outra vez, Luka ainda olhava para ele.

- Sinto muito garoto.

Disse e foi escoltado pelos dois demônios pelo corredor. Passaram por várias celas onde conseguiu ver que havia muito mais gente do que tinha imaginado, podia ouvir gente chorando, pessoas deitadas no fundo das celas, alguns pareciam machucados, outros imóveis de mais para estarem vivos.

- Vamos deixar você a beira da cidade, vão encontra-lo lá.

- Quem vai me encontrar?

Murillo perguntou tentando não olhar para as celas.

- Não se preocupe com isso, ele vai encontra-lo, é tudo o que você precisa saber.

Eles chegaram ao final do corredor e foram por uma passagem estreita que dava numa sala maior, haviam correntes presas as paredes, no fundo da sala Murillo avistou uma garotinha, devia ter no máximo dez anos, pálida e assustada, os braços presos á cima da cabeça com as correntes projetadas para um adulto, os pés mal tocando os chãos, os pulsos cortados, sangue escorrendo pelos braços, ela ergueu a cabeça quando eles entraram e de repente pareceu ficar menor do que já era.

- O que é isso?

Murillo deixou escapar. Caim foi até a garota, que se encostou mais contra a parede quando ele se aproximou, ele soltou as correntes e ela caiu de joelhos no chão, fraca.

- Lembra-se do elemental que levou vocês até Jericoh?

Caim perguntou erguendo a garotinha do chão pelo braço, ela choramingou de dor e não conseguiu manter os pés firmes, então foi arrastada até o centro da sala, ele a largou no chão. Murillo lembrou do garotinho que os tinha ajudado. Lilith o levou pelo braço até a criança.

- Eles são chamados de elementais, cada um com o seu dom e essa aqui...

Caim a obrigou a ficar de pé e ela não pode fazer nada a não ser obedecer.

- É sua passagem para cima.

Murillo ficou de frente para a garotinha, que o olhava assustado.

- Eles mataram meu irmão, me trouxeram pra cá...

Ela disse chorando, Caim a empurrou, Murillo a segurou para que não caísse no chão.

- Ela é só uma criança.

- Lembre-se que você também tem uma criança aqui.

Lilith disse a ele, puxando a garotinha para que ficasse direito e estendesse os braços. Olhou para Murillo.

- E se quiser vê-la outra vez é melhor fazer exatamente o que nós mandamos.

A garotinha segurou nos braços dele e tudo ficou a sua volta pareceu ficar borrado, como se uma fumaça escura fosse se envolvendo a volta dele, a última coisa que viu foram os olhos tristes e quase sem vida. Então tudo escureceu.
Quando a sensação de vertigem passou e a fumaça negra se dissipou a sua volta, Murillo se viu em frente a uma igreja já meio consumida pelas chamas, viu uma cruz em frente a igreja e algo preso a ela, um anjo de asas brancas, ele tinha os braços abertos e a cabeça caída entre os ombros. Murillo ficou olhando para ele com uma certa admiração e só então percebeu que havia outro, de pé, ao lado da cruz, olhando para ele.

- Eles enviaram você?

Perguntou a Murillo.

- Achei que os de asas brancas eram os bonzinhos.

Ele disse olhando para o outro anjo, que apenas deu de ombros sem se importar com o comentário.

- Não existem pessoas boas em nenhum dos lados.

Então andou pela rua, descendo para longe da igreja e Murillo o acompanhou.

- Qual o seu papel nisso tudo?

- Vou apenas leva-lo até o grupo e dizer que consegui te resgatar antes que te levassem.

O anjo respondeu sem olhar para ele, continuou descendo a rua em direção a cidade, Murillo resolveu ficar em silêncio e apenas o acompanhou. A cidade ia tomando forma a volta deles, destruída e com seus corpos no chão.

- Tome.

O anjo estendeu uma arma para ele e Murillo olhou surpreso.

- Vocês, humanos, precisam dessas coisas.


Entregou também uma mochila velha, que Murillo colocou nos ombros, guardou a arma na cintura.

- E vocês, anjos, precisam do que?


Perguntou com um pouco de ironia na voz, o anjo apenas continuou olhando para ele com a mesma expressão, então deu de ombros e voltou a andar, Murillo voltou a seguí-lo. Era hora de seguir com o plano.
Logo Luka reencontraria a irmã.
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Amber Ludovick Ter Fev 25, 2014 3:54 pm

Amber Ludovick

Amber não esperava pela traição de Miguel, a única pessoa em que esperava poder confiar havia lhe entregado para os inimigos. Presa nas garras de Caim, pensava no que fariam com ela.
Quando recobrou a consciência estava presa, os braços esticados presos a parede com correntes apertadas, seu corpo doendo, Caim estava parado a sua frente, sorrindo. Amber olhou para ele e não disse nada, não tinha muito o que dizer a ele.
- Oi irmãzinha.
Amber desviou o rosto, seu pescoço doeu, os ombros rígidos por causa dos braços presos, Caim deu uma pequena risada.
- Achou que iam te proteger de nós? Que conseguiria ficar longe?
- Pronto, já estou aqui.
Ela disse olhando para o lado, num tom seco, Caim agarrou o rosto dela com a mão e a obrigou a olhar para ele, as correntes em seus pulsos ficaram mais apertadas, sentiu a pele esfolada.
- Isso não é o suficiente.
A mão dele apertou contra seu maxilar, achou que fosse quebra-lo.
- Você ainda vai sentir muita dor até se arrepender de ter ido embora aqui.
Amber fechou os olhos por reflexo sentindo a dor em seu rosto, mas não disse nada, Caim bateu sua cabeça contra a parede, ela ficou desnorteada por um instante.
-  Não vou matar você, não ainda.
As correntes foram soltas de seus pulsos e Caim apertou seu pescoço contra a parede, por reflexo, assim que seus braços foram soltos, acertou os pulsos contra os lados da cabeça de Caim, ele se desequilibrou por um instante, o suficiente pra afrouxar um pouco o aperto contra o seu pescoço, segurou Caim pelos ombros e acertou os dois pés contra o seu peito, ele caiu para trás e Amber conseguiu se colocar em pé, sentiu a dor na perna machucada quando a colocou contra o chão e caiu de joelhos de dor.
Caim se levantou e acertou um soco contra o rosto de Amber, ela deslizou pelo chão e foi bater contra outra parede.
- Eu vou matar cada um dos que você tentou proteger e vou te fazer assistir cada morte.
Ele pisou nas costas dela, suas asas se abriram, ela tentou se livrar dele, mas recebeu um chute contra o rosto e ficou desnorteada outra vez, sentiu o gosto de sangue na boca e tossiu, Caim segurou uma de suas asas.
- E depois de te deixar ver a morte de cada um deles, você vai implorar pela sua.
Uma lâmina negra apareceu em sua mão e num único golpe cortou a asa de Amber, ela não conseguiu acreditar na dor que se espalhou por seu corpo, deu um berro desesperado. Caim apoiou os dois pés contra as costas dela e riu segurando sua outra asa, Amber continuou gritando e quando ele cortou sua outra asa achou que perderia os sentidos.
- Você nos traiu, traiu a mim.
Ele disse riscando as costas dela com a ponta da lâmina, o chão a volta deles já estava ensopado de sangue, suas asas haviam se tornado cinzas no momento em que foram cortadas, Caim fez a lâmina desaparecer e puxou Amber pelos cabelos da nuca a obrigando a se sentar, segurou o rosto dela com as mãos, ela tentou ficar com os olhos abertos e olhar com firmeza para ele, mas continuava perdendo sangue, ele riu.
- Aletus morreu por sua culpa e os outros também vão morrer.
Ele a levantou do chão.
- Eu vou trazer aquela garota infectada para cá e vou usá-la contra os seus queridos companheiros lá de cima.
Ele acertou um chute contra o estômago dela, Amber voou para o outro lado da sala, bateu contra a parede e caiu no chão, ela ficou caída sem forças para se levantar, Caim segurou seu braço e a arrastou para fora da sala, estavam num corredor, ela tentou se soltar, mas ele girou seu braço com força, ouviu o estalo do osso quebrando e Amber gritou de dor, o corredor tinha celas dos dois lados, a agitação chamou a atenção das pessoas que estavam presas. Caim parou em frente a uma cela vazia com a grade aberta e a jogou para dentro, Amber rolou pelo chão e ficou encolhida segurando o braço quebrado, olhou para o irmão, ele fechou a grade.
- Espero que goste de sua estadia aqui, ela vai ser bem longa.
E saiu pelo corredor. Amber ficou deitada no chão, fechou os olhos e desejou poder morrer naquele instante.
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Narrador Ter Fev 25, 2014 4:44 pm

Narrador

Olá, como prometido, antes dos post bônus eu voltaria a entrar em contato com vocês. Vamos lá Rayden, vou ajudar você.

Aletus esperava a morte chegar caído ali, sentia a vida ir se esvaindo lentamente, sabia o que acontecia aos anjos mortos por uma lâmina amaldiçoada, eles se tornavam almas perdidas, levadas para o inferno onde usariam sua alma como bem quisessem.
Seria usado contra seus próprios irmãos.
Sua própria família.
De repente sentiu um tapa contra seu rosto e retornou a consciência.

- Aletus!! Aletus vamos, fale comigo...

Seu corpo voltou a doer, queimar lá no fundo, alguém estava tentando trazê-lo de volta, mas ele não tinha forças o suficiente para isso, deviam deixa-lo morrer, não havia mais o que ser feito.

- Vamos garoto, eu preciso de você...Aletus!

Sentiu seu corpo ser sacudido e lutou para tentar ficar acordado, mas nem conseguia abrir os olhos, talvez morrer fosse o melhor afinal. Então sentiu uma dor rasgar seu peito e um gosto de sangue invadiu sua boca, engasgou. Então a dor parou, de repente já não sentia mais a dor da lâmina, sentiu um pouco mais de força.
Não conseguiu respirar fundo sem sentir dor, mas conseguiu abrir os olhos, não estava mais na rua, estava deitado em cima de algo macio, virou um pouco a cabeça tentando se situar de onde estava, viu a lâmina negra no chão, ainda podia sentir o gosto de sangue na boca, havia uma pessoa sentada no chão, reconheceu como um dos humanos do grupo que tinha salvo, agora ele havia retribuído.
Piscou tentando clarear um pouco as idéias. Mas quando tentou falar começou a tossir sangue e voltou a ficar deitado, com as mãos contra o peito, aquela dor infectando por dentro. Sabia que Madara ou Caim voltariam em algum momento para a cidade atrás dele e encontrariam o humano, ele precisava ir.

- Eles vão voltar.


Disse em meio a crise de tosse.
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Rayden Donovan Ter Fev 25, 2014 8:59 pm

Rayden Donovan

A situação estava ficando complicada, com muito esforço tinha tirado a lamina do peito de Aletus, mas ele se engasgava em sangue, não sabia muito o que fazer, como Cesar fazia falta naquele momento para dizer o que ele podia fazer para ajudar.

- Eles vão voltar...

Aletus disse em meio à crise de tosse, Rayden se pos perto dele e segurou em suas costas o sentando para evitar que o mesmo engasgasse.

- Não fale nada... você não morreu até agora, então não vá morrer nesse momento.

Rayden olhou em volta, seriam encontrados facilmente com aquele rastro de sangue de Aletus, ele pegou uma blusa das que estavam no chão e colocou no garoto o envolvendo e pegou o mesmo no colo. Ele olhou em volta, pensando pra onde podia levar o garoto. Saiu com ele da loja de roupas olhando em volta, não havia ninguem então correu com ele nos braços virando a esquina, o olhou enquanto corria, o garoto tentava se manter acordado a todo custo, sua boca estava cheia de sangue e ele nao se mexia, parecia sentir dor, Rayden olhou nos olhos do mesmo pedindo que ele aguentasse e continuou correndo olhando em volta, encontrou uma loja de conveniencia e entrou com o mesmo lá, o levou ate o fundo o entrando num pequeno cômodo onde guardavam os materiais de limpeza da propria loja. Rayden o sentou no chão ficando de joelhos e apoiando a mao nas costas dele.

- Não sei quanto tempo temos, então preciso que me responda algumas coisas, se não conseguir falar, apenas acene com a cabeça por favor.

Rayden tirou a ampola do bolso da calça e põe na frente do rosto dele.

- Larih surtou por conta do vírus, acabei sendo vítima dela, mas consegui encontrar isso no bolso dela, não sei onde ela conseguiu isso mas eu tenho medo de que serventia isso teria. Pode dar uma olhada?

Ele ficou segurando a ampola enquanto Aletus olhava com atenção a medida que conseguia; Rayden olhou um pouco pra entrada da loja e voltou a olhar pra Aletus.

- Isso é algo feito por anjos?

Aletus acenou negativamente com a cabeça e suspirou tossindo um pouco confirmando a suspeita do rapaz, Larih tinha conseguido aquilo com algum demônio, mas quando? Talvez quando foram levados pra Jericoh e ela simplesmente sumiu. Aletus suspirou.

- Isso parece... algum outro virus, ou antidoto... mas não sei que efeitos...

Ele voltou a tossir e Rayden pediu que ele parasse já entendendo o que ele queria dizer, colocou a ampola no bolso de novo.

- Miguel ficou com César, eles iam fazer algo com a ferida da Larih, mas tem algo estranho, não sei dizer o que é... Você está sozinho, onde estão Gabriel? ou aquela das asas negras?

O garoto acenou a cabeça negativamente respirando pesado, logo ele parou, olhava pros lados preocupado, ele forçou pra dizer algo.

- Tem algo... ruim vindo... esta perto.

Rayden o deitou no chão olhando pra entrada da loja, ele olhou pra Aletus.

- Por favor, aguente, tente não tossir, vou deixar você aqui e ver o que esta vindo...

O garoto olhou arregalando os olhos mas não tivera tempo de dizer mais nada, Rayden fechou a porta do cômodo e se escondeu atras do balcão da loja. Um barulho era ouvido, pareciam passos grandes e pesados, era descompensado, logo notou que era mais de uma criatura, ele tirou a arma do bolso, sentiu o suor escorrer por seu rosto. Logo as criaturas entraram na loja, Rayden viu de relance se abaixando denovo, eram enormes, e diferentes de tudo o que tinha visto até então. Ouviu os passos no interior da loja, tinha de ficar atento, não podia deixar que encontrassem Aletus; a loja era grande e as criaturas se separaram andando por ela, o rapaz tentava controlar sua respiração e seu nervosismo quando viu uma das criaturas se aproximar do balcão o encontrando, ela o olhou, seu olhar era gelido, sem expressão, Rayden arregalou os olhos se arrastando pra tras e apontou a arma atirando em seu ombro e a criatura bateu o bastao que carregava com força no balcão quebrando parte dele. Rayden tentou correr e subiu na lateral do balcão para pular mas a criatura agarrou em seu tornozelo e o girou no alto uma vez, era muito forte e o jogou contra varias prateleiras de alimentos fazendo ele quebra-las e cair junto com várias latas. Estava tão nervoso que mal percebeu que perdera a arma ao ser jogado; se sentiu desnorteado e olhou  a criatura correndo em sua direção derrubando tudo a sua volta, o rapaz se levantou desesperado correndo derrubando algumas coisas pelo caminho. Enquanto corria de uma, a outra criatura andava pela loja, parecia estar procurando por Aletus, Rayden corria quando sentiu por pouco o bastão nao o atingir pelas costas, mas o impacto era tão grande no chão que ele era lançado escorregando pelo chão liso da loja. A criatura o alcançou o levantando pelo pescoço, Rayden olhou para ela segurando com as duas mãos no punho dela, olhou em seus olhos e lembrou-se de Larih, era a mesma forma com que ela tinha o segurado; o rapaz fez uma expressao de raiva enquanto era sufocado e enfiou uma das maos no olho da criatura apertando com muita força, ela soltou um urro grande o soltando juntamente com o bastão na outra mão, Rayden pegou o bastão, não acreditava como aquilo era pesado e a segurou com as duas maos.

- Maldita..

Disse usando toda sua força e girando o corpo com o bastão na mão fazendo este bater com força no rosto da criatura que cambaleou pro lado, ele soltou o bastão e tirou a camisa  a esticando como uma pequena corda e pulou nas costas da criatura apertando a camisa no pescoço dela, ele a puxou pra tras com toda sua força, gritava algumas vezes com a força que estava usando e chutou as costas dela diversas vezes em pontos estrategicos, ouviu um estalo e a criatura caiu urrando, ele a soltou se afastando e olhando pra todos os lados, precisava achar algo pra acabar com aquilo, avistou algo e correu.

- Vamos...

Aletus tentava se sentar no cômodo, queria ajudar de alguma forma mas aquela dor não o deixava, seu corpo não o obedecia, ele viu a maçaneta abrir e suspirou porque Rayden tinha voltado pra leva-lo, mas a porta fora arrancada e o garoto pôde ver a criatura com o bastão na mão o olhando; a mão do ser fora erguida com o bastão, Aletus a olhava expressando o susto com os olhos, não tinha como reagir. A criatura soltou um rugido mas parou olhando pro proprio corpo, Aletus pode ver algo atravessar o peito da criatura, logo a arma improvisada era arrancada do corpo da criatura que caiu ajoelhada, Aletus olhava com os olhos arregalados e pôde ver Rayden com uma pá na mão, ele estava sem camisa e meio sujo de sangue, estava com uma expressao de dor e muito ofegante, o rapaz girou a pá batendo na horizontal no pescoço da criatura a decaptando e olhou pra Aletus soltando a pá, o corpo ja imovel da criatura caía pro lado e uma poça de sangue se espalhava, Rayden entrou no comodo e pegou o garoto com um pouco mais de dificuldade, Aletus olhava sem entender como um humano poderia ter dado cabo daquilo, eles deviam ser bons para estarem vivos até agora. Rayden andou com o mesmo e o pôs em cima do balcão e se abaixou pegando a arma e pondo no bolso novamente, pegou o garoto uma outra vez e saiu andando da loja, tinha de voltar ao carro e retornar à casa de Cesar, mas não conseguia mais correr, apenas andava com o garoto pela calçada, Aletus estava fraco mas se mantinha consciente, conseguiu avistar o carro ao virar a esquina e andava na direção de lá.

- Rayden!!..... Rayden cadê você!!

O rapaz parou de andar ouvindo a voz que lhe chamava, parecia ser Larih, como ela estaria ali? ele olhou pros lados e olhou pra Aletus.

- Me desculpe, pode doer..

Rayden jogou o garoto no ombro o segurando pelas pernas com um braço só, ouviu ele gemer com a dor do movimento brusco e começou a andar na outra direção, levou a destra ao bolso tirando a arma do bolso e virou a esquina pro outro lado parando com a cena que viu. Larih estava do lado de fora de um carro com Cesar deitado no chão, suas mente se revirou com imagens do ataque dela sobre ele e imaginou o que Cesar tinha passado nas maos dela, ele apontou a arma imediatamente pra ela.

-Se afasta dele agora!!

Ouviu ela tentar dizer alguma coisa e atirou no chão bem proximo a ela, seus olhos se encheram de água, não conseguia se lembrar a ultima vez que dormiu, seu corpo estava cansado mas continuou segurando Aletus em um ombro e apontando pra ela, seu olhar era de raiva.

- Eu mandei se afastar! Agora!

Disse gritando  vendo-a se afastar e andou apontando a arma para ela, ele olhou para Cesar de perto vendo o corte em sua testa mas nao tinha como soltar Aletus, se ela fosse o atacar, ele teria muitos problemas.

- César...CÉSAR!!

Não se sentira tão preocupado como naquele momento, ele olhou pra Larih com raiva se levantando, não sabia o que fazer, ela parecia diferente, demonstrava emoções mas como saberia se aquilo não era efeito do vírus? Ele ouviu ela dizer algumas coisas , sua cabeça estava a mil, respirava ofegante e sentia seu ombro dormente, nem sabia se Aletus continuava consciente mas nem tinha como verificar isso, colocou o dedo no gatilho a encarando e seus olhos marejaram de novo.
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Mensagem por César Nickols Qua Fev 26, 2014 10:13 am

César Nickols

César foi até a porta com a arma em punho, pediu para que a Larih ficasse em silêncio, ouviu barulhos vindos do corredor, talvez fosse Miguel, mas assim que colocou a mão na maçaneta a porta literalmente explodiu a sua volta, não teve tempo nem de gritar para Larih se esconder, duas enormes mãos o agarraram pelo ombro e o puxaram para fora de uma vez, deu de cara com uma criatura assustadora, ouviu o grito de Larih vindo do quarto.

- Larih!

Gritou, a criatura o esmagou contra a parede, sentiu o ar escapando de seus pulmões, tentou atirar, mas a criatura o balançou no ar e o agarrou pelo pescoço. O aperto daquela mão foi tão forte que achou que sua traqueia seria quebrada, deixou a arma cair tentando diminuir o aperto, alguns pontos pretos começaram a surgir em sua visão, então a criatura se virou e César viu Larih no chão, ela parecia assustada, se ficasse ali seria morta.

- Corre...

Sua voz saiu dolorida, de repente a criatura perdeu o interesse nele e o atirou sem cerimonia alguma contra a parede, assim que se chocou contra ela e sentiu a dor absurda que atingiu de uma vez seu corpo desmaiou.
Tudo pareceu durar alguns segundos, a escuridão se dissipou aos poucos, dando lugar a uma grande dor de cabeça e uma forte náusea, sentiu alguém bater em seu rosto, o que não ajudou muito com sua dor de cabeça, abriu os olhos gemendo de dor e viu Larih olhando para ele.

- Anotou a placa?

Perguntou olhando para ela, sua cabeça parecia oca, ocupada apenas por dor. Larih riu, e passou a mão delicadamente em sua testa, ficou com medo de que seu corpo inteiro tivesse sido esmagado. Ela disse que eles tinham que ir, viu a dificuldade que ela teve para se levantar e se perguntou quanto tempo ficou desmaiado, se levantou sentindo tudo girar, seu corpo parecia ser puxado de volta para o chão, apertou a mão com força contra a testa, como se isso fosse conter a dor que pulsava em seu crânio. Seguiu Larih para fora do quarto e deu com a criatura caída no chão do corredor.

- Foi você?

- Bom...você não estava nas melhores condições...

César deu uma risada e isso foi como explodir uma bomba em sua cabeça, se apoiou a parede para não cair no chão, Larih segurou em seu braço.

- Calma ai...

Não queria deixa-la preocupada.

- Eu vou sobreviver...

Respondeu em voz baixa, Larih o ajudou a sair de casa, não via Miguel em lugar nenhum, o lugar parecia destruído, tinha um carro parado na frente da casa, foi levado até lá, sua cabeça latejou, perdeu as forças nas pernas e Larih não conseguiu segurá-lo, por sorte conseguiu se apoiar no carro.

- Esse me pegou de jeito.

Larih abriu a porta do carro e ele entrou, Larih foi pro banco do motorista, César pensou se ela estaria mesmo em condições de dirigir, mas resolveu não dizer isso em voz alta.

- Pra onde vamos?

Encostou a cabeça no banco do motorista, sua cabeça latejando, queria muito poder dormir um pouco.

- Pra cidade...você disse que Rayden foi para lá...

Ele confirmou com a cabeça fechando os olhos por um instante, talvez a dor atrás dos olhos parece um pouco.

- Vamos lá César, me ajude com isso ai.

César até tentou ajudar, dar algumas direções, mas uma hora simplesmente não aguentou mais, sua cabeça ia explodir, ficou com a cabeça encostada no banco e deixou a consciência desaparecer. Ouviu Larih gritar, mas não reagiu, foi como pegar no sono.
Sabia que alguma coisa estava errada, que provavelmente tinha uma concussão séria na cabeça e que a última coisa que deveria fazer seria dormir, mas não conseguia fazer outra coisa, ia deixar Larih desesperada, praticamente sozinha no meio de uma cidade destruída, lembrou do remédio que Miguel havia dado a eles e de como tinha curado a ele e a Rayden de uma vez. Se conseguisse tomar um gole talvez a dor passasse. Ouviu gritos e agitação a volta dele, alguém gritou seu nome, era Rayden? Ficou confuso um instante. Abriu os olhos, com a vista um pouco embaçada e a primeira coisa que viu foi Rayden, de pé apontando a arma para alguém, Larih estava afastada deles, olhando para Rayden com os olhos arregalados e assustada.
Demorou apenas um segundo para entender o que estava acontecendo.

- Não!

Gritou se colocando de pé de um jeito muito desajeitado, olhando para Rayden.

- O que você está fazendo?

Se colocou na frente dele e da arma, olhou para Larih, ela continuava parada, voltou a olhar para Rayden. Viu um garotinho no chão e reconheceu aquele elemental que os tinha levado até Jericoh, parecia bem ferido, Rayden também parecia machucado, olhou para os dois. Rayden parecia a ponto de ter um surto.

- Rayden abaixe essa arma, por favor...fomos atacado em casa, ela me salvou. Miguel nos largou lá para morrer.

Tirou o frasco de remédio do bolso e jogou para Rayden.

- Você também não parece ter feito um passeio muito bom. Beba isso.

Sentiu que se não senta-se acabaria no chão de qualquer jeito, ouviu passos correndo atrás dele e se virou, Larih tinha sumido.

- Ah, mas que merda...

Olhou para Rayden.

- É bom você ir atrás dela antes que alguma coisa pior aconteça.

Sentou no chão querendo cair no sono outra vez.

- Não vou a lugar nenhum mesmo.
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Mensagem por Narrador Qua Fev 26, 2014 1:18 pm

Narrador

Olá meus jogadores, primeiro quero parabenizar vocês.
Gostei das postagem, foram muito boas.
Vamos começar o próximo turno


Madara apareceu no alto de um dos prédios de Jericoh, Caim estava furioso por Larih e o outro humano terem conseguido fugir, Lúcifer queria a humana, mas não queria que eles se intrometessem, queria ver até onde os humanos podiam jogar com os próprios humanos, mas Caim já estava ficando sem paciência, e para ela deixar Caim sem paciência era quase o mesmo que testar a de Lúcifer.

- Que inferno...

Olhava a cidade destruída, Miguel já deveria ter levado o humano até o resto do grupo, já era para a garota estar com eles. Mas ao invés disso aqui estava ela, sendo obrigada a interver sem que Lúcifer soubesse ou ela teria um destino pior que o que estava reservado a Amber. Colocou os pés na beirada e deslizou pelo telhado e pousou com os pés no chão.

- Venham a mim...

O asfalto a volta dela começou a borbulhar, bolhas enormes se formando e quando elas estouraram formaram criaturas de quatro patas que lembravam a cães peludos, os mesmo que haviam atacado Lince uma vez, elas rosnavam e arranhavam o chão.

- Achem aqueles humanos, cacem todos eles.

Lembrou das ordens de Caim.

- Deixem Miguel e a infectada, o mestre quer eles vivos.

As feras uivaram alto concordando com as ordens e correram pela rua, em direção ao centro da cidade.


Dicas:
Estou gostando de ver a criatividade de vocês, então darei maus alguns prêmios.

1 - Não se esqueçam que lágrimas de um anjo pode salvar Aletus.

2 - Sangue de demônio paralisa um anjo por um tempo, se injetado nele.

3 - Vocês vão encontrar armas esquecidas nos últimos andares dos prédios do centro

4 - Afastado do centro vocês vão encontrar uma loja de carros com alguns intactos

5 - O mercado do centro da cidade ainda tem bastante coisas para vocês

6 - Armas normais funcionam contra as criaturas, mas como já vi um de vocês certa vez, vou incluir que choques elétricos também funcionam.

7 - Rayden, vá atrás de Larih

8 - Larih, você vai encontrar com Murillo

9 - Não posso mais adiar o inadiável, nesse turno Larih vai pro inferno.

10 - Murillo, você vai enganar Larih ou leva-la a força, fica a sua escolha

Boa sorte jogadores!
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Mensagem por Murillo Assassyh Qui Fev 27, 2014 7:11 pm

Murillo Assassyh

Murillo se lembrava do dia em que sua filha nasceu, até então o mundo dos negócios fora a coisa mais interessante na sua vida, mas quando viu aquele pequeno bebê e pegou sua garotinha nos braços soube que não teria coisa mais importante a partir daquele dia, mas mesmo assim, o que mais fez durante a vida foi ficar longe dela. Se arrependia disso.
Agora aquelas coisas estavam com ela, precisava tirá-la de lá.
- Então...
Disse para Miguel, eles iam em direção ao centro da cidade, o arcanjo fazia questão de estar sempre um passo a frente dele e isso começava a irritá-lo.
- Quando encontrar Larih e supostamente convencê-la a vir comigo, pra onde exatamente vamos?
- É só chamar um deles.
Miguel respondeu com desprezo, Murillo só não entendeu exatamente do quê.
- Chamar quem?
- Os de asas negras, aqueles que vocês chamam de demônios.
Murillo imediatamente pensou em Amber e em suas asas negras.
- Amber.
Miguel demorou um instante para responder.
- Não...ela não.
- Mas as asas negras...
- Ela é diferente.
O arcanjo a interrompeu sério.
- Amber é uma renegada, deu as costas e sua verdadeira natureza à muito tempo e se aliou ao nosso lado.
Murillo olhou para as asas brancas dele.
- E ao que parece você fez o contrário.
Miguel pareceu ignorar o comentário, já deviam estar próximos ao centro da cidade, a quantidade de prédios e de comércio era maior, Murillo começou a pensar em como faria para convencer Larih a ir com ele, provavelmente estaria com Rayden e César, seus dois defensores, não conseguiria enfrentar os dois e ainda segurar Larih, ela acabaria escapando.
- Já pensou em como fará isso?
O arcanjo perguntou, parecendo ler seus pensamentos. Murillo balançou a cabeça negativamente.
- Não tenho como enfrentar os dois e ainda leva-la comigo.
Ouviram uivos que pareciam vir de todo lugar, Murillo parou, já engatilhando a arma, ficando em guarda. Miguel olhou para ele.
- Fique tranquilo humano, eles não são pra você.
Murillo baixou sua arma, Miguel olhou para o céu.
- Concentre-se em segurar a humana, eu cuidarei dos outros.
Murillo desceu a rua, Miguel abrir as asas e desapareceu nos céus, não queria que ele fizesse mal aos dois, eles não tinham feito nada de errado. Tinha chegado ao centro da cidade, só precisava encontrar os outros, da última vez que os tinha visto estavam sendo atacados por mortos vivos e pela louca da Natasha.
Pensar em Natasha o fazia pensar no futuro que esperava Larih, será que eles a usariam daquela forma? Ela voltaria para acabar com eles? Balançou a cabeça, não podia pensar nisso, o importante era salvar sua filha. Ouviu um barulho e parou, parecia um som de conversa, olhou em volta tentando localizar de onde vinha o som, as vozes pareciam mais agitadas, quando virou a esquina encontrou o que estava procurando, Rayden e Larih eram atacados por três cães do inferno, eles avançavam com os dentes a mostra, barrando a passagem.
Murillo parou no final da rua, Rayden e Larih estavam de costas para ele, ergueu a arma.
- Abaixem!
Gritou e enquanto os dois saíam do caminho atirou acertando a fera do meio, ele atirou outra vez acertando a segunda no ar enquanto ela pulava para ataca-lo, deixou a última por conta dos dois.
- Que bom que encontrei vocês, cadê o César? E a Sunny?
Olhou para Larih.
- Vocês estão bem? Não fazem idéia do inferno que passei, se não fosse por Miguel os demônios teriam me matado.
Nessa hora Miguel pousou atrás deles, Murillo olhou em volta.
- Temos que ir.
Disse segurando Larih pelo pulso, olhou para ela.
- Você não está segura aqui.
Quando percebeu que ela ia resistir, a empurrou contra a parede do prédio com força e apontou a arma contra a testa dela, antes que Rayden pudesse fazer alguma coisa, Miguel já estava segurando, imobilizando seus braços nas costas e colocando uma lâmina contra o seu pescoço.
- Não se mexa, não quero cortar seu pescoço fora.
Ele disse ameaçadoramente, segurando os braços de Rayden com firmeza. Murillo continuou apontando a arma contra a testa de Larih, a segurando contra a parede.
- Agora preste atenção, se não quiser que ele mate o seu amiguinho você virá comigo. Tem muita gente atrás de você.
Olhou para o rosto dela e tentou não se arrepender do que estava fazendo, segurou firme a arma contra a testa dela, respirou fundo, tinha que pensar na filha, ouviu gritos e rosnados ao longe, não tinha muito tempo.
- Vamos logo com isso.
Miguel alertou, ainda segurando Rayden, Murillo olhou outra vez para larih.
- Não tenha medo, vamos atrás de você.
Murmurou tão baixo que talvez nem Larih tivesse escutado e no mesmo instante deu uma coronhada com força o suficiente do lado da cabeça dela para que desmaia-se, a pegou no colo antes que caísse no chão.
- Certo, estou com ela.
Disse sem saber exatamente para quem, de repente Caim surgiu, parado a poucos passos dele, olhou para Miguel segurando rayden e depois para Larih nos braços de Murillo.
- Está viva?
Perguntou com frieza.
- Ela não iria com vocês de boa vontade.
Murillo respondeu entregando Larih para Caim, ele a segurou com sorriso de vitória.
- Meu mestre tinha razão em relação a vocês humanos.
Disse olhando para o rosto de Larih, tocou a testa dela com as pontas dos dedos, Larih se mexeu e abriu os olhos e olhou para Caim gritando, ele a segurou com firmeza nos braços, sem se importar com os gritos dela.
- Eu espero que você cumpra a sua parte do acordo.
Murillo disse secamente, tentando não olhar para Larih, Caim olhou para ele com um leve sorriso.
- Acordo? Ah sim...o acordo feito com Lilith e não comigo, sinto muito não poder ajuda-lo.
E desapareceu antes que Murillo pudesse fazer mais alguma coisa.
No fundo Murillo sabia que eles não cumpririam sua parte, mas precisava tentar, por sua filha. Agora Caim tinha ido embora. Fechou os olhos um instante e suspirou, virou-se para Miguel, ele ainda segurava Rayden com a lâmina em seu pescoço, se aproximou apontando a arma. Olhou para Rayden.
- Não me olhe desse jeito.
Disse engatilhando a arma e atirou, mas o tiro atravessou o ombro de Miguel, o choque e o susto fizeram ele soltar Rayden, Murillo empurrou Rayden pelo ombro jogando-o no chão atrás dele, ao mesmo tempo em que tomava a lâmina das mãos de Miguel e atravessava o estômago dele, o gesto foi tão rápido que ele não conseguiu reagir, quando percebeu estava no chão com Murillo pisando em cima dele e pressionando a lâmina contra o seu estômago, tinha um olhar assassino.
- Quero ter uma conversa com você, de humano traidor para anjo traidor.
Disse afundando mais a lâmina, ela atravessou seu estômago e varou as costas, Miguel tossiu sangue, os rosnados ficaram mais altos, outros cães vinham ao encalço deles, virou o rosto para Rayden.
- É melhor correr, não tem nada pra você aqui.
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Mensagem por Rayden Donovan Dom Mar 02, 2014 2:23 pm

Rayden Donovan

Seus pensamentos a mil, Rayden não conseguia acreditar no que Larih dizia e seu dedo já se preparava no gatilho, de repente Cesar apareceu na frente cambaleando.

- O que você está fazendo?

Rayden o olhou confuso e olhou pra Larih denovo, não queria deixa-la escapar.

- César saia.. ela..

- Rayden abaixe essa arma, por favor...fomos atacado em casa, ela me salvou. Miguel nos largou lá para morrer.

O rapaz piscou um pouco os olhos assimilando o que ele dizia e abaixou a arma colocando Aletus no chão, Cesar jogou o frasco pra ele e olhou pra tras, Rayden seguiu seu olhar e viu que Larih havia fugido, aquilo tinha sido um engano, ela não estava sobre o efeito do virus.

- É bom você ir atrás dela antes que alguma coisa pior aconteça...Não vou a lugar nenhum mesmo.

Cesar disse sentando no chão, Rayden viu que ele não estava nada bem, num movimento rápido o rapaz segurou o rosto de Cesar e despejou um pouco do liquido na boca dele sobrando muito pouco no frasco, logo deixou o frasco no chao ao lado dele.

- Você estará bom logo... por favor César, Aletus está morrendo, eu não entendo muito dessas coisas de socorros, o ajude e dê um jeito de nos encontrar, vou atrás de Larih, fique firme.

O rapaz disse virando de costas e começando a correr, pensou na situação que estava, não podia deixar Larih sumir, ela parecia ser o principal alvo, ainda se preocupava com aquela ampola, o que aquilo faria com ela? Não podia perdê-la; virou a esquina e avistou o carro que tinha pegado os suprimentos, correu até ele e pegou uma camisa preta na traseira da caminhonete a vestindo, olhou para os lados rapido, tinha de achar Larih, ainda não tinha encontrado mais armas, apenas tinha a pistola no seu bolso e as munições estavam acabando, ele voltou a correr tentando pensar para onde Larih tinha ido, ao virar a outra esquina a viu longe ainda correndo, ela olhava pra tras assustada e quando viu Rayden parecia correr ainda mais rápido, ele acelerou o passo, era mais rapido que ela.

- Larih espera! Eu não vou machucar você!

Disse gritando enquanto corria, a alcançando com muita dificuldade. Ele a agarrou pela cintura ouvindo ela gritar tentando se soltar, ele a virou e abraçou com força segurando seus braços.

- Larih.. Larih!! calma, eu não vou fazer nada com você, eu sei que não está sobre o efeito do vírus.

Ela parecia parar de resistir e ele continuou a abraça-la ouvindo ela dizer algumas coisas.

-Está tudo bem... me desculpe por agora a pouco eu... eu estou surtando com isso tudo, com todos sumindo e a sua situação, eu não sei mais como proteger vocês.

O rapaz a soltou e pôs as duas mãos em seu rosto a olhando, Larih era sem duvidas a que mais estava sofrendo dentre todos, tinha receio do que aconteceria com ela, mas vê-la consciente lhe dava um certo alivio. Não teve tempo de muita coisa, alguns uivos foram ouvidos, Rayden olhou pra frente e viu três criaturas correrem na direção deles, eram semelhantes às primeiras que haviam atacado quando tudo começou; ele arregalou os olhos, não teria tempo de matar as três, no reflexo soltou Larih levando a mão no bolso.

- Larih!!

-Abaixem!

Ouviu a voz gritar vinda de trás, só teve tempo de olhar de relance e pulou no chão puxando Larih junto, ouviu os tiros que derrubaram as feras, ele olhou agitado com tudo aquilo, se levantou ajudando Larih e se virou vendo Murillo, como ele estava ali? Cesar havia dito que ele havia sido engolido pelo chão.

- Que bom que encontrei vocês, cadê o César? E a Sunny?

-César está a algumas ruas daqui, Sunny desapareceu, mas como você...

Vocês estão bem? Não fazem idéia do inferno que passei, se não fosse por Miguel os demônios teriam me matado.

Rayden olhou-o confuso, lembrou-se do que César lhe disse a instantes atras, Miguel havia deixado ele e Larih para morrer dentro de casa, como Miguel havia ajudado Murillo? e por que ele estava aparecendo só agora? Abriu a boca para dizer algo mas viu Miguel aparecer pousando atras de Murillo, aquela desconfiança voltava a atormentar o rapaz que olhou ficando sério. Viu Murillo agarrar Larh pelo pulso e depois jogar ela contra a parede, o rapaz se mexeu pra puxar Murillo.

- Mas que diabos vo...

Teve sua frase cortada quando seu braço fora puxado pra tras e uma lamina fora posta perto de seu pescoço, olhou de lado e viu Miguel o segurando, sabia que tinha algo errado nele e agora Murillo estava com ele.

- Não se mexa, não quero cortar seu pescoço fora.

Rayden olhou com raiva, sentia raiva de si mesmo por ter sido pego por Miguel, olhou pra Murillo e Larih vendo o que ele dizia pra ela, ela parecia muito assustada.

- Desgraçado, era pra protegermos uns aos outros...

Sentiu a lamina tocar seu pescoço e o braço ser puxado com mais força, respirou ofegante, queria matar Murillo, e matar Miguel junto. Não acreditou quando Murillo a golpeou fazendo ela desmaiar, sentiu o peito apertar e respirar mais rapido, tinha de fazer alguma coisa, conseguia desfazer a imobilização de Miguel, mas ele não era um qualquer, ia arrancar sua cabeça se fizesse isso.

-Murillo!!

Gritou mas parou logo ao ver quem aparecia em seguida, era Caim, aquele ser lhe dava um certo arrepio, era o mais frio de todos, viu Murillo entregar Larih à ele e suou de tão tenso que ficou, tinha de fazer algo, não era possivel o que Murillo estava fazendo.

- Eu espero que você cumpra a sua parte do acordo.

- Acordo? Ah sim...o acordo feito com Lilith e não comigo, sinto muito não poder ajuda-lo.

Caim desapareceu com Larih e Rayden ficou frio, só tinha vontade de matar os dois, Murillo tinha mentido, era claro agora que tinha feito um acordo, mas o que faria ele trair o grupo? permanecer vivo? se tornar um deles?. Não importava, estava nas mãos de Miguel, e se Murillo tinha entregado Larih a alguem como Caim, aquele era seu fim tambem, ele olhou Murillo com desprezo.

- Não me olhe desse jeito.

Viu o momento que ele sacou a arma, aquele era seu fim, ouviu o barulho e fechou os olhos mas o tiro não acertou nele, mal teve tempo de reagir e fora puxado pelo ombro caindo no chão, se sentou olhando pra Murillo que apunhalava Miguel fazendo-o cair, ele pisou sobre a lamina e Rayden se levantou, parece que tinha mais algo entre esse acordo, não poderia entender. Rayden ficou pouco atras de Murillo, olhando pra Miguel friamente, olhou pra Murillo de relance, ele estava diferente de quando o conhecera, parecia ter ódio.

- É melhor correr, não tem nada pra você aqui.

Rayden se aproximou de Murillo e disse baixo.

-Na próxima vez que nos encontrarmos, eu e você vamos ter uma conversa

Disse se virando e começou a correr, Murillo havia lhe salvado, então ia retribuir de alguma forma, ele virou uma esquina e levantou tirou a arma do bolso dando um tiro pra cima, as feras logo apareceram correndo atras dele, deixando o local onde Murillo e Miguel estavam sozinho. O rapaz corria, tinha de encontrar César; olhou pra trás e viu as criaturas se aproximarem, eram em torno de 4, elas eram rápidas demais e tudo que se via aos lados eram predios, não pensou duas vezes e entrou em um deles correndo para as escadas, começou a subir sendo seguido pelas criaturas que se trombavam pelo espaço da escada. Rayden começou a subir depressa e virou o braço pra tras acertando a cabeça de uma, as outras três saltavam se aproximando, o rapaz suava e subia ofegante saltando de 2 em 2 degraus.

- Vamos..vamos..

Disse um tanto afobado correndo, virou pra tras e acertou mais uma fazendo ela cair, tentou acertar em outra mas a arma falhou, sua munição havia acabado, só lhe restava correr. Não demorou muito para topar com uma porta e abri-la com um empurrão, se viu no topo do predio, ele correu sentindo o vento forte sacudir toda sua roupa e cabelos, não tinha nada ali, somente uma pequena sala ao centro do terraço, ele correu pra la e as criaturas destruiram parte da parede quando passaram pela pequena porta, Rayden entrou apressado na salinha, não acreditou a sorte que dera quando viu uma caixa com armas embaixo da pequena mesa, enfiou a mão apressado e a primeira coisa que tirou foi uma Vipertek, idêntica às que ele pegara quando saíram de Lince. Se levantou e de chocou contra o canto da sala quando uma das criaturas quebrou o vidro lateral da sala rosnando alto, Rayden apontou a arma de choque e a acertou fazendo a mesma voar tão longe que caíra do predio, mas onde estava a outra, ele saiu da sala devagar com a arma de choque na mão e recebera uma trombada da criatura caindo no chão, ela pulou sobre ele pondo as patas sobre seus ombros, O rapaz fechou um dos olhos sentindo o bafo e baba daquele bicho e bateu a arma na barriga dela fazendo-a ser arremessada com o choque, ele olhou pro ceu um pouco não acreditando que tinha escapado, se levantou depressa olhando pros lados varias vezes se certificando que não tinha mais nenhuma, ele correu ate uma das extremidades do predio e olhou la pra baixo.

- Cesar..


Última edição por Rayden Donovan em Sex Mar 07, 2014 12:31 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por César Nickols Qui Mar 06, 2014 9:17 pm

César Nickols

César ficou sentado esperando o remédio surtir efeito, viu Rayden sumir de vista e olhou para Aletus deitado no chão. Rayden havia pedido para cuidar dele, se levantou devagar e foi até ele, o garoto estava inconsciente, colocou dois dedos no pescoço dele e segurou sua pulso, medindo a pulsação dele, havia sangue nas roupas dele.

"Mas na roupa de quem não tem sangue?"

Pensou cansado, com cuidado pegou Aletus nos braços e foi até o carro em que Larih havia trazido eles, abriu a porta do banco de trás e o colocou deitado, Aletus gemeu baixinho, César pegou o frasco que Rayden havia deixado com ele, abriu a boca do garoto e fez com ele bebesse o líquido. Se aquele negócio era feito por anjos devia fazer bem pra ele. Pegou o pulso de Aletus para sentir a pulsação, estava fraca, mas constante.
Se encostou ao carro e ficou olhando pra cidade destruída.
O que ia acontecer com eles? Onde tudo aquilo ia terminar?
Suspirou cansado e balançou a cabeça. Massageou as têmporas doloridas. Ouviu Aletus se mexer dentro do carro, olhou para ele.

- Não se levante.

Disse sentando na beira do banco, Aletus olhou para ele e César sorriu.

- Oi garoto, não se preocupe, vamos sair daqui logo logo...

Aletus parecia assustado, com os olhos arregalados de medo. César não entendeu porque. Talvez não se lembra-se dele.

- Hei, tá tudo bem, sou eu...

Então ouviu os uivos e se virou para rua, aquilo só podia ser um péssimo sinal, vasculhou a rua com os olhos, mas não conseguia ver nada, então os primeiros animais surgiram no final da rua e de repente César sentiu como se tivesse voltado para Lince, os cães enormes corriam em sua direção, teve tempo de fechar a porta do carro e se jogar pro lado antes que o primeiro animal pulasse contra ele e se choca-se com o carro, fazendo ele se deslocar alguns centímetros para frente, ouviu Aletus gritar dentro dele, se levantou mais do que depressa, antes que a outra criatura conseguisse alcança-lo e correu, tinha que afastar aqueles monstros de lá o mais rápido possível, as feras vieram atrás dele, César correu o mais rápido que pode sem olhar direito para onde estava indo, viu uma loja de departamentos e entrou, ouviu que as criaturas estavam atrás, saltou por cima de uma prateleira caída e se arriscou olhar para trás, eram cinco no total.
Cinco daqueles monstros e ele estava sozinho.
Correu entre as prateleiras para dificultar o ataque, mas os cães não pareciam se importar, se jogando contra aquelas coisas e derrubando que estivesse ao seu alcance. Uma prateleira cai quase o atingindo, César se esquivou por um tris e bateu contra outra prateleiras, caindo no chão sem equilíbrio, foi escorregando entre as latas de comida que haviam caído das prateleiras, uma das criaturas pulou e acertou a prateleira, ela caiu por cima de César e teria esmagado ele se não fosse barrada pela parede, aquilo formou um túnel, César se rastejou por ele, precisava sair daquele lugar, uma fera entrou pelo outro lado do túnel e tentou alcançá-lo com as garras, César se arrastou até o outro lado, olhou em volta, haviam quatro feras vindo em sua direção, foi andando pra trás tentando manter a calma, a quinta fera saiu de baixo da prateleira e também veio em sua direção.

- Maravilha...estou ferrado...

Murmurou andando para trás sem fazer nenhum movimento brusco, sem nenhuma arma ou defesa era impossível sair vivo dali. De repente suas costas bateram em algo e cedeu pra trás, percebeu que era uma porta, entrou sem pensar duas vezes e bateu a porta com força, sentiu uma pancada que o jogou pra trás, César bateu as costas contra o chão e percebeu que estava numa cozinha industrial, levantou percebendo que não tinha uma saída, nem uma janela, só um respirador de ar pela qual não conseguiria passar.

- Pense César, pense...

Houve outra pancada, arranhões, rosnados, logo a porta cederia de uma vez e ele estaria morto, despedaçado. Haviam três fogões, teve uma idéia, começou a abrir todos os bocais de gás, abriu os armários começando a tossir por causa do cheiro forte, achou um isqueiro, a porta foi destruída e as feras tentaram entrar todas de uma vez, o cheiro de gás encheu seus olhos de lágrimas, havia um quite de facas no armário, pegou todas que conseguiu e começou a atirar contra elas, acertou as duas primeiras que entraram, mas não a ponto de mata-las, guardou o isqueiro no bolso.
As feras entraram, mas a cozinha não era tão grande a ponto de deixa-las com espaço para atacarem, elas tentava se mover entre o balcão do meio que cortava a cozinha inteira, César subiu no balcão e correu tentando chegar a porta, sentiu algo atingir sua perna e escorregou, deslizando pelo balcão e caiu no chão, sentiu uma dor rasgar sua perna e subir pelo abdômen, viu a porta a sua frente e se levantou, enquanto as feras tentavam dar a volta para ataca-lo, quando tentou andar a dor na coxa quase o fez cair outra vez, olhou para a perna e percebeu que a faca que trazia na mão tinha ido parar cravada em sua coxa, não parou para pensar, apenas puxou pelo cabo enquanto tentava andar para fora da cozinha, a dor quase o fez desmaiar, largou a faca no chão e se virou para a porta, uma fera já saltava para fora, César acendeu o isqueiro e jogou contra a cozinha, de repente tudo estava em chamas e a cozinha foi pelos ares, o impacto jogou César longe, ele voou pela loja e bateu contra uma prateleira que caiu por baixo dele.
Levantou zonzo, o barulho da explosão ecoava em sua cabeça, sua perna sangrava e doía, se arrastou para fora da loja antes que tudo pegasse fogo lá dentro e se largou na calçada, tentando respirar fundo, ficou deitado por alguns segundo, tentando colocar as ideias no lugar, com muito esforço se sentou no chão, suas roupas estavam chamuscadas por causa da explosão, sentia o rosto ardendo, devia estar queimado, se colocou em pé, precisava ir atrás de Aletus, precisava ver se ainda estava no carro, encontrar Rayden e Larih.
Chegou até o carro e abriu a porta, Aletus estava deitado lá e olhou assustado para ele.

- Relaxa, sou eu, vamos dar o fora daqui.

Pegou ele no colo com cuidado, Aletus gemeu baixinho, tentou andar sem machuca-lo mais.

- Vamos encontrar Rayden e Larih e ir embora.

Andava devagar por causa do garoto e pela dor na coxa, Aletus murmurou alguma coisa que ele não ouviu, olhou para ele.

- O que você...

Sentiu um golpe de ar atingir suas costas e caiu tentando proteger Aletus de não se chocar contra o chão, rolou pelo asfalto quebrado, o garoto gemeu de dor, César se virou tentando proteger Aletus atrás dele, havia uma pessoa parada, em pé, a alguns metros dele, parecia uma mulher, de cabelos azuis e pele bem pálida.

- Entregue o elemental.

Disse friamente, César se levantou sem tirar os olhos dela.

- Quem é você?

- Entregue o elemental, não vou pedir outra vez.

Respondeu no mesmo tom, César ficou parado, em pé, olhando para ela, Aletus deitado no chão atrás dele murmurou para ele fugir, mas não podia fazer isso. Precisava ganhar tempo enquanto pensava num plano.

- Você é um deles não é?

Perguntou, a mulher não respondeu nada, apenas continuou olhando para ele.

- Escute talvez nós dois...

O impacto contra o seu rosto foi tão inesperado quando dolorido, quando César percebeu já estava caído no chão, a mulher continuava no mesmo lugar, mas havia enrolava um chicote negro com as mãos, sentiu algo quente escorrer por seu rosto, quando passou a mão viu que era sangue, se levantou com dificuldade.

- Minhas ordens são para levar o garoto.

Ela disse andando na direção deles, Aletus tentou se levantar, mas tudo o que conseguiu foi se arrastar um pouco, César viu próximo ao seu pé uma barra de ferro retorcida, a mulher deixou a ponta do chicote cair outra ver.

- Desculpe.

César disse olhando para ela.

- Não posso deixar.

A mulher atacou, César chutou uma pedra contra ela ao mesmo tempo em que agarrava a barra de ferro com uma mão, a mulher conseguiu desviar da pedra, mas foi pega pela pancada que César desferiu com a barra de ferro, ela cambaleou um pouco para o lado, enquanto César se colocava outra vez na frente de Aletus, o chicote bramiu outra vez contra o rosto dele, mas dessa vez César ergueu o braço por reflexo para se proteger, a tira de couro enrolou em seu braço e ele foi puxado com força para frente pela mulher, ficou surpreso com a força dela, ela se ergueu no ar enquanto o puxava e acertou os dois pés contra o seu peito, César rolou pelo asfalto sentindo os pulmões sem ar e parou tossindo.

- Minhas ordens são de levar o elemental, mas creio que não acharam errado que eu me divirta antes.

César a ouviu dizer enquanto tentava se colocar em pé outra vez, a mulher olhava para ele com um interesse frio, limpou o sangue do rosto.

- Vai ter que fazer melhor que isso.

Disse, ela bramiu o chicote outra vez e César conseguiu se esquivar sentindo o deslocamento de ar contra o seu rosto, ele pulou por cima de Aletus para não atingí-lo e o garoto pareceu chama-lo. A mulher riu e atacou outra vez, o chicote acertou seu pescoço e ele caiu para trás acertando um carro que estava parado antes de ir ao chão, a mulher veio devagar na direção dele, balançando o chicote em sua mão, passou por cima de Aletus enquanto erguia o braço com a tira de couro, César ficou no chão esperando o golpe, mas ele não aconteceu, de repente Aletus ergueu o braço e agarrou a perna da mulher na altura de seu joelho, ela só teve tempo de olhar para baixo antes de ser lançada pelos ares numa descarga elétrica, ela caiu alguns metros adiante contra o asfalto e ficou imóvel, César levantou desesperado e foi até Aletus.

- Seu maluco, quer se matar?

Perguntou examinando o garoto, Aletus segurou o braço dele, estava fraco, bem fraco.

- Ela vai...

Sua voz saiu em meio a uma crise de tosses, César sentiu sua mão formigar, enquanto Aletus segurava seu braço, de repente havia uma espada em sua mão, parecia metal reluzente, mas brilhava, como se estivesse carregada de energia. César olhou da espada para Aletus surpreso.

- Ataque.

Ele disse antes de desmaiar, ao mesmo tempo em que a mulher vinha para cima outra vez, César ergueu a espada para se defender e a mulher foi repelida por ela, não da forma que Aletus havia repelido, mas a fez se afastar. César se levantou, mantendo a espada erguida em sua mão, a mulher ficou afastada olhando ameaçadoramente para ele.

- Eu já disse que você não vai leva-lo.

Disse com raiva, ela balançou o chicote no ar e atacou, César de desviou erguendo a espada e quando o chicote passou rente ao seu corpo desceu a lamina e o cortou, a arma de couro se desfez em cinzas, tanto César quanto a mulher ficaram chocados, ela olhou para ele e para sua mão, César olhou para a espada sem acreditar direito no que tinha acabado de fazer.

- Isso foi um presente do meu mestre!

Ela disse com fúria e saltou sobre ele, César se virou erguendo a espada por reflexo, a lâmina atravessou o peito da mulher, que se chocou contra César e os dois foram pro chão com o impacto, o corpo da mulher ficou em cima dele, mas não pareceu ter reação nenhuma, César ficou no chão, parado tentando entender o que tinha acontecido, de repente o corpo da mulher se desfez em cinzas e a espada se foi com ela. César ficou deitado no asfalto, fechou os olhos, se sentia extremamente cansado.

- César...

Ouviu Aletus chama-lo e com muito esforço foi até ele, sentando ao seu lado. O garoto parecia que desmaiaria a qualquer instante outra vez.

- César...

Ele chamou outra vez.

- Calma, eu to aqui.

Respondeu segurando a mão dele. Aletus olhou para ele, tinha os olhos cheios de lágrimas, César sentiu um aperto no peito e tentou sorrir.

- Eu dei uma boa lição nela graças a você.

- Eles pegaram Amber...meus irmãos...

Aletus murmurou fraquinho, César o pegou no colo com cuidado se colocando em pé.

- Não se preocupe, vamos atrás deles, eu prometo isso.

César disse andando com ele em seu colo, era provável que mais ninguém estivesse vivo, não tivera mais sinal de Rayden ou Larih, Aletus acabaria morrendo em seus braços antes que conseguisse alguma ajuda, mas ainda assim continuou caminhando pela cidade destruída, sem querer parar e encarar a realidade. Já tivera realidade de mais por um dia.
Enquanto caminhava com ele no colo começou a ter consciência do quanto estava machucado e do quanto precisava descansar, Aletus tinha parado de falar e parecia ter desmaiado outra vez, torcia para que ele não estivesse morto, foi quando avistou Murillo e parou de andar, da última vez que o vira ele estava caindo por um buraco em companhia de um demônio, ficou olhando sem entender.
Murillo estava inclinado sobre alguém, segurando o cabo de uma lâmina nas mãos, reconheceu Miguel caído no chão, com a espada atravessada contra sua barriga.
Aquela era ganhava como a cena mais bizarra do dia.

- O que você está fazendo?

Perguntou olhando para Murillo.

- Como foi que chegou aqui?
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Larih Spencer Seg Mar 10, 2014 12:46 am

Larih Spencer

Larih não sabia o que fazer quando Rayden apontou a arma para ela, ficou parada olhando para a arma. Ele gritou para que ela se afastasse de César, estava achando que ela ia machuca-lo. Ergueu os braços tentando parecer que estava calma.

- Ray...eu não...

Ele continuou com a arma apontada, ia mesmo atirar, Larih deu um passo para trás, seus olhos se encheram de lágrimas.

- Não...por favor...

De repente César se colocou em pé e ficou entre ela e a arma, então Larih aproveitou e correu, correu de um jeito que não tinha corrido, tentando se afastar o máximo possível deles, foi pela rua desviando dos carros, virou numa esquina bem mais adiante e parou apoiando uma das mãos na parede, enquanto a outra se apertava contra as costelas que doíam absurdamente, precisava respirar, precisava de ar.
Percebeu que tinha começado a chorar, o que a deixava mais sufocada.

- Você sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde.

Ergueu a cabeça e viu Luka encostado a parede olhando para ela. Ele era a última pessoa que gostaria de ver, seu irmão sorriu.

- Achou que eles gostariam de ficar com alguém doente?

Teve uma crise de tosse nervosa, suas costelas doíam de mais, se inclinou tendo ânsia de vômito. Mas não vomitou nada, Luka riu, ouviu passos rápidos atrás dela e voltou a correr o mais rápido que conseguiu, olhou para trás e viu que Rayden vinham correndo também. Tentou correr mais rápido.

- Larih espera! Eu não vou machucar você!

Ouviu ele gritar, mas não quis ouví-lo, só queria correr pra mais longe, Luka corria do seu lado se divertindo.

- Fuja ratinho, fuja.

Ainda estava chorando, de repente sentiu ser agarrada pela cintura, a impedindo de correr.

- Não!

Gritou, tentando se soltar, se debatendo desesperada, mas Rayden a segurou com firmeza, continuou se debatendo tentando se livrar dos braços dele, então foi abraçada, tentou empurrá-lo, mas ele não parecia disposto a soltá-la, então desistiu de tentar e deixou que ele ficasse abraçado com ela.

- Larih.. Larih!! calma, eu não vou fazer nada com você, eu sei que não está sobre o efeito do vírus.

Estava tão cansada, tudo parecia tão errado, machucava tanto, de tão esgotada começou a chorar, percebeu que precisava muito de só um abraço, nada de correria ou de demônios loucos correndo atrás dela, só um abraço, se encostou contra o tórax de Rayden e começou a chorar.

- Me desculpe...por favor...não queria machucar você...não queria machucar ninguém...

-Está tudo bem... me desculpe por agora a pouco eu... eu estou surtando com isso tudo, com todos sumindo e a sua situação, eu não sei mais como proteger vocês.

Ele segurou seu rosto com as mãos e a fez olhar para ele, Larih ainda estava com os olhos cheios de lágrimas e piscou uma vez olhando para ele, não tinha reparado ainda em como ele era bonito, tinha belos olhos, mas tinha feições cansadas, tão cansadas que pareciam transmitir tristeza. De repente sentiu algo que não tinha sentido, carinho, queria cuidar dele, não era apenas ela quem estava sofrendo nisso tudo. Quando foi a última vez que ele tinha dormido? Ou que tinha comido?
Ergueu a mão para tocar o rosto dele, ainda olhando em seus olhos, eram mesmo lindos.
Então ouviram os uivos e de repente ele já a tinha soltado e se virado, Larih olhou na mesma direção que ele e viu o que estava acontecendo, deu um grito baixo e se colocou pra trás de Rayden, em pânico, os cães do inferno estavam lá, vindo na direção deles. Estavam atrás dela.

- Ah meu Deus...

Deu um passo pra trás. Precisavam correr, antes que eles atacassem.

- Abaixem!

Alguém gritou, sentiu Rayden puxá-la pra baixo e logo estava no chão, virou a cabeça e viu Murillo com uma arma apontada, ele se aproximou, ficou feliz de vê-lo ali, os tinha salvo, mas quando olhou para Rayden ele não parecia feliz ou aliviado, estava confuso. Murillo começou a falar o que tinha acontecido e sobre como Miguel o havia resgatado. Lembrou de César falando de Miguel e de como ele parecia desconfiado com ele.
Ouviram mais uivos, Larih olhou para o final da rua imaginando quando outras feras apareceriam.

- Temos que ir.

Murillo disse, Larih se virou para falar com Rayden sobre buscar César, mas seu pulso foi agarrado e ela foi puxada por Murillo, se virou assustada para ele.

- O que você está fazendo?

Tentou se soltar puxando o braço, então ele a jogou contra a parede de uma vez, bateu com as costas gritando assustada e pela segunda vez naquele dia teve uma arma apontada contra ele. Sentiu o cano frio de metal contra sua testa e piscou assustada olhando para Murillo sem entender.

- Murillo o que...

- Agora preste atenção, se não quiser que ele mate o seu amiguinho você virá comigo. Tem muita gente atrás de você.

Ela arregalou os olhos, entendeu o que ele estava falando e isso a deixou em pânico, mas com a arma encostada contra sua testa não tinha o que fazer. Ouviu alguém dizer para ele se apressar, pelo canto do olho viu Miguel segurando Rayden, com uma espada contra o seu pescoço, o que estava acontecendo? Os anjos não tinham que proteger os humanos?

- Não tenha medo, vamos atrás de você.

Ouviu Miguel sussurrar bem baixinho, piscou assimilando o que ele tinha dito, mas não teve tempo, sentiu uma pancada forte contra o lado de sua cabeça, suas pernas vacilaram e tudo ficou turvo de repente, sentiu que ia cair no chão, mas foi segurada por alguém. Sentiu que estava desmaiando. Ouviu Rayden gritar e desmaiou.
Sentiu que algo estava estranho, quando abriu os olhos havia uma pessoa olhando para ela, quando seus olhos se desembaçaram viu que estava nos braços de uma pessoa. Era Caim.

- Não! Não!

Gritou tentando se soltar, ele continuou a segurá-la sem se importar se ela tentava se soltar ou não, conversava com Murillo.

- Não! Murillo não! Me ajude!

Por mais que tenta-se se soltar dos braços dele era como se todo o seu esforço não valesse nada, nem parecia incomodá-lo.

- Rayden! Rayden me ajuda!

Gritou, então de repente tudo ficou escuro outra vez, sentiu faltar o ar em seus pulmões, a escuridão era densa de mais, quase sólida, parecia paralisá-la, quando tudo clareou percebeu que estava deitada num chão frio, tentando respirar. Caim olhava para ela sorrindo, Larih gritou e tentou se afastar, mas ele a segurou pelo pescoço, prendendo-a contra o chão.

- Não, não...onde você vai?

Larih segurou o braço dele tentando se livrar do aperto. Ele riu avaliando ela no chão, fez um carinho em seu rosto.

- Os humanos entregaram você sabia?

Ela tentou se soltar, mas ele apertou mais os dedos em volta do seu pescoço, Larih engasgou e tentou afrouxar o aperto, ele riu, achou que finalmente morreria, resolveu que assim seria melhor. Mas de repente o aperto se desfez e Larih tossiu desesperada por ar, se virou no chão desesperada. Caim riu se divertindo.

- Não vou te matar.

Recebeu um chute violento contra as costelas já fraturadas, gritou de dor desesperada, tentando respirar.

- Não ainda.

Larih se contorceu no chão, recebeu um soco contra o rosto e sentiu um gosto de sangue invadir sua boca, tossiu um liquido avermelhado no chão, recebeu outro chute e rolou pelo chão batendo contra a parede.

- Nosso mestre quer muito ver até onde você aguenta.

Ele a agarrou pelo braço e a obrigou a ficar de pé, mas depois de receber tantos chutes não conseguia parar em pé, Caim a arrastou pelo braço sem se importar se ela conseguia acompanha-lo.

- Pare, por favor...

Tentou se soltar, mas ele a ignorou e continuou a puxá-la, percebeu que estava num corredor cheio de celas, conseguiu firmar as pernas por um instante e puxou seu braço com força, Caim foi um pouco para trás com o puxão e isso o irritou, ele a jogou contra o chão, Larih se chocou com força e ficou caída sem forças, Caim pisou em suas costas e riu.
Larih ficou caída, ficou olhando para dentro de uma cela, haviam duas garotas no fundo dela, abraçadas e encolhidas, com medo. Sentiu Caim pisar em sua ferida e gritou de dor.

- Adoro te ouvir gritar.

De repente sentiu uma dor insuportável em sua ferida, queimando suas costas de ponta a ponta, a dor foi tão profunda que achou que desmaiaria ou que suas cordas vocais seriam destruídas de tanto gritar. Algo bateu no chão ao lado de seu rosto, viu uma lâmina ensanguentada.

- Você não precisa de uma ferida tão bem curada assim...

A dor havia grudado em seu cérebro, não conseguia pensar, sentiu sua roupa inteira se ensopar com um líquido quente, Caim a ergueu do chão pelo braço, a ferida abriu mais com o puxão, Larih não aguentou mais e vomitou sangue, enjoada, mas Caim não pareceu ligar de repente parou na frente de uma cela aberta.

- Fique a vontade, vai ficar aqui por um bom tempo.

E a empurrou para dentro, Larih não tinha força nenhuma nas penas e achou que se chocaria contra o chão outra vez, mas foi segurada por alguém, mas quando ele a segurou tudo o que sentiu foi a dor em sua ferida nas costas e começou a gritar em desespero, seu corpo inteiro dóía, berrava de dor tentando se livrar daqueles braços que a seguravam.

- Calma, fique calma...

Então estava deitada no chão e haviam duas pessoas a sua volta, tentando falar com ela, mas a dor não dava espaço para mais nada, sentiu o chão cada vez mais úmido e quente, enquanto gritava de dor. Viu um rosto próximo ao seu, era Luka.

- Não! Vá embora!

Gritou tentando empurrá-lo, mas a dor só piorava, outra pessoa segurou seus braços, enquanto ela tentava se soltar, gritando. Luka olhava para ela assustado.

- Vá embora!

Ela continuou gritando, havia um outro homem segurando seus braços.

- Precisamos estancar o ferimento.

Ouviu ele dizer, Luka segurou o rosto dela com as mãos, parecia tão assustado, não lembrava o Luka que a atormentava, o outro homem a virou de lado, sentiu algo pressionar suas costas com força, aquilo só causou mais dor e ela gritou outra vez. Uma mão passou por sua testa.

- Calma Larih, vai ficar tudo bem...

Larih virou a cabeça tentando se afastar, mas ele continuou a segurá-la, tossiu um pouco mais de sangue, a deitaram no chão de volta, o outro homem a olhava sério, começava a se sentir fraca de mais, começando a ficar sonolenta.

- Ela perdeu muito sangue.

Ele apertou seu pulso de leve, Larih tentou se levantar, eles deviam ser delírios, mas não conseguiu nem se mexer, seu corpo estava tão mole que não conseguia fazer nada, virou um pouco a cabeça para o lado gemendo baixo de dor. Pensou em Rayden preso por Miguel, ele já teria matado seu amigo? Sentiu falta do seu abraço.

- Como ela chegou aqui?

Ouviu Luka dizer, achou que ia desmaiar outra vez.

- Ela está infectada...

O outro homem murmurou, ficou cada vez mais difícil permanecer acordada, havia algo pressionado contra suas costas, tinham dito algo sobre sangue, estava morrendo, mas por que tinha que sofrer tanto? O que tinha feito de tão errado?

- Larih, como você chegou aqui?

Luka perguntou, Larih entendeu porque tinha que sofrer tanto, não fora capaz de proteger seu irmão, esse era o seu castigo antes de morrer. Olhou para Luka.

- Me perdoe...

E fechou os olhos.
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Mensagem por Amber Ludovick Seg Mar 10, 2014 6:48 pm

Amber Ludovick

Amber se lembrava de quando ainda estava ao lado de Caim e de como ela e o irmão espalhavam o terror entre os anjos menores, era praticamente impossível para um anjo sair vivo quando encontrava com um dos dois.

Ela sabia que era um dos orgulhos de Lucifer, adorava provocar Lilith e Madara com isso, mas tudo no circulo do inferno era um teatro bem orquestrado. Todos tinham seus papeis e deviam seguí-los para que ninguém atraísse a ira de Lúcifer e isso sempre incomodou Amber, ela sabia que todos eles não era mais que meros bonecos na mão do mestre e que a qualquer momento um deles poderia ser descartado com a maior facilidade.

Foi o que aconteceu com Ian.

Amber percebeu que gostava dele antes mesmo de entender o que seria o termo gostar, para um demônio isso não existe, o mais perto que eles chegam de demonstrar algo parecido com um gostar humano é a cobiça ou o sentimento de posse. Ian era um nível a baixo que ela, mas sempre demonstrou ser muito inteligente, ágil e isso chamou sua atenção. Nenhum demônio tinha pai ou mãe, exceto é claro os filhos originais, como Caim e ela, os outros eram formados a partir do fogo e do sofrimento humano, o que ficava a cargo de Lilith, a criadora do caos, eles já nasciam com seu grau e objetivo traçados, não precisavam desenvolver mais do que lhes era colocado, nem alcançar qualquer objetivo que não tivesse sido ordenado.

Mas Ian era diferente, ele tinha determinação e Amber nunca soube como foi que ele conseguiu isso, talvez um erro da parte de Lilith, mas se ela fez isso nunca admitou, Lilith não era de errar e quando isso acontecia nunca dizia. Ian tinha idéias, planos, mas a cima de tudo, julgava e questionava o que era certo e errado. O que ela achava particularmente engraçado, demônios não julgavam essas coisas.

Sempre que podia conversava com ele, fazia questão de inclui-lo em suas missões, embora ele nem sempre gostasse do que tinham que fazer, ela simplesmente dava de ombros e fazia a parte dele sem contar a ninguém, mas a cada anjo morto ou alma humana colhida ele sempre perguntava a ela “Por que?”, mas ela nunca sabia o que responder, então sempre dizia a mesma coisa.

- Nós fomos criados assim, é nosso papel.

Isso nunca pareceu conformá-lo, Amber começou a ficar preocupada por ele, com os questionamentos que ele fazia, se recusando a cumprir ordens, o jeito dele começou a chamar a atenção de outros demônios que começaram a se questionar também, Amber nunca admitiu, mas até ela já havia se questionado se o que eles faziam era realmente necessário as vezes. Pra que tinham que espalhar tanto terror se os próprios humanos já sabia fazer isso muito bem? Mas quando as perguntas começavam em sua cabeça ela simplesmente ignorava, fazia o que tinha que fazer e pronto.
Não era de desconhecimento de ninguém o quanto ela e Ian eram próximos e ela gostava disso, tentava protege-lo e implorava para que ele parasse de falar aquelas coisas para os outros, aquilo só lhe traria confusão, mas Ian além de determinado era teimoso e então finalmente aquilo chegou ao conhecimento de Lúcifer e de Caim, seu irmão veio lhe cobrar uma explicação, mas ela não sabia o que explicar, apenas disse que tentava fazê-lo enxergar o todos os outros enxergavam, mas aquilo não foi o suficiente, Lúcifer mandou que Ivan fosse trazido a sua presença. Aquela foi a pior experiência da vida de Amber e seria algo que a atormentaria até o final dos seus dias, Lúcifer fez com que Caim, ela e Lilith vissem aquilo.

Julgamento não é a palavra certa para o que foi feito com Ivan, Lúcifer apenas ouviu o que Caim e Lilith disseram a ele sobre as idéias e questionamentos que Ivan estava plantando entre os outros demônios, de como ele descumpria ordens e era insolente. Amber quis defende-lo, Ivan não fazia nada de mais, nada além de pensar, isso não era pecado ou pelo menos não deveria ser.

- O que eles disseram é verdade Amber?

Lúcifer a questionou e Amber entendeu exatamente o que ele estava fazendo com isso, se dissesse que sim estaria condenando Ivan, se dissesse que nnao, Lúcifer usaria isso como prova para dizer que Ivan havia infectado até sua própria casa com suas idéias e também o condenaria, além de condenar a ela por traição contra o seu próprio pai. Ela olhou para Ivan por um segundo, antes de decidir o que responder e recebeu um olhar de alerta de volta, Ivan olhou para ela em silêncio, mas a forma como olhou dizia para ela não ser estúpida, não devia morrer por causa dele. Amber desviou o olhar, Lúcifer e os outros esperavam uma resposta.

- O que eles dizem é verdade meu senhor.

Respondeu sentindo seu coração se quebrar em mil pedaços. Aquela foi a última vez que viu Ivan com vida, ele foi executado em uma das masmorras e seu corpo pendurado num dos arcos principais do castelo de Lúcifer, como um aviso para os outros, Amber nunca mais conseguiu passar por lá, mesmo depois de o corpo ter sido tirado, bastava olhar para o arco para imaginá-lo lá e para a culpa queimar dentro dela. As idéias e questionamentos de Ian começaram a lhe incomodar, de repente parecia que tudo o que faziam eram errado, até mesmo matar e torturar os anjos, por que eles tinham que fazer tudo aquilo? Por uma velha rixa entre Lúcifer e os seres celestiais? Por que eles tinham que pagar por um erro dele?

Então certa vez fez algo que mudaria sua vida para sempre, Caim e ela foram mandados em uma missão de caça e assassinato, quando soube que eles emboscariam Gabriel quis pedir para não ser designada, mas desde do que acontecera com Ian, Lúcifer parecia estar sempre observando o que ela fazia, então ela foi com seu irmão, mas ao invés de atacar o arcanjo ela o defendeu de seu irmão, chegando a lutar contra ele, Gabriel conseguiu fugir e ela fugiu de seu irmão, sabia que ele contaria a Lúcifer o que tinha acontecido e que ela não podia fugir para sempre, teria que voltar para o inferno e assumir seu erro, mas no momento em que decidiu que enfrentaria seu pai e seu irmão recebeu um bilhete. Era apenas um pergaminho preso a uma pena branca.

“Nos encontre onde o sol encontra com o mar, queremos falar com você”

Amber foi, não por achar que aquilo seria uma coisa boa ou por curiosidade, apenas por saber de quem se tratava, provavelmente seria uma emboscada, eles a matariam por ser quem era e por ter tentado matar um arcanjo, mas sabia que até numa execução anjos sabiam ser clementes, quando chegou a praia já era noite, reconheceu Gabriel, com suas longas asas brancas e aquela aurea forte de liderança que vinha com ele, mas havia outro lá, reconheceu Miguel. Eles deviam achar a mesma coisa que ela, que aquilo poderia acabar numa emboscada. A primeira coisa que Amber fez foi tirar sua espada das costas e jogá-la aos pés do arcanjo, aquilo era demonstração de trégua. Gabriel continuou olhando para ela com curiosidade, Amber ficou parada na areia olhando para eles silêncio, Miguel estava um pouco atrás do seu irmão, observando silenciosamente.

- E então?

Amber perguntou.

- O que querem comigo?

Gabriel deixou escapar um leve sorriso.

- Por que fez aquilo?

Ela sabia do que ele estava perguntando.

- Eu não sei, apenas senti que não era...certo.

Miguel olhou surpreso para ela e o sorriso de Gabriel só ficou maior, aquilo parecia a melhor notícia de sua vida, Amber ficou confusa com eles. Gabriel pegou sua espada do chão e devolveu a ela.

- Gostaria de fazer as coisas de um modo diferente?

Amber abriu os olhos e sentiu-se dolorida ao tentar se virar no chão, lembrou de que estava presa numa das celas do inferno e do que seu irmão havia feito com suas asas. Ela sabia que ele não as tinha arrancado e que provavelmente elas cresceriam de novo, mas seu irmão as arrancaria outra vez. Caim sempre fora uma criança com uma lupa e uma caixa de formigas. Lembrar de Ivan e Gabriel só faziam abrir velhas feridas que tinha prometido a si mesma que jamais se lembraria outra vez.

As pessoas nas outras celas estavam morrendo e ela podiam sentí-las, todo sofrimentos, toda dor, tudo, isso fazia parte de ser uma ceifeira, era seu dom natural, tentou se encolher e tapar os ouvidos com as mãos para tentar afastar aquele sentimento, mas isso não era algo que iriam embora assim do nada, então começou a ouvir os gritos e logo vieram os passos, Amber se sentou próxima a grade para ver o que estava acontecendo, de repente alguém foi jogado contra o chão e seu irmão apareceu, a pessoa parecia sofrer, Caim puxou uma adaga negra e rasgou as costas da pessoa, que gritou absurdamente de dor, Amber reconheceu quem era.

- Larih!

Gritou indo contra as grades, havia sangue de mais no chão, Caim a havia ferido pra valer.

- Caim não! Pare com isso.

Ele a ignorou, jogou a adaga no chão e arrastou até uma das celas um pouco a frente, Amber viu a adaga próxima a sua cela e sem pensar duas vezes esticou o braço antes que Caim pudesse perceber o que ela estava fazendo a puxou a adaga para dentro da cela a escondendo antes que ele voltasse. Quando Caim passou ainda conseguia ouvir os gritos de Larih vindos da outra cela, ele olhou para a irmã e sorriu.

- Lúcifer está ansioso para te ver, logo faremos uma reunião de família.

Amber não respondeu nada, apenas o viu se afastar e olhou para a adaga que tinha pego, ela seria sua forma de fugir daquele lugar o quanto antes.
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Mensagem por Narrador Ter Mar 11, 2014 10:14 pm

Narrador

Tori observava o ataque a cidade em silêncio, apoiado a sua moto na parte alta cidade tinha os olhos pregados num binóculo de longa distância, seu esquadrão havia avisado sobre a movimentação de demônios nas ruinas de Jericoh, com seu binóculo viu o ataque e quando o garoto matou Madara, ficou surpreso. Atrás dele haviam duas caminhonetes negras, onde o esquadrão aguardava ordens. Tori puxou um walkie-tolkie.

- Clary, na escuta?

Houve um minuto de estática e logo veio uma resposta.

- Estou na cidade já, precisamos agir Tori.

- Estamos indo.

Tori desligou o walkie e se virou para os soldados vestidos de preto como ele, carregavam armas e bestas.

- Nós vamos descer, Clary está esperando por nós, temos humanos na cidade, vamos resgatá-los, mestre Raziel vai querer vê-los.

Ele subiu na moto de volta e colocou o capacete, fez um sinal com a mão, os soldados voltaram para dentro das caminhonetes, logo desciam em disparada para o centro da cidade.
A moto era mais rápida e fácil de desviar dos obstáculos, em questão de minutos freava próximo a César e Murillo, tirou o capacete, tinha a aparência de dezenove anos, cabelos cortados curtos e prateados, os olhos cor violeta eram curiosos. Ele ficou olhando de César para Murillo, um matador de demônios e um matador de arcanjos. Inclinou um pouco a cabeça para o lado avaliando a situação, viu Aletus nos braços de César e reconheceu o arcanjo como Miguel, o traidor, deu um sorriso curioso.

- Olá, saudações humanos. Sou Tori, mensageiro do mestre Raziel, senhor do fogo e do deserto, somos da resistência, ele gostaria de falar com vocês.

As duas caminhonetes chegaram e estacionaram a volta deles, os soldados desceram apontando armas em volta, preparando a guarda, Tori se encostou a moto cruzando os braços e ficou olhando para os dois sorrindo.

- Tenho certeza que não vão negar o convite do Anjo Raziel certo?

Clary tinha se infiltrado dentro da cidade no meio do ataque, pronta para enfrentar Madara, mas ao que parece havia chegado tarde de mais, um humano tinha feito o serviço, ela assistira tudo de camarote, correndo pelos telhados ela ficava longe dos demônios caninos, quando percebeu que o ataque havia terminado parou de correr e ficou a procura de outros humanos além do matador de demônios. Então seu irmão Tori a chamou pelo rádio e avisou que estava vindo para cidade.
Estava prestes a pular do prédio para se encontrar com seu irmão quando avistou um humano alguns telhados a sua frente, ficou curiosa de vê-lo mais de perto, Raziel disse que eles precisariam ser convincentes com esses humanos, tinha ouvido história sobre eles. Sorriu animada e silenciosamente se esgueirou até o telhado do prédio em que o humano estava se ficou atrás dele andando com passos silenciosos, segurando a risada. Assim que se colocou atrás dele, imobilizou seus braços nas costas.

- Espero que não tenha medo de altura.

Comentou o empurrando da beirada do prédio, ele despencou no ar, Clary riu e se jogou atrás dele, antes que Rayden bate-se contra o chão ela o agarrou pelo braço e eles desapareceram, no outro segundo estavam de pé entre a equipe de Tori, César e Murillo.
Clary o soltou e fez uma reverência, olhou para o irmão.

- Esse estava em cima de um dos prédios escondido.

Ela olhou para os outros dois e sorriu.

- Olá, que a benção de Raziel esteja com vocês.

Olhou de volta para Tori.

- Eles virão conosco não é?


Tori sorriu e olhou para eles.

- Creio que eles não estão em condições de recusar.



Vamos lá jogadores.

1 - Larih, você vai ser levada para encontrar Lilith na sala de experimentos, ela vai te torturar um "pouco" e Caim vai tentar entrar no seu cérebro para te convencer a lutar por eles. Fica a seu critério se ela vai aceitar ou não.

2 - O que é a resistência? Um grupo de humanos que se reuniram na floresta junto com o anjo Raziel, são treinados para enfrentar os demônios.

3 - Quem é Raziel? Um dos antigos anjos que é guardião da terra e dos humanos, senhor do deserto e do fogo, vem pesquisando uma cura para os infectados enquanto treina os humanos para resistirem ao mal.

4 - Tori e Clary, são dois infectados que deram certo nas experiências de Raziel e hoje são sua melhor linha de frente, são irmãos gêmeos, Tori é o braço direito de Raziel, enquanto Clary é sua melhor espiã, eles vieram da cidade de Lyns, a primeira a ser atacada, antes de Lince, Tori teve o braço arrancado por uma das serpentes de ferro e sua irmã foi torturada por um demônio que a obrigou a ingerir uma grande quantidade de sangue demoníaco, eles foram salvos por Raziel, que usou uma das substâncias para tentar ajuda-los e eles se tornaram mestiços.

5 - Mestiços: meio humanos, meio demônios, infectados que receberam uma grande dose de mistura de sangue de elemental, ambrosia e lágrimas de um anjo. Isso fez com que eles conseguissem o controle dos seus corpos, mas que não conseguissem recuperar suas almas, se tornando mestiços capazes de enfrentar demônios num mesmo grau.

6 - Os três vão com Tori e os outros até o encontro de Raziel.

7 - Raziel tem a aparência de dezesseis anos, é magro e alto, com cabelos prateados, olhos azuis quase transparentes, asas acinzentadas, sempre sério, nunca sorri.

8 - Ele fará a proposta de que pode salvar Larih, explicando sobre a perda da alma e de como o experimento deu certo com Tori e Clary.

9 - Tori dará a chance de resgatar as pessoas que estão presas no inferno.

10 - Rayden, fica a seu critério se vocês desceram ao inferno ou não

11 - César, fica a seu critério se irão usar o experimento em Larih ou não.

12 - Clary vai convidar a Rayden, César e Murillo a se juntarem a liga de caçadores de demônios.

13 -  Rayden e Murillo hora de uma DR hahahaha

14 - A fortaleza da resistência está localizada no interior de uma mata fechada

15 - Vocês receberam remédios, comida e roupas.

Boa sorte.


Última edição por Narrador em Ter Mar 11, 2014 10:58 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Narrador Ter Mar 11, 2014 10:15 pm

Ordem: Rayden. César, Murillo e Larih
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Mensagem por Narrador Qua Mar 12, 2014 2:17 pm

Jogadores houve uma mudança no curso.

Conversando com a Larih ontem e pensando no quanto os personagens estão só passando por apertos farei uma coisa diferente.
Reli as minhas explicações de ontem e vi que apenas elas serão vagas de mais para uma postagem de vocês. Então farei o seguinte.

1 - A ordem do jogo foi mudada. Quem começa é a Larih. A postagem dela é aleatória ao resto. Então será colocada em primeiro.

2 - Entre a postagem de um personagem e outro, nessa rodada, eu vou intervir com os meus próprios personagens, para uma maior interação. Então cada vez que um de vocês postar sua parte pode ser esperada uma postagem minha em seguida para ajudar o outro personagem.

3 - A idéia é que vocês não façam algo completamente vago e aleatório.

4 - Nova ordem: Larih, Rayden, Murillo e César.

5 - Rayden eu quero ver uma briga com o Murillo. Hahaha.

6 - Murillo, não serei tão bonzinho com você.

7 - Uma coisa que esqueci de avisar ao César. Madara era esposa de Caim. Espere uma vingança particular pra você.

Boa sorte.
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Mensagem por Larih Spencer Qui Mar 13, 2014 1:26 am

Larih Spencer

larih não soube por quanto tempo ficou inconsciente, nem se chegou a desmaiar de fato, não sabia o que era real ou o que era delírio de sua cabeça, seu corpo inteiro doía, queimava como se tivesse deitada sobre brasas. A escuridão ia e vinha e com ela as pessoas, as vezes abria os olhos e via um homem desconhecido olhando para ela, colocando a mão em sua testa, segurando seu pulso, o que a fazia gemer de dor e mandar ele parar, então vinha Luka, hora ele parecia preocupado e até triste, em outras ele tinha aquele olhar sarcástico, um tanto cruel e ria enquanto ela gemia de dor, as vezes via Rayden, com a garganta cortada gotejando sangue contra o rosto dela e uma expressão vazia de quem já estava morto, Larih gritava para ele reagir, mas ele continuava apenas parado, o sangue pingando em seu rosto e queimando igual a fogo, então era César quem aparecia, pálido e sem vida, Murillo apontando a arma para sua cabeça outra vez e atirando, Caim rindo enquanto a estrangulava.
Nada daquilo parecia ter fim.
Então as vezes acordava e via que ainda estava numa cela escura, deitada no chão, tentando não enlouquecer de dor, haviam mais duas pessoas na cela, o homem que ela não conhecia e Luka, que ela não sabia se era real ou imaginário.
Então voltava a ficar inconsciente e os pesadelos recomeçavam.
A febre não demorou a chegar, tremia descontroladamente de frio, embora seu corpo continuasse a queimar, lutava para se manter consciente, Luka colocou a cabeça dela deitada em seu colo e a cobriu com sua jaqueta, não tinha força nenhuma para se levantar, o homem estranho a virava de lado um pouco para olhar suas costas, era a parte em que ela gritava de dor.
Seu corpo acabou por se esgotar de vez e mesmo com todas as dores e os delírios acabou por cair num sono agitado, sonhou que estava de volta naquela rua, Rayden lutava com Miguel e gritava para Larih fugir, mas Caim estava lá, a segurando pelas costas, a impedindo de correr, Miguel atravessava sua espada contra o peito de Rayden e ele caía sem vida no asfalto, Larih gritava tentando se soltar de Caim, precisava correr até Rayden, mas Murillo estava na sua frente, com a arma em sua testa, Caim sussurrou em seu ouvido.

- Os humanos entregaram você.

Larih acordou, mas permaneceu imóvel, seu corpo ainda implorava por descanso, pensou em tentar pegar no sono novamente, mas as vozes a sua volta chamaram a atenção.

- Nos mudamos para Lince um pouco depois da morte deles, nossa casa era cheia de lembranças e ela não queria ficar lá, nunca falávamos deles, Larih sempre evitou o assunto.

Ela ficou deitada em silêncio apenas ouvindo.

- No dia do ataque a Lince eu caí num dos buracos tentando salvá-la e vim parar aqui, achei que a tinha perdido quando não a vi em nenhuma das outras celas, não conseguia acreditar que alguém conseguiria sobreviver lá em cima, então achei que ela estava morta.

Larih lembrou que havia pensado a mesma coisa de Luka no início, que ele estava morto, não queria ouvir mais nada, então abriu os olhos e se virou um pouco, sentindo a dor correr seu corpo inteiro, gemeu de dor. Sentiu a mão de seu irmão em seu rosto.

- Larih, está tudo bem?

Ela não respondeu, apenas olhou para ele, pensou em Rayden, será que Miguel o tinha matado? Pensou em Murillo, por que ele tinha feito aquilo? Luka ficou olhando para ela, preocupado, ela abriu a boca, mas sua garganta estava seca de mais, até tossir doía em sua garganta, seu gemido saiu rouco. O outro homem se aproximou e acariciou o pescoço dela com delicadeza.

- Ela perdeu sangue de mais, não sei o que podemos fazer...

Larih fechou os olhos outra vez, queria muito morrer. Então ouviu passos no corredor e alguém abriu sua cela, nem teve tempo de abrir os olhos, de repente foi puxada pelo braço e colocada em pé.

- Levante sua desgraçada!

Era Caim, suas pernas falharam e ela quase foi ao chão, mas ele continuou a segurá-la pelo braços, sentiu a ferida em suas costas abrir outra vez, ele a jogou contra a parede, ela se chocou e desabou no chão outra vez.

- Pare com isso!

Ouviu Luka gritar e depois um grito de dor, Larih tentou reagir, mas seu corpo não se mexeu. Então foi agarrada pelos cabelos e puxada para ficar de pé, ela gritou sentindo seus olhos se encherem de lágrimas, apertou as mãos contra o pulso dele, ele começou a arrastá-la para fora, olhou para trás e viu Luka caído de bruços no chão com o homem ao seu lado, eles se olharam por um instante, então Caim a jogou no corredor e ela bateu contra o chão outra vez, tossiu de dor.

- Os seus amigos mataram minha esposa.

Recebeu um chute contra o seu estômago, sentiu um gosto de sangue na boca, tossiu um líquido um pouco avermelhado e olhou para ele.

- Quer que eu mande um cartão de condolências?

Disse com uma voz rouca, quase sumindo, Caim rosnou de raiva, a agarrou pelos ombros e a ergueu do chão, acertando o joelho contra suas costelas, Larih sentiu os ossos se partindo e não conseguiu gritar, engasgando com o sangue, ele a arrastou pelo corredor. As outras pessoas nas outras celas ficavam olhando assustadas.

- Vamos ver se você vai continuar falando assim quando eu acabar com você.


Larih não lutou enquanto era arrastada, pensou nos outros, eles tinham matado um demônio, se sentiu feliz com isso, chegou a sorrir um pouco, sentindo suas costelas doerem, mas não se importou, lembrou de Murillo sussurrando em seu ouvido que ela não precisava ficar com medo, que eles viriam buscá-la. Tinha certeza que eles viriam.
Quando se deu conta estava numa sala mais clara, ouviu uma risada diferente da de Caim, ele a largou no chão e Larih viu Lilith, ela sorria atrás de uma maca.

- Hora mas que divertido! Você me trouxe algo pra brincar.

Ele a ergueu do chão e a dor nas costelas a fez gritar, ele a deitou na maca, prendeu seus braços e pernas com tiras de couro, não conseguia respirar, talvez uma das costelas quebradas tivesse perfurado seu pulmão. Lilith se inclinou para ela e segurou seu rosto com a mão.

- A transformação dela está quase completa.

Ela sorriu, Larih tentou se livrar da mão dela em seu rosto, mas Lilith apertou seus dedos com mais força contra o queixo dela, sentiu a pele abrir com as unhas afiadas dela, quando ela soltou seu rosto sentiu o sangue escorrer por seu pescoço, Larih fechou os olhos, Lilith se afastou e quando voltou a ficar do seu lado trazia algo que parecia uma luva de couro, mas era toda contornada por um fio metálico, com anéis nos dedos e uma pequena alavanca no buraco de entrada.

- Vamos conversar um pouquinho...

Lilith disse vestindo a luva no braço direito dela, Larih não abriu os olhos, continuou parada lá sem reação.

- Fale dos seus amigos lá em cima.

Sua voz era suave, persuasiva, mas Larih continuou de olhos fechados, tentando se imaginar em qualquer outro lugar que não fosse naquela sala, lembrou de Rayden e do seu abraço, se prendeu a isso, se fosse morrer, morreria com algo bom como o abraço dele. Lilith disse mais alguma coisa que ela não deu atenção, focava-se com todas as suas forças em se lembrar daquele abraço. Então de repente os dedos de sua mão se contorceram de tal forma que ela pode ouvir cada um deles se quebrando, abriu os olhos berrando de dor.

- Você precisava desses dedos?

Lilith perguntou num tom divertido, Larih gritava de dor, queria sair daquela maca, mas as amarras puxavam de volta cada vez que ela se retraía, tentou pensar em Rayden, mas a dor a impedia de pensar nele.

- Se começar a falar podemos diminuir a sua dor, fale pra onde estavam indo.

Larih fechou os olhos com forças, as lágrimas escorriam contra sua vontade, ouviu um suspiro de decepção e a luva foi tirada de sua mão, seus dedos estavam todos quebrados, ela voltou com uma seringa que continha um líquido amarelado.

- Sabe...Lúcifer não quer que apliquemos a solução em você, ele quer ver como isso vai acabar.

Larih sentiu a agulha espetar em seu braço.

- Mas eu passei a vida toda fascinada com os venenos usados pelos humanos, existem tantos que causam variados sintomas.

Larih de repente sentiu seu corpo se contrair, seus músculo pareciam estar cheios de ácidos, as amarras a seguravam, enquanto a dor só se piorava, abriu os olhos, mas de repente as luzes da sala pareciam claras de mais, seus olhos pareciam queimar, gritou de dor tentando afastar aquela sensação, mas não tinha para onde fugir, presa nas amarras, seus músculos e ossos pareciam derreter. Se ouviu chorando e isso a assustava, ouviu uma risada divertida de Lilith.

- Ela é toda sua...

Uma mão tocou seu rosto, a luz clara de mais, as coisas pareciam nítidas de mais, Caim aproximou-se do seu rosto e sussurrou em seu ouvido.

- Respire fundo Larih, isso vai acabar logo.

A voz era tão suave, tranquila, aquilo fez um efeito calmo em seu corpo, as dores de repente desapareceram, de repente não era mais Caim parada ali, era Gabriel, com um sorriso sereno, fez um carinho em seu rosto, Larih ficou olhando para ele, confusa, não tinha mais dor alguma, apenas Gabriel sorrindo.

- Gabriel...

A voz de Larih ainda era fraca e rouca, Gabriel acariciou seu rosto.

- Você passou por maus bocados não é?

O tom carinhoso dele fez com que os olhos de Larih se enchessem de lágrimas, ela fechou os olhos outra vez, não queria passar por mais nada, queria apenas ter paz.

- Eu não aguento mais...

- Eu posso ajudar você...  

Quando abriu os olhos novamente não era mais Gabriel, era Lúcifer, um garotinho que sorria, ela tentou se afastar, mas não conseguiu.

- Não!

Gritou assustada.

- Vá embora!

Lúcifer riu e de repente era Caim de volta segurando o rosto dela e sorrindo, Larih tentou se livrar dele, mas não tinha força alguma.

- O que foi? Do que tem medo?

- Vá embora!

Ela gritou outra vez, sentiu os dedos dele pressionando suas têmporas, pareciam perfurar seu cérebro, ouviu uma risada satisfeita de Caim.

- Isso vai ser divertido.

Suas memórias apareceram todas de uma vez, sua cabeça parecia que ia rachar no meio, gritou de dor, lembrou de César, Murillo, Luka e Rayden, seu coração se apertou ao pensar nele, não conseguiu deixar de pensar que ele podia estar morto, seu sonho, ele caído sem vida na rua, ouviu a risada de Caim.

- Ah...é isso...

Lembrou de quando Rayden a abraçou e segurou seu rosto delicadamente com as mãos e de como ela se sentiu bem com isso.

- Você gosta dele...

A voz era divertida, Larih se esforçou para pensar em qualquer coisa que não fosse ele, mas era impossível, só conseguia pensar em Rayden.

- Você sabe que eu posso mata-lo.

Larih quis gritar para que ele ficasse longe dele, então pensou em Luka, inconsciente em sua cela.

- Ou talvez seu irmão...

Talvez o melhor fosse aceitar seu destino, dar a eles o que eles queriam, terminar com isso de uma vez por todas.

"Você não pode!"

Uma voz gritou dentro de sua cabeça, não era a de Caim, sentiu a presença dele mais forte, oprimindo sua cabeça, queria que ele fosse embora, bastava dizer que aceitava o que ele queria...

"Resista!"

A voz gritou outra vez e no fundo soube que não queria aquilo, Gabriel, Amber, Aletus, eles tinham poupado sua vida, mesmo sabendo no que ela podia se tornar, não podia fazer isso, não podia dar a eles o que eles queriam, tinha que lutar contra isso. Fechou os olhos com força e forçou-se a tirar Caim de sua cabeça.

- Eu não vou ser um de vocês.

Sentiu a raiva de Caim queimá-la, ele tirou as mãos de sua cabeça e se afastou, estava na sala, Lilith estava perto dela, não parecia feliz, Larih estava esgotada, ela desamarrou as amarras e empurrou Larih, que rolou pela beirada e se chocou contra o chão, não tinha forças nem pra gritar, ficou no chão esperando pelo que fariam em seguida.

- Você não pode mata-la.

Ouviu Lilith dizer enquanto contornava a maca, sentiu alguém segurar seu tornozelo, Lilith saiu pela porta e a fechou em seguida.

- Não posso matar você.

De repente foi puxada pela perna e se chocou contra a maca, sua cabeça acertou o metal frio, sentiu uma tontura, ficou caída no chão tentando respirar.

- Mas não disse que eu não podia machucar o suficiente.

Sentiu uma cotovelada contra o seu estomago, cuspiu o sangue involuntariamente, Larih tentou se proteger, mas Caim apertou seus dedos quebrados, engasgou com o sangue quando tentou gritar, o sangue escorria pelo canto da boca. Queria morrer. Seu corpo inteiro doía, não existia mais nada a não ser a dor, tossiu mais sangue, ia desmaiar, queria muito que isso acontecesse.
Foi erguida do chão, parecia que se corpo ia se quebrar em milhares de pedacinhos, vomitou sangue, a vista embaçada e a cabeça dolorida.

- Você logo vai mudar de idéia...

Ouviu Caim rir enquanto a arrastava pelo corredor outra vez, por mais que quisesse não conseguia simplesmente desmaiar. Logo as celas surgiram outra vez, Caim a arrastava pelo braço bom e a cada puxada podia sentir suas costelas quebradas, passou por uma cela em que uma mulher olhava assustada para ela, teve vontade de rir, devia estar mesmo horrível. A mulher a chamou pelo nome e ela reconheceu sem Amber, não conseguiu responder nada, apenas ficou olhando para ela enquanto se afastava pelo corredor. Logo as duas estariam mortas.
Caim a jogou para dentro da cela sem cerimônia nenhuma, Larih rolou pelo chão e foi segurada por Luka.

- Meu Deus, não, o que te fizeram...

Larih tentava respirar sem que doesse, mas era quase impossível, Luka cuidadosamente colocou sua cabeça em seu colo e o homem examinou sua mão que Lilith havia quebrado os dedos, ele suspirou e olhou para Luka.

- Ela tem alguma coisa que eles querem...pra fazer isso com ela.

Larih ficou olhando para Luka sem prestar atenção no que o homem falava ou fazia, nada do que ele fizesse podia causar mais dor do que ela já estava sentindo, se pudesse ao menos desmaiar...mas até isso lhe tinha sido tirado. Sabia que Caim não ia parar, não a mataria, mas mataria Luka, Rayden e todos os outros que estivessem próximos a ela, tentou se agarrar ao que Murillo havia sussurrado.

- Eles virão me buscar...

Sussurrou para Luka, mas ele não entendeu nada.

- Eles virão sim...
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Narrador Qui Mar 13, 2014 6:27 pm

Narrador

Clary estava curiosa com os três humanos, enquanto os soldados se preparam para voltar e Tori passava uma mensagem de rádio para alguém ela ficou encostada na moto olhando fixamente para eles.

- Senhorita.

Um dos soldados a chamou, trazia três vendas negras na mão e entregou a ela, Clary sorriu e se virou para os humanos se aproximando deles.

- Sei que prezam muito a segurança de vocês.

Disse num certo tom irônico vendo o estado deles.

- Assim como nós prezamos a nossa, terei que vendar vocês até o nosso destino, agradeceria se não resistissem.

Disse já se posicionando atrás de Rayden e prendendo a venda em seus olhos, depois passou para César, deu um sorriso para ele.

- Eu vi você lutando com a esposa de Caim, muito corajoso da sua parte.

E prendeu a venda em seus olhos, manda que o soldado leve Aletus para uma das caminhonetes, então parou na frente de Murillo e ficou um instante olhando para ele como se analisasse algo, então de repente atingiu a palma de sua mão com força contra o nariz fazendo-o cambalear pra trás, aquilo pegou a todos de surpresa, Tori e o guardas deram risada, um dos guardas amparou Murillo enquanto Clary vendava seus olhos.

- Não se preocupe, não quebrei seu nariz, mas não gostamos de traidores, nem de assassinos.

Ela dá as costas para eles e manda que sejam colocados numa das caminhonetes, então vai até Miguel, que continuava no chão com a lâmina crava em sua barriga, ele olha para ela, Clary sorri, segura o cabo da espada e puxa sem cerimônia. Ele tosse um pouco de sangue e se senta.

- Raziel vai adorar ver você.

Ela diz enquanto dois guardas colocam ele dentro de outra caminhonete. Tori sobe na moto e dá a partida, Clary entra na mesma caminhonete em que haviam colocado os três e manda o soldado motorista seguir. Tori ia na frente de moto, eles saíram da cidade e pegaram a rodovia deserta, ela estava intacta e silenciosa, o percurso demora por volta de duas horas, quando eles saem da estrada principal e entram em uma de terra um tanto esburacada, os solavancos dos carros balançam os passageiros, Clary olha para os trens sentados no chão da parte de trás e ri baixinho, depois de mais uma hora de estrada a mata se fecha pela estrada completamente impedindo a passagem das caminhonetes.

- Daqui vamos a pé.

Ela diz descendo e manda que os guardas ajudem os humanos, Miguel e que alguém carregue Aletus pela trilha, ela segue na frente com o irmão, os dois vão conversando enquanto os outros seguem atrás.

- Aquele humano entregou a humana para os demônios, é um crime imperdoável.

Ela disse indignada, Tori balança a cabeça.

- Deixe que Raziel decida isso, não se meta com eles Clary.

Ela olha por cima do ombro para os três vendados e repara em Rayden.

- Aquele do telhado até que é bonitinho...

Diz num tom divertido. Tori olha de canto de olho para ela.

- Clary, não se meta com eles.

Depois de meia hora de trilha eles chegam a uma clareira grande, cheia de barracas de exércitos que pareciam perfeitas casas de pano impermeável, havia uma fileira a direita e outra esquerda, de barracas maiores, formando um corredor, atrás dessas ficavam as barracas menores, todas da mesma cor. Tori fez um sinal para que as vendas fossem tiradas dos humanos, ele se colocou próximo a eles.

- Bem vindos a resistência.

Clary se colocou ao lado dele, os soldados se espalharam pelo local, que já estava cheio de mais soldados, a maioria vestia-se com roupas negras e traziam armas, mas haviam outros de camiseta cinza e calça preta apenas, haviam duas barracas grandes brancas, com algumas pessoas vestidas da mesma cor, facilmente reconhecidos como médicos.

- Levem Miguel para a ala dois e cuidem dele,quero vigilância nele vinte quatro horas, Raziel vai querer interroga-lo pessoalmente. Aletus fica na parte crítica da ala um, quero cuidado especial para ele.

Tori disse tirando sua jaqueta negra, ficando apenas com a camiseta, seu braço esquerdo era uma prótese de metal escurecido. Ele olhou para os três humanos e apontou para César e Murillo.

- Vocês dois vem comigo, precisam de cuidados, vou leva-los para a ala um.

Olhou para Rayden.

- Minha irmã vai leva-lo até Raziel, ele quer ouvir um de vocês.

Fez um gesto para que César e Murillo o seguissem, passou por Clary e bagunçou seu cabelo com a mão de metal.

- Comporte-se seu diabinho.

Clary deu um sorriso divertido e se colocou ao lado de Rayden, segurando-o pelo braço com delicadeza.

- Parece que você vai cair a qualquer instante, melhor se segurar em mim.

Ela foi guiando ele pelo corredor formado pelas barracas maiores, o final do corredor terminava numa grande barraca negra, Clary andava tranquila, olhando de vez em quando para Rayden com curiosidade.

- Como foi que vocês sobreviveram tanto tempo?

Perguntou curiosa. Eles pararam na frente da barraca negra, ela soltou seu braço.

- Escute, não olhe diretamente para Raziel, a não ser que ele permita, não o interrompa e responda tudo o que ele perguntar e por favor, não minta se quiser sair dessa barraca com vida, entendeu?

Ela olhou para ele mais um instante e inesperadamente lhe deu um beijo no rosto.

- Boa sorte.

E o empurrou de leve para dentro da barraca.


Rayden.

1 - A descrição de Raziel já foi feita em minha outra postagem, deve usá-la para a apresentação. Ele vai ser bem receptivo com Rayden, vai oferecer uma bebida que lembra a chocolate quente, mas que tem um efeito que tira o cansaço e as dores, deixando a pessoa mais "confortável"

2 - Raziel vai querer saber de que cidade vocês vieram, o que vocês passaram por todo o caminho e como ficaram vivos por tanto tempo. Pode alternar com pergunta deles e respostas suas.

3 - Depois desse diálogo ele vai abordar sobre Larih e vai querer saber onde ela está.

4 - Ele vai explicar sobre a doença dela e sobre o antídoto que desenvolveu, também explicado na minha postagem anterior, usando o exemplo de Tori e Clary.

5 - No final da conversa ele vai perguntar sobre o que você está disposto a fazer para salvá-la e se iria até o inferno busca-la.

6 - Depois disso o resto da sua postagem é livre, use a enfermaria se quiser, eles vão te dar uma barraca para dividir com o César, roupas e alimentos.

7 - Lembrando da briga com Murillo.

Boa sorte.
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Arcade of the damned. - Página 4 Empty Re: Arcade of the damned.

Mensagem por Rayden Donovan Sex Mar 14, 2014 1:39 pm

Rayden Donovan

Rayden olhava pra baixo um pouco ofegante, era surpreendente como o vento vinha com tudo em cima daquele terraço; parou um pouco pensando em sua situação, Larih havia sido levada e aquela cena não saía de sua cabeça, sentia raiva de Murillo, que no momento estava dominando Miguel, tinha de encontrar César e Aletus e sair de Jericoh, aquela cidade estava um caos e era questão de tempo até aparecer outra criatura ou demônio para matá-los. Correu até o cômodo que estava no centro do terraço e se abaixou vendo as armas que tinha ali, tinha a vipertek na mão e a guardou no bolso, pegou suas pistolas também colocando-as em cada lado de sua calça, ainda encontrou binóculos e os pegou rapidamente correndo até o canto do terraço, começou a olhar para baixo através deles tentando encontrar onde César e Aletus estariam. Ainda olhava quando seu braço fora puxado pra trás.

- Espero que não tenha medo de altura.

Mal virou o rosto para trás e fora empurrado do prédio, os binóculos se soltaram da sua mão e ele abriu os olhos vendo o chão se aproximar rapidamente e o vento jogar tudo pra cima; arregalou os olhos e mexeu os braços soltando um grito, mas de repente estava em pé, olhou confuso pros lados vendo César, Aletus, Miguel e Murillo, e vários soldados apontando armas para diversas direções.

- Esse estava em cima de um dos prédios escondido.

- Estava o que? fala serio..

Indagou ao ouvir a garota falar e olhou para eles, pela reação de César e Murillo, eles não estavam ali para matá-los. Voltou o olhar para Aletus e acabou correndo até ele, o olhou com cuidado, ele não estava nada bem, acabou não ouvindo muito o que os outros diziam mas ouviu a parte onde iriam acompanha-los; olhou pra César, com certeza ele devia saber mais o que estava acontecendo, e viu que ele não iria relutar, notou tambem que ele já tinha dado falta de Larih, mas não tinha como explicar ali, não com todos assim. Acabou pedindo pra ele esperar e ficou prestando atenção na garota, ela disse que eles seriam vendados e isso lhe trouxe muito receio e desconfiança, afinal, desconfiava até de sua própria sombra naquela altura do campeonato mas não indagou nada, ficou parado enquanto a garota veio atras dele e o vendou, resolveu ficar calado, só escutando até serem levados para a caminhonete, subiu com a ajuda dos soldados e se sentou sendo seguido de César e Murillo; através da voz notou que César estava ao seu lado, logo que a caminhonete deu partida ele começou a falar bem baixo.

-César... Larih foi levada...

Deu uma pausa suspirando para conter a raiva que sentia ao falar daquilo.

- Murillo estava com Miguel e por alguma razão nos traiu e entregou a Larih, eu não... não consegui impedir...

Sua voz ainda saía baixa enquanto ouvia o movimento da caminhonete.

- Não faça nada agora, nem fale disso perto dos demais, eu mesmo vou conversar com Murillo.

Foi a última coisa que disse no restante da viagem, ficou quieto apenas pensando, as imagens de tudo que acontecera rondavam sua cabeça, o momento com Larih, a traição de Murillo, tinham lutado desde o início pra mantê-la segura e agora tudo se tinha ido. O cansaço tomou conta do seu corpo, seu corpo estava pesado e ele acabou cochilando uma parte da viagem, acordou ao ouvir a voz da garota de novo.

- Daqui vamos a pé.

Os soldados o levantaram e o ajudaram a descer da caminhonete e eles começaram a andar, ficou ouvindo os passos ainda em silencio, estava meio mole por conta do sono mas tentava ficar atento o máximo que podia. Ficou ouvindo os passos e conversas até os soldados pararem com eles e suas vendas serem tiradas, piscou os olhos diversas vezes olhando pro lugar, viu várias tendas e mais gente do que esperava encontrar, não deixou de lembrar-se de quando foram levados à fortaleza, com certeza aquele lugar era diferente mas com tudo que tinham passado lá, tinha um certo medo do que estava por vir agora. Olhou para Tori que dava as instruções, iria se separar dos demais agora e olhou para César novamente, não queria olhar pra Murillo, era dificil conter a raiva, apenas acenou positivamente.

- Minha irmã vai leva-lo até Raziel, ele quer ouvir um de vocês.

Olhou para a garota em seguida, ela quem havia o empurrado do prédio, de certa forma parecia animada com tudo aquilo, ele voltou a olhar para as tendas até ter seu braço tocado.

- Parece que você vai cair a qualquer instante, melhor se segurar em mim.

Ele a olhou, se ela iria os matar, estava fingindo bem, ele acabou por sorrir tentando ser gentil.

- Obrigado, realmente não estou no meu auge...

Foi caminhando com ela entre o corredor de tendas, olhava as vestimentas dos soldados, e as armas, estavam bem munidos.

- Como foi que vocês sobreviveram tanto tempo?

- Ah... eu acho que fizemos uma equipe boa...

Disse a olhando e logo pararam em frente a tenda maior, era grande e mostrava soberania às demais, ouviu tudo o que a garota lhe disse como instruções ainda olhando a tenda e fora pego de surpresa pelo beijo em seu rosto, acabou por olhar para ela durante alguns instantes e sorrir.

- Obrigado

Disse sendo empurrado pra dentro, foi andando devagar olhando tudo lá, se encontrar com um ser, seja anjo ou demônio sempre o deixava apreensivo, já tinha visto demonios lutando do lado dos anjos e anjos do lado dos demonios, não sabia mais o que esperar.

- Entre e fique à vontade.

Avistou-o no meio da tenda, era um garoto, magro, os cabelos prateados e os olhos tão claros que mal os enxergava, estava sentado em uma cadeira um tanto grande, Rayden andou ate ele.

- Raziel certo?... eu sou...

- Rayden Donovan. Eu sei, ouvi falar dos sobreviventes que estavam em Jericoh. Sente-se aí.

O garoto apontou e Rayden olhou ao seu lado um banco, não tinha o visto ali antes mas se sentou vendo o anjo se levantar, reparou em suas asas. Ele andou até um lado da tenda e voltou com um copo com algo dentro o entregando.

- Você deve ter passado algumas dificuldades, beba isso. Fique tranquilo, não é um veneno ou nada do tipo, apenas um... chocolate melhorado.

O garoto disse se sentando e Rayden suspirou um pouco e tomou, a aura de Raziel era notável, como um calor que tomava toda a tenda, aquilo lhe dava um alívio e fazia seu corpo se sentir melhor, lembrou-se do que a garota tinha falado então procurou não olha-lo nos olhos.

- Me diga de onde vocês vieram? e como foram até Jericoh? Com o passar das horas o numero de sobreviventes só diminui, me interessa saber como sobreviveram.

- Somos de Lince, a cidade foi atacada e tudo virou um Caos, nos reunimos com a ajuda de alguns anjos que apareceram pra ajudar e acabaram nos orientando a ir para Jericoh. Éramos em maior numero mas fomos perdendo alguns, acabamos por ficar agora somente os três...

Parou de falar pensando em Murillo.

- E como ficaram vivos dentre os que perderam?

- Bom, acho que eu e os outros fizemos uma equipe boa. César e Murillo têm habilidades, e acho que tenho também.

- Eu soube da infectada, Larih Spencer... Porque ela não está com vocês agora?

O rapaz olhou pra baixo, se sentia mal falando de Larih, não queria nem pensar nas coisas que ela estava passando nesse momento, mas não tinha como mentir, foi alertado sobre isso pela garota.

- Larih não era qualquer uma, ela reagiu ao vírus e embora tenha perdido o controle algumas vezes, ela ainda estava consciente, César havia tomado conta da ferida dela mas tivemos um contratempo, Murillo havia sumido, e quando retornou, acabou entregando Larih nas mãos de Caim. Mas depois ele dominou Miguel e eu não sei mais de nada.

O anjo o olhou com atenção e isso acabou por deixar Rayden um pouco incomodado.

- Me fale um pouco sobre Murillo Assassyh, e César Nickols

- Bom, César é um bom rapaz, acho que trabalhou um tempo no hospital então ele tem uma noção boa de primeiros socorros e ferimentos, também sabe se virar bem fisicamente, ele ajudou demais no problema da Larih.

Raziel continuou o olhando atento.

- Bom, Murillo é esperto, é estratégico e inteligente, tem um bom sentido de liderança.

Ele parou de falar e o anjo se levantou.

- Bom Rayden, nós temos um jeito de salvar Larih. Você já conheceu Tori e Clary, eles são infectados tambem, mas possuem sua propria vontade e dominam seus corpos, isso foi feito com uma grande dose de mistura de sangue de elemental, ambrosia e lágrimas de um anjo. Podemos fazer o mesmo com Larih, mas preciso saber até onde está disposto a ir para ajudá-la.

Rayden se levantou.

- O que quer dizer...

- Precisamos ir ao inferno buscá-la, e pra isso vamos precisar de vocês três, já que trabalham bem juntos e a conhecem melhor do que todos por aqui.

O rapaz olhou um pouco pros lados, ir ao inferno? Era loucura, mas tinha de buscar Larih.

- Não precisa responder agora, ainda preciso saber dos outros dois, então vou te dar um tempo pra assimilar tudo, você esta liberado.

O rapaz concordou com a cabeça e se virou saindo da tenda dele, andou pelo corredor de tendas, alguns soldados vieram ao seu encontro.

- Donovan.. Aquela tenda será usada por você e Nickols, lá você irá encontrar alimentos e roupas, as ordens são para que você descanse, precisarão se encontrar com Tori e Clary em breve.

Ele confirmou com a cabeça novamente ainda em silencio e os soldados se afastaram, ele foi até a tenda que iria ficar, não encontrou César lá, pegou algumas frutas e comeu, naquele momento seu corpo o lembrava da fome que sentia, e isso o fez comer por alguns bons minutos. Resolveu sair da tenda de novo, não conseguia ficar ali parado, estava apreensivo, ir até o inferno, lhe trazia um certo calafrio, saiu da tenda e começou a andar por outro corredor e viu Murillo de longe, parecia sair da enfermaria, ele começou a andar e Rayden foi rápido até ele, o olhava friamente e andava rápido, ao chegar nele segurou em seu braço o puxando entre algumas árvores e quando ele foi falar algo, Rayden deferiu um soco em seu rosto fazendo-o cambalear pra frente.

- Você me salvou, então não vou te matar..

Disse agarrando na camisa dele e o jogando com força contra uma árvore, ele agarrou o braço de Murillo e puxou pra tras e chutou a parte de tras do seu joelho fazendo ele cair de joelhos no chão.

- Você dominou a Larih e se tornou o humano traidor...

Ele chutou as costas de Murillo o derrubando.

- Dominou o Miguel e se tornou o dominador de anjos...

Chutou sua barriga com força.

- Será que consegue fazer isso comigo? Eu acho que não.

O agarrou pela camisa de novo e o levantou o jogando fazendo-o bater as costas numa árvore, seus olhos estavam marejados de tanta raiva que sentia dele.

- Você sabe como lutamos pra deixar a Larih salva? Você tem ideia do que você fez?

Começou a gritar o batendo algumas vezes contra a árvore chamando a atenção dos soldados. Lhe deu outro soco no rosto e sentiu alguns soldados o puxarem pra tras fazendo-o soltar Murillo; tentou lutar e se soltar dos soldados chegando a derrubar um mas os outros o imobilizaram enquanto outros foram ate Murillo.

- Me soltem!!
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Mensagem por Narrador Sáb Mar 15, 2014 9:33 am

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Tori levou Murillo e César para a ala um, entregou os dois aos cuidados dos médicos, sentou-se numa maca em frente a eles e ficou observando enquanto o médico cuidava deles.
Um médico se aproximou dele e lhe entregou uma pequena pistola aplicadora, Tori a pressionou contra o seu braço de verdade e aplicou fazendo uma pequena careta, olhou para os dois.

- Uma dose por dia e fico saudável como um demônio.

Deu um sorriso divertido para os dois e se levantou. Clary apareceu.

- Raziel está falando com o outro, acho que vai demorar um pouco, eu vou levar o garoto para a barraca dele, fique com o traidorzinho ai.

Clary deu um braço para César e o levou embora da ala. Tori ficou olhando para Murillo em silêncio por um instante, então cruzou os braços e suspirou.

- Muito bem, acho que podemos conversar um pouco certo?


Murillo

1 - Ele vai te interrogar sobre como vocês saíram de Lince e como chegaram tão longe

2 - Vai querer saber sobre a infecção e o que você sabe sobre isso

3 - Vai perguntar sobre a Larih e o porque de a ter entregado

4 - Depois disso ele vai te convidar a entrar pros caçadores e vai te dispensar

5 - Você também vai receber uma barraca, ao lado da de César e Rayden

6 - Depois disso você é livre pra terminar como quiser.

Boa sorte
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Mensagem por Murillo Assassyh Seg Mar 17, 2014 10:39 am

Murillo Assassyh

Murillo ficou olhando para Miguel enquanto Rayden sumia pela rua, o arcanjo ficou olhando para ele com um sorriso divertido.

- Achou mesmo que ele iam cumprir a parte deles no acordo?

- Se não começar a falar direito vou cortar sua cabeça.

Murillo puxou a lâmina um pouco para baixo abrindo um corte, Miguel não teve reação alguma. Pensou seriamente em mata-lo.

- O que você está fazendo?

Ouviu a voz de César, ergueu a cabeça e o viu na rua, estava ferido e tinha uma criança nos braços, soltou a lâmina e se afastou um pouco de Miguel, ficou olhando para César.

- Como chegou aqui garoto?

De repente um motoqueiro apareceu na rua e então a rua inteira estava infestada por homens armados em caminhonetes negras, o motoqueiro tirou o capacete e olhou para eles.

- Olá, saudações humanos. Sou Tori, mensageiro do mestre Raziel, senhor do fogo e do deserto, somos da resistência, ele gostaria de falar com vocês.

Murillo olhou para Miguel no chão, ele não esboçou nenhuma reação para o que estava acontecendo. Difícil dizer quem ali era bom e quem era mal. Olhou para os caras armados, eles eram uma resistência, mas resistência ao que? Olhou para César que parecia tão perdido quanto ele.

- Tenho certeza que não vão negar o convite do Anjo Raziel certo?

De repente Rayden apareceu no meio deles, com uma garota estranha. Só podia ser um demônio, então eles não eram os mocinhos da história. Mas não tinham muito o que fazer, eram só os três contra caras armados e demônios, suspirou desanimado, eles acabariam indo de qualquer forma mesmo. A garota que apareceu com Rayden disse que precisava vendá-los por segurança, vendou Rayden e César, mas quando chegou na vez dele ganhou como bônus um soco no nariz, cambaleou pra trás e foi segurado por um dos soldados.

- Não se preocupe, não quebrei seu nariz, mas não gostamos de traidores, nem de assassinos.

Ela disse enquanto o vendava, a dor fez seus olhos ficarem com lágrimas, fez uma careta e não disse nada, agora era um traidor, que coisa mais interessante. Eles foram colocados dentro de uma das caminhonetes, mas Murillo não quis falar com ninguém, ficou o caminho inteiro em silêncio, podia ouvir Rayden falando com César, provavelmente contando sobre Larih, lembrou da cara assustada que ela tinha feito e de como havia gritado com ele quando Caim a levou, podia estar morta agora, até queria que estivesse, talvez fosse um destino melhor do que qualquer outra coisa que fizessem com ela.
O percurso demorou por volta de duas horas, então eles pararam e seguiram a pé por uma meia hora, foi segurado por um dos guardas enquanto caminhava no escuro. De repente tiraram a venda e Murillo se viu num acampamento militar.
Tori mandou que Miguel fosse levado para a ala dois, Rayden foi levada pela demônia, Ele e César foram levados para a ala um, onde cuidaram dos seus ferimentos.
Não abriu a boca para falar nada desde que tinha chegado, mas do jeito que César o olhava já devia saber o que tinha feito, deu um sorriso irônio para o garoto e deu de ombros mostrando que não se importava. Tori sentou-se numa maca de frente para a deles e aplicou uma injeção em seu próprio braço, Murillo suspirou, pensou em sua filha, devia estar perdida. Queria estar no inferno com ela.
A garota apareceu e levou César embora, ficaram apenas Murillo e Tori, ele olhou para o jovem, os dois se olharam em silêncio.

- Muito bem, acho que podemos conversar um pouco certo?

Murillo confirmou com a cabeça, mas continuou em silêncio. Tori continou.

- Como foi se juntara aos dois?

- Tivemos a sorte de congregar a mesma igreja no dia do juízo final.

Respondeu ironicamente, Tori deu uma risada sarcástica.

- Interessante e como sobreviveram por ai? Digo...vocês são só humanos, sem ofensas.

Murillo deu de ombros.

- Tivemos uma ajuda celestial, eu acho, Gabriel e a parceira de asas negras dele.

Tori ficou em silêncio pensando então continuou.

- E a infectada?

Murillo encolheu um pouco os ombros. Contou sobre Larih em Lince e de como deveria ter sido ferida lá, contou sobre a fortaleza e o que descobriu da infecção, contou como ela foi piorando no processo e que parecia estar morrendo aos poucos. Tori ouviu em silêncio, parecia bem pensativo, então o interrompeu.

- E por que a entregou para eles?

Murillo sabia que tinha que contar a eles, então suspirou cansado e desistiu.

- Eles estão com minha filha, ela só tem oito anos e está com os demônios.

Tori ficou olhando para ele.

- Escute, daremos um jeito de ajuda-lo a busca-la, se você estiver disposto a nos ajudar. Vocês parecem talentosos de mais, seria um desperdício não aproveita-los. Se quiserem podem fazer parte de nossa equipe, Raziel ficaria feliz. Pense nisso.

E fez um sinal para que ele saísse, Murillo se levantou da maca e saiu do da barraca, pensando no que Tori havia dito. Como dariam um jeito de buscar sua filha? Ela estava no inferno, havia acabado para ela e por consequência, para ele, não conseguiria viver sem a sua filha. Um soldado lhe informou que havia uma barraca separada para ele e explicou a ele onde ficava. Murillo foi andando pelo acampamento.
Queriam que ele fosse parte da equipe de matadores de demônios, isso era ridículo, ele matava anjos, não demônios. De repente foi agarrado pelo braço e se chocou contra uma arvore.

- Ei, seu...

Levou um soco contra o rosto e se apoiou na árvore, viu que era Rayden, ah...então ele tinha vindo tirar satisfações, resolveu que o melhor era não revidar, Rayden estava furioso e bateu nele pra valer, tentou se esquivar de algum dos golpes, mas era difícil com ele batendo cada vez mais. Então os soldados finalmente apareceram e tiraram Rayden de cima dele e ajudaram Murillo a se levantar. Ele olhou para Rayden.

- Acha que eu não sei o que vão fazer com ela lá? Eu estava lá, eles estão com a minha filha de oito anos.

Disse irritado.

- O que você queria que eu fizesse? Eles me disseram que se entregasse Larih teria minha filha de volta. E quer saber de uma coisa? Você faria o mesmo, seu pai também está lá!

Disse se soltando dos guardas e apontando o dedo na cara de Rayden.

- Eles estão com o seu pai e com o irmão dela, ela está morrendo de uma coisa que nós nem sabemos o que é. Se pudesse salvar seu pai eu duvido que voc~e não faria o mesmo.

Olhou para Tori, que estava ali perto.

- Se você não se incomodar, vou voltar pra enfermaria.

Deu as costas e saiu.
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Mensagem por Narrador Seg Mar 17, 2014 3:23 pm

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Clary levou César embora da ala um depois que ele foi tratado pelos médicos, deu uma volta com ele pelo acampamento.

- Você deve estar bem curioso sobre nós certo?

Ela disse com um sorriso, parou em frente a uma barraca igual aos que os outros soldados usavam como moradia, ela fez um sinal para que ele entrasse.

- Ela é sua e do seu amigo Rayden. O outro amigo de vocês fica na barraca ao lado.

Sem cerimônia nenhuma ela se sentou na entrada na barraca e esticou as pernas com preguiça, olhou para César.

- Eu vi o que fez com Madara, foi muito corajoso, pouco teriam a coragem que você teve pra matar alguém como ela. Aqui, a maioria fica com medo. Ainda mais porque ser esposa de quem ela era.

Deu uma risadinha, seu relogio de pulso apitou, ela verificou o horário, então tirou uma seringa do bolso do seu casaco, puxou a manga até um pouco a cima do cotovelo e aplicou a injeção, depois guardou a seringa de volta.

- Está curioso sobre isso? Viu meu irmão aplicando algo parecido não foi?

Ela se levantou e fez um sinal para eles darem uma volta.

- Venha, vamos almoçar e eu te conto uma história.


César.

1 - Bom almoço

2 - Já cansei de ouvir como tudo começou, afinal fui eu quem começou isso hahahaha. Então ela vai partir direto para a história da infecção e vai contar o que aconteceu com ela

3 - Vai falar sobre o virus e sobre como aquilo pode ajudar Larih

4 - Vai convidar você a entrar pra resistência

5 - E vai falar sobre o resgate até o inferno

6 - Eu preciso que você tome a decisão no seu poste se vai ou não.

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